I See Fire escrita por Diana Vieira


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Não me batam pf! Eu sei que deveria postar ontem mas foi tão impossível quando gato ladrar... me perdoem!
Mas cá está um novo cap com mais desenvolvimento Captain Swan :D
Mil obrigados novamente a quem comentou no último capítulo, se não fosse por vocês eu não estaria aqui a essa hora correndo para postar o cap! Nati, Fabio Scofield, Mary Andrade, Carol Faria, MariJones, Karen de Avalon e Rebeca Woset! Muiiiito obrigada!



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Você está apaixonada pelo meu sobrinho.

***

Parei o carro e deixei a minha cabeça descansar sobre o volante. Precisava urgentemente de dormir umas horas, ficar de olhos fechados e não pensar em nada além do cansaço que sentia. Os últimos dias tinham sido completamente loucos. Tanto física como mentalmente.

– Vamos, love?

A mão que eu senti nas minhas costas foi como um despertador. Killian estava agindo um pouco diferente do que eu estava habituada. O resto da viagem correra bem, não falamos sobre muita coisa mas as deixas provocadoras de Jones continuavam as mesmas.

Depois do beijo na bomba de gasolina, ele estava mais carinhoso. Abrira a porta do carro para eu entrar, por vezes a sua mão pousara sobre a minha na caixa de velocidades e eu senti o seu olhar em mim durante quase toda a viagem. Era estranho.

Muito estranho.

Porque eu não sabia o que ele queria dizer com isso. O que era suposto significar a sua mudança de comportamento? Era um jeito de agradecer? De voltar a tentar a sorte na cozinha da lanchonete?

– Claro. – abri a porta do carro e saí, perdendo a sensação quente da sua mão nas minhas costas.

Fomos rapidamente até à porta da casa de David e Mary. Mal podia acreditar que ia finalmente abraçar Henry. E assim que a porta se abriu, o meu garotão saltou para os meus braços.

– Mamãe! – exclamou alegre.

O abracei com toda a força que ainda tinha, ouvindo Mary se aproximar.

– Emma! E Killian! – riu sozinha.
– Oi Mary! – cumprimentei depois de beijar a testa de Henry.

O meu garotão se afastou, me permitindo dar um abraço a Mary, a minha fada madrinha. Recordei o momento em que estava preparada para sair de Storybrook dias antes. Agora eu estava de volta, com ele.

– Fico muito feliz por ver que você conseguiu!– ela falou baixo no meu ouvido.

Eu só ri, percebendo a dimensão do que tinha feito. Eu tinha conseguido! Killian estava livre, finalmente. Graças a mim. Emma Swan tinha realmente ajudado alguém que merecia.

E além disso… já não podia fazer juízos errados. Sabia quem ele era, o que fizera e o que não fizera. E especialmente, o porquê. Ele era apenas um filho. Coisa que eu nunca pude ser mas que imaginava o que era. E não podia julgá-lo, ou chamá-lo de criminoso novamente. Não. Ele era corajoso, decidido, lutador, sincero.

Respirei fundo, perdida em pensamentos e larguei Mary, me virando para Henry. Não contava que o ia ver numa conversa animadíssima com Jones. Ugh…

– Bem vindo de volta, Killian! – Mary exclamou alto.

O sujeito de olhos estupidamente azuis a encarou, sorridente.

– Obrigada. É bom estar em casa. – me olhou de relance.

– O que aconteceu? Onde você estava? – Henry, claramente confuso, inquiriu Killian.

Eu sabia que ele ia fazer essa pergunta e que Jones não ia saber exatamente o que dizer. Por isso intervi:

– Eu encontrei Killian em Nova Iorque, garoto. Ele foi visitar o irmão que vive lá.

O olhar que imediatamente se virou para mim não me surpreendeu. Claro que à menção do irmão, ele iria se sentir. Mas nada disse, apenas concordou com a cabeça, compreendendo que era o certo a fazer em relação a Henry.

– Mary – deixei o assunto morrer. – muito, muito obrigada por cuidar de Henry.

– Nós adorámos tê-lo por cá! Sempre que precisar… - piscou o olho.

Dei uma risada nervosa. Killian, atento, limpou a garganta enquanto ria. Claro. Claro que agora Mary ia fazer comentários sobre o assunto e o idiota ia rir, contente com a situação. Claro! Estava fodida com os dois.

– Bem, eu preciso ir a casa, tomar um banho… - ignorei o assunto por completo.

– Ainda vai trabalhar hoje, Swan?

– Não sei, prefiro passar no Granny e perguntar.

E assim o fiz. Depois de despedidas feitas, fui com Henry de um lado e Killian do outro até ao café. Assim que entrei notei que estava algo lotado e senti culpa por não estar a ajudar.

Granny parecia uma barata tonta mas assim que parou para falar comigo, insistiu que estava habituada a tanto movimento. Tal como eu insisti que ia entrar ao trabalho para fazer a noite. Não a deixei dizer que não.

– Bem, agora eu vou por ali. – Killian anunciou assim que saímos do café.

Eu engoli tão em seco que senti dores na garganta.

– Amanhã fazemos o campeonato? – Henry perguntou.

– Claro, pequeno companheiro. – sorriu torto.

– Mãe o Killian amanhã pode ir jantar lá a casa?

Fiquei tão surpresa com a pergunta que me engasguei com a minha própria saliva e fiz figura de ursa. Não esperava de maneira nenhuma ouvir alguma coisa daquele tipo. Jantar com Killian em casa. A sugestão do garoto era tão inocente e esperançosa…

– Se ele não estiver ocupado, porque não? – olhei Jones.

Sim. Sim. Eu estava aproveitando a situação toda para fazer um pequeno teste. Queria saber até que ponto Killian queria levar aquela… situação entre nós os dois. Queria saber se ele estava brincando comigo. Queria saber se tinha o direito de sentir o que sentira depois de o ver fora das grades. Queria saber tudo.

E o olhar que ele me lançou quis dizer tanta coisa que eu me perdi.

– Nunca estarei ocupado para uma proposta dessas, companheiro.

Filho da puta. Bastardo.

***

– Como correu com o Frank?

Henry perguntou depois de sentar ao meu lado no sofá. Passei um braço pelos seus ombros e o aproximei a mim. Deitou a cabeça no meu ombro e isso me fez sentir tão descansada e calma. Estava pronta para sair de casa. Tinha tomado um banho quente e feito um jantar rápido para nós os dois. Podia, porém, ficar ali mais algum tempo com Henry até ter mesmo de sair.

– Foi meio chato. – nisso eu podia falar a verdade. – Ele queria muito que eu voltasse a trabalhar para ele.

– Mas você não vai né?

– De jeito nenhum. – sorri. – Estamos bem aqui, não estamos? Storybrook é um lugar bom para nós.

– Sim! – senti a alegria na sua voz. – Podemos ficar aqui para sempre? Eu quero que a minha casa seja esta para sempre!

Dei uma risada. Sim. Storybrook seria a nossa casa para sempre.

– E vai ser, garotão.

– Eu já tenho muitos amigos! David é meu amigo. E Killian! Killian é legal.

Voltei a sorrir abertamente. Ouvir Henry falar sobre Jones com tanto entusiasmo e carinho mexia comigo. Fazia alguma coisa com meu coração que eu nunca conseguiria compreender. Eu me sentia quente por dentro. Como se fosse um tipo de alegria. Era reconfortante saber e sentir que o meu filho adorava o homem pelo qual eu podia, ou não, sentir alguma coisa.

Sim, porque eu não ia deixar Killian entrar no meu coração tão rapidamente. Possuía uma experiência tão má no campo que eu queria fugir sempre que pensava em Jones de qualquer outra forma. Tinha medo. Pavor. Prometera a mim mesma que não deixaria mais homem nenhum me machucar.

Não ia voltar a me apaixonar tão profunda e imprudentemente. Não voltaria a ser descuidada comigo mesma. Se Jones queria alguma coisa comigo além de sexo, ia precisar provar.

***

– Um café, por favor.

E lá estava eu. De volta ao meu posto. A lanchonete estava com bastante movimento mas estava tudo sob controle. Mais uns minutos e diria a Granny que fosse descansar. Ela precisava mais do que eu.

As pessoas me cumprimentavam, perguntavam onde eu tinha estado nos últimos dias. Me sentia como se fosse residente de Storybrook desde sempre. E algumas perguntavam até por Henry, que estava entretido com David que entretanto aparecera. Era realmente um ambiente familiar e agradável.

Quando as mesas ficaram todas servidas e eu voltei para trás do balcão, mandei minha chefe para casa. Demorou a aceitar, como sempre, mas lá foi. A verdade é que mais duas horas e eu já estaria indo embora.

E o tempo foi passando. O café foi esvaziando e tudo estava mais calmo. Aproveitei para ir limpando as mesas livres. Perdida, como sempre, nos meus pensamentos. Quando me voltei para o balcão vi uma figura que não estava lá antes.

Imagina quem?

Respirei o mais fundo que podia e fui fazer o meu trabalho.

– Uma dose de rum? – perguntei, preparando o copo.

– Não, não. – disse entre um sorriso. – Duas. Hoje me sinto confiante e quero pagar uma dose à lindíssima senhorita que trabalha aqui.

Meu Deus do céu.


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Notas finais do capítulo

Nossa senhora o que é esse homem? meu Deus!!! xD
Quero saber o que vocês acharam! Espero que tenham gostado! :D
E eu sei que o capítulo é um pouquinho mais pequeno mas eu decidi separar assim essa parte, até porque acho muito fofo o jeito como acaba! *-*
Até ao próximo capítulo!



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