I See Fire escrita por Diana Vieira


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Noooooooooooooovo capítulo!
Eu sei, eu sei, hoje não é domingo mas eu arranjei um pouquinho de tempo para vir aqui e me deparei com uma quantidade de reviews bem grandinha, com leitores novos e palavras que me deixaram muito feliz e animada! :) Então eu decidi adiantar o próximo capítulo, até porque quero que vocês saibam o que vai acontecer a seguir! :D
Quero agradecer muito a quem comentou! Eu não terei tempo para responder individualmente mas quero que saibam que li tudo com muita atenção e muito carinho, então muito muito obrigada a: Mary Andrade, Carol Faria, MERM, Fabio Scofield, celinhaswan, Karen de Avalon, Mrs Ruby Jones e Rebeca Woset! Espero que vocês gostem e que comentem de novo! :)
Boa leitura!



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Killian seria sempre Killian.

***

Parei o carro e me senti uma barata tonta por fazer tantas viagens de um lado para o outro. Seria dessa vez que eu ia finalmente fazer o que queria?

– Que algum santinho me ajude! – pensei alto.

Me dirigi rapidamente para a porta do lado esquerdo da joalheria, como Killian dissera. Bati com alguma força e pouco tempo depois uma mulher de meia-idade abriu e me encarou.

– O senhor Rumplestilskin está?

– Não, querida, a casa dele é aquela. – apontou para o outro lado.

Senti imediatamente vontade de me jogar para frente de um carro. Killian dissera que era do lado direito! E eu, burra, me distraí com as suas conversas.

– Oh, claro, me desculpe e obrigada.

Sorri embaraçada e fui rapidamente para a porta correta. Toquei na campainha e pedi a Deus para que ele estivesse. Quando o grande retângulo se abriu, um homem já com alguma idade e de cabelo cinza pelo ombro surgiu. Eu conhecia a cara dele de quando procurei Killian.

– Senhor Rumplestilskin?

– Sim? Em que posso ajudá-la?

Obrigada Senhor!

– Eu não sei se o senhor se recorda de mim, provavelmente não. – com toda a certeza que não. – Gostaria de conversar sobre o seu sobrinho, Killian.

Me olhou com desconfiança e a sua expressão ficou ligeiramente mais severa.

– Você é o quê, advogada?

– Não, senhor. Eu sou apenas... – o quê? – uma amiga.

Me analisou de cima a baixo e depois abriu mais a porta, me cedendo passagem.

– Entre, por favor.

Passei pela porta e esperei num corredor que ele me guiasse até uma sala enorme, com muita luz e muito bem decorada. Fez sinal para que eu pudesse me sentar e eu assim o fiz, cansada.

– Então e qual é o assunto? – se sentou num cadeirão em frente a mim.

Engoli em seco. Isso sim ia ser difícil.

Nunca na minha vida eu pensara que ia estar numa situação como aquela. Fazendo de tudo e implorando a alguém para salvar a bunda de um criminoso que eu já prendera. Podia ser engraçado se eu não estivesse tão empenhada e focada em conseguir ajudar Killian.

– Você sabe que Killian está preso?

– Sim. – parecia calmo e não muito triste em relação a isso.

– Eu fui visitá-lo, agora a pouco. – queria explicar a minha situação toda. – Não se recorda mas eu fui quem apanhou Killian da primeira vez. Eu sou Emma Swan e trabalhava como colecionadora na empresa que o senhor contratou. – assentiu. – Faz um tempo que eu me mudei para Storybrook, onde encontrei Killian, para grande surpresa minha. Não fazia a menor ideia que ele tinha pago a dívida e saído.

O homem continuava com a mesma expressão séria e um pouco desconfiada, mas já não me dirigia o olhar severo do início.

– Confesso que não estava nos meus planos mas acabei me aproximando de Killian. – uma grande aproximação…– E apesar de eu saber que ele era novamente procurado, eu não sabia porquê e quando soube que ele tinha sido apanhado, fiquei muito... instigada. Tanto que quis vir até aqui. – respirei fundo. Dizendo em voz alta, realmente parecia que eu era completamente maluca. – E quando fui ver Killian eu pedi que ele me contasse o que tinha feito. Tanto da primeira vez como dessa. – pude ver a confusão nos seus olhos. – A empresa não nos dá informações sobre o que o culpado fez, só o perfil e onde devemos começar por procurar. – expliquei. – Ele me contou tudo.

Era só o que ele precisava de saber.

– Menina Emma eu não sei o que devo lhe dizer. – respirou fundo. – Killian assaltou a minha joalheria duas vezes. Da primeira eu perdoei mas dessa vez ele já sabia que eu não ia tolerar.

Claro que ele sabia! Jones sabia que queria o que a sua mãe lhe prometera antes de morrer! Era assim tão difícil de entender?

– Eu compreendo e por favor me trate por Emma. – precisava me controlar.

– Só quero ter a certeza de que o senhor sabe porque o seu sobrinho fez o que fez.

– Ele queria um colar que era da minha irmã, eu sei.

– Que a sua irmã prometeu lhe dar antes de morrer.

Dada a sua reação, ele não sabia esse pequenino pormenor.

– Ele nunca me disse isso. – a sua voz pareceu ligeiramente mais calma e macia. – Mas isso não invalida nada. Ele assaltou a minha propriedade.

Não invalida nada?! Eu estava ficando demasiado irritada para conseguir alguma coisa. Respirei fundo e me preparei para tentar virar a conversa.

– Sim. Mas... – limpei a garganta. – não foi por maldade. Nesses últimos tempos eu tenho conhecido Killian. E eu me arrependo tanto... tanto, por ter sido colecionadora e procurado pessoas inocentes como ele sem saber. – apertei as mãos uma na outra. – Killian é um homem bom. Ele é adorado por algumas pessoas em Storybrook, ele se esforça para ser o melhor que pode ser. Senhor... – porque me custava falar disso? – eu tenho um filho de 8 anos. Ele é o amor da minha vida e eu ia até ao fim do mundo por ele. E eu confiei o meu garoto a Killian, eles se adoram. Eu acompanhei os dois no início de uma amizade e sei que Killian ajudou o meu filho quando eu não estava. – suspirei. – Isso é o quão bom Killian Jones é.

Baixou o olhar e nada disse. Eu estava ficando com a respiração acelerada devido aos nervos.

– Eu não estou lhe pedindo para perdoar completamente. Ele assaltou e quebrou e tudo isso, com certeza deve pagar alguma coisa pelos danos. Mas... – olhei o senhor bem nos olhos. – Até que ponto temos o direito de julgar um filho que quer ter o que a mãe lhe prometeu antes de morrer?

Se ele tivesse coração ia ouvir as minhas palavras e concordar comigo. Quem podia julgar Killian?

– Eu não quero perdoar, menina. – afirmou me encarando. – Não me entenda mal, eu amo o meu sobrinho e tenho um desgosto muito grande em estar nesta situação. Teoricamente eu entendo os motivos dele, claro. Sei que a minha irmã quereria que o colar estivesse com ele. Mas eu não quero que o meu sobrinho ande por aí, assaltando tudo o que quer, quando quer, porque quer. Ele tem que aprender. Tem que amadurecer.

Isso era um motivo tão inválido que até soava mal.

– Killian só assaltou a sua joalheria, nada mais. É a única coisa errada que Killian fez. Ele não tem nada que aprender porque ele próprio diz que vai ter o que um ladrão merece. – ia defendê-lo até ao fim. – Por favor. Eu lhe peço que pense nisso. Retire a queixa.

Eu estava implorando. Uma coisa que tinha feito apenas uma ou duas vezes na minha vida. A verdade é que eu tinha uma vontade incontrolável e inexplicável de conseguir aquilo, de ver Jones fora as grades.

– Se eu retirasse ele ia acabar por fazer de novo.

– Não! Eu cuido dele para que isso não aconteça.

As palavras saíram da minha boca sem eu ter um milésimo de segundo para pensar nelas. Como se não fosse eu a falar e sim alguma coisa vinda de dentro de mim. Nunca pensara nisso, nunca imaginara o que faria quando Killian saísse. Estava demasiado preocupada em fazer com que isso acontecesse.

Os momentos seguintes foram estranhos. Rumplestilskin ficou me olhando, observando, analisando. E depois simplesmente sorriu. Velho maluco.

– Você está apaixonada pelo meu sobrinho.

O oxigénio escapou dos meus pulmões e pareceu acabar na sala mais rápido do que um pestanejar. O meu coração bateu tão acelerado que eu sentia pontadas de dor. O meu sangue pareceu fugir porque eu me senti mais fria do que nunca. O quê?

Você está apaixonada pelo meu sobrinho.

Você está apaixonada pelo meu sobrinho.

A minha cabeça latejou.

Não. Não. Ele sabia o que era amor? Amor? Não. Eu não amava Killian. Eu estava, provavelmente, atraída a Killian. Não amava Killian. De maneira nenhuma. Nenhuma!

– Não, eu...

– Oh, sim, eu vejo-o. Você está apaixonada por Killian. – deu uma risada estranha. – Eu não esperava por isso.

O quê? Eu me sentia tão mal, prestes a vomitar ou desmaiar, e o velho continuava falando de coisas sem sentido nenhum.

– Porquê? – perguntei enjoada.

– Oh, querida. O amor é um sinal de maturidade. Antes do amor, vivemos paixonetas e ilusões. Mas o amor? Oh, o amor é o melhor da vida.

– Hm. - eu não entendia nada do que ele tentava dizer. Isso era bom? Ou mau? E depois, eu não amava Killian, caralho!

– Você ama o meu sobrinho. Isso significa que ele se tornou um homem, digno. Minha irmã devia estar aqui.

– Porquê? – inquiri novamente.

– Ela se preocupava com Killian porque ele era de muitas mulheres. Tinha medo que ele nunca mudasse e que não fosse feliz. Antes de morrer me pediu para ficar feliz por ela se algum dia eu testemunhasse amor e felicidade na vida de Killian.

Eu não ia vomitar, nem desmaiar. Ia morrer! Não amava Killian! De jeito nenhum. Amar é a palavra mais forte que pode existir. A emoção mais forte, o sentimento mais forte. Eu não amava Killian. Tinha a certeza absoluta disso. Podia sim, estar enfraquecida por ele, sentir uma certa atração e um apreço muito grande pelo que ele já fizera por Henry. Mas era só. Não podia amar Killian. Não. De jeito nenhum.

Por outro lado, depois de ouvir aquelas palavras, pensei na sua mãe. Ela devia amá-lo com tudo o que tinha, tanto como eu e Henry. E devia querer mais do que qualquer coisa que o seu filho tivesse na sua posse o objeto que lhe prometera. Antes de morrer.

A tristeza que eu senti ao pensar nisso me deixou tão indefesa que eu perdi todas as palavras.

– Eu...

– Menina Emma – me impediu de dizer qualquer coisa. – se eu tiver uma prova em como Killian não vai repetir a façanha, eu retiro a queixa. – encostou o corpo na poltrona. – Mas eu preciso de uma prova. Não vou arriscar novamente, por mais feliz que esteja por ele.

Uma prova? Eu não tinha como provar isso. Como se prova uma coisa dessas? E se outra pessoa assaltasse a joalheria e não fosse identificada? Culpariam Killian sem pestanejar. Não, eu não tinha nada para provar. Só uma confiança desmedida em como Killian não o ia voltar a fazer. Merda.

O que eu ia fazer? Se eu não tinha o que ele queria?

Respirei fundo. Então era assim que acabavam as minhas hipóteses? Depois de tanto esforço… não havia mais nada a fazer. Se ele não queria acreditar e confiar no próprio sobrinho, não havia mais nada a fazer. E eu nunca me senti tão inútil e incompetente na vida.

Eu tinha falhado.

E me sentia tão mal por isso! Não só por não conseguir ajudar Killian, mas também por não realizar um último desejo de sua mãe.

– Eu lamento, menina. É a única forma para eu fazer isso.

Assenti com a cabeça, querendo gritar com ele e socar a sua cara.

– Então eu vou embora. – me levantei, derrotada.

– Eu a acompanho.

O segui pela casa. Tinha o coração apertado. Me sentia como se estivesse desistindo da coisa mais importante da minha vida. Sentia que não devia desistir.

Mas o que eu podia fazer?


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Notas finais do capítulo

Emoções ao rubrooooooooooo!
E agora? A Emma não tem como provar que o Killian não vai voltar a errar... o que será que vai acontecer? Essa parece ser a última hipótese que ela tem de o ajudar... o que vocês acham?
Quero saber opiniões! Os comentários do último capítulo me ajudaram e muito a escrever mais, por isso continuem me ajudando! :)
Beijos e até domingo!
PS: GENTE vocês viram o que aconteceu entre Captain Swan em OUAT?! Aquele beijo *-*