POV Sólon Malfoy, algum lugar do Afeganistão, 2 de janeiro...

Minha infância não foi ao todo ruim, cresci com meus avós, meus pais me visitavam todos os meses, tinha vários amigos tanto bruxos quanto trouxas, meus padrinhos Viktor Krum e Minerva McGonagall me levavam para as casas deles e me ensinavam tudo o que sabiam, a parte triste vinha quando eu lia o jornal bruxo que meu avô comprava e manchete era algo como “Nasce o filho de Hermione e Ronald Weasley”, “Herdeiro Malfoy faz um 1 ano, parabéns”, ou então “Os dois integrante do trio de ouro Hermione e Ronald Weasley cada vez mais felizes”, era nesse momento que eu via o quanto eu atrapalharia a vida dos dois morando com eles, meu avó quando eu tinha 9 anos teve sua sentença perdoada depois de capturarem um comensal que tinha memorias de quando meu avó salvou a vida de 4 crianças trouxas durante um ataque, fui estudar em Durmstrang para felicidade do meu padrinho, me tronei rapidamente o destaque da equipe de quadribol da escola com apanhador, meus pais junto dos meus avos iam assistir todos os meus jogos. Eu poderia seguir qualquer carreira no mundo bruxo com o meu histórico escolar, mas eu resolvi me alistar no exército trouxa, tenho arrepios só de lembrar do treinamento pra SEAL.

_ LEVANTA DAÍ MALFOY, VAI PRO POSTO 4 E AJUDE NAS DEFESAS. – gritou meu superior o Tenente Coronel Willians enquanto corria para a próxima barraca, quase engoli o cigarro enquanto levantava.

Peguei minha M4A1 5,56mm e a recarreguei enquanto corria, os barulhos de tiros sendo trocados já podiam ser ouvidos, fazia tudo no automático, me esconder, atirar, esconder, olhar, correr, esconder, atirar, e assim cheguei ao posto 4,procurei um lurar na mureta que estava servindo de escudo, me joguei entre os Sargentos Stevens e Miller que também eram SEALs. Não fazia ideia de quantas pessoas eu já havia matado, depois de um tempo você percebe que é melhor não contar se quiser poder dormir a noite, recarregava, mirava e atirava, logo em seguida via a pessoa cair no chão ou ficar se contorcendo de dor.

O que mais me irritava no momento eram as duas metralhadoras que estavam em cima de uma construção a uns metros de distância, logo vi a direita um bom lugar para atirar o problema em si era conseguir distrair aqueles desgraçados.

_ Hey Miller, - chamei o sargento ao meu lado – tá afim de se divertir?

_ O que você ta pensando Malfoy? – questionou com um sorriso no rosto.

_ Você da um jeito de chamar a atenção deles enquanto eu vou até um lugar melhor pra atirar, mato os caras na metralhadora e atiramos nos que sobrar. – falei enquanto me abaixava pra recarregar.

_ E você fica com toda diversão enquanto eu do uma de bobo da corte pros caras não te verem e você não levar um bala no rabo. – disse fazendo os caras ao nosso lado rirem levemente.

_ Isso resume praticamente tudo, e aí topa? – perguntei enquanto atirava em mais dois.

_ Tem 5 minutos. – falou pulando a mureta e dando uma de cachorro louco correndo de um lado pro outro.

Corri pra o local que eu tinha visto antes, me ajoelhei atrás de umas caixas que me ofereciam certo esconderijo, foi ai que cometi meu primeiro erro, eu não olhei ao redor pra ver se não tinha inimigos, atirei nos dois caras com as metralhadoras, dois únicos tiros bem no meio da testa. Comecei a me levantar até que senti uma dor horrível nas costas, senti algo quente escorrendo e logo percebi que era meu sangue, não sentia minhas pernas, ouvi mais dois tiros, um acertou meu ombro esquerdo.

Caí de cara no chão gritando pela dor, senti duas mãos tocando o ferimento, logo depois meu uniforme sendo rasgado e algo sendo prensado, o chão de terra começou a ficar encharcado com meu sague.

_ NÃO DORME MALFOY! – alguém gritou do meu lado esquerdo.

_ NÃO DESISTE CARA. AGUENTA FIRME SE VAI SAI DESSA. – gritou outro um pouco a minha frente.

Isso foi as ultimas coisas que eu ouvi antes de cair de desmaiar em uma poça do meu próprio sangue.