Mystical High School escrita por Little Kitty, Luna


Capítulo 8
Little Me


Notas iniciais do capítulo

Oii gente!!!
Está ai mais um capitulo chocante, prontinho pra vocês.
OBS: Casais nessa fanfic são muito improváveis, e nem tudo que parece é.

Boa Leitura!



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Athenodora

Após a diretora praticamente ter exposto perante a escola toda que suspeitava que nós éramos as assassinas de Harry, Madson, Felly, Jow e eu estávamos realmente pensando em sair daquele lugar, mas Felly tinha a ideia fixa na cabeça de que se nós saíssemos dali ficaria evidente que tínhamos culpa, por mais que não tivéssemos, pelo menos eu não tinha!

Não queria mesmo duvidar delas, isso doía, eu e Madson não nos dávamos assim tão bem, também não conhecia muito da Jowlly, mas com certeza conhecia o suficiente das duas pra saber que não eram o tipo psicopata. Já Felly, ela realmente estava magoada com Harry e tinha motivos de sobra pra matá-lo, porém eu a conhecia tão bem quanto a mim mesma e ela definitivamente não faria isso.

Sei que não sou a pessoa mais equilibrada do mundo, e que o mataria num piscar de olhos se quisesse, mas não fiz, por mais que o odiasse. Naquela noite, após a reunião do auditório nós quatro ficamos no quarto conversando e tentando desabafar uma com a outra e foi ai que Jow deu uma ideia.

– Vocês não acham que seria legal nó fazermos uma espécie de confessionário, eu costumava fazer isso com minhas colegas do primário, a gente escreve segredos nossos que são bem cabeludos e depois uma le o da outra, assim não precisamos falar algo que nos envergonhe, mas não teremos segredos uma com a outra. O que acham? - Ela falou Mega empolgada, eu achei a ideia legal, ja Felly e Madd deram de ombros e continuaram a fazer suas coisas, Jow estava começando a mudar o assunto quando a interrompi.

– Eu topo Jow. Vamos meninas, vai ser legal e vai nos ajudar a se distrair. - falei pra elas que aceitaram, sentamos em uma rodinha no chão do quarto, sobre nosso tapete de pelúcia rosa, Jow trouxe um caderno todo preto e uma caneta vermelha e então os colocou no centro enquanto se sentava.

– Quem quer começar? - Ela perguntou animadinha as meninas se entreolharam e Felly pegou o caderno, escreveu nele por um tempo e passou pra mim.

– O que? - Falei segurando o riso, ela tinha escrito que quando era um pouco mais nova tinha o costume de tingir o cabelo com gelatina, não era um segredo cabeludo. Mas era estranho. Madd e Jow leram e riram bastante, foi a primeira vez que as vi rindo de verdade. Até Felly arriscou uma gargalhada sacudindo a cabeça negativamente, como se estivesse morrendo de vergonha.

– Minha vez! - Madd falou pegando o caderno e enquanto escrevia ria pra caramba, o que fazia todas nós rirmos mesmo sem saber o motivo, ela estregou o caderno a Jow que soltou um gritinho seguido de uma gargalhada, então passou pra mim que já morria de curiosidade. Madd havia confessado que tinha uma tatuagem na virilha onde estava escrito " Me beije ", eu ri descontroladamente e ela mostrou a tatoo levantando um pouco a perna do pijama, micão.

– Agora sou eu! - Jow pegou o caderno e começou a escrever enquanto todas parávamos de rir de Madd aos poucos, ela escrevia bem seria, e jurei que ela ia confessar que assaltava idosos, mas quando ela passou o caderno pra mim tive que segurar pra não fazer xixi na roupa de tanto rir. Ela escrever com letras bem grandes que tinha uma espécie de fetiche com caras que usassem cueca de personagens, tipo Batman e Super Man, esse era um dos piores micos da sociedade. Rindo bastante Felly me olhou enquanto me passava o caderno.

– Sua vez! - Eu não era o tipo de menina que guardava segredos, falava da minha vida abertamente, e nunca escondia as coisas, mas dessa vez eu tinha um. Escrevi bem rápido e simples a frase. " Sou Virgem ", e passei o caderno pra Felly, ela leu, mas não riu só fez uma expressão confusa, Madd e Jow ao verem sua reação se amontoaram pra ver junto e as três me fitaram.

– Só vale falar a verdade Athen! - Jow falou se sentando. Como assim? Eu realmente tava sendo sincera como, nunca fui, fiquei chocada das reações.

Madd revirou os olhos e sentou de novo, Felly me encarou confusa e eu a olhei nos olhos, ela hesitou um pouco mas falou por fim:

– Ela tá falando a verdade gente, eu saberia se fosse mentira. Não entendo como, mas é verdade.

As meninas se olharam e me fitaram, esperando uma explicação.

– Vocês realmente acham que ando por ai transando adoidada? Qual é? Metade do que falam de mim é fofoca, a outra metade boato, saio sim com vários garotos, mas nunca passou de um boquete. Virgem de mente já não é faz tempo, sou bem safada, mas na teoria sou virgem sim.

Ficou mais ou menos um minuto de silêncio após meu esclarecimento até que Jow falou vermelha.

– Boquete é? - e a sessão de risos reiniciou, elas jogaram travesseiros em mim e rimos mais um pouco, eu estava por incrível que pareça com muita vergonha.

Começamos a conversar sobre vários assuntos e Madd contou varias fofocas que ela tinha ouvido, ficamos meio abismadas com algumas, era incrível que não soubesse delas em primeira mão, mas acho que com a morte de Harry até as fofoqueiras do clube das bruxas estavam de luto, e suas línguas venenosas também, fiquei olhando pro nada enquanto elas conversavam animadas sobre um casal que foi pego trepando na biblioteca, com o canto dos olhos vi um movimento na janela, foi muito rápido, e por ser noite não sabia bem o que era, mas devia ser um galho de árvore que se mexeu com o vento. Assim eu esperava.

– Meninas, vocês sabem como exatamente acontece a proteção da escola? - Perguntei tirando a atenção delas.

– Ouvi falar que eles chamam um representante de cada elemento e fazem uma espécie de ritual que torna a escola protegida de monstros e espíritos malignos, e tem também os guardas, que são vampiros enormes. - Felly falou mexendo nas unhas. - Por que, Athen?

– Por nada não, só curiosidade. - Falei distraída, acreditei que se falasse pra elas que havia visto coisas na janela ja duas vezes elas iam achar que estava zoando e iam ficar de deboche, mas de qualquer forma, se a escola era protegida por magia, tecnicamente nada que fosse completamente maligno ou sem vida estraria ali, como fantasmas ou monstros, sendo que a magia era vida pura, principalmente a magia dos elementos, logo, os responsáveis pelas mortes de ultimamente eram pessoas normais, vivas.

Fiquei maquinando isso na cabeça, não falei nada, já havíamos passado muitas revelações naquele dia, e eu quis deixar minhas angustias pra mim, elas não precisavam se estressar com as minhas hipóteses. Depois de uma hora conversando e deixando de lado os problemas nós fomos dormir, no dia seguinte, por mais difícil que fosse, eu queria estar linda pra festa de recepção dos novatos, afinal, aconteça o que acontecer, Athenodora Van Black deveria estar linda.

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Madson

Acordei com uma tremenda dor de cabeça, mas mais desencanada com a acusação do dia anterior, a reunião com as meninas na noite passada havia sido bem interessante, era bom saber os podres delas, mas o melhor de tudo era a sensação de ter amigas, uma sensação nova pra mim.

Fellypa e Jow ainda dormiam, mas Athenodora estava em pé, olhando pela janela enquanto bebericava um café, ela ja estava vestida com uma roupa bem bonita, blusa vermelha cheia de tachas douradas, uma jaqueta de couro preta, jeans escuros e botas de salto o que me fez perceber que ela ja estava a um tempo acordada, ja tinha se maquiado e estava com os cabelos perfeitamente ondulados, ela era linda, claro que nunca falaria isso pra ela.

Andei até o banheiro e fiz minha higiene matinal, era realmente terrível ter um único banheiro naquele lugar, pois assim que sai do banho Jow já estava aos pulos na porta do banheiro quase fazendo xixi na roupa, fui até o roupeiro peguei um vestido branco que eu amava e o vesti, comecei a secar os cabelos com o secador e nem percebi quando Athen o tirou da minha mão e começou a secá-los pra mim.

– Madd, você já viu alguma coisa estranha aqui na escola? - Ela perguntou seria.

– Você! - Falei e ri, ela puxou meus cabelos de leve e riu.

– To falando sério, tipo vultos ou algo assim.

– Não! Quer dizer, não vultos, mas tem muitas coisas estranhas aqui e você sabe, mas por que a pergunta? - fui bem sincera. Se dissesse que havia sim visto algo estaria mentindo, nunca tive uma dessas visões de vultos, e mesmo que tivesse, meus olhos e sentidos de Vampira me mostrariam o que era.

– Só curiosidade. - Ela falou divertida, ela ja havia secado quase todo meu cabelo e eu lhe entreguei a chapinha. Ela era uma ótima cabeleireira, terminou meu penteado e começou a me maquiar.

– Você fica estranhamente bem de branco, parece uma noiva. - Ela falou analisando meu vestido. - é um belo vestido, onde comprou?

– Roubei de uma loja na Califórnia, eu gosto dele. - ela havia passado pouca sombra em mim e caprichado no delineador e no batom roxo. Coloquei meus saltos e vi que enquanto me produzia Fellypa ja havia levantado e estava no banho, Jow ja havia tomado o seu e estava vestindo uma roupa bem simples, mas estava bem bonita. Esperamos conversando enquanto Fellypa se vestia, ela colocou um conjunto de top e saia pretos, e botas longas pretas também, prendeu os cabelos em um rabo de cavalo alto e saímos rumo a festa da fogueira, havíamos dormido bastante pois ja estava quase anoitecendo novamente, os corredores da escola estavam praticamente desertos, exceto pelos seguranças que se posicionavam em cada angulo do lugar, quase como estátuas. Saímos do saguão rumo ao pátio e de longe ja era possível ver a fogueira. Andávamos as quatro de braços dados e conforme fomos nos aproximando da roda de pessoas vários pares de olhos nos observaram, alguns com admiração, ou desejo e outros com medo ou critica, mas mesmo assim seguimos em frente e nos sentamos juntas ao lado de Paula, a menina nova que controlava o fogo. Ela sorriu e beijou cada uma de nós então prestamos atenção ao redor.

Jeremiah estava a frente da reunião, com um grande bastão na mão andando de um lado pro outro e falando sobre como era importante estarmos cada vez mais unidos e que pros alunos novos éramos exemplos. Ele falou que era estritamente proibido ficar espalhando pros novatos coisas como fofocas e julgamentos sem provas. E eu quase aplaudi.

Alguns minutos depois a diretora se aproximou seguida por vários meninos e meninas, tinham em media uns trinta novatos de mais ou menos quinze e dezesseis anos, todos nos levantamos e falamos o lema da escola.

" Honra, justiça e liberdade "

Um lema que não se aplicou na velha safada quando nos acusou. Ela falou que fôramos brindados com uma apresentação de dança vinda de uma outra escola como a nossa, todos, menos os novatos tremeram ao ver os dançarinos. Eles vestiam capas com capuzes pretos e usavam máscaras, as mãos de Athenodora quase quebraram as minhas quando ela os viu, eu estava chocada demais pra esboçar uma reação, logo vi que todos ali estavam como eu, os novatos estavam olhando ao redor e não entendiam por que de tanto susto.

A diretora ordenou que eles começassem e então eles dançaram, em momento algum se viam seus rostos, era perturbador e belo, gracioso e sombrio. Em um momento da coreografia cada um deles puxaram uma menina pra dançar, um deles puxou Athen que foi praticamente arrastada, eles dançavam com elas em torno da fogueira e todos aplaudiam, a musica era uma ópera que lembrava um filme de terror.

Muito de repente o dançarino que havia pego Athen a jogou na fogueira, todos nos contraímos e vimos seu corpo em chamas, o dançarino saiu da coreografia e correu floresta adentro, Athen levantou-se atordoada e as chamas se dissiparam. Ela estava intacta, afinal ela controlava aquele elemento. Ela encarou o redor e tirando os saltos saiu correndo em sua direção, vi que Felly e Jow fizeram o mesmo e eu fui logo em seguida, percebi que Jeremiah estava ao meu lado e então seguimos , isso despertou um pandemônio que fez alunos correrem de volta a escola, os gritos deles foram sumindo conforme nos afastávamos. Bela festa essa, ótima primeira impressão pros novatos.

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Athenodora

Nunca tinha sentido uma pulsação tão grande em minhas veias, meu coração parecia que ia sair correndo do meu corpo, era uma adrenalina tão grande que chegava a me deixar tonta. Quando vi aqueles homens chegando, vestidos com aqueles trajes, algo em mim ja sabia que ia ser um pesadelo, mas eu graças aos elementos não poderia morrer por queimadura, afogamento, asfixia ou soterrada... Todo o tipo de morte que envolvesse um elemento era descartada por mim. Parece que ele não sabia disso quando me jogou na fogueira.

Ele era rápido, demais pra um humano, estávamos longe dos prédios educacionais mas ainda eram os limites da escola, pude perceber por causa da grande estufa de flores na qual ele entrou. Ela era toda de vidro, e nela aprendíamos a desenvolver venenos e aprimorar os domínios com a terra. Eu estava realmente com medo, quem quer que fosse estava claramente com a intenção de me matar, eu hesitando um pouco entrei estufa adentro, o silencio la era perturbador, quase fazia com que me sentisse surda, mas o barulho dos meus pés descalços em atrito com o piso de mármore e minha respiração ofegante me despertavam disso. O lugar estava escuro, e o interruptor ficava do lado de fora, era praticamente impossível enxergar alguém de preto naquela penumbra.

Não precisei me preocupar com o fato de não conseguir vê-lo pois logo ele me atacou, pelas costas, senti o impulso do empurrão quando cai sobre algumas flores, eu estava zonza por causa da corrida o que facilitou o trabalho dele, ele me pegou pelos cabelos e me ergueu no ar, com a mão livre ele segurou meu pescoço com força, não morreria pela asfixia mas um pescoço quebrado era outro assunto, eu quase perdendo a consciência invoquei o elemento que estava mais presente naquele lugar, terra, logo raízes saíram de vários vasos de plantas o prendendo eu estava andando em sua direção quando ele arrebentou as raízes e veio correndo em ao meu encontro, percebi que ele apelaria pra luta corporal então pedi a força de todos os elementos e nos enfrentamos, consegui desviar de vários golpes, e deferir muitos nele, em um exato momento, aproveitando meu tamanho significativamente menor passei por ele rápida como o ar e quebrei uma de suas pernas. Ele soltou um urro e caiu, em algum lugar na minha mente o urro me foi familiar.

Estava prestes a tirar sua máscara quando Madson adentrou o lugar e gritou meu nome eu me virei pra olhá-la e dizer que tudo estava bem, foi nesse momento de distração que ele me agarrou mais uma vez, ja de pé, sua perna havia curado, dei algumas voltas tentando me soltar, ele encaixava as mãos da maneira exata para quebrar meu pescoço.

Eu cai de joelhos e foi então que um grande barulho de atrito ecoou no lugar, eu estava com os olhos apertados e acreditei que tinha morrido. Acreditei nisso até o corpo do homem cair de bruços no chão. Me levantei assustada e olhei pra Madson que segurava uma enorme pá completamente ensanguentada, sua respiração era pesada e ela estava atônita, imóvel.

Algumas peças se encaixaram em minha mente confusa e andei até o corpo que jazia no chão tirando sua máscara.

Ali, diante dos nossos olhos estava Harry, o cara que todos acreditávamos estar morto.

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Jeremiah

No calor da perseguição perdi Madson de vista, mas ao longe podia ver o movimento de dois corpos, sem hesitar saltei sobre um deles, mas era apenas Fellypa.

– Me perdoe. – falei saindo de cima dela.

– A vontade. – ela respondeu se levantando. Jow estava mais a frente observando ao redor.

Ao longe ouvimos um grito, chamando pelo nome de Athenodora.

– Por ali. – ela falou e saiu correndo muito depressa.

Eu e Fellypa a seguimos, e fomos parar na estufa das aulas sobre a terra, a porta estava aberta então significava que elas estavam lá dentro. Entramos no lugar e vimos Madson e Athen e um corpo no chão. Era o dançarino que havia jogado Athenodora na fogueira, Madson segurava uma pá e Athenodora um grito com as mãos na boca.

– Meu deus! Você o matou?! – Jow falou correndo para o lado de Madson que nem se mexeu. Ela olhou para o corpo no chão e repetiu. – Meu deus!

Fellypa e eu nos entreolhamos e nos aproximamos delas. Fellypa colocou as mãos sobre a boca e seus olhos se encheram de lagrimas. Ao ver ali Harry no chão uma onda de confusões invadiu minha cabeça. Fellypa correu e abraçou Athenodora.

– Ele machucou você? – ela falava enquanto passava as mãos no rosto de Athenodora.

– Não, não... – ela sussurrou. – Madson me salvou. – ela falou e caiu as lagrimas. Nesse momento Jow estava abraçada em Madson que agora soluçava em choro.

– Temos que voltar para a escola, vocês precisam ser atendidas, examinadas, essas coisas. – falei passando as mãos nos cabelos. – Fellypa, Jow encaminhem elas para a enfermaria.

– Não, eu... Eu ajudo Jow com Athenodora, eu to bem! - Madson falou ao voltar a si.

– E eu quero ficar aqui com você, para ter certeza de que ele não volte.

Fellypa deu um breve beijo na bochecha de Athenodora, que em seguida foi arrastada para fora dali, ela estava muito machucada e com uma cara atônita.

– Bem vamos começar então. – me aproximei do corpo e enfiei minha estaca na cabeça dele, arrancando-a do pescoço. Fellypa me olhou assustada, mas logo se concentrou, vi seus cabelos se mexendo em torno dela, ela fechou os olhos e os dois braços do corpo foram arrancados. E assim ficamos ali, garantindo realmente o adeus de Harry.


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Notas finais do capítulo

Beijosss.....