The Beautiful Girl. escrita por Natalha Monte


Capítulo 26
Capítulo 26 – Flash Back de protetores e Encontros escondidos


Notas iniciais do capítulo

Hey! Cara que saudade de vocês! Me perdoem pela demora, mas só hoje que acabou a minha semana de provas. Notícia boa? Tenho quase certeza que me sai bem em todas, e estou muito feliz. Agradeço a paciência por terem me esperado, e peço desculpas mesmo pela demora. Mas enfim vamos lá? HAPPY! Sua linda! Quero te agradecer pela linda e diva recomendação! Saiba que eu me apaixonei por suas palavras, e me deixa muito, muito feliz por saber que você gosta tanto do meu trabalho. Esse capítulo é dedicado a você! Espero que goste! Agradeço a todos os incríveis comentários, eu amei cada um. Well, Let’s Go? Ok, Enjooooooooooooooooooy



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POV Austin

Depois da minha “Câimbra”, nossos pais foram dormir e aí eu pude ficar um pouco com a Ally. O que foi pouco mesmo. Fui beber água e deixei Ally na sala, nós estávamos assistindo Tróia.

Me lembrei que não tinha perguntado a minha morena se ela queria água também.

–Am... – Gelei quando vi nossas mães sentadas junto com Ally, ela arregalou os olhos -... iga! – Eu tentei contornar o que ia dizer, é eu ia chamá-la de amor. – Amiga! Você quer água também? – Perguntei e cocei a garganta, eu estava nervoso.

–Não, não obrigada. – Ela respondeu suspirando, depois que nossas mães viraram e as duas focaram a atenção na TV, Ally colocou a mão no peito e me olhou assustada, eu ri. Sentei junto a elas. No intervalo do filme, nós todos estávamos conversando.

–Falta menos de uma semana para nós voltarmos. – Minha mãe falou triste.

–Já? – Ally indagou

–Sim querida, voltaremos no domingo, pois temos trabalho na próxima segunda, as aulas de vocês voltam quando? – Minha mãe se pronunciou.

–Na terça. – Eu disse

–É uma pena, eu amei esse lugar. – Penny falou e sorriu.

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É horrível ter a Ally tão perto de mim e não poder beijá-la me deixa muito irritado. Passamos o resto da tarde junto com nossos pais. À noite, eles quiseram se juntar na piscina para conversar, e Ally foi tomar banho. Eu estava louco para ir atrás dela, mas demorei uns 5 minutos antes de me levantar e seguir para dentro de casa sem que nenhum deles que conversavam animadamente se incomodassem que eu saísse.

Subi rapidamente as escadas e entrei no meu quarto, olhando pela janela vi que os quatro continuavam lá. Caminhei até o quarto da morena que estava com a porta fechada, abri silenciosamente, e logo a vi acabando de vestir sua camiseta, ela não tinha notado a minha presença já que estava de costas para a porta. Estava prendendo o cabelo e eu me aproximei, passei meu braço direito na sua cintura a puxando para mim e cheirei seu pescoço, ela quis grita, mas fui mais rápido e com a outra mão tapei sua boca. Comecei a rir com o olhar de raiva que ela me mandou quando virou de frente para mim.

–Você quer me matar de susto?! – Ela resmungou colocando a mão na testa e eu ri ainda mais.

–Não desculpa, só fugi para vim te ver. – Falei – Tô com saudade. - Ela riu.

–Austin nós passamos o dia todo juntos, eu não sai do seu lado. – Ela disse sorrindo.

–Mas não do jeito que eu queria – Eu sorri e me aproximei dela que enlaçou seus braços em meu pescoço e eu pousei minhas mãos em sua cintura. E lá estávamos nós, nos beijando de novo. Depois que o ar nos faltou Ally conseguiu se soltar de mim já que eu protestei contra isso.

–Austin eles vão desconfiar. – ela falou e seu olhar transmitia o mesmo sentimento que eu, a vontade de ficar com ela.

–Isso é um saco! – Eu reclamei e ela sorriu me dando um selinho.

–Eu sei. – ela falou e suspirou. Sorri. – O que você está tramando? – Ela perguntou estreitando os olhos.

–É sério Ally você tem que parar com essa coisa de sempre saber o que eu vou fazer. – Ela riu – Sabe eu tava pensando, se eu não podia vir aqui mais tarde, quando todos tiverem dormindo... – Ela me olhou assustada

–Você tá louco! Não e se eles acordarem, não Austin, melhor não. – Ela falou triste

–Tá, tá bom. – Eu bufei e ela me deu mais um selinho.

–Agora vá, eles vão desconfiar. – Roubei mais um selinho dela e desci.

POV Ally

Nunca pensei que fosse tão difícil ficar perto do Austin sem beijá-lo, quer dizer. Eu sempre tive que me acostumar com isso, mas agora é diferente.

Já eram 22h, nós já tínhamos entrado, e nossos pais tinham ido dormir, acabamos ficando eu e Austin, sentados nas espreguiçadeiras da piscina, o olhar dele em cima de mim era engraçado.

–Por favor, pare. – Falei sorrindo depois de longos minutos dele me encarando com aqueles olhos penetrantes.

–O quê? Eu não estou fazendo nada. – Ele levantou as mãos em sinal de redenção e sorriu voltando a me fitar.

–Você sabe muito bem o que está fazendo, pare Austin. – Eu olhei para o céu desviando meu olhar dele, mas não conseguia ficar um segundo sem olhá-lo de novo. Ele suspirou e olhou para o céu também,

–Ally eu quero voltar logo. – Ele resmungou e eu cai na risada. – Tá rindo do quê? Eu tô falando sério, lá eu vou poder ficar perto de você, afinal a gente sempre está só mesmo. – Ele sorriu de canto ainda fitando o céu e eu ri.

–Tem razão. – Eu sorri – Bom eu vou dormir, você vem? – Ele sorriu torto e eu o encarei. – Austin Moon nem pense nisso. – Falei o apontando e ele riu.

–Tá, Tá certo. – Ele respondeu levantando as mãos em sinal de rendição novamente e eu ri, e nós entramos em casa.

Em um silêncio confortável nós subimos. As portas dos quartos de nossos pais estavam fechadas, mas ainda nós os ouvimos meus pais conversando e os dele assistindo TV, Austin me olhou com o olhar parecido com o gato de botas de Sherk. Me partiu o coração e me fez sorrir também.

–Boa noite, eu te amo All. – Ele sussurrou e depositou um breve selinho, em seguida beijando minha testa. Ele virou sorrindo de lado e entrou no quarto. Me deixando por alguns segundos no corredor com uma vontade louca de ir atrás dele. E quer saber, eu fui atrás sim.

Ele estava na varanda tirando foto da paisagem e nem notou minha presença quando virou e viu que eu estava bem atrás dele se assustou e quase gritou, quase, porque eu tapei sua boca.

–Shiu. – Sussurrei o puxando para dentro do quarto. Ele sorriu enquanto eu ainda mantia a mão em sua boca.

–O que você... – Ele falou quando eu o soltei e fui fechar a porta, mas o interrompi com um beijo. E não um mero selinho. Um beijo. Ele não hesitou nem por um segundo e logo sorriu respondendo com mais vontade que eu.

Rapidamente ele passou as mãos por entre meus cabelos fazendo com que uma corrente de arrepios percorresse meu corpo. O jeito que eu pareço pequena nos braços dele é um absurdo! Com um só braço ele contornou minha cintura e colou nossos corpos como de costume. Eu mantia minhas mãos percorrendo hora seus braços, hora puxando levemente seus cabelos. E Austin demonstrava que gostava disso.

Ele cessou o beijo me fazendo resmungar irritada.

–Shiu. – Ele sussurrou com a voz rouca e me fixando um olhar penetrante, me deixando com as pernas bambas. Austin é com certeza o garoto mais sedutor que eu já conheci.

Ele inclinou um pouco minha cabeça ao lado, e começou a distribuir beijos desde o pé da minha orelha até o meu ombro enquanto sua mão me apertava a cintura, trazendo novamente a sensação de arrepios e de fraqueza.

Eu não devia estar ali com ele, eu sabia que a qualquer momento nossos pais poderiam aparecer e o pior eu sabia que nós dois não íamos conseguir parar. É tudo tão mais forte que eu! É uma sensação, um impulso que eu não consigo controlar. Eu não consigo ficar cinco minutos longe dele, não consigo ficar nem cinco minutos sem ao menos pensar nele. É como uma atração, um imã que sempre me leva a Austin Moon.

–Aust... – Eu ia falar, mas novamente ele atacou meus lábios. Quando dei por mim, ele estava sentado na cama e eu sentada como no dia do lago. Ele sorria assim como eu.

Naquele momento com ele eu pude lembrar o que já passei. Os ciúmes escondidos sempre que ele conhecia uma menina, a vontade de abraçá-lo e não soltá-lo mais, o medo terrível de ele não querer nada além da amizade por causa da minha aparência. A vergonha que eu sentia ao andar ao seu lado e as outras meninas me olharem torto. Claro que ele sempre foi meu protetor, Austin nunca deixou que ninguém caçoasse de mim, ele sempre me defendeu.

Lembro de uma vez quando tinha oito anos. Eu caminhava pelo parque de recreio da escola, e como sempre vinha lendo um livro, O Pequeno Príncipe. Eu estava tão animada lendo, que distraída acabei batendo num garoto, que era digamos que o popular na escola, pois é até quando criança já existia isso. Ele começou a me xingar e puxou meu livro de mim, depois o jogando na lama. Quando vi o livro todo sujo, minha vista embaçou das lágrimas e eu comecei a chorar triste. Ele e sua turma começaram a rir de mim, e eu limpei as lágrimas dos olhos e me virei para sair correndo dali, mas esbarrei num garotinho de cabelos loiros todo estiloso. Ele parecia que já estava de braços abertos, pois eu só encostei minha cabeça em seu peito e chorei, ele acariciou meu rosto e me afastou se colocando em minha frente. Lembro da cara de raiva que ele tinha.

Flash Back On

Porque você não se mete com alguém do seu tamanho!Austin gritou bravo para o garoto que só fazia rir.

Se enxerga seu piralho, saia daqui antes que eu te pegue e leve essa nerd idiota com você.O garoto falou e por mais que ele tivesse o mesmo tamanho de Austin, ele se achava. Eu vi Austin ficar vermelho de raiva. Austin pegou o menino pela gola da camisa e o empurrou até uma árvore, o garoto olhou para ele assustado.

Se você chamar ela assim de novo eu vou te bater até você querer chamar a sua mãe, suma da minha frente e se eu só pensar que você chegou perto dela de novo eu te arrebento. – O loirinho falou com a voz fria fazendo os “amigos” do garoto saírem dali deixando ele só – Estamos entendidos? – Austin gritou imprensando mais o menino na árvore. O garoto assentiu rapidamente e Austin o soltou, e segundos depois o garoto saiu correndo. Austin virou e me viu chorando, me abraçou e beijou minha testa, depois se afastou e pegou meu livro na lama, ele me olhou triste.

Vou comprar um novo para você com a minha mesada, não se preocupe All. – Eu ia protestar, mas ele balançou a cabeça negativamente. – Eu vou comprar.

–Obrigada Austin. – falei começando a parar de chorar e ele sorriu passando o braço por cima de meus ombros.

Vamos pequena. – E saiu me levando para dentro da escola.

Flash Back Off

Todo esse flash passou em minha mente enquanto o meu loiro me beijava intensamente.

–Austin – Falei me separando sem fôlego assim como ele – Tenho que ir. – falei me levantando e ele me olhou balançando a cabeça negativamente e me puxando levemente pela mão.

–Não, por favor, não vá. – Ele pediu e eu o beijei de novo. O ar nos faltou e nos separamos, Austin mantia uma expressão de emburrado.

–Ei, calma é só por um tempo amor. – Falei alisando seu cabelo ele continuou chateado.

–Esse tempo vai demorar demais, só é o primeiro dia que nós estamos nos escondendo e pra mim parece uma tortura. – Ele falou e me fitou com aqueles olhos castanhos que me fazem parar.

–Te amo. – Falei e ele sorriu.

–Também te amo, agora vá antes que eu perca o resto de sanidade que eu tenho e te tranque aqui comigo. – Tive que colocar a mão na boca para abafar o riso.

–Você não teria coragem. – Eu disse e ele me encarou estreitando os olhos, me olhando como se eu não me atrevesse a duvidar. – Tá, tá bom eu estou indo. – Finalmente me levantei e ele junto comigo. Caminhei até a porta e ele me seguiu. Se apoiou na porta e eu virei para olhá-lo.

–Boa noite amor. – Sussurrei a ele que sorriu. Me aproximei e beijei sua bochecha e dei um selinho nele, que continuava com aquele sorriso lindo.

–Boa noite pequena. – Ele sussurrou, me virei e caminhei até a porta do meu quarto e segurei a minha porta também, ainda o fitando. Eu queria atravessar o corredor e ficar lá com ele, mas não podia. Mandei um beijo no ar e nós fechamos a porta no mesmo momento. Segui para o banheiro e tomei um banho longo.

Deitada em minha cama pude sorrir pensando em quanto é bom ser a namorada de Austin Moon.

POV Austin

Os dias se passaram lentamente, parece que quanto mais você quer que algo chegue mais esse demorar a acontecer. Mas eu estava indeciso se queria voltar para casa logo, não sabia se seria bom ou ruim. Seria ótimo porque finalmente eu e Ally poderíamos ficar juntos em casa, sem precisar fingir. Mas será ruim por dois motivos: Continuar fingindo que somos só amigos, agora para mais pessoas, e ter que vê a Ally perto do Elliot. Só de pensar que eu vou ter que presenciar ele todo meloso com ela me dá repulsa. Sei que ele não vai desistir fácil, mesmo ela dizendo que não quer ser a sua namorada, ele não vai deixa para lá assim a toa.

Mas mesmo assim eu já não aguentava mais estar perto da Ally e não poder agir como seu namorado. Não poder dizer a todos que eu me sinto o cara mais sortudo por tê-la como minha. Essa última semana na casa de campo, como já tinha dito passou lentamente. Não teve nada demais, nossos pais curtiram muito a viagem, mas quase nunca nós ficávamos a sós. Assim que acordávamos estavam todos juntos, passávamos o dia todo juntos, e na hora de dormir, advinha? Todos no mesmo horário. E eu estou ficando louco!

Ainda conseguimos umas duas ou três vezes antes de dormir dar ao menos um beijo. Apenas um, e ninguém tem ideia de quanto é frustrante.

Drama? Não nenhum pouco. Já se imaginou ficar apaixonado perdidamente pela pessoa mais importante da sua vida, quase perder ela para outro alguém, e quando finalmente se acertam, tiver que fingir que nada aconteceu? Isso não é drama, isso é muito irritante!

Como ainda eram cinco horas da manhã, me levantei escovei os dentes e deitei de novo, talvez conseguisse dormir, porque o que eu queria mesmo era entrar no quarto em frente ao meu.

............................................

–Austin. – Ouvi uma voz doce sussurrar em meu ouvido, e eu sabíamos a quem pertencia àquela voz. Despertei e ao abrir os olhos pude ver a minha morena sorrir, e ela ainda estava de pijama. – Bom dia meu amor. – Ela disse sorrindo meiga.

–Bom dia linda, o que você tá fazendo aqui, eles podem estar acordados. – Eu falei baixo olhando para a porta, tentando ouvir algum barulho que me confirmasse o que tinha falado.

–Eu sinto sua falta, - Ela falou cabisbaixa - E eles ainda estão dormindo. – Eu sentei e a puxei fazendo deitar junto a mim, apoiando a cabeça em meu peito.

–Eu também sinto a sua. - Eu a apertei mais contra mim a fazendo sorrir, Ally levantou a cabeça e fixou o olhar castanho e redondo para mim. Aos poucos nos aproximamos e eu a beijei com carinho. Depois do beijo ela riu baixo. – O que foi? – Perguntei sorrindo confuso.

–Como você pode ter acordado agora e está com hálito de menta? – Eu ri

–Para sua informação eu acordei mais cedo hoje e escovei os dentes, e depois dormi de novo. – Ela sorriu entendendo depois franziu a testa.

–Acordou mais cedo por quê? – Perguntou

–Não consegui dormir, minha cabeça não parava de pensar. – Eu expliquei olhando para o teto, Ally suspirou.

–Em tudo isso? – Ela indagou se referindo a nós.

–Nisso, e no que estar ainda por vir quando voltarmos. – Eu falei a encarando.

–Sinto muito. Não queria que nós tivéssemos que fazer isso. – Ela pediu me olhando com sinceridade e remorso.

–Não peça desculpas, não é sua culpa. Todo nosso esforço em ficarmos juntos vale e valerá totalmente à pena. Nada vai nos separar All, o que nós temos é eterno. – Sorri e levantei a minha mão, Ally sorriu e cruzou a sua mão com a minha.

–Eterno. – Ela repetiu, e me deu um selinho, depois se aconchegou mais ao meu peito.

Amanhã nós voltamos para casa. Não sei se será difícil e não sei se será fácil. Mas como eu disse tudo valerá a pena para que ela fique ao meu lado, porque eu preciso disso. Não consigo imaginar a minha vida sem a minha Ally Dawson.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, agradeço pelo carinho de vocês, vocês são as melhores leitoras que existem.