The Beautiful Girl. escrita por Natalha Monte


Capítulo 20
Capítulo 20 – Me deixe sozinho e Quem de nós dois


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiie me deeeeescuuulpeeem! Gente que semana corrida! Mas aqui estou eu, com um capítulo novo.
Mônica Souza Menezes, minha linda Amália! Minha flor que recomendação linda! Eu amei cada palavra sua, e te agradeço muito pelo carinho. Esse capítulo é pra você, espero que goste!
A todas Vocês obrigada pelos lindos comentários, A música do capítulo é Quem de nós Dois de Ana Carolina, quem não tiver baixe ok? respirei fundo e Boa leitura!



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POV Ally

Ele me encarava e desviava o olhar, e depois me encarava de novo. Eu estava terminando de preparar a tão desejada panqueca dele, reparei que não tinha comida, mas não o suficiente para muitos dias, então cedo ou tarde teríamos que comprar.

–Aqui está. – Coloquei o prato em sua frente.

–Obrigada, não precisava mesmo Ally. – Sorri com sua feição encarando com desejo a panqueca.

–Sem problema. – O deixei sozinho e saí.

Fui para fora da casa e apreciei a vista. Que lugar maravilhoso! Meus pais estavam conversando animadamente, alguns metros longe de mim.

Meu celular tocou.

–Oi Elliot! – Atendi – Como vai?

–Oi tô bem, - ele falou – Estou ligando para saber se você chegou bem de viagem.

–Cheguei sim obrigada por se preocupar, - Ele riu – E você vai viajar?

–Sabe que ainda não sei? Se meus pais forem mesmo, será só amanhã ou segunda. E eu sempre me preocupo moçinha. – Eu ri – Mas como é aí? É legal? – Ele perguntou com uma animação de uma criança de seis anos. Ri ainda mais.

–É muito lindo Elliot! Você não tem noção! Nunca vi lugar tão incrível! – Respondi na mesma animação que ele.

–Quero fotos viu? Bom vou indo, só liguei para saber se você já tinha chegado, não quero atrapalhar, se divirta! Beijos! – Ele disse

–Tá bom beijos! – Terminei a ligação e olhei para trás, lá tinha um loiro que quando me viu, se virou e entrou em casa, com aquela mesma feição de antes da viagem.

POV Austin

Já tinha dito que eu como muito rápido? E principalmente quando estou com fome. Terminei em tempo recorde, isso porque eu queria ir onde a Ally estava, queria me aproximar mais. Mas aí vejo os pais dela na varanda da casa e ela mais um pouco a frente. E com quem ela conversava eletricamente e melosamente? Isso, exatamente com Elliot.

Aquilo me deu uma revolta! Quando nós estamos começando a nos aproximar de novo, ela me faz o favor de me lembrar que ele existe.

Fui direto para o meu quarto e comecei a desfazer as melas tentando não pensar. Ouço algumas leves batidas na porta que estava aberta, olhei para trás e ela estava lá.

–Oi. – Ela falou um pouco apreensiva, me virei e continuei a tirar as roupas das malas e colocá-las na cama.

–O que foi? – Indaguei sem olhá-la, e eu sabia o quanto ela tinha raiva quando eu fazia isso, quando eu não olhava para ela enquanto falava. Ouvi sua respiração pesada e ela se aproximou.

–Austin olhe pra mim. – Ela disse mostrando controle na voz, me virei e a encarei.

–O que foi? – Repeti

–Eu que pergunto, - Ela falou – Olha Austin eu não quero estar brigando... – ela começou, mas a interrompi.

–E eu não quero mais fingir que tudo isso é normal! – Falei irritado e ela me olhou surpresa – Eu gosto de você Ally, mesmo que não acredite, então não espere que eu fique bem e sorrindo enquanto te vejo tão feliz quando está perto ou falando com ele. – Eu falei cansado – Se você quer ficar com ele, e já me esqueceu como você já disse tudo bem. Não vou te forçar a nada, só me deixa sozinho, por favor. – Ela deu um passo à frente. – Por favor. – pedi novamente, ela assentiu e saiu, e eu voltei a guardar minhas roupas.

Tenho que esquecê-la. Tenho que esquecê-la.

Esse era o pensamento que rondava minha mente.

...............................

Fiquei o resto do dia no meu quarto, meus pais vieram me chamar para fora, mas menti dizendo estar com dor de cabeça. Fiquei apenas escutando música, e lembrando momentos quando eu e Ally éramos pequenos. Em tudo éramos nós dois, aprendemos a tocar violão juntos, estudávamos juntos, viajávamos juntos. Tudo sempre fui eu e ela, e agora parece que eu estou vivendo um sonho ruim, porque queria acordar para tudo ser como antes. Quando nós éramos inseparáveis.

Sinto falta de acordá-la, não assisti mais The Big Bang Theory porque sem ela para mim não tem sentido. Sem ela nada parece ter sentido para mim.

Porque o amor é tão complicado? Porque eu não percebi o que ela sentia? E porque ela não demonstrou?

Sabe o que me mais me revolta? O fato de ela não me dar nenhuma chance. O simples fato de ela deixar Elliot conquistá-la e nem ao menos, me deixa tentar fazer o mesmo.

É Austin Moon, quem foi que mandou você se apaixonar logo pela sua melhor amiga?

POV Ally

Já estava anoitecendo e ele não tinha saído do quarto. Nossos pais saíram e foram conhecer o lugar e eu apenas fiquei sentada quase a tarde toda na varanda da casa pensando no que eu estava fazendo.

Me deu uma vontade de tocar. Lembro-me de que quando eu era mais nova, a música sempre foi meu refúgio, meu modo de fugir dos problemas. Subi para o meu quarto a fim de pegar meus fones, mas vi o violão de Austin no chão do seu quarto. Deveria ter pegado? Não. Mas a vontade falou mais alto que eu.

Silenciosamente eu peguei e desci para perto da piscina, me sentei em uma espreguiçadeira e observei o lugar, eu tinha ligado as luzes e todo o enorme jardim ao redor estava iluminado. Pensei em que música tocar, e então me lembrei de uma música brasileira que eu ouvi algumas vezes, e conhecia. Sorri instantaneamente enquanto a letra passava em minha cabeça, ela era exatamente o que eu sentia. Recordei as notas e comecei a cantar.

POV Austin

Acordei e olhei para a janela, já era noite. Mas aí escutei o som do violão do lado de fora, em questão de segundos procurei meu violão e corri para a varanda do quarto para ver quem estava tocando. Lá estava Ally sentada de costas para onde eu estava e ela começou a tocar, e a cantar, me inclinei sobre a varanda para ouvi-la.

Quem de nós dois – Ana Carolina

Eu e você
Não é assim tão complicado
Não é difícil perceber

Quem de nós dois
Vai dizer que é impossível
O amor acontecer

Se eu disser
Que já nem sinto nada
Que a estrada sem você
É mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara
Eu já conheço o teu sorriso
Leio o teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso

Sinto dizer que amo mesmo
Tá ruim pra disfarçar
Entre nós dois
Não cabe mais nenhum segredo
Além do que já combinamos

No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso
Meio na contra mão
E quando finjo que esqueço
Eu não esqueci nada

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Eu procurei qualquer desculpa pra não te encarar
Pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar
Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa
Se eu tento esconder meias verdades
Você conhece o meu sorriso
Lê o meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Uau, ela cantar aquela música que eu conhecia foi tão incrível, eu não conseguia tirar um sorriso no rosto. Uau. Foi só o que eu consegui dizer, aquela voz que eu não escutava fazia muito tempo, aquela letra, o sentimento que ela transmitia tudo me atingiu como uma bomba. E por mais que ela negue e tente me enganar, ela ainda me ama.

Resolvi descer, mas sem saber ao certo o que fazer lá. Quando cheguei perto ela ainda parecia estar inerte, mesmo parada. Quando sentiu minha presença gritou se assustando.

–Desculpe. – Pedi e ela sorriu minimamente

–Desculpa ter pegado o violão, mas me deu vontade de tocar. – Ela falou não fixando o olhar em mim, e eu percebi que eu também não gostava de quando ela falava sem me olhar nos olhos.

–Você cantou muito bem. – Falei fazendo ela me olhar surpresa

–Você me ouviu? Eu te acordei? Mas eu tava cantando baixo... – Ela reclamou consigo mesma.

–Você não me acordou. Eu já tinha levantado. – Falei por fim e me sentei numa cadeira ao seu lado, ficamos os dois em silêncio olhando para o céu que ali era mais estrelado que o céu visto das nossas varandas.

–Eu não quero te perder Austin. – Ela falou sem me olhar, sua voz soou arrasada.

–E eu também não quero me perca. – Falei sincero olhando para a mesma direção que ela.

Ela estava tão bonita! Seu cabelo preso, sua boca rosada, seus olhos redondos e castanhos que brilhavam a noite. Eu a amo, disso eu tenho certeza. E mesmo sem ter esperanças eu vou lutar por ela.


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Notas finais do capítulo

Quero compartilhar uma coisa: Não aguento ver esses dois afastados, mas também não posso estralar os dedos e eles estarem juntos, não tem sentido. Mas mesmo assim, nos próximos capítulos eu melhorarei as coisas. Tenho muitas ideias, e tenho que organizá-las para escrever o melhor para vocês.
E aí, quem gostou desse? Espero vocês nos comentários viu. E agradeço as novas leitoras, amo vocês.
Quem quiser entrar no grupo do Whatts me manda o número e o seu DDD pelo review ou pelo MP. E quem tiver Instagram, o meu é @natalhamonteiro, se seguir sigo de volta