Guardian Angel escrita por Juliano Adams


Capítulo 1
Primeiro dia


Notas iniciais do capítulo

Leonardo, o aluno novo e extrovertido tem uma primeira impressão de Patrick, o garoto tímido que senta no canto e não diz nenhuma palavra. Leonardo, mesmo sem saber por que, se sente intrigado por aquele rapaz. No final do dia, um acontecimento vai aproximá-los.



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Quando Leonardo entrou na sala, realmente esperava que aquele fosse um ano diferente. Mas era chato viver mudando de cidade, praticamente não tinha amigos fixos, se contentava com amizades temporárias. Esperava fazer amigos que durassem mais do que uma estação. Aquela sala era uma como todas as outras afinal, não seria difícil fazer algumas amizades: garotas fúteis, rapazes vaidosos, adolescentes excluídos em um canto próximo ao professor, tudo isso pareceu a Léo uma cena bem clichê, entretanto mal sabia ele que ali ele encontraria alguém que ia mudar sua forma de ver o mundo.

–Pessoal, esse é o Leonardo, ele vai ser colega de vocês, espero que todos colaborem para integrar ele na turma. – Avisava a professora, uma mulher alta e magra, que à primeira vista lembrava uma vassoura de óculos.

Como já era esperado, ninguém nem deu-se ao trabalho de oferecer um lugar a Leonardo, que teve de se contentar a sentar na última carteira do fundo. Ao seu lado estava uma figura esquisita: vestes pretas da cabeça aos pés, cabelos negros desgrenhados que caiam pelos ombros, mechas loiras malfeitas nas pontas e um par de óculos redondos. Seu corpo emanava um perfume amadeirado e forte, que Leo, por alguma razão sentiu prazer em respirar. A princípio pensou se tratar de uma garota, mas reparou bem nas feições e percebeu que se tratava de um rapaz, ainda assim com traços bastante femininos no rosto, este mal se enxergava, dada a quantidade de cabelos que caiam-lhe cobrindo os olhos. Leonardo notou que o garoto rabiscava um desenho em uma folha de caderno, parecia usar um pedaço de carvão como lápis. Naquela hora Leonardo direcionou sua visão a um grupo de garotas mais a frente, que soltava risinhos e virava em sua direção e assim não deu muita atenção ao desenho do rapaz ao seu lado, mas se o tivesse feito, teria percebido uma bela caricatura da professora, representada como uma vassoura de óculos.

Na verdade, Leonardo não deu atenção nenhuma àquele que futuramente ia ser a causa de sua maior obsessão, ateve-se em prestar atenção naquelas garotas que sentavam-se mais a frente, sorriu duas vezes para uma delas, que corou e deu risinhos, como era esperado. Garotas nunca foram um problema para Leonardo, seus cabelos loiros, olhos verdes, sorriso encantador e corpo definido para alguém de sua idade, lhe garantiam “suprimento feminino” adequado, como costumava se gabar.

No intervalo, assim como todas as outras escolas que Leonardo já frequentou (e em provavelmente todas as que existem) as pessoas se reuniram em pequenos grupinhos, que provavelmente falavam mal uns dos outros, ou talvez discutissem algum assunto irrelevante. Não é importante. Leo sentou-se um pouco isolado, na frente daquele mesmo grupinho de garotas que sorria para ele na sala. A loira, calculava Leo, se levantaria daqui a poucos minutos com alguma desculpa besta para começar a conversar com ele. Durante esse curto período de tempo Leonardo desviou o olhar para o espaço que havia debaixo da escadaria: lá estava aquela mesma figura misteriosa que sentara ao seu lado na classe de biologia. Sentava escorado em um dos degraus, e mastigava uma fatia de bolo. O rapaz tinha uma maneira estranha de mastigar, era furtivo, olhava para os lados antes de dar qualquer mordida. Leo achou aquilo engraçado, mas ao mesmo tempo pensou tratar-se de algum louco ou psicopata, e preferiu não encarar diretamente. Foi aí que Leo começou a questionar-se sobre aquele rapaz emblemático.

–Bonita sua mochila, meu irmão tem uma igual. – Disse a loira sorridente, com uma desculpa mais besta que Leo poderia imaginar, mas foi suficiente para desviar-lhe a atenção do rapaz engraçado/louco/psicopata da escadaria e voltar-se para os fartos seios da moça –que por algum motivo ela insistia em posicionar a altura dos olhos dele -.

–Obrigado. – Respondeu Leo, com seu sorriso arrebatador.

–Prazer, Larissa. – Disse ela, cumprimentando-o.

–Prazer, Leonardo.

–E aí, gostando da nova escola? – Perguntou ela sentando-se ao seu lado, muito ao seu lado, quase não deixando espaço entre suas pernas.

–É, parece bem legal, é a terceira que eu frequento esse ano, e considerando que na primeira eu tinha que chegar de barco, essa tá ótima. – Riu ele, e naquele momento percebeu que Larissa respirava um pouco mais forte quando ele sorria, não se surpreendeu.

–Nossa, mas você deve viajar bastante. – Riu ela, e Leo percebeu que seus dentes eram levemente tortos na parte de cima.

–Sim, meu pai é supervisor numa fábrica, e ele é sempre transferido de filial em filial, é difícil eu ficar mais de um ano numa cidade só. Esse ano a gente já morou em Manaus e no Rio, essa é minha terceira mudança.

–Nossa, deve ser legal se mudar tanto assim, conhecer pessoas novas... – Disse ela, e passou a enrolar o cabelo com os dedos. Leo quase riu.

–Um pouco, o chato é que aí você perde contato com as antigas...

–Hum, entendo. Mas olha, a gente vai fazer de tudo pra te enturmar hein? Na verdade vai ter uma festa na minha casa sexta que vem, já tá convidado, viu?

–Legal. – Respondeu Leonardo, num misto de interesse e tédio.

–E aí, o que achou da turma? – Perguntou ela, aproximando-se ainda mais.

–Eu não conheço ninguém ainda, sentei lá no fundo, do lado daquele cara ali da escada... – Disse ele, apontando para o menino misterioso, que agora sentava-se encolhido, com os braços presos ao redor das pernas, e observava friamente o vazio.

–Ah, o Patrick... – Riu ela. – Ele é meio estranho, nunca falou com ninguém eu acho, pelo menos nunca ouvi a voz dele. Acho que ele tem “probleminhas” - Disse ela apontando o indicador para a própria cabeça e fazendo um movimento em espiral. – Mas agora vem cá, eu vou te apresentar o pessoal. – Disse Larissa pegando Leonardo pela mão e puxando-o em direção ao grupo de garotas, que sorriam da mesma forma artificial, Leonardo teve que fazer um esforço para lembrar o nome delas depois, pois pareciam todas iguais.

Leonardo passou o resto da manhã conhecendo pessoas iguais às que havia conhecido antes, na verdade já estava bem integrado a turma, iria a tal festa da garota, que tinha certeza, estava caidinha por ele, não sentou-se mais ao lado de Patrick, e arranjou um lugar ao lado de seus novos amigos, mas algo começou a intriga-lo: o garoto não parava de encará-lo, seus olhos esquivos se desviavam quando Leo virava para vê-lo. Patrick estava se tornando um mistério na mente de Leonardo. O que o levava a ser assim? E por que ele o deixava tão intrigado? Os olhos negros e esquivos só fortaleciam o mistério. A princípio Leonardo não ligou. Já havia frequentado muitas escolas, com muitas pessoas estranhas e isoladas, mas não como aquele rapaz, cujo olhar implorava por algo, mas fugia quando Leo tentava entender o que era.

Durante a saída, após Larissa ficar mais de vinte longos minutos tagarelando algo sobre os lugares que gostava de frequentar na cidade, Leonardo conseguiu escapar da perseguição de sua mais nova “garota de sorte”, uma dentre as várias que não resistia aos seus encantos. O Rapaz tomou o caminho de sua nova casa, que felizmente ficava a poucos minutos da escola, ao dobrar a esquina, viu ninguém menos que Patrick: sua silhueta escura e esquiva se sobressaia entre os coloridos das roupas dos demais. Leonardo virou-se para atravessar a rua, mas que aconteceria ali modificaria sua rota, bem como sua vida.

Patrick parecia inerte ante os empurrões de um grupo de garotos mais velhos e mais altos, e continuou inerte quando caiu no chão, permaneceu inerte ante os apelidos que lhe davam, palavras agressivas, Leonardo talvez tenha identificado coisas como “veado” “bicha” e outros nomes mais repulsivos. Leonardo não pensou duas vezes, deu meia volta e saiu em socorro do rapaz, talvez em outra situação ele nem se importasse. Na verdade Leonardo nunca parou para pensar naqueles que apanham na escola, pelo contrário, ele mesmo já havia feito chacota com seus antigos colegas. Mas desta vez algo o mandava agir daquela maneira, e foi assim que Leo conheceu Patrick: num beco escuro do lado da escola. E os rapazes que sentiam prazer em agredir Patrick não sabiam, mas estavam contribuindo para tornar sua vida mais feliz. Quando Leo surgiu gritando, os garotos desapareceram em seguida, rindo histericamente, Patrick apenas deu-se o trabalho de recolocar os óculos e levantar-se com alguma dificuldade. Seu rosto pareceu esquivo e inexpressivo, foi quando ele percebeu a presença de Leo.

–Oi, tá tudo bem? – Perguntou Leonardo, oferecendo a mão para ajudar Patrick a levantar-se.

–Oi. Sim. – Respondeu Patrick, levantando-se sozinho. Sua voz era grave, o que surpreendeu um pouco Leonardo, que imaginava que Patrick soasse diferente. Apesar da gravidade, era uma voz triste, fria, que deixou Leonardo com um peso no coração. Será que Patrick se sentia triste pelas brincadeiras que lhe faziam? Pela primeira vez Leonardo sentia pena de alguém que não fosse ele mesmo.

–Err, você mora onde? Quer ajuda para ir até em casa?

–Eu to bem. Moro logo ali. Disse ele apontando para uma casa antiga, coberta de árvores na faixada, se Leonardo tivesse passado ali antes, arriscaria dizer que a casa estava abandonada.

–Bem, então acho que eu sou seu novo vizinho. Eu moro no prédio da rua de trás. – Disse Leonardo sorrindo, mas por mais que ele se esforçasse para ser simpático, tinha a impressão de que uma redoma de vidro encobria Patrick, pois quando Leonardo falava, ele agia como se não estivesse lá.

–Desculpe, eu não me apresentei: Prazer, Leonardo. – Sorriu Leo, cortando a frente de Patrick e estendendo a mão para cumprimenta-lo.

–Patrick. – Respondeu ele, esboçando um mínimo, quase imperceptível sorriso num rápido curvar de lábios. Ele abriu o portão de ferro e entrou, fazendo aquele cheiro amadeirado desaparecer no ar. Leonardo ficou parado por alguns segundos, meio catatônico, até dar meia volta e voltar para casa. Onde sua mãe esperava-o com o almoço já pronto.

–E aí filho, como foi com a escola? – Perguntou Simone, e sabemos agora de onde Leonardo havia herdado o sorriso arrebatador: Simone era uma mulher bonita, ainda jovem e com cabelos tão louros e olhos tão verdes quanto os do filho, os genes certos estavam naquela família. Mesmo assim ela não era uma mulher tão feliz quanto merecia, e o brilho nos seus olhos fenecera.

–Foi bem... Bom. –Respondeu o garoto por falta de termo melhor, certamente havia sido um dia diferente dos outros, mas Leonardo não costumava discutir assuntos de sua rotina com seus pais. Eles não o entenderiam, sabia ele. Quando precisava contar algo a alguém de confiança, recorria à internet: Yara, possivelmente sua única amizade que durou mais de um ano, estaria sempre online pra ele. Como se conheceram é uma história engraçada. Os dois estudaram juntos durante toda a oitava série, antes de o pai de Leo ser promovido e começar a levar a família a tiracolo pelas cidades do país. Yara era a garota mais bonita da sala, sua pele levemente amorenada e seus cabelos lisos impecáveis, bem como seu nome peculiar lhe renderam o apelido de “índia“e ela se orgulhava disso, pois realmente descendia de indígenas. Acontece que Yara foi possivelmente a única garota a dar um fora em Leonardo. Enquanto as outras meninas eram capazes de brigar por um beijo do garoto, Yara simplesmente não achava o loiro “nada demais”. E depois de levar o fora histórico, e insistir inúmeras vezes, Leonardo deu-se por vencido, e Yara tornou-se sua melhor amiga. Leonardo sempre se interessara mais por aqueles que ofereciam resistência à sua aproximação.

Leonardo ligou a câmera, e lá estava sua conselheira, pronta para ajudá-lo a resolver o mistério que tomava-lhe a mente.

Oi índia, e aí, como vai?

–Oi leãozinho, vou ótima, e você, meu don Juan? Partiu quantos corações hoje? – Riu ela, enquanto terminava seu pote de açaí.

–Sim, Yara, tem uma garota a fim de mim, até me convidou para uma festa. – Confirmou Leonardo, Yara revirou os olhos e deu um sorriso de cumplicidade.

–Humm, gostando da escola então?

–Até que tá sendo legal, mas uma coisa me intrigou: Eu sentei ao lado de um cara no primeiro período. Ele é completamente esquisito, tipo, ele vestia um all star preto umas calças meio surradas, um sobretudo preto, e aqui tá calor. E ele não fala absolutamente nada, como se fosse mudo sabe?

–Sim, entendo. – Respondeu Yara, tentando descobrir onde o amigo estava querendo chegar. Nunca havia lhe contado nada sobre a escola que não envolvesse um par de seios e um beijo roubado. Yara desconfiou.

Pois é, na hora da saída, tinha uns caras implicando com ele, chamando de veado e essas coisas sabe? E sei lá, eu confesso que até eu já zoei assim... Mas, me deu uma sensação estranha, de que eu devia fazer algo, eu quis ajudar, quis sei lá, tirar ele dali. Eu gritei pros caras saírem, eram uns moleques, foram embora correndo, e eu ajudei o cara a se levantar. Quando eu ouvi a voz dele, sei lá, deu pra sentir a tristeza dele sabe? Eu fiquei triste junto, eu tentei ser simpático, e levei ele pra casa, aí ele sorriu pra mim, eu não sei, isso tá me intrigando. Será que eu fiz o certo? Esse cara, sei lá, ele... Eu não sei, me dá uma sensação estranha.

Leo. – Respondeu Yara, cujo rosto bem humorado havia se tornado sério de súbito. – Existem muitas pessoas que ficam tristes, talvez até depressivas por causa dessas “brincadeiras” na escola. Ele deve ser tímido, ter dificuldade em se encaixar no grupo... Claro que você fez certo em ajudar ele. Eu acho que você devia falar com ele, vocês podem ser amigos, você pode usar seu carisma, pra dar um toque nele. Talvez isso ajude. – Aconselhou Yara, imaginando a cena que se desenrolara pela manhã.

É, acho que vou fazer isso. Sei lá, na minha cabeça não era só isso. Mas sinto que tenho que ajudar ele.

Leonardo não sabia, mas já havia ajudado, e muito. Não só a Patrick como a ele mesmo.

Patrick, ao chegar em casa encontrou tudo igual. Vazio, talvez não tão vazio, seus pais ainda estavam lá, mas dava no mesmo. Não cumprimentou a sua mãe, apenas pegou qualquer coisa para comer e subiu para o quarto, que mais parecia um depósito de mobília kitsch: pôsteres vintage de propagandas dos anos 40 conviviam com uma réplica em gesso da vênus de Botticelli, enquanto dezenas de livros abarrotavam uma estante empoeirada. A cama estava oculta em meio a milhares de roupas enroladas. E ao seu lado jazia uma escrivaninha velha com dezenas de papeis rasgados e amassados sobre ela. Patrick ligou seu rádio, possivelmente o único item tecnológico do quarto, e passou a ouvir “Montecchios e Capuletos” de Prokofiev enquanto tomava a caneta para tomar uma nota no papel que deixara na escrivaninha:

Agosto, 2013 anos desde que um cara desceu do céu falando para as pessoas serem mais legais com elas mesmas (e a acabou morto por isso)

Eu não aguento mais viver, queria dormir por uns mil anos, e acordar em um mundo diferente, queria não existir, ou não perceber que existo. A vida é tão desprezível que cada respiração me dá nojo só em perceber que estou vivo. Acho que você deve estar melhor do que eu, aí no inferno. Hoje foi mais um daqueles dias em que aquela estrela brilhante e amarela que ilumina o dia poderia não ter nascido. Há um bando de imbecis na escola? Há. Há um bando de imbecis no mundo. E eu realmente não gostaria de fazer parte dele. Mas hoje foi diferente: um pouco menos pior... Alguém segurou minha mão.

Hoje fariam três anos desde que ele partira. E a lembrança dele ainda o perturbava. Patrick não teve tempo de continuar, suas mãos derrubaram uma xícara de café frio que assentava-se ao lado fazendo o líquido marrom manchar as folhas e as mãos do garoto. Patrick amaldiçoou em voz alta, foi quando sua mãe entrou no quarto:

–Filho, você tem que arrumar essa bagunça. Olha o que você fez... –disse ela apontando pro café e pegando um pano para absorver o líquido - Faz quanto tempo que você não arruma esse quarto? Quanto tempo que você não abre essa janela? Isso tá cheirando a pó e a mofo. - Disse ela abrindo a velha janela de madeira, e precisou fazer um tremendo esforço, pois estava emperrada. Quando finalmente conseguiu, a luz e o calor invadiram aquele cômodo frio, e uma brisa soprou trazendo ar novo. Patrick virou o olhar procurando por sombras enquanto sua mãe revirava por todos os lugares do quarto numa tentativa frenética de eliminar o pó e o odor.

–Lígia, eu realmente apreciaria se a senhora me deixasse em paz. – Disse ele jogando-se na cama. Chamava a mãe pelo nome, o que deixava Lígia triste. Mas nunca se preocupara em excesso, afinal era apenas uma fase de adolescência, logo iria passar. Nunca soubera das ânsias do filho, em verdade não se interessava, - amava-o, claro, mas o dom da maternidade era um dom complicado - e por isso ignorava seu sofrimento. Patrick a ignorava em resposta, e embora mãe e filho, passavam a agir como desconhecidos.

Lígia saiu do quarto, Patrick fechou as janelas, mas deixou uma pequena fresta entreaberta, de onde podia enxergar o prédio alto da rua de trás. Um sorriso lindo veio a sua mente por uma fração de segundos. E então desapareceu.


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Notas finais do capítulo

E aí leitores! Espero que tenham gostado da trama. Alguma opinião? Xingamento? Não deixem de comentar, beijos e até a próxima!