Como eu suspeitava, Hanna não havia acabado de acordar do coma. Seus pais estavam usando de suas influências para que ela não sofresse a “pressão” que os jornais a fariam. Bom, devo admitir que ambos fizeram bem seu trabalho. Diferente dos meus.

Quando cheguei ao hospital particular e antes de subir para o quarto dela, a polícia que montava guarda em frente a porta do hospital, também estava na porta do quarto de Hanna e pedindo identificação para entrar, visto que repórteres de todas as emissoras enlouqueciam a cada vez que alguém entrava ou saia daquele prédio.

Ao abrir a porta e finalmente adentrar no quarto, ela parecia me esperar sentada calmamente em sua cama, me olhando como se eu fosse um animal raro em exibição no zoológico. “Ouvi os boatos sobre você, querida. É uma pena, não? Ou, devo dizer que é apenas convencional?.”.

Imagino que por estarmos sós no quarto, ela se deu ao luxo de dizer algo assim, pois, logo que seus pais e Sansa entraram no quarto, ela fingia estar fraca e ter perda de memória sobre o que se passava no dia no massacre, o que obviamente, sabemos que não é verdade, certo Dario?.

As horas seguintes se passaram sem que ela mostrasse sua face verdadeira de novo e as perguntas que nos faziam eram vagas, como nossas respostas. No fim, Sansa se mostrava cansada de tudo aquilo e me levou embora. No caminho para casa, ela comentou algo sobre fazer uma sessão comigo e Hanna juntas. Não acho que dará certo, mas acho que talvez seja interessante ver como as coisas se seguirão.

Devo admitir algo, tenho curiosidade de perguntar sobre o que houve com Lay. Meu ex namorado. Ex, porque ele morreu no massacre. Talvez na prox vez que ver Sansa, eu pergunte sobre ele.