O Torturador escrita por timoteo


Capítulo 2
O Psicopata




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A respiração estava acelerada, já fazia um mês desde o último ataque. Ele estava muito ansioso, mas tinha que manter a calma, ainda não podia matar a vontade. Na última vez em que deixou a ansiedade vencer a sanidade, terminou com um sequestro mal executado e um assassinato não planejado, tendo que sair às pressas da cidade.

Pelo menos ele tinha o cachecol. Ah, o cachecol! Que coisa mais linda, aquela beleza. Mais ou menos 100 mamilos. Um trabalho de 3 longos anos. Ele havia passado por 5 cidades para poder terminá-lo, mas enfim ele estava pronto. Porém, ainda não podia usá-lo. Precisava de um casaco para completar, um casaco de pele. No último ataque tinha conseguido certa quantidade de pele, mas era pouco, não dava nem para a primeira camada do casaco. Precisava de mais, muito mais, por isso ele havia se mudado novamente. Mas também era por uma questão de segurança, se ele atacasse mais pessoas na pequena cidade ele poderia se tornar um suspeito, por isso se mudara. Agora, em um grande centro, ele tinha mais opções de vitimas, muito mais, e tinha mais locais para se esconder caso necessário.

Como sempre, um novo nome, novos documentos, novo currículo e novo diploma. O real ele sempre mantinha com sigo, guardava com orgulho, se lembrava dos anos na faculdade de medicina, os melhores da sua vida. Entrara lá exatamente por causa de seu vicio no corpo humano, vicio em cortar pessoas. Na faculdade aprendeu as melhores técnicas para fazer um corte perfeito. Ideal para ele, que queria os membros sempre o mais próximo da realidade, mas também sabia como judiar de uma pessoa caso necessário. Ainda na faculdade ele conseguiu as primeiras peças da coleção. Alguns olhos, pedaços de peles, os primeiros mamilos pro cachecol, sempre de pessoas mortas. Mas aquilo não lhe dava tanto prazer. Cortar alguém sem vida era tão entediante quanto dessecar um sapo, ou mutilar algum outro animal. Isso era coisa de quando ele era um adolescente do interior, aquilo não lhe excitava, então ele começou a atacar pessoas vivas. Todavia, sempre com cuidado de não ser reconhecido, sequestrando, mutilando e despejando o corpo sem a pessoa ter tido noção do que lhe havia acontecido.

Isso até aquele homem naquela pequena cidade. Se ele tivesse passado 1minuto antes ou 1 minuto depois teria sido tão mais fácil. Ele não teria visto o homem, a vontade não teria vindo ao seu coração e mente de forma tão forte. Ele estava indo tomar o calmante, mas ele viu o homem e decidiu atacar o homem sem ter o material correto, aquele tranqüilizante. Foi no soco. O homem desmaiou, mas não por tempo suficiente para ele executar toda a tarefa. Na verdade mal deu tempo de colocar o homem na cadeira e prende-lo, então ele teve que matar o homem. Não queria ter matado. Ele não era um assassino, nem sentia prazer com isso. Seu prazer era multilar, arrancar os membros, porém, deixar a pessoa viva, sofrendo, com dor... Esse era o seu verdadeiro prazer; ver a pessoa passando o dia a dia após o acontecimento, com dificuldades. Sim! isso era tão bom quanto o ato da mutilação.

Agora ele já estava instalado na nova cidade, um grande centro. Trabalhava em um novo hospital, já tinha uma ideia de como as pessoas das redondezas viviam e principalmente tinha todos os materiais necessários para voltar ao trabalho. Ele estava muito excitado, estava com saudades de fazer isso. Seis meses era muito tempo, mas era necessário. Agora ele estava pronto. Colocou o sonífero no pano, pegou uma faca e colocou no bolso. Saiu pela calçada; o coração estava acelerado, ele estava nervoso. Entretanto o rosto demonstrava calma, tinha que ser assim. Ele saiu da sua casa, pegou o carro e foi para uma rua mais calma e tranquila, já tinha uma vitima em mente: uma moça, muito bonita, parecia ter uma pele macia, por volta dos 25 anos. Ela sempre passava por ali voltando da faculdade, tinha uma pele morena, era isso que ele precisava, já tinha definido em que ponto da rua iria sequestrá-la, então parou o carro num beco e ficou esperando. Perto do horário que a moça passava ele saiu do carro e ficou parado na esquina, bem junto a parede. Quando ouviu passos se preparou, estava chegando a hora. Agora seu coração dava pulos, ele começava a suar, os pensamentos vinham muito rápido na sua cabeça. Relembrava o plano muitas vezes, sabia exatamente o que iria fazer da hora em que sequestrasse a moça ali, até o momento em que largaria ela em um beco do outro lado da cidade.

A moça se aproximou, passou por onde ele estava. O psicopata foi seguindo ela com cuidado, quando se aproximou, passou o braço pelo pescoço dela e botou a mão com o pano encharcado de sonífero no rosto dela, que nem teve tempo de gritar por socorro. Então ele puxou o corpo dela até o carro, botou no banco de trás e dirigiu até seu laboratório. Lá a amarrou na cadeira, e ficou apreciando aquele belo rosto, o belo corpo, e como ele havia imaginado uma pele muito lisa. Ele havia feito uma ótima escolha. Ele começou a tirar a roupa dela, com muita delicadeza, para evitar movimentos bruscos, para ela não acordar, e também para não bater nenhuma parte do corpo e danificar o “tecido” para o casaco. Depois que ela estava completamente nua, ele começou a passar a faca de esfola pelo rosto, braços, barriga e seios da moça, com muita delicadeza, apenas para curtir o momento, ainda não ia começar a esfolar.

Depois de ficar acariciando a moça com a faca, ele começou a fazer um corte na lateral do corpo dela, de forma bem leve, apenas para tirar a pele. Começou a cortar embaixo do sovaco esquerdo, e foi descendo pelas costelas até chegar à cintura. Então começou a cortar a barriga, até chegar ao outro lado. Depois, começou a subir pelo lado direito, até chegar embaixo do sovaco, subiu pelo ombro até chegar à clavícula, e foi cortando rente ao osso, passando pelo pescoço passando para o outro lado até chegar novamente no sovaco esquerdo.

Então começou a soltar com a faca a parte do meio da barriga. Foi raspando onde tinha passado a faca na região da clavícula, foi tirando a pele, dos seios com toda a delicadeza possível, de forma igual de um ombro ao outro, exatamente onde tinha feito o corte antes. Depois da região do peito foi descendo pela barriga, com todo o cuidado possível. Enquanto a esfolava o sangue ia escorrendo, o que deixava ele ainda mais excitado. Aquele cheiro de sangue no ar fazia com que ele tivesse mais vontade de trabalhar. Sua mente estava em êxtase. Era daquilo que ele necessitava. Depois de seis meses na escuridão aquilo era a luz. Ele estava de volta, aquilo era muito bom, muito prazeroso.

Quando chegou até a parte de baixo, onde tinha feito a marcação ele tirou a pele com todo cuidado, e a colocou em um recipiente com desinfetante e outros produtos para poder limpá-la. Ele tinha que fazer exatamente como faziam com o couro bovino antes de fabricar uma roupa. Deixar a pele limpa, para ela não apodrecer. Depois de ter feito os cuidados iniciais com a pele, ele voltou para os cuidados com a moça, afinal ela não poderia morrer de forma nenhuma. Então ele pegou o material e fez um grande curativo, deu mais calmantes para ela, levou-a até o carro, e foi largá-la no lugar onde tinha programado. Quando olhou no relógio viu que eram 6 horas da manhã, como havia calculado. Se a deixasse no local onde tinha planejado, ela seria encontrada rapidamente, e logo seria levada ao hospital, onde provavelmente ele mesmo a trataria, e a veria sofrer, tudo como ele tinha planejado.

Chegando ao local, tinha algum movimento na rua, as primeiras pessoas saindo para trabalhar. Esperou até que a rua estivesse toda deserta e deixou a moça desacordada ali, com um bilhete, como havia planejado. Ela provavelmente iria acordar em 30 minutos, então se ninguém a encontrasse até esse momento ela iria procurar ajuda, se conseguisse se levantar. O psicopata ficou esperando dentro do carro, meio escondido, queria ver o que iria acontecer, como sempre fazia, e caso ninguém aparecesse para ajudá-la, ele seria o bom samaritano, uma parte dele desejava exatamente isso, que ele tivesse que ajuda-la.

O Psicopata estava muito ansioso, apesar de boa parte de sua excitação já ter passado. O prazer tinha sido enorme, mas ele queria ver o andamento da história. Queria cuidar da moça no hospital, assim como queria ir pra casa e começar a costurar os pedaços de pele do homem que ele havia matado há um tempo com o da moça, mas ele tinha que esperar. Tudo ao seu tempo. Ele não via a hora de poder vestir aquele casaco, mas ainda precisava de pelo menos mais 3 vitimas, pelo menos. E se não conseguisse a quantidade de pele o suficiente, ele teria que pegar mais vitimas, e como ele tinha o plano de fazer um ataque a cada mês, o casaco só estaria pronto para o próximo ano. Mas tudo bem, paciência é uma virtude. O que ele não poderia fazer de jeito nenhum, era deixar a ansiedade dominá-lo novamente, como havia ocorrido há seis meses. A ansiedade quase tinha estragado seus planos.


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