Pov. Dominic

– Nico, coloque o Dixon para dentro de casa. – Diz minha mãe. – Antes que você e o Alec tirem as coisas do caminhão de mudança, esta me ouvindo?

– Sim senhora capitã. – Respondo pegando a coleira do Dixon em uma das caixas no fundo do carro dela.

– Pare de ser idiota e vá logo. – Fala ela. – Seu irmão esta esperando lá no caminhão, garoto.

– Okay mãe. – Respondo caminhando até o fundo do caminhão onde Alec me espera segurando Dixon nos braços, ou apenas tentando.

Há quase três anos, eu o ganhei de presente de aniversario do meu pai, poucos dias depois ele foi chamado pelo exercito, Dixon acabou sendo um presente de despedida da parte dele. Minha lembrança viva dele, minha ultima lembrança de um momento feliz com ele.

Dixon era um São Bernardo de porte médio, um cachorro dócil, mas com uma mania irritante e que pode machucar uma pessoa, sempre que eu ou Alec chegávamos do colégio ele vinha correndo e se jogava na gente, uma vez ele ainda era pequeno, mas era forte, então quase ele se correu atrás da minha mãe e se jogou nela, ela caiu com ele e o mesmo lambeu o rosto dela todo enquanto ela tinha um ataque de riso. Depois ela brigou com ele, e ele não pula mais nela, só quando ela tem comida pra ele – quase todo dia.

– E ai garotão?! – Digo parando ao lado de Dixon a ele bagunçando seu pelo, e o mesmo tenta morde minha mão. – Gostando da nova casa amigão?

– Me da logo essa coleira aqui, temos que prender ele em algum lugar para começarmos a levas as caixas para dentro da casa. – Fala Alec tomando a coleira da minha mão e pondo em Dixon.

– Falando assim você parece à mamãe, sabia? – Lhe digo – Prenda ele em uma dos vãos da varanda, não tem como ele sair de lá. – Pelo menos eu acho. Termino a frase em minha mente. Claro o Dixon é um cachorro gordo e forte, mas não acredito que ele vá conseguir sair, tendo preso a alguma dessas madeiras da varanda.

Passamos quase uma hora, levando as caixas para dentro de casa, ainda faltam algumas caixas e também falta um caminhão, onde esta a mobilia. A casa já veio com algumas, mas minha mãe sempre foi apegada a essas coisas, pois como ela diz; Cada coisa tem uma lembrança, um momento feliz ou triste, devemos guardar todos, os bons para lembrarmos de que tivemos momentos felizes e os tristes, para lembrarmos que também tivemos dias tristes, mas nós passamos por eles, e seguimos em frente, pode te afetar, mas ele vai passar. Tudo na vida passa e só nos resta lembranças.

Estou no meu caminho de volta ao carro, quando vejo uma mulher que aparenta ter uns 40 anos vindo em direção a minha nova casa, ao passar por mim da um sorriso sem mostrar os dentes, paro no meio do caminho até o carro e olho para ela. Cabelos castanhos, alta pele entre o morena e o branca. Para a idade que ela aparenta ter, ela esta bonita.

Chego o ao carro e pego uma caixa que tem meu nome, abro ela para ver o que tem, e descubro que ela guarda meus CDs e alguns livros, a pego com todo cuidado nos braços, como se fosse um bebe, pode parecer meio estranho um garoto tratar livros e CDs como todo o cuidado, mas aprendi a ser assim com meu pai, ele que me ensinou a gostar da leitura, então a musica e os livros me levam para um lugar somente meu.

– Dominic. – Grita minha mãe, que esta parada no começo da escada que leva a casa, com a mulher a sua frente. – Venha até aqui.

Caminho até elas e paro ao lado da minha mãe e Alec para ao meu lado. – Oi. – Digo ao mesmo tempo em que Alec fala.

– Meninos essa é a Louise. – Diz minha mãe apontando para a mulher a nossa frente. – Ela é a nossa vizinha.

– Prazer em conhecê-los garotos. – Fala Louise, sorrindo para nós dois. – Quantos anos vocês dois tem?

– Tenho 15 anos. – Responde Alec, arrumando o cabelo, que o vento bagunçou.

– Tenho 18 anos. – Lhe digo arrumando a caixa em meus braços.

– Nossa. – Exclama ela ponto alguns fios que o vento tirou de detrás da orelha. – vocês têm a mesma idade que a minha mais velha tem 17 e a mais nova tem 15 anos também. – Fala ela rindo um pouco.

– Bom, depois traga elas aqui. Assim eles poderiam ser amigos. – Se pronuncia minha mãe.

– Ótima ideia. – Responde Louise, batendo palminhas como uma colegial. – Vocês vão ficar por quanto tempo?

– Vamos morar aqui.

– Ah. Isso é muito bom! – Assim que ela termina de falar, uma garota de cabelos coloridos sai da casa ao lado, com um short curto, amostrando as belas pernas que tem biquíni e fones de ouvidos. – Oh, Lola venha aqui meu amor.