Refúgio escrita por abishop


Capítulo 7
Capítulo 7




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Embora os dias em que meu pai chegaria estivessem chegando, eu ficava cada vez mais inseguro e mesmo o Joshua percebendo, ele vinha com seus carinhos me deixando mais calmo. Em breve as aulas começariam e voltaríamos aquela rotina da casa pra escola e da escola pra casa, isso quando não resolvíamos mudar o nosso percurso e ir para algum lugar.

Os shows tinham diminuído mais sempre tínhamos uns dois ou três shows por semana, isso quando não era por noite. Um dia em uma tarde de sábado, cheguei e Joshua não estava. Deitei no sofá e comecei a ler alguns capítulos de um livro e fui tomar banho. Ouvi-o chegando e sai logo para ver o que ele estava aprontando.

– Alec, onde você esta?

– Estou no banho Josh. O que você quer?

– Tenho uma surpresa pra você, só não demora.

– Okay Joshua.

Sai um pouco depois e fui para o quarto para me vestir, lá estava ele e vi que ele estava com uma cara de quem realmente estava aprontando. Aquele seus olhos um pouco arregalados e apreensivos por querer o que eu iria achar me diziam que só podia ser coisa boa, ou melhor, vindo dele a coisa é ótima.

– Espere aqui Alec, vou ali pegar uma coisa pra você e já volto.

– Joshua Urie, o que você esta aprontando?

– Nada. Só resolvi te fazer uma surpresa. Posso?

Voltou uns minutos depois e eu ainda estava no quarto esperando ele com a surpresa que tinha preparado para mim. Ele entrou com uma cesta enorme com rosas e chocolates e me entregou. Eu fiquei com uma cara de bobo sem saber o que dizer. Olhei para ele que sorria ao ver o meu sorriso bobo por ter recebido aquela surpresa: uma cesta com rosas e chocolates. A coisa mais romântica que eu já vi. Aproximei-me dele e beijei seus lábios.

– Obrigado Josh. Eu te amo.

– Eu também te amo, Alec.

Spencer e Jon apareceram dois dias depois já que teríamos um show na quarta-feira. Ensaiamos a tarde inteira os covers de sempre e começamos a cifrar minhas composições. Joshua tocou uma delas no teclado e ficou perfeito. Ela se chama Camisado. Tocamos algumas vezes ate que achássemos o ritmo certo e a harmonia estava perfeita.

Ao anoitecer Jon e Spencer foram embora nos deixando a sós. Enquanto eu não recebia a ligação de meu pai, acabávamos trocando carinhos. Eu e Joshua estávamos deitados no sofá, eu em cima dele. Na mesma noite, o telefonema por qual eu mais esperava e que menos desejava ter.

– É seu pai, não?

– É, mais estou com um pouco de medo.

– Alec, não precisa ter medo. Eu estarei com você aconteça o que acontecer. Agora atende ao telefone. – Apertei o botão, dando inicio na conversa com meu pai.

– Alô pai.

– Como vai Alec. Espero que bem.

– Vou bem e o senhor?

– Vou indo. Então, estou ligando para avisar que chego na semana que vem.

Joshua alisava meus cabelos e deu um beijo em minha bochecha me deixando mais calmo. Eu sabia que a partir do momento em que meu pai pisasse com seus pés em casa, não teríamos quase sossego e momentos só nossos e Joshua sequer imaginava que isso poderia acontecer. Olhei para ele retribuindo o carinho e continuei minha conversa ao telefone.

– E que horas você chega?

– Provavelmente às 17 horas.

– Pai, quando for te buscar, posso levar um amigo?

– Pode. Alec, agora eu preciso desligar.

– Ate mais.

Joshua me abraçou me reconfortando. Eu estava precisando dos abraços do Josh Bear porque eles me mantinham calmo. O meu olhar um pouco triste e incompreensivo pairou sobre aqueles olhos que me faziam delirar e aquela boca que me fazia pensar em certas coisas.

– Josh, posso te pedir uma coisa?

– Pode Alec, o que é?

– Quando meu pai estiver aqui, vamos tentar evitar ficar trocando qualquer demonstração de afeto próximo dele.

– Não prometo nada Alec, mais posso evitar isso sim. Alec, mais cedo ou mais tarde ele vai acabar descobrindo e o quanto antes melhor.

– Eu sei disso Joshua, mas é que...

– É o que Alec? Medo não é. Acho que você se sente inseguro por alguma coisa que aconteceu no seu passado que você não me contou.

– E é isso mesmo. Josh, quando eu tinha uns 12 para 13 anos meu pai era alcoólatra e nisso ele ouviu uma conversa com minha mãe que eu estava começando a ter interesse por garotos e não por garotas, ai ele acabou me batendo feio.

– Alec, me desculpe por te ficar fazendo lembrar dessas coisas. Mais se seu pai vir a descobrir da gente eu irei fazer o que for preciso pra te defender e ter que ficar com você.

– Own Josh, eu te amo.

– Eu também te amo, doce.

Os dias seguintes foram exaustivos e a única coisa que eu conseguia fazer direito era tocar nos ensaios da banda. Spencer sabia o porque de eu estar tão mau, ele sabia sobre meu pai e que quando ele descobrisse sobre eu e Joshua, tudo poderia ir por água a baixo. Joshua me dava todo o apoio e carinho possivel. Eu precisava desabafar com alguém, que não pudesse ser o Joshua. Resolvi desabafar com o Spencer depois dos ensaios.

Sentamos no sofá e ele já sabia de qual assunto se tratava.

– Alec, só escuta o que eu tenho pra te falar sobre esse assunto, okay? – Acenei com a cabeça e deixei com que ele falasse. – Alec, você não é mais nenhuma criança pra ter que ficar com medo do seu pai. Esta na hora de você lutar contra esse seu medo. Alec, o Joshua te ama mais do que qualquer outra coisa, e o que parece é que você não acredita no amor que ele sente por ti.

– Eu sei Spencer, mas quando aquilo aconteceu acabou me abalando psicologicamente, entende? Não é tão fácil quanto parece.

– Alec, é só você querer que você consegue. Só pensa um pouco nas poucas palavras que eu te disse. Agora eu tenho que ir embora.

Ele saiu pela porta e aquelas suas palavras ficaram martelando em minha cabeça. Spencer tinha razão: estava na hora de eu lutar pelos meus sonhos. E era isso que eu ia fazer quando chegasse o momento certo. Joshua chegou da volta que tinha ido dar com o Jon para deixar eu Spencer conversar em paz.

– Como foi à conversa com o Spencer?

– Foi boa. Ele me fez abrir os olhos para que eu lute e conquiste meus sonhos.

– Fico feliz por você, amor.

– E como foi o passeio com o Jon?

– Bem, ele me perguntou umas coisas sobre a gente, se nós dois estamos namorando e eu acabei confirmando.

– Eu achei que o Spencer tinha comentado alguma coisa com ele!

– Eu também Alec, só que o Spencer deve ter se esquecido de comentar esse assunto com ele.

– E o Jon? O que ele achou?

– Ele disse que nós apóia e que devemos lutar para destruir todas as barreiras que nos cercam.

– Joshua, quando começa nossas aulas?

– Segunda-feira, porque Alec?

– Por nada. Só para saber mesmo.

O final de semana chegou bem mais rápido do que pensamos e resolvemos curtir nossos últimos dias de férias, o nosso sonho e depois teríamos que enfrentar de frente o nosso inimigo: o pior pesadelo. Mais pouco me importava com isso. Eu quero aproveitar o máximo possível cada segundo que eu estiver ao lado do Josh.

No sábado à noite fomos assistir um filme, nos sentamos em um lugar da sala onde pudéssemos ter um pouco de privacidade, pois eu sabia que Joshua estaria com um pouco de fogo e que eu seria seu alvo naquela sala escura.

No meio do filme ele começou a passar uma de suas mãos na minha perna e indo ate minha virilha me deixando completamente arrepiado. Fiz o mesmo com ele que soltou um gemido silencioso ali mesmo. Apenas ficamos provocando um ao outro e paramos antes que nossos corpos falassem mais alto.

O filme tinha acabado e saímos da sala felizes. Andamos um pouco pelo shopping e fomos embora caminhando para admirar o brilho da lua que fazia naquela noite. Segunda-feira tinha chegado e as aulas retornariam mais uma vez e para minha felicidade ou não estava dando tudo certo. Spencer e Jon tinham aproveitado os últimos dias pra irem visitar os pais do Jon em Chicago.

Nossa rotina era sempre a mesma coisa e logo mudaria, porque no fim de semana meu pai chegaria mudando tudo que fosse possível. A semana passou bem rápido com as aulas que estávamos tendo sobre ‘Os Diferentes Estilos do Rock’. Enquanto voltamos para casa senti meu celular vibrando com a chegada de uma mensagem de meu pai avisando que chegaria às 17 horas na sexta-feira. Mostrei para Joshua que me abraçou.

Mais tarde em casa, Joshua e eu tocamos alguma coisa para relaxar um pouco. Ficamos conversando sobre algumas coisas e nem vimos à hora passar. A semana tinha passado bem rápido, Joshua e eu ficamos em casa arrumando algumas coisas quando não estávamos ensaiando com Jon e Spencer. Quando finalmente sexta-feira tinha chegado eu fiquei um pouco mais relaxado. Seja lá o que acontecesse mais cedo ou mais tarde tudo teria que ser resolvido.

Quando o relógio marcou 16 horas eu e Joshua saímos com meu carro rumo ao aeroporto. Sem condições para dirigir com meu nervosismo, deixei com que ele o fizesse. Conversamos durante o caminho sobre algumas coisas e um tempo depois chegamos ao aeroporto. Entramos e fomos esperar meu pai no portão de desembarque numero 05. Ouvi o anuncio da chegada de seu vôo e Joshua segurou minha mão entrelaçando nossos dedos. Levantei-me da cadeira onde estava sentado e fiquei procurando ate avistar meu pai. Indiquei-o para Joshua que comentou alguma coisa engraçada e quando ele finalmente se aproximou de nos, ele me abraçou.

– Pai, esse é o Joshua, o amigo que te falei.

– Ah sim, claro. Prazer Joshua, me chamo George. Vocês dividem a casa, não?

– Para redução de custos George.

– Isso é bom Joshua.

A pergunta que meu pai fez a Joshua realmente me deixou um pouco assustado. E se meu pai estivesse tramando alguma coisa? Foi quando me lembrei que em um de seus telefonemas eu comentei que dividia a casa com o Joshua e ele porem ficou um pouco perdido com aquela pergunta que o pegara de surpresa, e que por minha culpa eu não tinha comentado aquele pequeno detalhe.

– Podemos ir não? – Joshua perguntou sorrindo.

– Claro Joshua. Vamos pai?

– Sim, vamos. Estou um pouco cansado com essa viagem.

Eu e Joshua carregamos a pouca bagagem que havia ate o carro. Joshua voltou dirigindo e meu pai foi no banco da frente ao lado de Joshua. Confesso que meu coração gelou nessa hora e mais ainda quando o Joshua me deu uma olhada pelo retrovisor, deixando com que o meu pai não percebesse. Chegamos em casa e colocamos as coisas de meu pai no outro quarto que tínhamos arrumado.

– Pai, é aqui que você vai dormir. No quarto do Joshua.

– E o Joshua, vai dormir aonde?

– Ele vai dormir comigo, já que às vezes ficamos acordados ate tarde estudando. Assim não corremos o risco de te atrapalhar.

– Não precisa se preocupar com a gente George.

– Okay então garotos. Bons estudos e boa noite, porque eu estou cansadíssimo.

– Boa noite George.

– Boa noite pai.

Eu caminhei ate o nosso quarto e Joshua foi para a cozinha beber um copo de leite. Peguei meu pijama e fui me trocar no banheiro e logo em seguida Joshua fez o mesmo assim que terminou de beber seu copo de leite. Ficamos sentados sobre a cama estudando um pouco e trancamos a porta para não sermos interrompidos durante os estudos.

– Josh...

– Que foi meu doce de leite?

– Joshua você acha que meu pai já suspeitou de alguma coisa?

– Não, por quê?

– Porque quando ele te fez aquela pergunta lá no aeroporto, pareceu que sim.

– Alec, deita aqui. – Apoiei minha cabeça em sua coxa e ele alisava meus cabelos. – Confesso que eu percebi a mesma coisa, mais depois vi que não tinha nada demais. Mais acho bom ficarmos desconfiados dessas perguntas, o que você acha?

– Acho que seria bom mesmo, e o que você achou dele Josh?

– Um pouco autoritário. Agora entendo seus medos. Alec, estou com sono, e você?

– Também estou Josh.

– Só vou tirar essas coisas de cima da cama pra gente poder dormir.

Ele pegou nossos cadernos, livros e folhas de exercícios e colocou-os em cima de uma mesinha que havia ali no quarto. Voltou e deitou-se nos cobrindo e me abraçou de conchinha beijando meu pescoço a procura de meus lábios.

Os dias que sucederam a chegada de meu pai foi um pouco confusa, isso quando não tínhamos que nos esvair e fazer de tudo para que ele não notasse nada entre mim e Joshua. Que entre nos dois tinha muito mais do que uma amizade e que ia muito alem. De manha meu pai seguia a rotina de fazer uma caminhada pelo bairro enquanto Joshua e eu saiamos para ir à escola. O bom disso era chegar e encontrar o almoço feito.

Quando viemos a perceber, meu pai já estava com a gente vinte dias e nesses vinte dias nada tinha acontecido e eu sentia falta dos toques e dos beijos de Joshua durante o dia, porque era durante a noite que a gente matava a saudade um do outro. Isso só fez perceber que não poderíamos ficar mais um sem o gosto do outro.

Quando a sexta-feira chegou Joshua, eu, Spencer e Jon resolvemos ir ao cinema e depois ir andar por ai. Meu pai não era chegado a lugares muito tumultuados preferiu ficar em casa vendo um jogo de futebol. Quando saímos do cinema fomos para uma pizzaria e ficamos jogando conversas fora com assuntos menos importantes.

– Jon vamos?

– Mais já Spencer?

– Mais já sim senhor, eu estou muito cansado.

– Okay então. Vamos embora Spencer. E vocês dois, vão ficar ai ou vão ir com a gente?

– Vamos ficar mais um pouco por aqui.

– Ate mais Joshua. Alec quando vai ter ensaio?

– Assim que tiver alguma coisa seu ligo pra vocês avisando, okay? Não se preocupem.

– Então ta. Ate Alec.

Os dois saíram nos deixando a sós numa mesa um pouco mais afastada das outras. Só que dessa vez nem nos importamos se as demais pessoas estariam vendo ou não e nos beijamos ali mesmo, um beijo com muita paixão.

– Vamos embora Alec? – Ele cochichou ao meu ouvido me deixando um pouco arrepiado.

– Pra onde Josh? – Sussurrei de volta.

– Pra casa Alec.

Saímos e fomos para casa, enquanto caminhávamos íamos trocando carinhos entre nos e com um gosto de quero mais para depois de tudo isso. Chegamos e entramos em silencio indo direto para o nosso quarto. Fechamos a porta e nos deitamos.

– O que vamos fazer agora Alec?

– Não sei Joshua. O que você quer?

– Eu gostaria de tocar seu corpo como nas outras vezes, mas com seu pai aqui não posso nem pensar nisso.

– Acho bom nem pensar mesmo.

– Então eu pensei e se a gente ficasse só nos beijos?

– Só nos beijos é? Então vem aqui e comece com isso agora Urie.

– Desde quando você é assim Ross?

– Assim como? – disse ameaçadoramente próximo de seu rosto.

– Assim tão quente.

– Desde que eu te conheci Joshua Urie, agora me beije.

Ele veio para cima de mim, se deitando sobre o meu corpo e ficou me beijando ate onde seus lábios alcançavam. Eu fazia a minha parte beijando-o também e passava meus dedos nas suas costas ate seu cabelo desarrumando-o. Quando não havia mais fôlego, ele encostou sua cabeça em meu peito e ficou ouvindo meu coração bater.

– Seu coração bate desse jeito por mim?

– Só por você e por mais ninguém. Você me faz feliz. – Encostei meus lábios nos dele e troquei o doce de nossos lábios. Ele sugou meu mamilo e o beijou e em seguida adormeceu.

Na manha seguinte, meu pai levantara cedo para sua caminhada e Joshua foi fazer o café. Eu comecei a dar uma arrumada na casa pra deixar as coisas no lugar. Sentei-me para tomar café e assim que terminei voltei para a minha faxina e Joshua me ajudou. Umas duas horas meu pai chega e com uma cara nem um pouco agradável. Joshua o cumprimentou e este sequer obteve uma resposta de meu pai.

Ele passou por mim e foi para o quarto o qual ele dormia. Eu e Joshua ficamos sem entender o motivo daquela birra toda. Aproximei-me de Joshua e o abracei porque estava sentindo medo, ele retribuiu o abraço e deu um beijo na minha testa. Fui ate o quarto em que meu pai estava para ter uma conversa do porque daquilo tudo agora.

– Pai, o que houve?

– Alec, não me venha com essa agora. Você me envergonha e eu vou voltar para onde eu jamais devia ter saído.

– Do que você esta falando?

– Alec, não se faça se bobo. Eu sei de tudo. Vi vocês dois se beijando ontem de noite no seu quarto. Ele é seu namorado, não?

Meu rosto corou e com esses gritos Joshua veio ate mim para ver o que estava acontecendo. Ele se aproximou de mim e me abraçou ao ver o pouco de desespero que havia em meu olhar e me dando coragem para enfrentar meu pai e o seu preconceito idiota.

– Pai, ele é meu namorado sim. Eu o amo e desde que o conheci é ele que faz os meus dias ficarem melhores do que já são.

– E você rapaz, o que tem a dizer sobre isso?

– George, eu amo o seu filho. Ele é a minha razão de viver. Sem ele eu não sou nada assim como ele não é nada sem mim.

– Pensei que podia confiar em vocês dois, mais vejo que não é necessário. Vocês dois são dois traidores e vejo que aqui já não tem mais lugar para mim.

– Pai, não fala assim.

– Eu falo do jeito que eu quiser Alec e ninguém vai me impedir. Você não passa de um filho ingrato.

– Ingrato, eu? Quando você chegava em casa bêbado, quem te ajudava era eu já que a mamãe poderia apanhar mais do que ela apanhava e muitas vezes era eu quem levava cada surra, por causa do seu vicio e depois o ingrato sou eu? Eu que sempre cuidei do senhor.

– Não fale bobagens Alec.

– Não estou falando bobagens, pai. O que eu falo é a verdade.

Meu pai veio para cima de mim com um ódio no olhar para me bater como fazia antigamente, só que a única diferença é que ele estava sóbrio.

– O senhor não vai relar um dedo nele.

– Garoto, saia da frente dele.

– Não!

Não deu outra. Meu pai acabou batendo em Joshua que desmaiou no chão com a pancada.

– Ta vendo o que você fez? Agora você deve saber o porquê da mamãe ter se separado de você e do porque eu não querer morar com você.

– Foi melhor assim. Ate nunca mais Alec. – Meu pai pegou suas coisas e saiu sem falar mais nenhuma palavra.

Socorri Joshua, sentando-o no sofá e ir pegar um pouco de gelo para colocar em seu olho.

– Joshua, você não tinha que se intrometer.

– Alec, se eu te amo é claro que eu tinha que me intrometer. Eu não ia deixar ele te dar esse soco.

– Mas mesmo assim Joshua. Olha que ele poderia ter feito coisa pior.

– Alec, não importa mais. Agora vamos ficar bem.

– Joshua, me desculpe por isso.

– Alec, você não precisa se preocupar.

– Obrigado por ter me defendido.

– Não tem de que.

Envolvi-o em meus braços e o abracei com toda força possível. Fomos para o quarto, passei seu braço por meu ombro já que ele ainda estava um pouco tonto com o soco que levara. O deitei e fui preparar alguma coisa pra gente comer na cama e mais gelo para o seu olho. Voltei com uma caneca de chocolate quente, gelo e um remédio para dor.

– Joshua, tome esse remédio para não inchar esse olho.

– Esta tão feio assim?

– Não. Só quero que você fique bom logo.

Ele tomou o remédio e voltou a colocar mais gelo no local inchado. A partir daquele dia tudo poderia ser diferente ou não. Era só uma questão de tempo para voltar tudo ao normal.




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