Scream For Me escrita por Camila


Capítulo 9
No meio da estrada


Notas iniciais do capítulo

Alô alô gente boa!
Estou aqui, mais uma vez, trazendo um novo capitulo! Estou ansiosa para postar e vocês acompanharem o desenrolar da história, até porque eu já tenho alguns capítulos escritos. Ai, vocês precisam saber! Tem muita coisa para acontecer ainda! HAHAH
Hoje, a coisa não está muito tensa, mas o final já dá um pontapé muito importante para o proximo capítulo, que é foda!
Mas antes, queria agradecer a Hecate Bravus (minha Miss O'brien), por favoritar e deixar um lindo review pra mim! AH, a LadyPotato também, é claro, pelo incriveis elogios. Amos vocês duas gatas e aos belos que estão acompanhando Scream For Me! Muitissimo obrigada gente!
Então, bora lá?



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Quando temos uma oportunidade, devemos agarrá-la com unhas e dentes, ainda mais quando essa oportunidade se refere a um armário cheio de enlatados. Não podemos de jeito nenhum deixar tudo isso para trás.

– Vou lá pegar o carro e traze-lo pra cá. - John anuncia, coçando uma das suas sobrancelhas. - Só tem um probleminha, alguém vai ter que dirigir quanto eu o empurro. Só pra dar um tranco básico pra ele pegar.

Franzo a testa.

– Como assim? - pergunto.

– Tentei ligar ele quando o achei. Não liga.

– Mas você acabou de dizer que ele estava em boas condições.

– E está. Só precisa pegar no tranco. - John diz não dando muita importância para isso.

– Okay. - digo me levantando da cadeira. - Leve o George com você.

– Por que eu?

– Por que ele?

Os dois dizem ao mesmo tempo. Balanço a cabeça. Eles não vão começar a se implicar de novo, não é?

– Qual o problema agora rapazes?

– Ele tá todo fodido, por que eu tenho que levar ele? - John pergunta com a testa franzida. - Você vem, dirige enquanto eu empurro e pronto. Enquanto isso ele fica aqui descansando. - John provoca, sorrindo cinicamente para George.

– É, acho uma ótima ideia. - George me olha. - Prefiro ficar aqui a ir lá fora com essa criatura.

– Como é que é? - John pergunta entre dentes.

– Sem discussão! - exclamo. - Pra que arrumar rolo com isso?

– Vamos nos matar lá fora. - George diz, simplesmente. John concorda com a cabeça.

Reviro os olhos. Homens...

– Okay, okay, okay. - levanto as mãos para o alto. - Eu vou! Mas fique aqui e pegue o máximo de mantimentos que conseguir, quando pararmos em frente da casa com o carro, você entra direto tá?

George faz que sim e se levanta indo até os armários.

– Obrigado. - George me diz baixinho enquanto John sai pela porta. Sorrio amarelo pra ele.

– Tudo bem.

Quando passo pela porta da frente, John está lá fora me esperando. Ele aguarda eu chegar ao seu lado para começar a andar. Seguimos em um silêncio confortável até o final da rua, onde um carro branco novinho em folha, não se encaixa com a paisagem desoladora e abandonada do lugar. John abre a porta do carro e se senta no banco do motorista. Enfio a cabeça dentro do carro enquanto vejo ele girando a chave na ignição. O carro faz que vai pegar, mas nada acontece. Ele tenta de novo.

– Essa chave já estava aí quando você chegou? - pergunto.

– Aham, estava embaixo do banco. - John responde, girando mais uma vez a chave. Ele me olha sorrindo. - Legal né?

– Se o carro pegasse, seria mais legal.

– Nem tudo é perfeito. - ele dá de ombros. - Tá vendo? Não vai. Senta aqui, e gira a chave enquanto eu empurro.

John se levanta e me dá lugar para sentar no banco, indo para trás do carro. Olho para trás e vejo que ele já está lá. John grita um vai e eu viro pra frente. Coloco minhas mãos no volante e o aperto com força. Cara, sempre quis ter um carro desse. Sorrio internamente. Giro a chave e John empurra o carro, que anda lentamente. Giro novamente e o motor ganha vida. Sorrio. Coloco primeira no carro e John corre para a porta do passageiro, abrindo-a e se sentando no banco. Ele me olha sorrindo e levanta uma mão para eu bater. Rio alto e faço.

– Viu? Sem complicações. É só dar tranco.

– Tudo bem espertão. Vamos lá buscar nosso amiguinho. - digo indo até a casa. John fecha a cara.

– Não fui com a cara dele.

– Não me diga. Nem percebi.

John me olha e balança a cabeça.

– É sério. Ele tem alguma coisa, não sei. Só não confio no cara. E você deveria fazer o mesmo.

– Eu não confio verdadeiramente em ninguém. Não depois que tudo começou. Mas estou dando um voto para o George.

Ele assente e olha pela janela.

– Bom, não deveria. - John diz. - Quando você confia nas pessoas, você se decepciona depois. É um ciclo.

– Concordo com essa parte. - digo parando em frente a casa. Olho para John que me olha de volta, ele balança a cabeça e George entra no carro, no banco traseiro, carregando sacolas, uma grande mala e minha mochila.

– Você esqueceu isso em cima da mesa. - George diz e eu agradeço.

– Obrigada. - olho para John com cara de quem diz dá um desconto para o cara, e ele apenas balança a cabeça e olha pela janela novamente.

Viro pra frente e continuo dirigindo pela rua, o mais depressa possível. Evito passar por perto da creche e da horda de walkers que estão por ali, por isso dou a volta pelos quarteirões. Logo já estamos na estrada, passando por onde tínhamos vindo antes. O carro está todo quieto, os únicos sons vem do barulho do motor. Desta vez não me incomodo. Esse dia está agitado demais, não estou acostumada com isso. Então um pouco de silêncio não vai fazer mal.

– Como se chama o bebê para quem vocês estão levando essas fórmulas? - George pergunta, quebrando o silencio.

– Não sei. - digo, me dando conta de que é verdade. Não sei nem o nome do bebê de Ana, muito menos o sexo. - É uma menina ou um menino John?

Ele me olha com as sobrancelhas erguidas e parece pensar por um segundo.

– Tenho quase certeza de que é uma menininha.

– Sério?

– Aham. - John diz e sorri. - Não vi pinto nenhum ali.

George ri no banco de trás e continuo olhando para a estrada. É verdade. Sem pintinho. E então penso, na menininha sem mãe que nasceu em pleno apocalipse zumbi. Não fico triste ou inconformada. Ela vai ter todos nós para cuidar dela, um grupo inteiro para protegê-la. Não ficará sozinha.

– Será que já deram um nome para ela? - pergunto.

– Aposto de Craig e Nora já pensaram em alguma coisa. - John diz. - Aposto que Craig está babando em cima da menininha agora.

Sorrio.

– Ele faz esse tipo?

– Ah ele faz. Quando conhecer o Craig melhor, vai ver que ele não é só um tarado meio doido, ele é gente boa também.

Balanço a cabeça, concordando. Continuo dirigindo e uma coisa me passa pela cabeça.

– Você tinha um grupo antes? - pergunto olhando rapidamente para George que apenas nos observava.

– Não era exatamente um grupo, um dia foi, mas depois de um tempo, eram apenas Gary e eu.

– Isso tem a ver com o que você jogou na cara dele, lá no telhado? - John pergunta, curioso.

– Sim, tem. Mas não é algo que eu goste de lembrar.

Ficamos todos em silêncio mais uma vez e ninguém parece mais querer conversar. Tudo bem assim. Olho para o lado e vejo dois walkers andando no meio da pastagem, pro lado de lá da estrada. Volto a olhar para frente e esqueço. Avistamos os conhecidos carros no meio da estrada e sorrio levemente. Nunca me senti tão bem vendo carros agrupados.

– Que porra é essa? - John exclama indo para frente no banco, colocando as mãos no painel, afim de ver melhor a situação a frente. Meu sorriso já se foi a tempos. Dou uma freada brusca no carro e John abre a porta com tudo, saindo com sua arma já na mão.

Saio do carro também, sendo seguida por George. John está mais a frente olhando tudo com as duas mãos na cabeça e o maxilar trincado. A cena a frente é terrível. Os carros estão ali. As pessoas também estão ali, ou melhor dizendo, os corpos delas.


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Notas finais do capítulo

Opiniões? Opiniões? Gente, eu amo opiniões! Podem deixar um review com elas sem medo ok?
E esse final hein? O que acharam?
O proximo capitulo é com certeza o mais emocional de SFM até agora, e eu quase chorei ao escrever, mas foi por pouco mesmo. As lágrimas estavam ali.
Bom, espero que tenham gostado e fiquem a vontade para favoritarem, RECOMENDAREM também, talvez, quem sabe... E vocês fantasminhas, apareçam vai. Sei que vocês existem.
Enfim...
Até a proxima e um grande beijo!