Scream For Me escrita por Camila


Capítulo 25
Má ideia


Notas iniciais do capítulo

CHEGAY!
Olá pessoal! Tudo bom com vocês?
Bom, antes de mais nada, Feliz Dia dos Pais ❤️ Não sei tem algum pai lendo aqui, mas, se você puder, dê um abraço no seu. Enfim... :p
Eu ia postar esse capítulo ontem, mas fiquei super enrolada estudando para o enem (tá chegando gentay) e acabou não dando tempo e tals. Mas aqui estou eu!
ADOOOOOOREI os comentários de vocês! Obrigada a TOOOODOS que estão deixando reviews, favoritando e acompanhando Scream For Me! Muito thanks ❤️
Bom, hoje temos dois POVS, entre eles o do JOHN ❤️
BORA para o capítulo de hoje?



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POV. America

– Quero que peguem suas armas e se preparem. Estamos em Richmond. – Russell diz e todos parecem estar um pouco apreensivos. Ele continua. – Parker sabe onde fica o QCI e vamos direto para lá, sem paradas desnecessárias ok? Quando o Phillip parar o ônibus na rua do QCI, o que temos que fazer é ficarmos juntos e permanecermos assim até que a gente possa saber com o que estamos lidando.

Assentimos e nos dispersamos, cada um indo até suas coisas pegar suas armas e afins. Sinto o ônibus voltar a andar. Vou até minha mochila e tiro de lá duas armas. Confiro se a munição está ok e coloco uma arma no cós da calça, vou levar apenas uma arma na mão, mas é sempre bom manter uma reserva. Deixo a automática ao lado e pego minha faca, colocando-a na parte de trás da calça. Nunca saio sem minha faca, e quando digo nunca, é nunca mesmo. Foi um presente do meu pai e pode soar meio estranho, mas foi o melhor presente que ele já me deu, adiante das circunstâncias.

Pego novamente minha arma e caminho até Logan e George, os dois já estão devidamente armados também e isso me deixa um pouco melhor. Todo cuidado é pouco. Não quero que nada aconteça a George. Noah está ao seu lado, olhando para todos com os olhinhos assustados. Esse mundo não foi feito para crianças. Droga de apocalipse. O pessoal ainda está se aprontando enquanto me abaixo para ficar na altura de Noah.

– E aí garotão? Está pronto para uma nova aventura? – pergunto e ele logo olha para mim, assentindo com a cabeça. Ofereço-lhe um sorriso. – Sei que parece mentira, mas vai ficar tudo bem. Ninguém vai deixar nada te acontecer ok? Estaremos todos ao seu redor.

Noah continua me encarando com seus olhos grandes e castanhos e balança novamente a cabeça. Quantos anos ele tem? Uns dez, onze?

– A gente vai atrás dos monstros? – ele pergunta, e percebo que essa é a primeira vez que realmente escuto a sua voz.

– Não vamos exatamente atrás deles, mas vamos acabar com os que aparecerem. – digo sorrindo, tentando parecer mais confiante do que estou. – Não se preocupe. Se precisar de alguma coisa, grite. Se alguns daqueles monstros vierem atrás de você, corra. Mas se conseguir, sempre recorra a algum de nós, porque sempre vamos te ajudar. Estamos entendidos garotão?

– Estamos. – ele diz, e sorri para mim.

– Ok então. Bate aqui! – digo, oferendo a minha mão. Noah logo entende e bate com a sua na minha, fazendo um daqueles toques de meninos. – É isso aí. – dou um beijo em sua bochecha e me levanto.

Logan ainda está conversando com George e me junto a eles, enquanto ainda esperamos os outros ficarem prontos. Depois de alguns minutos, sinto o ônibus parar e olho pela janela, dando de cara com uma paisagem não muito motivadora. A rua onde Phillip estacionou está totalmente devastada. Há carros abandonados, muita sujeira no chão e até alguns corpos. Apesar dessa cena caótica, a nossa atual realidade não é muito diferente. Todo lugar está mais ou menos assim.

Phillip se levanta do seu posto e vem até o filho, segurando-lhe a mão. Posso ver que está armado também. O pessoal começa a se amontoar na parte da frente do ônibus para saber o que vamos fazer agora. É bastante impressionante a submissão de todos à Russell, ou talvez seja apenas confiança.

– O QCI fica no próximo quarteirão, é só dobrarmos a esquina na verdade. Acho melhor irmos a pé daqui para não causarmos suspeitas, afinal não sabemos exatamente com o que estamos lidando certo? – Russell diz e vejo alguns rostos assentirem. Cruzo os braços.

Ainda acho isso uma tremenda loucura, algo me diz que não vai dar certo, mas simplesmente deixo esse meu instinto de lado porque a minha vida toda eu fui uma pessoa muito pessimista, muito. Sempre acreditei que tudo ia dar errado, até em alguns casos de clientes que representava. Às vezes eu estava certa em desconfiar, outras, terrivelmente errada. Que eu esteja errada agora também.

A porta do ônibus é aberta e todos saem. Estou na rua, exposta pela primeira vez em algum tempo. É uma sensação estranha, gostaria que fosse embora. Não me levem a mal, não sou medrosa, mas estar em segurança é ponto aqui, é o que vivemos procurando, e é o vamos buscar mais uma vez indo até esse QCI. Continuamos seguindo pela rua. Há alguns walkers por perto, mas nada demais. Vejo Logan enfiar a faca na têmpora de um que ousou se aproximar demais, já os outros apenas ignoramos e seguimos nosso caminho.

Adiantamos o passo e viramos a esquina, dando de cara com um quarteirão fechado, onde apenas é ocupado pelo prédio enorme do QCI. É um pouco intimidante. A entrada se parece com a de um shopping, com aquelas catracas para carros e guarita de vigia, mas dá pra ver mais ao longe um enorme portão de ferro que não se encaixa muito bem na paisagem, ele está bloqueando nosso caminho. Quanta segurança. Olho para cima e tenho uma bela visão de um edifício de vidro majestoso se estendendo para o céu. Meu Deus, esse negócio é bem alto.

– Mas que merda é essa? – escuto Jackie dizer e viro a cabeça, vendo vários walkers presos nos portões que cercam o prédio. Seus braços e pernas estão acorrentados às grades e eles parecem um pouco inertes, apesar de ainda se mexerem. Cerca de vinte ou trinta walkers estão naquela situação e me pergunto quem diabos pode ter feito aquilo.

– Os walkers camuflam o lugar, o cheiro dele afasta os outros zumbis que podem estar por perto, assim nenhum mais se aproximam. – explica Lea e me surpreendo com a ideia. É isso que eu chamo de poluição. É por isso que o cheiro de podre aqui é quase insuportável.

Observo alguns walkers esticarem os pescoços para nós, tentando nos alcançar, mas as correntes os mantêm bem presos e isso, de certa forma, é um alívio. Mas então escuto grunhidos que conheço bem demais, cada vez mais altos e mais próximos. Olho para o começo da rua e automaticamente levanto minha arma, segurando-a com as duas mãos. Vários walkers apareceram do nada e agora seguem em nossa direção. Todos já estão apenas esperando eles se aproximarem mais um pouco, mas as armas já estão em punho.

– O que aconteceu com o lance de que esses walkers aqui camuflam e não deixam outros chegarem perto? – pergunto, apertando a arma em minha mão. Olho para Lea. Ela dá de ombros, e olha pra mim.

– Talvez nós fizemos barulhos demais para sermos ignorados.

– Talvez nós tenhamos cheiro de vida e eles nos querem sugar isso também. – Russell diz e dá o primeiro tiro, iniciando assim um festival deles.

Walkers caem no chão, um por um, nossas balas acertando suas cabeças e matando-os por fim. Mas há mais deles chegando e o barulho apenas chama por mais. Pego minha faca e vou para cima de um que está passando pela barreira e se aproximando sem ser percebido. Enfio rapidamente a faca em seu crânio e ele cai, inerte. Os outros parecem fazer o mesmo, deixando as armas de lado e recorrendo as velhas e boas facas. George empurra um walker que cai no chão e, com o pé em seu peito, ele enfia a faca no olho seu olho, que não deixa de se mexer. Phillip, se afastou um pouco de Noah, e agora está matando um zumbi também. É o que todos parecem estar fazendo nesse momento. Viro a cabeça e vejo John próximo lutando com dois walkers. Ele consegue acabar com um, mas o outro faz com que ele se aproxime de um dos portões e então John fica cercado pelo zumbi a sua frente e o que está acorrentado no portão pronto para lhe morder. John segura com uma mão o walker que está na frente, mas tem seu braço segurado pelo que está atrás. Corro até ele. Acerto a cabeça o walker mais perto de mim e John rapidamente se libera, matando o zumbi que estava atrás dele, acorrentado ao portão. Ambos estão acabados agora.

– Tá tudo bem? – pergunto. John balança a cabeça indicando que sim.

– Obrigado. – ele diz.

– Somos uma dupla lembra? – digo e sorrio. Ele balança novamente a cabeça.

– Claro que sim. Agora se mantenha por perto.

– Pra eu salvar a sua vida, ou pra você salvar a minha?

– As duas coisas. – John fala e sorri pra mim.

Ouvimos um grito e rapidamente nos viramos em sua direção. A cena que vejo é um último walker mordendo sem piedade o braço esquerdo de Logan e o mesmo, gritando de dor. Observo Russell ir rápido até o amigo e enfiar uma faca na cabeça do walker, que cai agora sem vida nenhuma no chão. Logan continua lá, gritando, segurando seu braço que agora possui com uma ferida enorme. Fecho os olhos por poucos segundos. Ah, essa não.

O chão da rua está cheio de corpos de zumbis e os únicos que restaram foram nós, os vivos. Olho para o rosto de John e ele faz o mesmo pra mim. John comprime seus lábios um contra o outro e posso ver a preocupação passar por seus olhos. Então, nos aproximamos de Logan, que agora está cercado pelo pessoal. Quando chegamos perto, observo Parker amarrar uma tira grossa de pano no braço de Logan, mas minha atenção é automaticamente desviada quando vejo Noah correndo por entre as catracas, um pouco mais ao longe, e já entrando para dentro do QCI. Meu estômago se embrulha e eu rapidamente corro atrás dele, deixando os outros pra trás.

POV. John

Logan está morto. Isso é tudo. Não adianta lutar, não adianta tentar correr e muito menos se esconder. Chegou a hora dele como um dia vai chegar para todos nós. Temos prazo de validade. Passo a mão no rosto enquanto vejo-o agonizando sentado no chão. Ele tenta ao máximo mascarar a sua dor, mas posso vê-la estampada em seus olhos. Pobre Logan, ele é um cara decente, merecia uma morte decente, que definitivamente está longe de ser essa merda. Russell está agachado ao seu lado e o ajuda a se levantar. Eles devem se conhecer a bastante tempo porque dá pra ver a cumplicidade entre eles. Perder um amigo é doloroso pra caralho.

– Consegue andar? – Lea pergunta a Logan, que simplesmente acena que sim com a cabeça. Ele olha para o circulo que está ao seu redor.

– Está tudo bem gente. De verdade. – Logan não parece acreditar muito no que ele próprio diz, mas para parecer mais convincente, ele sorri. – Não se preocupem, mas eu peço para que me deixem aqui.

– Tá louco cara? Não podemos te deixar aqui morrendo sozinho! – Rhode Island diz e compartilho da mesma opinião que ele. Tudo bem que Logan está condenado, mas não se abandona um parceiro, nunca. Aprendi isso no exercito e levo comigo para todo lugar que eu vou.

– Não podem é me levar junto. Seja para o QCI ou para qualquer outro lugar. Acabou.

– Isso é ridículo. Não se abandona parte do grupo, certo? – digo, me virando para trás para buscar apoio de America, mas tudo o que vejo é o nada. Ela não está ali.

Corro os olhos por todo o grupo e não a encontro em lugar nenhum. Estico o pescoço e semicerro os olhos, olhando por todo o lado. Nada.

– Cadê a America? – pergunto e observo todos me olharem sem entender. O pessoal repete o que havia acabado de fazer, olhando ao redor, e chegam a mesma conclusão que eu. America sumiu. Passo a mão na nuca, frustrado.

– Ela estava aqui agora a pouco. – Lea comenta.

– Mas que filha da puta! Onde é que ela se meteu? – digo puto, tirando minha arma do cós da calça e indo em direção as catracas. Ela não seguiu até o inicio da rua, voltando para o ônibus ou alguma merda assim, não daria tempo. Então ela só pode ver vindo para cá, para dentro do QCI.

– Aonde você vai? – Russell pergunta alto. Paro de andar abruptamente e me viro.

– Não vou deixa-la sumida por aí. Estou indo procurar a America.

– Espera, espera! – vejo Phillip dar alguns passos. – Noah também não está aqui!

E então como um flash, eu entendo exatamente o que aconteceu.

– Ela foi atrás do garoto. – digo balançando a cabeça. Não acredito nisso. Duas pessoas sumidas. Que ótimo!

Todos parecem não saber muito o que fazer, principalmente Phillip que agora que percebeu que seu filhinho de onze está zanzando por aí.

– Temos que ir atrás deles. – Logan diz e olho para ele. O cara tá todo fodido e, ainda assim, é o único capaz de pensar por aqui.

– É o que eu vou fazer. – digo, já me preparando para entrar no QCI.

– Eu vou com você! – Logan fala, já com uma arma em sua mão direita. Ele vem até mim e eu apenas o olho com a testa franzida. – O que? Já estou condenado mesmo. Eu mereço ao menos uma ultima batalha.

Dou de ombros. Logan é um cara legal. Russell está conversando algo com Lea e logo vem até nós.

– Eu também vou junto com vocês. Não sabemos o que há lá dentro. – ele fala. Assinto com a cabeça.

– Tragam meu filho de volta, por favor. – Phillip implora e vejo Russell balançar a cabeça.

– Noah estará aqui daqui a pouco ok? Não se desespere.

Phillip apenas assente, preocupado. É totalmente compreensível essa sua reação. É o filho dele, a única família que ele tem. Eu também estaria assim, talvez eu esteja.

– Vocês não podem entrar lá caralho! Não podem! – Craig exclama e soa desesperado.

– Do que você está falando? – Russell pergunta com o cenho franzido.

– A bandeira. – Craig aponta. Olho para ele e sigo o seu dedo até o prédio. Então percebo um pano preto com uma caveira. A tal bandeira. Viro-me pra ele.

– Que porra é aquela? – pergunto.

– Isso não é uma parada militar ou sei lá? – George pergunta e reviro os olhos.

– Talvez. – ouço Parker responder.

– É claro que não! – digo, fitando Craig. – O que é aquilo Craig?

Ele me olha com os olhos arregalados e depois abaixa a cabeça. O que está acontecendo aqui?

– São os Piratas, eles são criminosos da pior espécie. Ladrões, assassinos, estupradores... Temos que ir embora daqui agora. – Craig diz, olhando rapidamente para a bandeira de novo e desviando o olhar.

Franzo o cenho.

– Como você sabe disso? – Russell pergunta, tão desconfiado quanto eu estou. E como resposta, apenas observo Craig dar de ombros. Xingo mentalmente. Não importa agora.

– Foda-se. Eu estou entrando mesmo assim. – digo. Vejo Russell e Logan assentirem.

– Vocês, - Russell aponta para os que não vão junto. – voltem para o ônibus e fiquem lá em segurança. Nós voltaremos o mais rápido que pudermos. Pelo jeito, não há nada aqui para a gente.

Caminho rapidamente até George que me olha alarmado. Eu riria da cara dele se a situação não fosse séria.

– Escuta aqui. – começo dizendo baixinho, não quero que mais ninguém nos ouça. – Quero fique de olho no Craig ok? Qualquer coisa suspeita que ele fizer, atire.

George arregala um pouco os olhos, mas volta ao normal em questão de segundos. Ele balança firmemente a cabeça e sei que ele vai fazer o que tiver que fazer.

– Não esquenta. Nunca gostei muito dele mesmo. – ele diz e eu assinto, me afastando. – Hey John! – olho para trás. – Traga a Mare de volta.

Balanço a cabeça e sigo em frente. Com as armas em punho e prontas para qualquer coisa, Logan, Russell e eu atravessamos as catracas e seguimos até o QCI. Nada vai nos parar.


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Notas finais do capítulo

Entaum gentay! ❤️ Gostaram?
Tenho uma notícia para dar: SFM está chegando ao fim! Pois é, serião, mas não se desesperem, a segunda temporada já está chegando e já posso adiantar que vai ser HOT! Não estou falando só de sexo gente hahahaha
Bom, até a próxima! E não se esqueçam de comentarem e dar sinal de vida! (tá cheio de leitores fantasmas que eu sei, os números não batem ❤️)

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