Scream For Me escrita por Camila


Capítulo 20
Armas em punho


Notas iniciais do capítulo

Domingão... Sossegão... Televisão... E Scream For Me minha gente! o/ ~não rimou, mas ok~
Então, voltei com mais um capítulo para vocês! Esse é narrado pelo John Maddox e traz mais dos novos personagens. Vai dar para vocês conhecerem eles mais um pouquinho!
Antes de mais nada, quero agradecer imensamente a deusa da Andrea Correa por ter recomendado SFM! Obrigada minha gata, de verdade, me fez muito feliz ler sua recomendação! ♥♥
Um obrigada também aos maravilhosos que favoritaram! Angel, Bruna Alves e Fernando! Thank you guys! ♥♥
Um obrigada também aos incríveis comentários de vocês, sério! Amo opiniões gente! ♥♥
E o último obrigada a galera valiosa que estão acompanhando SFM! Mia Misha, Alasca Roxanne, tháliamalfoypotter, Inesmarquesxx, Lare Aguilar, Lily Grimes e maisssss!! ♥♥
Bora capítulo novo? Bora capítulo novo! :D



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POV John

Olho ao redor me dando conta da porra que está essa cidade. Tudo está fodidamente sujo, abandonado. Continuamos andando pelo meio da rua, não fazendo muita questão de manter discrição. Não há muitos walkers aqui, na verdade, não há porra nenhum aqui. Logan havia mesmo comentado sobre isso no ônibus.

Esse novo grupo parece ser tudo o que eu estava precisando. Não gostava tanto antes, mas depois que o apocalipse caiu sobre nossas cabeças, passei a apreciar de ficar perto de pessoas. Me faz sentir normal, pelo menos um pouco. Essa porra de realidade que vivemos agora, quer sempre arrancar o melhor que temos, nossa humanidade. Passar mais tempo com gente, voltar a viver em uma especie de "comunidade", faz um bem do caralho para o psicológico das pessoas.

Penso no beijo que dei em America antes de sair para a excursão. Puta merda. Sorrio mentalmente com a lembrança. Assumo que no começo achei ela a pessoa loira mais irritante que restou no mundo, e talvez ainda seja, mas agora percebo que possa ter sido a melhor coisa que poderia ter entrado na porra da minha vida.

Sou obrigado a sair dos meus pensamentos quando Russell começa a falar. Paramos.

– É o seguinte: de acordo com o Logan, à algumas quadras de onde estamos, há uma enorme loja de departamentos. É para lá que estamos indo. - ele faz uma pausa e olha para todos. - Temos que trabalhar em equipe, e estou dizendo isso principalmente para vocês dois. - ele se dirige a mim e a Craig. - Não sei como agem, mas com a gente é assim. Ninguém é deixado para trás, assim como fazemos o máximo para ajudar um ao outro. Ok?

– Não teremos nenhum problema em relação a isso Russell, posso te garantir. - digo firmemente. Não gosto muito de ser o alvo de desconfiança de alguém, cacete, não gosto que duvidem de mim, mas no momento, não posso fazer nada a não ser dar motivos que Russell e seu grupo acredite em mim. Confiança, no fim do mundo, é algo bem difícil de se conquistar.

– Ótimo. - Russell diz e olha de relance para Craig, que permanece calado até agora. Estranho isso, afinal Craig não tem o costume de manter a porra da boca fechada. - Vamos nessa.

Continuamos andando e enquanto todos estão mais a frente, Russell diminui o passo, se aproximando de mim.

– Você confia no seu amigo? - ele pergunta diretamente. Olho para ele e levanto uma sobrancelha.

– Por que a pergunta?

– Apenas quero saber sua opinião sobre ele. Vocês se conhecem, já eu não sei nada sobre vocês. Quando eu perguntei no ônibus se você viria junto com a gente, você me disse que só se levássemos Craig junto. Fiquei pensando aqui... Isso foi porque você confia muito nele, ou porque não confia nada? - Russel me observa atentamente. Mas que caralho, o cara é bom.

– Acho que é segunda opção. - olho para frente, para os outros. Ninguém parece estar ouvindo nossa conversa, portanto decido continuar. - Somos amigos desde que o mundo foi a merda, mas depois que o meu último grupo foi massacrado, e eu e Craig nos reencontramos, ando com um pé atrás com ele. - digo para Russell. - Talvez seja desconfiança gratuita, pode ser que não seja nada demais sabe? Mas eu prefiro ficar em alerta. Entende?

– Claro. Apenas quero saber quem dorme embaixo do mesmo teto que eu. - Russell arruma a arma em seu ombro. - Tenho pessoas para proteger.

– Como eu disse, talvez não seja nada. Falei aquilo no ônibus porque não quero ele perto da America mais tempo do que o suficiente. Não gosto como ele olha pra ela. - digo a Russell, apenas porque é verdade. Mesmo que minha desconfiança com ele seja desnecessária, ainda fico alerta com o jeito dele com a America. O filho da puta olha para ela como se quisesse comê-la. - Prefiro ficar de olho nele.

Russell se vira para mim e vejo um rastro de sorriso em seu rosto, mas logo ele some. Caralho que foi isso? Franzo a testa.

– Foi bom você me avisar. - Russell bate parceiramente em meu ombro. - Qualquer coisa que precisar...

Aceno com a cabeça, concordando e agradecendo a disposição.

Todos ficam em alerta quando viramos a rua. Há um ou dois walkers perambulando por aqui, mas nada que mereça nossa atenção. Continuamos em frente. Armas em punho e olhares atentos. Ao chegarmos ao centro da cidade-meio-pequena, não demora muito para encontrarmos a grande loja. Aposto que era aqui que todas as famílias da cidade vinham comprar seus presentes de natal.

As portas de vidro da frente estão intactas, ao contrário de algumas de outras lojas aqui do centro. Vou na frente e olho pela porra do vidro para o interior da loja, nada a vista. Abro a porta com cuidado e entro, sendo seguido pelos outros. Observo atentamente o lugar e bato com a coronha da arma no balcão ao lado. O barulho ecoa e esperamos para ver se há alguma coisa morta por aqui. Como o esperado, três walkers aparecem, e depois mais um. Filhos da puta.

Vejo Jackie ir em direção ao primeiro e acertá-lo com uma facada no olho. Logan pega o segundo sem muita dificuldade. O terceiro walker é por conta de Russell, que o derruba no chão e esmaga sua cabeça com o pé. Vou até o ultimo que vem se arrastando em minha direção, como ele está perto da parede, prenso-o nela e acerto sua têmpora, sem muito trabalho. Viro minha cabeça e olho ao redor. Está tudo em ordem.

– Começamos a garimpar por aqui mesmo ou vamos ao segundo andar? - Jackie pergunta.

– Acho melhor dar uma conferida lá em cima primeiro. - Craig diz, gesticulando para a escada. - Não queremos nenhuma surpresinha desagradável enquanto fazemos compras, né?

Todos concordamos e subimos as escadas que dão ao segundo andar da loja. Ao chegarmos lá, damos de cara com alguns walkers. Conto em torno de seis, mas logo vejo mais dois prensados atrás de uma estante caída. Mas que caralho!

Eles logo vem sedentos de fome até nós. Craig faz o mesmo e vai pra frente, atravessando o crânio de um walker com o seu facão. Russell acaba com o zumbi que estava a sua esquerda, apenas prensando sua cabeça contra o corre-mão da escada. Dou conta do walker mais próximo, enfiando minha faca na lateral de sua cabeça. Ouço um grunhido, e ao me virar, dou de cara com um homem deformado pronto para me morder. Antes que eu possa fazer alguma coisa, Craig aparece e dá um fim nele, empurrando-o e jogando-o para o andar de baixo. Escuto o corpo cair no chão e quase posso vê-lo destruído com a queda. Em seguida, Craig enfia a faca no olho de uma coisa que chega perto de nós. Me viro e encaro Craig, surpreso. Bem, esse filho da puta acabou de salvar minha vida. Dou-lhe um aceno de cabeça e um olhar de gratidão. Craig sorri com os lábios e logo se vira olhando para ver o que mais restava.

Vejo Jackie com problemas. Ela está caída no chão e um walker está em cima dela, tentando mordê-la. Percebo que Russell e Logan estão parados, apenas observando. Franzo a testa.

– Ninguém vai ajudar ela caralho? - pergunto, meio indignado, indo até onde Jackie está. Logan segura meu braço.

– Jackie não gosta de ajuda. É uma questão de orgulho. Vai por mim, se você for lá, e acabar com o walker pra ela, a garota vai ficar bem puta com você.

Trinco o maxilar e reviro os olhos. Que idiotice! Vou até Jackie mesmo assim. Uma mão sua está segurando a cabeça do walker, já a outra está para baixo, tentando alcançar a faca em sua cintura. Ela consegue pegar a faca e a enfia na barriga do walker, empurrando-o para cima e jogando-o no chão. O jogo foi invertido. Jackie agora está por cima. Paro no lugar e apenas observo. Ela enfia a faca no olho do walker, acabando logo com isso. Ela se levanta e joga o cabelo por cima do ombro, sorrindo para nós. Ouço os caras rindo e aplaudindo-a teatralmente. Jackie faz uma referencia e logo depois abaixa a cabeça, olhando para a sua blusa suja de sangue.

– Desgraçado, manchou minha blusa. - Jackie diz, tirando a blusa e ficando apenas de sutiã na nossa frente. Cristo, por que ela fez isso? Qual é o problema dela? Ouço um assobio atrás de mim e Jackie ri. Franzo a testa e vou até a arara de roupas mais longe possível. Povo estranho.

O combinado é enchermos nossas mochilas com roupas. Eu, Russell, Craig e Logan cuidamos das masculinas. Jackie, das femininas, levando em conta que são apenas três mulheres. Abro minha mochila e pego alguns moletons, dobrando-os o máximo que consigo para que caiba mais peças dentro. Ao achar que é suficiente, vou para a próxima arara, uma de camisetas. Escolho de vários tamanhos. São sete homens ao todo, contando com o garotinho. Decido encher a mochila de camisetas, não é como se fosse sobrar.

Saio dali e caminho pelos corredores de araras, paro para lembrar Craig de pegar calças para Noah também. Continuo andando sem nada para fazer. Cada um está terminando de cumprir sua parte. Ouço alguém chamar meu nome e viro minha cabeça pra onde vem o som. Me deparo com Jackie ainda só de sutiã me olhando parada no corredor. Franzo a testa.

– Ah você está aí! Já que terminou sua parte, será que pode me ajudar aqui gostosão? - ela diz indo até uns cabides de roupas de mulher.

– Prefiro que não me chame assim. - vou até ela.

– Assim como? Gostosão? - ela aponta para duas blusas, pedindo minha opinião. Roxo ou verde? - Mas você é. - ela diz me encarando apenas de sutiã. Me recuso a olhar para os seus seios. Isso é meio apelativo demais. Reviro os olhos e gesticulo para a verde. Jackie olha para a blusa e a veste.

– Como eu disse, prefiro que não me chame assim.

– Por que? - Jackie se vira para a arara e pega mais uma blusa, enfiando-a na sua segunda mochila de roupas. Percebo que está quase cheia. Franzo a testa e olho para ela, sério.

– Porque eu tenho nome porra. - respondo secamente, cruzando os braços.

Jackie se vira para mim e parece estar aborrecida com minha grosseria. Talvez esteja aborrecida, talvez esteja outra coisa. Não sei interpretar expressão de mulher e não tenho paciência pra isso. Jackie volta a pegar blusas e mais blusas e a jogá-las dentro da mochila. Ela fecha o zíper bruscamente, coloca uma mochila nas costas e joga a outra pra mim.

– Você poderia carregar essa? Obrigada. - ela diz indo na frente e nem esperando uma resposta. Doida! Vejo que essa mochila está mais leve do que a minha, talvez por ter apenas blusas e algumas jaquetas. Jogo-a pelo meu ombro não machucado.

Não é porque é o fim do mundo que as mulheres deixaram de ser loucas. Sigo pelo corredor para encontrar com os outros.


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Notas finais do capítulo

E então galera? Gostaram do POV do John? :DD
GEEEEEENTE quero opiniões! Tenho 3 perguntinhas e agradeceria muito se vocês respondessem ok? Ok!
O que vocês esperam da história? O que vocês gostariam de ver no próximo capítulo? Qual rumo vocês querem que o Craig tome na fic? ~tenho uma ideia na mente, mas gostaria de ver como a cabeça de vocês funcionam hahaha~
BOOOOOOM, eu estou preparando uma surpresa para vocês e acho que todo mundo vai gostar! ♥♥ Quando for postar o próximo capítulo, conto tudo para vocês ok?
Até mais e beijão!



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