Scream For Me escrita por Camila


Capítulo 16
E onde há fumaça...


Notas iniciais do capítulo

E aí? Como vão vocês?
Bem, lá vou tagarelar um pouco. Fiz o trailer galera! o/ Ficou legalzinho até, mas não coloquem muita expectativa ok? É a primeira vez que tento fazer um bag desse, e pelos altos e baixos que eu tive com o meu notebook, tenho que dar graças a Deus por ter conseguido terminar! Enfim... Tá aí: https://www.youtube.com/watch?v=ALwZdlk95Zw
Não se esqueçam de dar a opinião gente do céu! #nervosa
Geral falando que foi maldade minha terminar o ultimo capitulo da forma que fiz, maaas people! Sou dramática e má, mas eu adoro vocês ahahaha sorry :)
ANTES quero dizer um gigante obrigada a todos que vem dando repercussão a fic! Obrigada a Sammy, a Broo Constantinova, a Dani Petrova e Andrea Correa por terem favoritado SFM! Garotas, vocês são demais!!!
Um obrigada maior ainda a Broo Constantinova que RECOMENDOU Scream For Me! Quase chorei, muitissimo obg! De verdade, é muito importante para mim saber que vocês se importam!
E um oooutro obrigada a tooodo mundo que está deixando reviews! Gente, eu AMO reviews, e vocês escrevendo para mim, deixando a sua opinião, e tudo mais, tem sido perfect! THANKS! ♥ ♥
Juro juradinho que tentei fazer uma coisa legal nesse capítulo, mas não sei não, não curti muito o resultado final. O próximo está melhor, garanto! :x
Sem mais enrolação... Scream For Me!!



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Não vou dar uma de garotinha romântica que vive suspirando e levanta o pé na hora do beijo. Sabe do que eu estou falando, não é? Como naquela cena daquele filme. Não. Beijar John é totalmente diferente disso. É meio que indecente.

Não houve um começo, um meio e um fim. Houve apenas um durante. Quando dei por mim, sua língua já estava dentro da minha boca, e a minha na dele. Em perfeita sincronia. Seus lábios macios beijavam os meus intensamente, e então eles desceram para o meu pescoço. Em algum momento durante isso, fui parar no colo de John. Não me pergunte como. Ainda estamos sentados, na biblioteca. Já está quente demais aqui dentro.

Me movimento no colo de John e ele geme contra a pele do meu pescoço. Coloco ambas as mãos na sua nuca e puxo sua boca para a minha novamente. E nós começamos tudo de novo. Rebolo em cima dele, provocando. Ele aperta forte minha cintura com uma mão e continua me beijando.

E os segundos duram séculos. E os minutos duram milênios enquanto John me beija.

Eu não estou mais me importando com nada, só com os seus lábios em mim. Ele já está sem camisa, o que facilita as coisas. Mordo seu lábio inferior, puxando-o pra mim e John depois sorri, me olhando com os olhos verde escuros mais intensos que eu já vi. Ele fica sério, ainda me olhando, e começa a puxar minha blusa pra cima.

– Não vamos transar John. - digo fitando seus olhos.

– O quê? Por que não? - ele fica claramente confuso, e volta a apertar minha cintura com uma mão.

– Por motivo de falta de força maior. Uma coisa chamada camisinha. - digo, segurando seus ombros. - Você por acaso não tem aí, não é? Um preservativo perdido em algum bolso da sua linda farda...

John semicerra os olhos e parece pensar por um momento. Quase consigo ouvir as engrenagens se movimentando dentro de sua cabeça, forçando sua memória. Mas então, ele faz cara de derrota.

– Não. - nega com a cabeça. - Puta merda, não.

Fico decepcionada, assumo. Ainda tinha uma parte de mim que esperava que ele fosse do tipo soldado tarado que andasse com camisinhas no bolso da farda. Bem, isso é triste. Eu acho. Levanto de seu colo e coloco as mãos em minha cintura.

– Eu não quero ter um bebê em pleno apocalipse zumbi. Você quer ter um bebê em pleno apocalipse zumbi? Eu acho que não. - falo rápido demais, ajeitando minha blusa. - Portanto, sem camisinha, sem sexo.

John joga a cabeça para trás na cadeira e dá um suspiro. Ele então leva uma mão até sua nuca, tão frustado quanto eu, talvez mais.

– Ok, você tem razão. - John me olha novamente. Seus lábios estão inchados. Reprimo o desejo de beijá-lo novamente. - Mas eu poderia dar um pulo na farmácia mais próxima, sei lá. Isso não seria a porra de um problema.

– Sim, seria um problema, com esse seu braço.

– Posso matar com a minha mão esquerda. - ele diz, se gabando.

– Não duvido disso. - digo, sorrindo. - Mas você apenas não vai correr o risco ok?

Me viro de costas para ele, indo em direção a porta.

– Aonde você vai? - John pergunta.

– Tomar um ar. Tá calor né?

– E você pretende me deixar aqui? Sozinho? Nessa situação? - John indaga, apontando para o Maddox Júnior. Rio. Ah tinha me esquecido de como é bom provocar um cara.

– Você é homem. Dê seu jeito. - pisco para ele e abro a porta, indo até a parte de fora, nos fundos biblioteca.

Sorrio sozinha e levo a mão até o bolso traseiro da minha calça. Tiro de lá um pacote de cigarro intacto e um minusculo isqueiro. Olho em volta, procurando rapidamente um lugar para me sentar. Vou até um banco perto do muro que cerca a biblioteca e tiro com a mão algumas folhas secas que estão ali. Sento-me. Encaro o maço de cigarro e encaro mais uma vez, me perguntando se eu realmente quero fazer isso. Esqueço esse pensamento. Não é como se uma tragada fosse me levar de volta ao mundo do vício.

Pego um único cigarro do pacote e o acendo com o isqueiro. Levo o cigarro até a boca e dou uma longa tragada. Encosto minhas costas no banco, cruzo minhas pernas a minha frente e solto a fumaça lentamente, relaxando junto. Ah eu sentia um pouco de falta disso. Observo a fumaça que se esvai no ar rapidamente. Repito o processo. Fico em completo silêncio por uns minutos. Sem pensamento nenhum.

Olho para a porta quando ouço um barulho vindo dela. John está vindo em minha direção, agora vestindo uma camisa.

– Oi.

– Olá. - digo. - Deu um jeito na sua situação?

– Aham. - ele diz, se sentando ao meu lado. - Eu não sabia que você fuma.

– Não fumo. - digo, soltando mais uma vez a fumaça. - Quer dizer, eu fumava, antes, mas faz anos que não coloco um cigarro na boca. Bem, até agora.

Ouço o canto de algum pássaro perto das arvores na parte de trás da biblioteca. Encantada com tamanha calmaria, observo.

– Você quer um? - estendo o maço para John. Ele aceita e pega o isqueiro que está pousado na minha perna direita. John acende o cigarro e se ajeita na mesma posição que eu. Desleixados. Ele traga e solta a fumaça bem lentamente, olhando também para as arvores. Só conseguimos ver a metade pra cima delas, graças ao portão dos fundos que antes pulamos. Relaxo.

– Como você encontrou o Craig? - pergunto de repente. Realmente eu estava curiosa sobre isso.

– Encontrei o relógio dele na biblioteca antes de você e o George saírem em busca de comida. Então tive certeza de que o Craig já havia estava na biblioteca antes de nós. - isso explica então as janelas tampadas. John continua falando. - Segui umas pistas que me levaram a um beco do outro lado da biblioteca. - ele então para de falar e dá uma outra tragada no cigarro, soltando a fumaça e dando um suspiro pesado logo em seguida. - Foi lá que encontrei a Nora, o corpo dela na verdade.

Sento-me direito no banco e viro meu rosto para o de John, ele ainda encara as árvores, quieto. Não sei o que dizer. Nora foi muito gentil comigo. Parecia ser uma boa pessoa, não merecia isso... Bem, ninguém merece. Droga de apocalipse! Puta merda, não esperava por isso. John percebe que estou encarando-o e então volta a falar.

– Um walker estava devorando ela e...

Então ele me conta tudo o que aconteceu enquanto ele estava lá fora. O momento que encontrou o Craig, eles sendo cercados por walkers, Craig dizendo-lhe o que aconteceu com todo mundo na estrada, a fuga deles do prédio... Tudo. E eu permaneço quieta, apenas assentindo com a cabeça e digerindo a história. Meu deus, que loucura! Esqueço do meu cigarro e quando olho para minha mão, ele já se foi. Deixo-o ir. Depois de tudo isso, preciso de um segundo.

John termina de falar, dá mais uma tragada e olha para mim, totalmente sério. Há algo em seus olhos que não consigo identificar.

– E sabe, o Craig é o meu melhor amigo desde que o mundo foi a merda. Eu o conheci durante isso tudo e ele foi a pessoa que eu mais confiei nessa porra de apocalipse, mas, eu não sei, algo na história que ele contou não encaixa direito.

Franzo a testa, não entendendo aonde ele quer chegar com isso.

– Como assim? Você acha que ele está mentindo?

– Não sei, mas algo não está certo. - John se endireita no banco e se senta com o corpo virado para mim, determinado a dizer o que pensa, o porque dessa desconfiança. Faço o mesmo. Ele explica. - Craig me disse que a Nora levou uma bala perdida bem na barriga, e que eles correram pela floresta até chegar quase na cidade, e só aí então encontraram um carro. - ele balança a cabeça. - Qual é America! Ela simplesmente estava correndo por aí, baleada na barriga? Sangrando pra caralho? Ah por favor!

Olho novamente para as árvores, pensando sobre o que ele acabou de me contar. Sim, faz todo o sentido, ou não faz sentido nenhum. Qualquer pessoa no lugar de Nora teria morrido muito antes de chegar perto da cidade. Uma pessoa com uma bala na barriga, não consegue correr por uma floresta. Isso é meio ridículo. Encaro os olhos de John, que já está me dizendo mais.

– Craig também disse que eles vieram de carro para Staunton, pararam aqui na biblioteca. Ele saiu do carro, matou walkers, limpou a biblioteca, voltou para o carro e ajudou a Nora a entrar, já em segurança. - John semicerra os olhos. - Ele disse que ela morreu aqui. E que ele depois a deixou no beco porque não tinha coragem em dar um fim ao ciclo. - ele pausa mais uma vez. - Craig apenas passou com ela por aquela janela pequena? Carregando o corpo dela? E o carro? Não tem porra de carro nenhum estacionado na frente da biblioteca, a não ser o nosso. - John abaixa a cabeça, e quando volta a levantar, seus olhos fixam em mim. - Eu estou feliz por ele estar vivo. Juro que estou, ele é meu amigo porra, mas essas são coisas eu não posso ignorar sabe? Isso é estranho pra caralho!

Dou um grande suspiro e seguro a mão de John, que está pousada no encosto do banco. Ele respira duramente.

– Eu te entendo. - digo. - De verdade. Há furos na história dele e se o Craig realmente estiver mentindo pra você, pra nós, então vamos descobrir ok?

John assente com a cabeça.

– Mas olha, pode não ser nada disso. O Craig pode simplesmente ter falado sem pensar, ter se confundido em alguma coisa, pode ter esquecido de contar algum detalhe. - John abre a boca para discutir, mas o interrompo, antes mesmo dele começar. - Ei, ele tinha acabado de presenciar um massacre com todas as pessoas que conhecia. Quando ele te contou toda a história, o Craig estava abalado com tudo o que aconteceu, ninguém pode culpá-lo por isso.

Um pássaro canta baixinho mais ao longe e John desvia o olhar para as arvores, pensando sobre o que eu falei. Bem, ele podia estar totalmente certo sobre essa desconfiança toda com o Craig, mas também podia ser paranoia da sua cabeça. John acabou de perder todos os seus amigos, é normal que as coisas o confundam.

– Meu primeiro instinto é desconfiar das pessoas sabe? Eu sempre, sempre faço isso, mas acho que talvez você pode estar certa. - ele volta a falar. - Mas fique atenta. Fique de olho aberto com o Craig. Eu posso estar certo também, mesmo não querendo.

Faço que sim com a cabeça, mas então me lembro de George que saiu com o suspeito Craig.

– Ei, espera! Mas e o George?

John se vira para mim e sorri.

– Bom, se ele não voltar, de duas uma. Ou o George morreu de causas naturais, e com isso eu quero dizer walkers, ou então Craig deu cabo da vida do Rhode Island. - John ri.

– Ai que horror! Isso não tem graça sabia? - franzo a testa. - Mas não sei porque vocês dois se implicam tanto. Quer dizer, eu gosto do George, acho ele um cara super gente boa.

– Você acha todo mundo super gente boa! - ele revira os olhos.

– Não acho não! Você, por exemplo. Não é tão legal assim.

– Você não me acha um cara gente boa? - John pergunta, me olhando curioso. Nego com a cabeça. - Por que não?

– Você é muito grosso.

Ele olha para mim, levanta uma sobrancelha e sorri malicioso. Reviro os olhos. Idiota bipolar.

– Não grosso dessa forma. - digo tentando consertar o que havia digo antes. Desvio o olhar.

– Você não sabe. Você não viu. - ele dá de ombros, inocentemente. Aham, sei.

– Ah vê se cala a boca! - digo, dando um tapa no seu braço não machucado.

John ri e se encosta novamente no banco. Ele me pede um outro cigarro, já que o dele foi parar em algum lugar do chão, e logo em seguida o acende. Pego um cigarro para mim também e o acompanho. O clima pesado já passou.


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Notas finais do capítulo

Não sei como expressar minha insatisfação com esse capítulo. Simplesmente, não gostei muito. Deem a opinião de vocês :)
Mas para recompensar esse desastre, ou não, tem o trailer novinho em folha de SFM! Sei que já falei disso lá nas notas iniciais, mas só pra lembrar vocês... https://www.youtube.com/watch?v=ALwZdlk95Zw :D
Próximo capítulo tá bem agitado. Tem fuga, sangue, drama, intriga, e personagens novos! Todos vibram! o/ acho que tá na hora de adicionar mais gente na trama né?
Bem, desculpem pelo capítulo mais ou menos, mas sinceramente espero que gostem do trailer! Vai, pelo menos um poquinho ahahah
Beijaço e até mais!