Todos Iguais escrita por Mi Freire


Capítulo 54
Pedro, Rafael e Eduarda


Notas iniciais do capítulo

Meninas, de acordo com meus cálculos e anotações... Teremos sessenta e nove capítulos, fora o Epílogo. Muita coisa, não é? Minha história mais longa até agora haha Bom, isso é ruim por ser muito extenso e bom para vocês aproveitam por mais tempo os personagens.
Obs.: Esse capítulo é triplo, uma novidade. Mas nada mudou, tudo bem? Os nomes no título do capítulo estão na mesma ordem das narrações.



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Até que estávamos nos dando bem.

No pouco tempo que tínhamos juntos... Nós só queríamos estar juntos. Sem brigas, sem discussões, sem ofensas ou ataques. Apenas juntos. Deitados no colchão de seu mais novo apartamento.

Eu gostava de tê-la dessa forma. Pelo menos quando éramos só nós dois, Maria Eduarda parecia mais vulnerável, totalmente entregue, sensível, apaixonada, carinhosa, prestativa, educada. E o mais importante: totalmente minha. De corpo e de coração.

Quando ela estava em meus braços eu não conseguia ver maldade, falsidade, mentiras, enganações, desculpazinhas, intrigas ou qualquer outra coisa do gênero. Comigo ela parecia modificada, transformada, evoluída e muito melhor.

— Posso te pedir uma coisa? – com uma das mãos acariciei seu ombro nu e com a outra afastei algumas mechas loiras de seu cabelo do rosto corado.

— Qualquer coisa. – disse ela, sorrindo maravilhosamente. Os dentes brancos impecáveis, os lábios rosados e os olhos cinza parecendo calmos.

— Enquanto estivermos juntos... Quero que você pare de fazer intrigas e monstruosidades com os meus amigos. Não quero mais te ver agindo como uma vaca. Eu não gosto disso. Eu não poderia aceitar algo assim. Eles são meus amigos, poxa. Eu os amo apesar de todas as diferenças. E gosto de estar com você também... Me sinto apaixonado. Te peço isso pelo menos enquanto estivermos juntos. Pelo nosso bem.

— O.K. Eu posso tentar. – ela continuou sorrindo. O que era muito bom. Não queria que o clima ficasse tenso entre nós. Eu adorava essa calmaria, essa tranquilidade, essa quietação que existia esse nós. — Eu já estou melhorando, não estou? Não posso dizer que mudarei radicalmente do dia pra noite. Mas quando estou com você, não é como se eu tivesse tempo para ficar pensando nas outras coisas.

Ela beijou meu queixo.

— Você me faz sentir amada, desejada, em paz, especial e completa. Quando estou com você não sinto necessidade de mais nada. Apenas de estar assim, só eu e você. Isso é o suficiente pra mim. Mas eu também tenho algo para te pedir.

Ela se endireitou e começou a mexer na minha franja.

— Pode pedir. Estou te ouvindo. – sorri também, tentando morder o seu dedo, mas ela foi mais rápida e o tirou rapidamente, antes de voltar a mexer na minha franja, com tanto cuidado e carinho.

— Fique comigo. – pediu, voltando a me olhar nos olhos. Olhos que agora esboçavam ternura. — Eu só peço que fique comigo, Pedro. Você é o único que me faz sentir todas essas coisas. Você é o único que me faz acreditar que algum dia eu vá me tornar alguém melhor. Eu sacrificaria qualquer coisa pelo seu amor, pela sua atenção, pelo seu carinho.

Como resposta, voltei a beija-la, puxando seu rosto para junto do meu. Beijei-a carinhosamente e ela me correspondeu com a mesma intensidade. Sentindo aquele típico calor se acender dentro de mim mais uma vez, eu a puxei para cima do meu corpo.

Maria Eduarda começou a beijar meu rosto, deixou o meu pescoço, subiu e mordeu minha orelha, enterrou os dedos no meus cabelos antes de descer até o meu peito nu e dar pequenas mordidinhas e beijinhos ali também.

Tínhamos acabado de fazer amor em uma noite de quinta-feira e agora estávamos prontos para ir para a segunda rodada.

Pra falar a verdade, com essa garota eu sempre estaria para uma próxima rodada. Desde que ela estivesse também. Por mim ficaríamos assim, nos agarrando, por toda a noite e um pouco mais. E eu nunca estaria totalmente satisfeito. Porque sempre iria querer mais.

— Antes de continuarmos – ela parou, quando eu estava começando a me empolgar pra valer. Sorri, abrindo meus olhos cautelosamente. Estava ofegante e o coração batendo forte. — Queria saber de uma coisa...

— Outra coisa? – brinquei, passando uma mecha de seu cabelo sedoso para trás da orelha. Ela revirou os olhos, descontraída. — Tá. Pergunta.

— Você vem me ajudar na mudança, não vem? Será no domingo! Eu estou tão ansiosa. No sábado eu e a Tati iremos comprar apenas o que está faltando. E no domingo quero você aqui para me ajudar e quem sabe depois – ela provocou-me, passando o dedo por meus lábios. — eu possa te recompensar pelo esforço. Mas só se você merecer.

***

Eu ainda estava pensando naquela visita. Naquele beijo. Naqueles amassos. Em todas as poucas palavras ditas e as não ditas. E no constrangimento de termos sido flagrados quando estávamos muito perto de nos livrar de nossas roupas em cima de uma cama, em um quarto branco, de uma clínica de reabilitação.

Não só foi engraçada toda a situação, como também me fez muito bem. Eu estava mesmo precisando sentir tudo aquilo outra vez. Aquela sensação estranha de não saber o que dizer e agir. Uma palpitação no peito, as pernas moles e a boca seca. Coisas que eu só podia sentir quando aquela pestinha da Gabriela me provocava.

Ela é daquele tipo de garota única que a gente não encontra em qualquer lugar.

E que garotos sortudos assim como eu – e também imaturos e irresponsáveis – precisavam conhecer para tomar jeito na vida.

Porque por mais que eu tente levar uma vida numa boa, sem ficar me preocupando muito com tudo ou tendo muitas responsabilidades, chega um momento que precisamos desacelerar ou até mesmo pisar no freio. E aí nos perguntamos: Que merda eu estou fazendo? Para onde estou indo? O que eu vou fazer? O que eu vou ser? O que eu sou?

Então a vida – ou uma força superior muito maior que isso tudo – coloca uma pessoa em seu caminho. Mas não uma pessoa qualquer como tantas outras que já te fez quebrar a cara ou que você brincou com os sentimentos dela. E sim uma pessoa especial, que te faz rever vários aspectos banais de sua vida mesmo sem precisar tocar no assunto. E quando você menos espera, da noite para o dia, você começa a pensar no futuro, criar expectativas, querer sem uma pessoa melhor mesmo sem essa pessoa nunca ter de pedido nada, você procura uma trabalho, faz questão de terminar os estudos, investe em uma carreira, compra uma casa, case-se e constrói uma família linda, que faz todos os seus dias e sacrifícios valerem a pena.

Eca.

No que é que eu estou pensando?

Hoje acordei tão inspirado. Estou tão poético.

Isso não sou eu!

Sacudo a cabeça e tento espantar esses pensamentos. Mas eles não somem facilmente. Não quanto eu não consigo tirar aquele beijo da minha cabeça. Aqueles olhos. Aquele cabelo. Aquele corpo. Aquele sorriso. Aquela voz. Aquele toque. Estou mesmo ficando maluco! São em momentos assim que eu começo a entender porque os meus amigos ficam tão abobalhados quando começam a namorar ou a conhecer uma pessoa especial.

Acho que todo mundo passa por isso na vida.

Alguns mais que os outros.

Mas tudo isso me assusta muito.

Eu não sou o Rafael que pensa mais além, que planeja um futuro, que faz planos, que pensa no amanhã, que quer fazer uma faculdade ou muito menos encontrar um emprego. Não sou o Rafael que se apaixona facilmente, que perde a cabeça, que sente muito, que é intenso ou sentimental, que sonha ou é esperançoso. Não sou o tipo de cara que tem vontade de ser casar ou ter um bebê. Eu nem gosto de crianças! Elas babam e fedem. Não porque eu não queira, mas talvez – ou muito provavelmente – eu tenha nascido defeituoso, com parafusos a menos e não consiga ser de outra forma.

Não dá pra julgar.

Não é tudo que a gente pode ou consegue entender.

É por isso que saio certo do que estou prestes a fazer naquela sexta-feira a tarde, já na saída do colégio. Vou pegar um ônibus e ver a Gabi. Nós precisamos ter aquela conversinha que não tivemos aquele dia. Mas sem beijos agora. Isso é se me deixarem entrar, depois do que viram a gente prestes a fazer.

Chego lá às seis e meia da noite.

Para o meu alivio me deixam entrar. E melhor: ela ainda quer me ver.

Entro em seu quarto cautelosamente. Nem bati na porta. Não preciso disso. Encontra-a sentada em sua cama... Lendo um livro. Desde quando ela se interessa por livros? Bom, pelo visto eu perdi muito nesse tempo em que ela me manteve afastado. Quando me ver ela sorri e deixa o livro de lado, após marcar a pagina onde parou com um marcador.

Ela está tão normal... Mas tão linda. Usando um jeans rasgado nos joelhos e uma camiseta preta e comprida de uma de suas bandas favoritas. Seus cabelos castanhos avermelhado estão soltos e ondulados. Seus olhos continuam inconfundíveis como sempre. Ela está descalça. E percebo que o esmalte preto de suas unhas já está descascando nas pontas.

— Oi, Gabi. – digo, sentando-me na ponta de sua cama.

— Oi, Rafa. – ela retribui com um sorriso acalentador.

— Tudo bem? – pergunto, sem tirar meus olhos dos dela.

— Estou. Mas e você? – apenas assinto.

— Olha, precisamos ter aquela conversinha.

— É, você tem razão. – ela desvia o olhar por um momento.

— Sente-se mais preparada?

Foi a vez de ela assentir.

— Hum – enfiei a mão no bolso e tirei de lá de dentro um pirulito de coração e um chocolate. Dei a ela. — Comprei isso mais cedo na cantina do colégio , mas me esqueci de comer. Pode ficar pra você, como um agrado.

Ela agradeceu.

— E então – disse ela, dando um suspiro. Gabi deixou o que te dei de lado, em cima da mesinha. — queria começar me desculpando por ter sido tão dura com você naquele tempo. Eu estava triste, magoada, ressentida e precisando colocar a cabeça no lugar. Eu precisava de espaço para entender todas essas coisas que sinto.

— E o que você sente?

Ela não respondeu de imediato. Apenas desviou o olhar e abaixou um pouco a cabeça. Para incentivá-la a começar eu meio que agi sem pensar e toquei seu rosto, inclinando-me em sua direção. Fiz um pequeno carinho em sua bochecha, fazendo-a voltar a olhar dentro dos meus olhos.

E mais uma vez me deixei agir pelas emoções, emoções que estavam todas relacionadas a ela. Agora que a Gabi estava olhando diretamente pra mim, assim tão de perto, senti uma súbita vontade de beija-la de novo. E foi o que eu fiz, docemente. Só que dessa vez foi um beijo mais curto. Mais romântico do que intenso.

— Gabi, eu gosto de você. – acabei deixando escapar, ainda segurando seu rosto com carinho. — Gosto mais do que gosto de mim mesmo ou do que já gostei de qualquer outra pessoa. O que eu sinto por você é tão forte... Que me faz perder totalmente a cabeça. Eu não consigo encontrar as palavras certas, sinto uma estranha sensação no estomago, o coração bater mais rápido e todas essas bobagem que os livros descrevem quando se está perto de quem gostamos. É tudo isso e muito mais.

Ao contrário do que eu imaginei, ela sorriu. Eu achava que iria assusta-la com a minha confissão, mas isso não aconteceu.

— Eu também gosto muito de você. Tanto que eu não conseguia te manter por perto. Porque você bagunçava tudo aqui dentro. – ela levou a minha mão até o seu coração. Pude sentir que ele bater tão rápido e tão alto quanto o meu. — Por isso eu precisava tanto te afastar. Isso me assustava. Isso ainda me assusta. Mas de uns tempos pra cá eu andei pensando em tanta coisa, inclusive em te perdoar por todas as burradas que você cometeu contra mim e todas as burradas que eu cometi contra você.

Ela deu-me um selinho.

— Eu não me importo mais em sermos tão imperfeitos um para outro de um jeito tão... Certo. Apesar de incomum. – ela soltou um riso fraco. — Eu não me importo mais se você é um babaca, um cretino, um safado e um imbecil. Tudo que me importa agora, depois de todo esse tempo em que tive para colocar a cabeça no lugar e entender certa coisas, é que eu quero muito, mais do que qualquer coisa, parar de perder tempo. Eu quero dar uma chance a isso que eu sinto. Eu quero aproveitar, eu quero viver, quero desfrutar das oportunidades... Porque eu nunca sei quando pode ser a minha ultima chance de tentar mais uma vez. Eu nunca sei quando vou ter outra recaída, outra crise... Outro surto. Eu nunca saberei quando será o meu fim ou o seu fim. E pensar em tudo isso só me faz querer não perder mais nenhum segunda da minha vida por medo.

Ela tinha toda razão. Mas todas suas palavras, por mais fortes e intensas que fossem, não se aplicavam a mim. Eu compreendia, mas não conseguia aceitar. Não para mim! Eu era diferente. Eu sou diferente. Comigo... As coisas não funcionam assim. Eu não sou uma pessoa lógica. Eu sou completamente irracional.

Sim, muito provavelmente vou perder a vida toda por medo de ser uma pessoa melhor e maior. Mas... Parece o certo pra mim. Vindo de uma pessoa tão covarde e cabeça dura feito eu.

Algumas pessoas precisam de uma lição muito mais dura para aprender certas coisas. E eu, com certeza, me enquadro nesse tipo de pessoa. Que precisam perder absolutamente tudo ou chegar ao fundo do poço para começar a valorizar o pouco que eu tem.

— Eu não posso te amar da mesma forma, nem na mesma intensidade, muito menos na mesma altura. – admito, recuando. Sentindo os olhos se encherem de lágrimas. — Eu não mereço tudo isso, Gabi.

Antes que eu pudesse me conter, as lágrimas saíram em um turbilhão.

— Eu não me importo, Rafa. – disse ela, também muito emocionada. Segurando minhas mãos tremulas. — Podemos tentar...

— Não! – explodi, contrariado. — Você pode, você consegue. Mas eu não. Eu sou fraco. Eu sou covarde. Nunca serei o bom o bastante para alguém como você. – levantei, tentando limpar as lágrimas com o dorso da mão. Gabi me olhava assustada e... Triste. — Eu sinto muito, Gabi. Eu gosto mesmo de você. Mas não posso me envolver.

Saí de lá praticamente correndo. Bati a porta de seu quarto e corri pelos corredores, chorando. Todos que trabalham ali me olhavam intrigados, como se eu fosse um louco.

***

Eu estava adorando aquilo. Toda aquela agitação, aquela movimentação, aquela bagunça. Fazia-me sentir viva, responsável, adulta. Eu enfim tinha um lugar para chamar de meu. Meu lar. Minhas coisas. Minha bagunça. Meu próprio teto. Onde eu poderia entrar e sair a qualquer momento. Convidar as pessoas que eu gostava. Passar mais tempo com o Pedro longe do olhar curioso de todo mundo e as más línguas.

Ontem passei o dia inteirinho com a Tatiana, colocando as pequenas coisas no lugar. E também trazendo minhas poucas coisas do apartamento da minha prima para cá. Agora, gentilmente o Pedro estava me ajudando a arrastar os móveis para o lugar que eu achava mais adequado. Pouco a pouco o apartamento ia ganhando mais a minha cara, o meu jeito.

Quando eu comprei esse apartamento, as paredes já eram branca.s Hoje de manhã eu e o Pedro só pintamos uma delas de azul. Minha cor preferida e pregamos alguns quadros. O meu sofá era preto, de couro. As almofadas azuis claras e azuis escuras. O carpete creme. O raque pequeno, uma tevê média, um aparelho de som mais moderno e alguns porta-retratos com fotos minhas, com o meu pai e com a Tatiana.

E um janela enorme com uma cortina escura.

Na cozinha um pequeno armário cinza com branco, um fogão de quatro bocas, uma pia que já estava aqui com uma janela com vista para os apartamentos vizinhos, uma geladeira branca e simples e uma mesa de quatro lugares com tampão de vidro e um jarro de flores em cima.

Detalhe: flores que o Pedro tinha me dado hoje mais cedo.

No hall pequeno outro carpete mais escuro e também, alguns quadros e porta-retratos, um aparador com um design mais sofisticado e um vaso grande com flores compridas e artificiais.

No lavabo nada além de uma pia, vaso sanitário e um espelho. Além de um cestinho de lixo, um tapete e um kit para sabonetes líquidos.

O quarto de hóspedes era simples, com um banheiro. As paredes brancas, uma cama grande, um armário pequeno, uma cômoda com uma tevê em cima, uma janela no canto com cortinas claras e um carpete.

Meu quarto ainda não estava pronto. O deixamos por ultimo. Mas o Pedro estava me ajudando nisso. Nem sei o que seria de mim sem ele. O coitadinho já estava só o caco. A camiseta suja e os cabelos negros um emaranhado só. Por sorte estávamos terminando. Aquele era o ultimo cômodo. E eu estava ajudando.

Às sete da noite tínhamos enfim acabado. Estávamos exaustos, caídos em minha mais nova cama. Adeus colchãozinho velho, onde tivemos bons momentos. Agora tínhamos coisa melhor para aproveitar.

Virei-me de lado e olhei para ele com um sorriso.

— Terminamos.

Olhei em volta... Diferentemente dos outros cômodos as paredes do meu quarto estavam cobertas por um papel de parede floral em tons de azul claro a azul escuro. Meu lençol de cama era branco e liso. Uma cama grande de casal. Com almofadas fofas. O janelão ficava logo atrás da cama, com cortinhas brancas. Havia milhares de fotos espalhadas por uma das paredes. Algumas de quando eu era só um bebezinho. Eu tinha também uma tevê grande, um aparelho de som, alguns puffs, um carpete e um closet enorme só para mim. Além de todos meus objetos pessoais.

Parecia tudo perfeito... Pelo menos pra mim.

— Além de exausta... Eu estou faminta! – digo, ainda olhando para ele. — Vamos pedir pizza?

— Pra mim... Parece ótimo. – disse ele inclinando-se sobre mim, beijando meus lábios docemente.

Intensifiquei aquele beijo, colocando a minha mão em sua nuca.

Depois ele de um salto da cama, afastando-se. Pegou seu celular em cima do criado mudo ao lado e fez o pedido para nós, sabendo exatamente qual era meu sabor favorito.

Em seguida ele voltou para perto de mim, após dar um salto em minha cama. Ele pulou exatamente em cima de mim, afastou meu cabelo e começou a beijar meu pescoço, me fazendo soltar gargalhadas.

Tudo no Pedro me excitada.

Eu não podia suportar suas provocações por muito tempo. Eu tinha uma urgência enorme de senti-lo cada vez mais perto. Então tirei sua camiseta e joguei no chão. Puxei seu corpo para mais junto de mim com as mãos apoiadas em suas costas e beijei seu peito desnudo. Mordi e arranhei também, fazendo o rir. Para me atiçar ainda mais, ele tirou minha regata e meu short jeans. Mordeu forte boa parte do meu corpo.

Seus olhos verdes voltaram a olhar para o meu rosto, com seu corpo quente e suado ainda colado no meu. Ele me olhava de maneira intensa. E seus braços sustentavam o peso do seu corpo.

— Eu gosto tanto de você! – disse ele, sério. Sem ao menos sorrir. — Eu sou apaixonado por cada pedacinho seu.

Seus lábios voltaram a atacar os meus.

Mas antes que pudéssemos fazer qualquer outra coisa, a campainha tocou.

Entreolhamos-nos intrigados. Não estávamos esperando por nenhuma visita. Muito pelo contrário. Queríamos todo o tempo do mundo só para nós dois.

— Eu vou ver quem é. – ele levantou-se, sem ao menos pegar sua camiseta do chão. — Talvez seja o entregador de pizza.

Resolvi esperar.

Mas o Pedro estava demorando demais.

Então fui até ver qual era o problema, após pegar sua camiseta e eu mesma vesti-la para cobrir minha nudez. Aproximei-me devagar e descalça do Pedro, beijando seu ombro. Olhei para fora, na direção que o Pedro estava olhando. E vi o porquê do espanto em seus olhos verdes.

— Pai? – perguntei, igualmente surpresa. — O que você está fazendo aqui?


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor. E até semana que vem. Beijão!



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