Era uma uma vez... ou quase isso. escrita por Clary Cahill


Capítulo 1
O encontro.


Notas iniciais do capítulo

Essa história originalmente era uma peça de teatro escrita por mim e uma amiga minha, Bruna.
Decidi transcreve-la para uma história, vamos ver se fica bom.
Comentem!



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A última coisa que Gabriela queria nas férias era ir para um acampamento de verão.

Porém, lá estava ela.

Ela não estava só. Carolina, sua melhor amiga a acompanhava. A culpa dela estar ali, no entanto, era toda de Carol. Carol disse a mãe de Gabriela que seria instrutivo e educativo. Gabriela andava tendo muitos conflitos com sua mãe. Ela chegou a mandá-la a um psicólogo. Não era preciso ser nenhum gênio para saber o problema de Gabi.

Ela ter visto seu pai traindo sua mãe quando voltava para casa da escola.

Ela contou a sua mãe e agora seus pais são separados. Apesar dela ter contado a mãe e colaborado para que o casamento acabasse, seu pai não a odeia. Ele realmente tenta manter contado com ela e falar com ela. Só que Gabi, não está disposta a falar com ele.

Ela odiava lembrasse disso. Ela tentava ignorar, mas não era tão simples assim.

O acampamento era localizado perto de uma reserva florestal, as pessoas envolvidas deveriam ter suas próprias barracas. Seria isso por duas semanas,esse era apenas o primeiro. Era incluindo atividades até o anoitecer, a noite havia a hora fogueira.

Um fator que ajudou Gabriela a não odiar o lugar era Raul. Ele era simplesmente… lindo. Alto, cabelo preto, olhos azuis e um sorriso de tirar o fôlego.

Eles até conversaram na primeira noite. Estavam se dando muito bem. Ele era tão engraçado, simpático e atencioso…

Conseguiriam ter se falado ainda mais, se Jéssica e Marcela não tivessem aparecido. Gabi foi obrigada a se despediu de Raul, ele disse que não se importava em conversar com ela no dia seguinte. Jéssica e Marcela infelizmente, estudavam na mesma escola que Gabriela e Carolina. Elas sempre tiravam sarro de Carol devido a sua infantilidade.

Embora Carol parecesse não se importar, ela se incomodava. Gabriela e Carol colocaram os pijamas mais cedo que o resto das pessoas. Depois, elas foram para tenda.

Gabi não se sentia confortável na barraca. Um lado positivo era ter Carol ali, onde elas podiam conversar por horas e horas. Sem contar o repelente potente de Carolina.

-Você não precisava ter vindo. –disse Carol após um bom tempo de silêncio.

-Eu não me importo. – Admitiu Gabi. Ela ficou um pouco triste em não poder conversar mais com Raul, mas ela não podia deixar Carolina com as duas.

-Você estava tão bem falando com o… qual é o nome dele? Rafael?

-Raul. Eu e ele combinamos em fazer alguma coisa juntos amanhã. Não se preocupe.

Carol sorriu.

-Olha, não liga para elas. Jéssica e Marcela são umas idiotas. –comenta Gabi.

-Eu sei. Mas elas são tão cruéis. Quer saber, vamos parar de falar sobre elas.

-Acho bom. –diz Gabi.

-Você soube que amanhã vamos fazer canoagem!- exclamou Carol com animação. –Se você não for fazer outra atividade com o Raul nesse horário, podemos fazer!

Como Carolina tinha 16 anos? Gabriela conhecia meninas de 10 anos com mais maturidade que sua amiga. Embora Carol tirasse notas boas e levasse escola com severidade, ela era uma menina completamente ingênua e infantil. Elas sempre foram melhores amigas, porém elas eram opostas. Até na aparência.

Carol adorava histórias de fantasia, como por exemplo, chapeuzinho vermelho; ela ainda brincava de Barbie, Polly e My little Pony; Ela nunca havia beijado um garoto e acreditava em príncipes encantados e almas gêmeas. Gabriela era uma menina que gostava de fatos e histórias sobre a humanidade; Ela gostava de ler e tinha paixão por natação; Gabi gosta de seguir as regras; Ela achava meninos atraentes e que essa história que existe um amor esperando por você, uma tremenda bobagem.

Carolina Lima era uma menina bonita com feições meigas, ela possuía cabelos castanhos compridos lisos, boca carnuda, olhos verdes, pele levemente bronzeada. Carol não era muito alta, mas não chegava a ser baixa. Já Gabriela Santos era uma menina bonita também, loira com cabelos cacheados na altura dos ombros, magra, olhos azuis, baixinha, lábios finos e a pele branca como a neve.

Carol e Gabi apesar de serem muito amigas, viviam discutindo, por serem tão diferentes.

-Nossa, parece divertido. –disse Gabriela, se esforçando o máximo possível para demonstrar animação. Ela não quis dizer a Carol que não estava a fim. Ela sabia que magoaria muito a amiga. Era injusto dizer que estava tento um verão horrível. Ela gostava da companhia da amiga e gostou de ter conhecido Raul. O acampamento era bem pior na imaginação de Gabi. Tanto é que Carol estava se esforçando para deixar Gabi feliz e ela sabia e via o esforço da amiga.

-Tem mais! Também vamos fazer uma trilha. –Os olhos de Carol brilhavam.

-Vai ser um dia cheio. –comenta Gabi. Se imaginando na trilha conversando com Raul…

-Pois é. Quem sabe lá não tem algum monstro incrível...

-Monstro? –pergunta Gabi interrompendo Carol com um sorriso no rosto.

-É, ué. Às vezes podemos viver uma grande aventura. Pode tudo começar amanhã. Nossas vidas podem mudar completamente de um dia pro outro.

-Isso é verdade. Talvez algum dia.

-Nunca pensou em pelo menos uma vez na vida, você ser a mocinha? Viver uma história de amor única e inesquecível? Ter um grande inimigo, mal e poderoso?

-Se não for como “A da culpa é das estrelas”. Sabe, não quero ter câncer e ainda por cima…

-Eu não li esse livro ainda, nada de spoilers.

-Tá, tudo bem. Já pensou que talvez não exista esse negócio de ter que derrotar um vilão como o Voldemort? Que talvez não exista esse negócio de ser a mocinha. Podemos fazer coisas boas e sermos heróis sabia? Como, por exemplo, a Cruz vermelha. Ir para fora do país e ajudar crianças na África...

-Eu queria viver algo como Alice no pais das maravilhas. Uma aventura como a dela. Sei que existem coisas bonitas e heróicas que as pessoas fazem. Mas… esquece.

-Carol, são apenas histórias. –diz Gabi gentilmente.

-São mais que isso. –diz Carol. -Eu estou cansada das pessoas acharem que eu sou algum tipo de criança de 5 anos de idade!

-Pare de agir como uma então!- grita Gabi. –É por esse motivo que a Jessica e a Marcela tiram tanto sarro de você! Você não é mais uma criancinha! Olha você é minha melhor amiga, eu a amo. Mas não acha que está na hora de crescer? Sabe, não vamos encontrar um monstro por ai e lutar contra ele. ! A vida não é assim! O máximo que pode acontecer é você encontrar uma cobra e ter que fugir! Carol você tem que aprender a diferença entre realidade e fantasia!

Carol não disse nada. Foram minutos desconfortáveis de silencio. Gabriela estava se sentido péssima, ela não devia dizer coisas assim a Carol. Carolina era sensível e Gabriela foi muito cruel.

Carol foi criada assim. Seus pais eram super protetores. Ela é a única filha e neta. Ela era a princesinha da família.

-Eu vou dar uma volta. - disse Carol. Ela pegou a lanterna em baixo das cobertas e vestiu um casaco.

-Carol, me desculpa. Eu fui muito grossa…

Carolina nem esperou Gabi acabar de falar e saiu da tenda. Onde Carol estaria indo?

Assim como a amiga, Gabi, vestiu uma casaco e pegou o celular (para usar como lanterna). Rapidamente,mas do que ela se achava capaz, calçou os tênis e seguiu Carol.

-Carolina. –ela chamou, ao ver a amiga, a uma distancia considerável adentrando a reserva.

-Não se preocupe, como você mesma disse, não tem nenhum monstro aqui. –gritou Carol devido à distância. Mesmo ao longe Gabi podia ver os olhos de Carol vermelhos, como se ela estivesse chorando. Ela provavelmente estava.

Carol disparou e entrou na reserva, Gabriela teve que correr atrás. Era culpa dela. Ela foi dura demais. Podiam não haver monstros lá, mas existiam, cobras e outros animais. Assim como podia haver homens lá. Já encontraram corpos na reserva. Podia ser longe do local de acampamento, mesmo assim… Gabi não podia deixar nada acontecer com Carol.

-Carolina! –gritava Gabi. Cada vez entrando mais e mais na reserva. Aquilo era perigoso. Elas não tinham autorização para entrar na floresta. Gabi tinha que achar Carol, não tinha chance dela sair de lá sem a amiga. - Carolina! Desculpa! Pelo amor de Deus! Carolina! Carol!

Gabi lembrou-se que Carol estava descalça. O que não era uma boa ideia. As duas ainda por cima estavam de pijama. A noite estava muito fria, mesmo as duas tendo casacos, não era o suficiente.

Gabriela estava apavorada. Ela mal conseguia enxergar na escuridão sufocante. A luz de seu celular não é lá essas coisas. A reserva está silenciosa demais.

Então ela ouviu um grito.Um grito que corta o silencio, antes terrível. Um grito de puro pavor. Ela reconheceu a voz. Ela reconheceria em qualquer lugar.

Carolina Lima.

Ela seguiu a direção do grito correndo o mais rápido que pode. Talvez fosse idiota, mas ela tinha que ir.

Gabi parecia correr e correr e nunca chegar. Ao se aproximar ela parecia estar escutando uma conversa? Ela tentou correr mais rápido ou identificar algum fragmento da conversa, mas não foi possível.

Seria um seqüestrador?

Era culpa dela…

Ao chegar lá, seu coração quase parou.

Um lobo estava na frente de Carol, que encarava a criatura com um sorriso. Um lobo enorme e com a pelagem marrom. Olhos grandes e amarelados.

Não deveria haver lobos naquela região. Porém, não havia como negar a existência de um bem ali.

-Carol, não se mova. –disse Gabi com a voz baixa e um pouco falha.

Carol se virou para ela e a encarou.

-Gabriela, não precisa ter medo. Ele não vai te machucar.

O lobo rosnou. E deu um passo lento para frente.

-Carolina, ele é um animal selvagem. – disse Gabriela.

-Gabi! Assim você vai ofendê-lo. Ele é meio sensível.

-Carol, do que você está falando?- Gabriela estava começando a ficar preocupada. Ela não desgrudava os olhos do animal gigante que estava praticamente na frente de sua amiga, que não parecia se importar muito com o fato dele poder matá-la em um golpe só a qualquer instante.

O animal pulou em cima de Carol, enquanto Gabi gritava, achando que ele mataria sua melhor amiga enquanto ela olhava. Mas, não foi o que aconteceu. O lobo deu um salto tão alto que foi capaz de saltar sobre Carolina e avançar na direção de Gabriela. Seus pensamentos evaporaram. Seus joelhos cederam. O animal estava na sua frente. Ela sentia a respiração do animal, bem na sua cara e ainda por cima, podia ver seu reflexo nos olhos do animal. O pânico a dominou. Gabi fechou os olhos com força, esperando a morte.

-Robert!- falou Carol, como se tivesse repreendendo o animal. – Assim você vai fazê-la ter um ataque! Não tem graça! Pare já com isso!

-Carol, não estraga meu barato! Além do mais, ela me chamou de selvagem! - reclamou… o lobo?

Lobos não falam. Como é que aquele estava falando? Gabriela devia estar louca.

Gabriela abriu os olhos assustada.

-Ele acabou de…

-Eu tive a mesma reação por um tempo. –admitiu Carol.

Então Gabriela começou a gritar. Carol foi até sua frente e a abraçou. Gabi tremia. Não podia ser verdade. Lobos não falam. Lobos não falam.Lobos não falam.

Lobos não deveriam falar.

–Você não sabe quem ele é? –perguntou Carol.

-Você sabe quem eu sou? –perguntou Robert, o lobo, com alivio.

-Você é o lobo mal da chapeuzinho vermelho!

Gabriela começou a rir, aquilo era muito surreal.

-Isso só pode ser um sonho. Lobo falante, Chapeuzinho vermelho… A única coisa que está de acordo com a situação é você Carol. – disse Gabi a si mesma.

-Você me chamou de lobo mal?- perguntou o lobo Ignorando Gabi. –Ei, por que sua amiga está rindo.

-Não é muito comum ver lobos falantes. –diz Carol. Gabi ainda ria agora, abraçado os joelhos. Sobre a história. Você encontrou a teimosa chapeuzinho vermelho pela floresta e disse a ela qual caminho seguir. Assim você poderia chegar primeiro a casa da avó dela e devorá-la. Foi o que você fez…

O lobo a encarava confusa.

-Viu Carol, até o lobo falante te acha estranha. –comenta Gabi, ainda na mesma posição.

-Ei!-protesta Carol.

-Meu nome é Robert. – diz o lobo olhando para Gabi. -Um minuto, é isso que estão dizendo de mim por ai?

-Como assim?- Pergunta Carol.

-As pessoas andam me encarando de um jeito diferente ultimamente, se quer saber.

-Tem certeza que não é por que você é um lobo gigante que fala? –pergunta Gabi.

-Não… acho que não é isso. A Chapeuzinho é muito idiota! Deus! Eu não fazia ideia da gravidade da situação. Nunca espalhem um boato assim meninas! Isso explica por que as pessoas na minha terra saem correndo muito frequentemente de mim gritando coisas como: NÃO ME COMA!

-Novamente, tem certeza que não é o fato de…-começa Gabi.

-Minha terra?-pergunta Carolina, interrompendo Gabi.

-A terra dos contos de fada.- diz o Robert como se fosse óbvio.

-Tipo que nem aquele programa de TV One Upon a Time?-pergunta Gabriela ficando finalmente de pé. Aquilo era um sonho. Tinha que ser, então por que não participar dele?

-One o que? –pergunta Robert.

-É um programa de TV onde os personagens dos contos de fada são aprisionados em nosso mundo e esquecem quem são. Regina, que é tipo uma bruxa má, lança essa maldição nos personagens e eles são forçados a deixar seu mundo que é supostamente destruído, sua identidade e ainda por cima, forçados a ficar na cidade, sem poder escapar, até que alguém quebre essa maldição. –Explica Carol.

-Isso é estranho. De qualquer jeito, meu mundo, está virando restrito. Não estamos mais podendo sair dele e vir ao seu mundo. A rainha de Copas…

-Alice no país das maravilhas! –grita Carol.

-Eu nunca pensei que fosse dizer algo assim: Carol, deixe o lobo falante explicar!- repreende Gabi.

-Meu nome é Robert! Não é tão difícil assim… qual seu nome?

-Gabriela, pode me chamar de Gabi.

-Prefiro, menina rabugenta. –ele diz.

-Menina rabugenta? –pergunta Gabi com raiva.

-Como eu estava dizendo antes da garota purpurina me interromper…

-Eu sei seu nome!- protestou Carol.

-Sei lá, é que você é tão… Feliz! Eu gosto de você, desculpa Carol. De qualquer jeito, A rainha de Copas com ajuda de sua parceira Malévola, como essa Regina fez, lançaram um feitiço. As crianças estão perdendo sua imaginação e parando de acreditar em nos. Se elas pararem não tenho ideia do caos que isso pode gerar em meu mundo. Por isso estou aqui. Procurando ajuda. –diz o logo.

-Isso parece péssimo. –diz Gabi.

-Parece que agora minha infantilidade ajudou em alguma coisa. –comenta Carol olhando para Gabi.

-Tem razão Carol. Foi mal ter dito aquelas coisas.

-Desculpa sair correndo. - fala Carol.

As duas se abraçam.

-Que meigo.Agora, eu tenho um problema aqui! –diz Robert.

-Tudo bem! Lobo falante como é que você saiu?-pergunta Gabi.

Robert ignora o fato de Gabi persistir em chamá-lo de Lobo falante.

-Eu sai antes que os portões fechassem, não é permitida a saída, porém ainda é possível entrar, mas a partir de manhã não poderei retornar.

-O que você quer?

-Quantos anos vocês tem?

-Por quê?- perguntou Gabi.

-A profecia. Digam-me que vocês têm 16.

-Nos temos 16. –falou Carol.

-Por quê?- insistiu Gabi desconfiada.

-A profecia! Isso!

-O que você está falando?- pergunta Gabi.

-Eu não sei de cor, só sei que eu preciso de vocês.

-Eu topo!- diz Carol.

-Carol!-repreende Gabriela. Ela volta à atenção a Robert. - Para que?

-Para me ajudar a derrotar a rainha de Copas e começar a rebelião. –diz ele. –A profecia disse que duas pessoas de 16 anos nos salvariam. Eu preciso de vocês.

-Eu topo!- repete Carol.

-Precisamos conversar. –Gabi puxa Carol pelo braço até um canto onde o Lobo não pudesse as ouvir.

-Ele está dando a aventura que eu sempre quis ter!- diz Carol.

-Só pode ser um sonho. –Argumenta Gabi.

Carol belisca Gabriela com força. Aquilo dói.

-Ai!

-Desculpa, era só para confirmar. –diz Carol.

-Meu Deus.

- O que?

-Isso está mesmo acontecendo. –Gabi tem dificuldade para respirar. Ela se apóia em uma árvore.

-Lógico que está acontecendo.

-Você tem alguma noção do quão bizarro isso é?-pergunta Gabi. -Podemos não ser as pessoas certas para ir! Você noção do que está deixando para trás? Que podemos morrer? E sua família? Imagina quando não nos encontrarem amanhã. Não podemos ir.

-Temos que ir! Precisam de nos.

-Não precisa ser necessariamente nos. Isso é impossível. Não pode estar acontecendo…

-Não está vendo! Tem um lobo ali. Ele fala! Ele está nos implorado para viver uma aventura. Derrotar monstros e deter um vilão poderoso e mal! Poderemos ser as mocinhas! Está acontecendo.

Gabriela se senta do chão novamente.

-Vai deixar a escola?

-Por que não, é o mais fácil.

-Mas Raul…

-Estamos indo para o país dos contos de fada! –Diz Carol com animação.- Devem existem milhões de príncipes gatos e perfeitos, até melhores que o Raul.

-Carol…

-Ele é sua alma gêmea?

-Sei lá. –diz Gabi.

-Se fosse, você saberia.

-Carol.

-O que?

-Isso é ridículo!

-Vamos nessa!

-Não podemos ir nessa. –fala Gabriela.

-Eu vou. –diz Carol.

-Eu sei que você sempre sonhou em viver algo assim, mas tem mais pessoas envolvidas nisso do que nós.

-Eu sei, mas eu tenho que ir.

-Vocês vem ou não? Se perderam a parte de que eu tenho que partir até o amanhecer, só recordando. – reclama o lobo.

-Nos vamos. –diz Gabi.

-Você vai? –pergunta Carol.

-Alguém tem que manter o olho em você. –fala Gabi.

Carol a abraça.

Elas se juntam ao lobo. Que faz com a pata, indicando a direção que elas deveriam seguir. E elas seguiram.

-Carol, será que você pode acabar de contar aquele boato maldoso que a Chapeuzinho espalhou?

-Claro, deixa eu ver a onde parei… Ah, é. Bom, depois, se disfarçou de vovô e esperou a chapeuzinho chegar, para poder devorá-la também.Você conseguiu devorá-la e tirou um cochilo. Daí, veio o lenhador, que ela conheceu no caminho que você disse a ela para seguir e ele deu um jeito em você. Retirou a avó dela e ela da sua barriga e no lugar delas, encheu sua barriga de pedras, para você não sentir falta. E eles viveram…

-Não diga isso!- implorou o lobo.

-Qual o problema com: Felizes para sempre? –perguntou Carol.

O lobo cobriu os olhos com as patas e se agachou no chão, como se que esperasse alguma coisa fosse explodir. Porém nada acontece.

-O que foi isso? –pergunta Gabi olhando para o Lobo.

-Nunca, nunca, nunca ousem dizer essas palavras no meu mundo.

-Por quê?-pergunta Carol.

-É estritamente proibido. Coisas ruins acontecem com que diz essas três palavras. Acreditem, ela vai saber. Ela sempre acha um jeito de saber. Vocês entenderam?

-Tá legal… - comenta Gabi.

-Onde exatamente nós estamos indo? –pergunta Carlo

-Estamos quase lá. - Responde Robert.

As meninas e o lobo andam por um bom tempo até chegarem a um buraco um tanto largo.

Aquele não é o buraco de… não pode ser.

Alice no país das maravilhas.

-Não me diga que…

-Hora de pular. –diz o Lobo.

-Não, não e não. –Diz Gabi.

-Me sinto na obrigação de dizer neste momento que: assim que pularem, não poderão voltar para o seu mundo até derrotarmos a rainha vermelha. Existem algumas chances de morrermos também. Se quiserem desistir, agora é uma boa hora.

Gabriela tanto sair, mas Carol segura seu braço.

-Quem vai primeiro? –pergunta Robert.

-Juntas? –pergunta Carol.

Gabi suspira e estica a mão, Carol a segura. Ela fecha os olhos.

-Juntas. –responde Gabi.

Então elas saltam.


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Notas finais do capítulo

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