Cachos Morenos escrita por Di Yeah2


Capítulo 3
Doido de pedra.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas, capítulo novo na área! Boa leitura!



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– Suas traíras! – Murmurei apontando o meu dedo indicador para Luiza e Ana – Andaram passando o meu numero para desconhecidos.

– Não tão desconhecido assim – Ana murmurou rindo.

– Fizemos um favor para você Pietra – Luiza falou me mandando um beijo.

– Ele é doido! Ele decretou que eu irei sair com ele sábado de qualquer jeito e se eu não estiver pronta quando ele chegar a minha casa ele irá me arrastar do jeito que eu estiver e espera, como ele sabe aonde é a minha casa? – Perguntei mais para mim do que para elas – Vocês não... – Olhei desconfiada para elas.

– Não, dessa vez não somos culpadas – Ana murmurou levantando as duas mãos como se estivesse se rendendo.

– Verdade, demos o seu número, mas não falamos aonde é a sua casa – Luiza concordou com Ana.

– Vai que ele é um psicopata – Murmurei fazendo drama.

– Isso ele não é, coloquei o nome dele no google e fiquei abismada – Ana falou – Ele pode ser até mulherengo mas psicopata nem um pouco. Ana pegou o celular dela e colocou no google e logo digitou “ Jacob Harris” , apareceu quinhentas reportagens e fotos.

Tinha fotos dele em tapetes vermelhos, no banco, em carros luxuosos, em baladas e com várias mulheres, totalmente diferentes umas das outras e tinha muitas! E as reportagens só confirmavam o quanto galinha ele era.

– É novinha, esse aqui não fica com uma só não – Ana murmurou e eu dei de ombros.

– Não vou ficar com ele mesmo, eu vou sair de casa sábado às 20 horas da noite, se for preciso eu saio com o Fabricio e tudo, mas não irei sair com Jacob Harris – Decretei.

[...]

– Pietra, não surte, não corre, não grita – Ana falou e eu fiquei confusa, será que tinha alguma aranha no meu ombro ou uma cobra atrás de mim? Estávamos em frente a escola conversando pois a última aula havia sido adiada pois o professor de geografia que devia ter mil anos teve um AVC, fiquei com dele.

– O que foi Ana? Tem algum bicho atrás de mim?-Perguntei me desesperando.

– Não... - Luiza murmurou e logo senti alguém me abraçando por trás mas não chegou perto o bastante para me encoxar.

– Pietra meu amor – Ouvi a voz de Fabricio. Ele tem uma paixonite por mim a 3 anos. Ele é um cara bonito e gente boa, mas eu acho que tenho trauma de namoros ou relacionamentos desde que eu tinha 14 anos e peguei Lukas o meu primeiro e único namorado me traindo com uma piriguete funkeira que devia ter todo tipo de doença sexualmente transmissível, acabei dando na cara dele e da piranha. E eu dei uns beijinhos no Fabricio em um jogo idiota de verdade ou consequência a qual ele próprio me deu a consequência de beija-lo.

– Oi Fabricio... - Murmurei meio sem jeito, é estranho um cara chegar por trás de você. Ana e Luiza tinham os olhos arregalados e parecia que nunca haviam visto o Fabricio na vida mas estudavam com ele desde pequenas. Sai do abraço dele e dei um passo e logo me virei para ficar ao lado das meninas e vi o porquê dos olhos arregalados e todo aquele papo de “não surta, não corre”, a Ferrari Branca de Jacob estava estacionada do outro lado da rua com os vidros negros fechados e para mim aquilo era carro de bandido.

– Que droga ele faz aqui? - Murmurei e vi a porta se abrindo e saindo Jacob com toda a sua plenitude quase perfeita e seu terno impecável e caro que o deixava muito sexy.

– Isso eu não sei, mas ele não parece nada feliz – Ana murmurou.

– De quem vocês estão falando? –Fabricio perguntou e se virou para olhar Jacob assim como todos os alunos que estavam ali em frente à escola.

– Acho que vou correr – Murmurei baixinho, mas as meninas ouviram.

– Não vai não – Luiza falou.

– Olha a expressão dele, parece que vai matar alguém – Murmurei. Sim o cara é um Deus, rico maravilhoso e tudo, mas eu só o conheci ontem! Quando ele chegou perto de nós , parou exatamente na frente de Fabricio e Jacob era mais alto que o moreno de olhos negros.

– Sai da minha frente – A voz dele era fria e dura era agora que ele iria matar Fabrico e depois me esquartejar e comer os meus pedaços... Credo ando vendo muitos filmes de terror. Fabricio deu espaço para que Jacob passasse e o louro parou em minha frente.

– Oi... – Murmurei olhando para os lados.

– Vem comigo – O olhei como se ele fosse louco ou tivesse três cabeças.

– Não, você tem problema? O que está fazendo aqui? Olha, não sei de qual país você é, mas perseguição é crime! – Murmurei me exaltando um pouco.

– Pietra, para de falar e vem comigo – Ele falou e parecia se controlar, mas eu conseguia ver o vulcão que estava entrando em erupção nele.

– Olha, eu não te conheço direito, nos vimos ontem e eu não vou com você para lugar algum – Cruzei os meus braços e o encarei, escutei o sinal tocar, era a última aula que perdemos, então deu a minha hora de ir embora.

– Não dificulta as coisas senhorita Pietra – Ele me olhava seriamente.

– Então não insista em querer me levar para algum lugar e, aliás, eu vou para a minha casa- Murmurei e olhei para as minhas amigas que só observava nós dois.

– Eu te levo em casa, o que eu saiba ela fica muito longe daqui e o transporte publico não é muito bom e você demora muito para chegar a casa – Ele murmurou tentando me compra com um assento confortável, menos minutos para chegar a casa e sem encoxamento.

– Não me importo em andar de ônibus – Murmurei na cara de pau. Odeio andar de ônibus!

– Sei, sei – Ele falando era um pouco engraçado devido ao sotaque dele mas não posso rir agora, tenho que ficar séria e me fazer de durona para escapar dessa. Eu sei, qualquer garota estaria a muito tempo dentro daquele carro que custa mais do que a minha vida e estaria agarrada a essa personificação de Deus grego bilionário ao quadrado mas eu não sou qualquer garota, a minha mãe me criou com muito sacrifício e sufoco para que no final eu vire uma vagabunda em busca de extorquir dinheiro de homens através do sexo.

– Que bom que você sabe e como eu disse, está na minha hora – Murmurei mandando um beijo para Ana e Luiza e um aceno de mão para Fabricio que também observava eu e Jacob. Fui começar a caminhar, mas o louro sedução doido e perseguidor segurou o meu braço.

– Você vai comigo nem que eu te coloque a força naquele carro – Ele falou sério, muito sério.

– Eu já disse que não vou! E se você não me soltar irei começar a gritar aqui – Falei puxando o meu braço e indo a longos passos para o meu destino, o ponto de ônibus que estava vazio, a rua estava deserta, não tinha ninguém e isso me deu calafrios. Olhei as horas no meu celular rapidamente e vi que eu tinha perdido um ônibus, outro só iria passar daqui a meia hora, que ótima, meio hora para um estuprador, assassina ou assaltante vir fazer algo comigo.

Olhei para o lado e vi um garoto muito suspeito, não que seja preconceito, mas ele estava com uma blusa de time bermudas de funkeiro e boné com um chinelo e droga eu tenho um pequeno problema de visão, miopia e não consigo ver se o cara me olhava mas eu sentia que sim. Posso começar a orar? Sim ou com certeza. Escutei um barulho de um carro vindo e logo percebi a Ferrari branca parando ao meu lado queimando o asfalto.

– Entra logo na merda do carro – Escutei a voz sexy, rouca e raivosa saindo de dentro da nave espacial estilosa, olhei para o cara que adiantou os passos em minha direção e eu não pensei nem duas vezes, ou era ser violentada, assaltada ou morta ali ou era entrar no carro e jogar tudo nas mãos de Deus! E é claro, joguei tudo nas mãos Dele!

Jacob acelerou o carro tanto que eu me senti em um dos filmes de velozes e furiosos.

– Para onde você está me levando? – Murmurei ajeitando o cinto de segurança pois com Jacob no volante ninguém se salva.

– Fica quieta, estou a ponto de me descontrolar – Ele falou e sua voz soou fria. Arrepiei-me. E claro, por segurança me calei por que vai que ele para o carro em um matagal, me mata e me atira no mato e ainda mesmo se descobrirem ele não vai preso, sabe por quê? Ele é rico!

Jacob deu várias voltas pela cidade.

– Manda uma mensagem para a sua mãe fala que vai dormir na casa de Ana ou Luiza – Ouvi a voz dele depois de alguns minutos de silencio.

– Para aonde você está me levando Jacob?! – Falei me exaltando e o medo estava entrando em mim.

– Só manda a mensagem – Ele murmurou.

– Para esse carro agora! – Gritei.

– Já falei para ficar quieta – Ele murmurou.

– Olha, eu não vou dormir com você! Isso é sequestro e abuso sexual é crime! – Murmurei.

– Não vou abusar de você – Ele falou – Só se você quiser – Ele me olhou rapidamente.

– Oh meu Deus, você é maluco!

– O que aquele moleque fazia te abraçando? – Ele falou do nada.

–O que?! Não te interessa, me leva para casa – Murmurei.

– Você já dormiu com ele? – Arregalei os meus olhos.

– Não! Deixa de ser idiota.

– Por que ele te abraçou por trás? Você dá essas liberdades a ele? – O olhei seriamente.

– Aonde você quer chegar?

– Você é uma vadia Pietra? – Fiquei vermelha ou roxa de raiva, que homem idiota, abri a porta do carro em movimento.

– Para esse carro agora ou eu pulo – Gritei e ele freou bruscamente fazendo o meu corpo ir para frente mas felizmente eu não tinha retirado ainda o cinto de segurança, aquilo me machucou um pouco. Retirei o cinto e sai do carro correndo, estávamos em um local deserto! Parecia uma rodovia e estava escura, caramba eu sou sortuda ou alguém fez uma macumba bem feita e se eu descobrir irei querer o número de contato do pai de santo.

Peguei o meu celular, mas logo ele foi tirado de minha mão.

– Me da o meu celular, eu vou ligar para a polícia, para a minha mãe, para o bombeiro, mas eu não vou ficar perto de você! – Gritei tentando pegar o meu celular, mas ele era muito alto, nem pulando eu alcançava a droga do celular.

– Você não vai ligar para ninguém – Ele gritou e eu fiquei assustada.

– Como ousa a gritar comigo depois que me chama de vadia?! – Dei um tapa no rosto dele que me olhou ferozmente.

– Entra no carro ou eu não respondo por mim – Ele fechou os olhos e sim eu fiquei com medo e entrei no carro.

Ele entrou e se sentou tranco a porta e pegou o meu celular e começou a mexer nele.

– O que está fazendo? – Perguntei.

– Mandando uma mensagem para a sua mãe – Ele murmurou dando de ombros e logo desligou o meu celular o colocando no bolso dele, respirei fundo e encostei a minha cabeça no vidro fechado. O que seria de mim? E por incrível que pareça eu carrego um canivete, minha mãe havia me dado depois de ser perseguida na rua por um homem.

Agarrei a minha bolsa que o Jacob havia jogado lá trás nos bancos e a abri procurando o canivete.

– Está aprontando o que? – Ouvi a voz dele.

– Nada – Falei piscando várias vezes e sim, quando eu começo a mentir eu fico nervosa e começo a piscar. Ele ficou em silencio e eu finalmente achei o canivete, disfarçadamente o coloquei no bolso de minha calça e joguei a minha bolsa lá trás com agressividade. Olhei para Jacob que me olhou, mas logo desviou os olhos para a estrada.

Logo olhei para os lados e percebi que estávamos em um bairro luxuoso, na verdade estávamos na orla da praia, era Leblon! É claro que ele morava em um dos lugares mais caros do mundo para se morar, o cara é rico! Logo ele parou em frente a um prédio luxuoso e belíssimo, o portão da garagem abriu e Jacob entrou com o carro e até a garagem era luxuosa.

Ele estacionou o carro e eu não quis sair do carro, continuei sentada e com o cinto de segurança com os braços cruzados. Jacob rodeou o carro e abriu a porta para mim. Fiquei parada encarando o vidro.

– Chegamos Pietra, saia daí – Fingi que não ouvi e não estou nem ai se estou sendo infantil – Pietra, saia ou você quer que eu te tire dai? – Percebi que ele estava perdendo a paciência, mas continuei parada. Jacob passou o braço em minhas costas e as minhas pernas e me levantou em seu colo, fechou a porta com o pé e acionou o alarme.

– Você está louco? Coloca-me no chão! - Comecei a me debater, mas ai ele me apertava mais contra si próprio. Ele caminhou e entrou no elevador a apertou o último botão, o da cobertura. O elevador subiu e eu ainda tentava sair de seus braços.

A casa dele era super luxuosa e bonita, era toda arrumada. O idiota me colocou no sofá.

– Olha só, você deve ser um daqueles riquinhos que acham que podem fazer tudo o que querem mas eu sou um ser humano com direitos e eu vou ligar para a polícia! Isso é sequestro! – Murmurei me levantando do sofá e me afastando do louro maravilha.

– Posso ser um riquinho e tudo o que você pensa mas eu quero só uma coisa – Ele falou chegando perto de mim e enlaçando a minha cintura com os seus braços fortes e me puxando fazendo-me colidir com o corpo musculoso dele e eu dei um gritinho baixo de susto – Eu quero você.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? Comentem! Beijocas ;)



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