Cachos Morenos escrita por Di Yeah2


Capítulo 1
Capítulo 1 - Não te conheço


Notas iniciais do capítulo

Olá, mais uma fic de minha autoria que estou postando, espero que gostem! Beijocas ;) ótima leitura!



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Oh não, de novo não! Tampei os meus ouvidos com as minhas mãos pois um carro de música que pelas minhas contas estava passando pela décima quinta vez em minha rua tocando “Lepo,lepo” e caramba! Essa musica gruda na cabeça igual a chiclete, é chata ao quadrado! Isso tinha que ser crime e já eram onze horas da noite e eu estudo!

Brasil. Um belo e exótico e é neste país que eu moro, mesmo sendo muito injusto e com políticos ladrões e todos os erros possíveis que não são poucos, mas eu ainda amo este país colorido e alegre. Moro na cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro e eu acho que não é um lugar para se morar e sim para passear... Moro no bairro Jacarepaguá em um prédio sem elevador que tem quatro andares, mas felizmente moro no segundo andar.

Rolei em minha pequena, mas confortável cama de solteiro tentando dormir, o sono havia fugido de mim igual ao diabo foge da cruz. Provas e mais provas atormentavam a minha mente e não que eu seja a ”nerd” ou a que tira notas mais altas na sala de aula, na verdade as minhas notas são medianas e as vezes até baixas e por isso essas provas estão me tirando o sono, preciso ir bem nelas para consegui passar no segundo trimestre.

Estudo em uma escola particular e não, eu não sou rica, mas a minha mãe quer me dar um bom estudo e por isso trabalha bastante para pagar a minha escola pois aqui no Brasil as escolas publicas não são as melhores, na verdade a educação Brasileira não é boa.

Peguei o meu celular e já era meia noite, levantei da cama e fui até a cozinha sem fazer barulho para não acordar a minha mãe. Abri a geladeira e peguei a jarra de água, fui até a pia pegando um copo e logo matei a minha cede com a água gelada e pode parecer estranho, mas às vezes prefiro água a refrigerante e não se iluda com isso, pois eu amo comer!

Voltei rapidamente para o meu quarto depois de guardar o jarro na geladeira. O apartamento onde eu moro não é luxuoso, é simples e pequeno, uma cozinha, área, sala um banheiro dois quartos mas os cômodos eram pequenas mas eu agradeço a Deus por ter um teto e ter tudo que tenho.

[...]

Acordei com o meu despertador, era 9 horas e sim isso é cedo para mim. Levantei-me e fui ao banheiro tomar um banho e fazer a minha higiene pessoal e me arrumar para ir para escola, pois moro uma hora longe de lá e tenho que fazer muitas coisas. Olhei-me no espelho já com o meu uniforme que consiste em uma blusa branca com um símbolo de uma coruja de óculos colorida na frente e as iniciais do nome de minha escola “E.A. F” que significa “Escola Alfredo Fernandes” e uma calça jeans preta com meus inseparáveis all star vermelho.

Comecei a pentear os meus cabelos castanhos longos até na cintura com grandes cachos as quais eu me orgulhava de tê-los. Logo passei um pouco de corretivo para esconder a minha olheira devido à falta de sono de noite, passei um rímel e um lápis de olho que destacou os meus olhos verdes na minha pele morena.

Passei um brilho labial e pronto eu estava prontinha. Sai do banheiro e peguei a minha mochila preta que já estava arrumada com os meus materiais e peguei o meu celular em cima da cama, olhei as horas e já era umas dez e meia da manhã e eu tinha que ir para um shopping center que era do lado de minha escola aonde eu almoçaria e resolveria as coisas do trabalho com as minhas amigas Ana e Luiza.

A minha mãe já devia ter ido para o trabalho então não me preocupei em me despedir dela apenas desejei que o dia fosse bom para mim e para ela.

Caminhei até o ponto de ônibus que ficava a duas ruas de minha casa e fiquei vinte minutos o esperando e sim, ele estava atrasado e não tinha banco no ponto e nem tapagem, assim o sol batia em meu rosto. Quando o ônibus chegou ele veio lotado, tive que ficar três pontos agarrada na roleta esperando duas ou três pessoas saírem do ônibus para que eu passasse e que as outras quinze atrás de mim todas apertadas entre elas desapertassem. Depois de ir para o terminal e pegar outro ônibus eu logo saltei em frente a o shopping dando graças a Deus, pois no ônibus tinha um monte de tarados me encarando e me enconchando. As minhas amigas e todos dizem que sou “gostosa”, a típica mulher brasileira, peitão, cinturinha fina barriga chapada, bunda grande e redondinha e belos pares de pernas, eu apenas fico constrangida e dou de ombros.

Entrei na praça de alimentação e avistei as duas doidas sentadas em uma mesa, mas ao canto perto de uma parede de vidro que dava para ver fora do shopping e em frente a um restaurante e do lado de uma cafeteria aonde tinha homens engravatados, todos com aparência jovem, mas bem sérios, não prestei muita atenção e fui direto para a mesa delas e antes que eu pudesse chegar perto delas elas já estavam gritando com a minha chegada.

- Pietra! – Elas gritavam achando que eu não vi elas, mas eu estava indo na direção delas e parecia que não se importavam, gostavam de me fazer vergonha em público.

- Já podem parar de gritar suas doidas! – Murmurei tentando me esconder sentando rapidamente na cadeira e me afundando nela.

- Para de graça Pi – Ana falou rindo. Ana é loura de cabelos lisos, branca igual a uma folha e olhos castanhos escuros, ela é linda, já a Luiza é morena de cabelos negros, cabelos lisos e olhos pretos e também lindos e são minhas melhores amigas.

- Então suas gordas, como vai ser a apresentação? Já decidiram o que vão fazer? – Perguntou Luiza e logo focamos na apresentação que seria para sexta, ou seja, daqui a dois dias.

- Sim, vou falar da economia, política e história da coreia do sul – Murmurei e começamos a conversar e logo já eram onze horas e alguns minutos, pedimos o nosso almoço e percebemos que os engravatados ao nosso lado estavam em uma conversa séria de algumas horinhas.

- Tem uns coroas ali, mas olha aqueles quatro ali, gente que homens gatos putz, aquele de terno cinza é o mais gato, joga para mim que é gol – Ana murmurou fazendo-me dar uma gargalhada baixa e observar o homem de terno cinza, ele era realmente bonito, tinha olhos azuis e era louro, ombros largos e mesmo sentado parecia alto, logo o olhar dele parou em mim e ele percebeu que eu o olhava também, fiquei envergonhada por ter o encarado e desviei os meus olhos.

- Ele está olhando para cá – Luiza murmurou rindo eu revirei os olhos rindo e jogando um papelzinho nela.

- Não os encara – Murmurei para as duas que mexiam nos cabelos.

- O cara é um gato, deve ter uns vinte e cinco anos e os amigos dele também - Murmurou Ana- Homens de negocio e eu quero provar homens mais velhos – Ela falou sorrindo maliciosamente.

- Ok, vou ir ao banheiro antes que nosso almoço chegue, estou apertada – Murmurei e eu realmente estava apertada, elas assentiram e não vieram para vigiar a comida e os homens da mesa ao lado. Peguei o meu celular me levantei sem olhar para a mesa dos engravatados e fui para o banheiro do shopping que era ao lado da praça de alimentação. Fui ao banheiro, fiz as minhas necessidades e sai lavei as minhas mãos e as sequei, dei uma mexida no meu cabelo jogando ele de lado e sai do banheiro olhando o meu instagram e acabei esbarrando em alguém.

- Perdão – Pedi sem ao menos olhar a pessoa que continuou a minha frente e eu tive que a olhar e tive um pequeno susto ao ver o louro engravatado sexy.

- Pedido quase aceito, só irei aceita-lo por inteiro depois de ter o seu número de celular – Ele consegue fazer com que cada palavra que saia da boca dele fosse sexy e o seu sotaque estrangeiro pouco perceptível o dava um charme em especial que as mulheres adoram pois indica que ele tem dinheiro mas não só por isso e sim também pelas vestes dele que era um blazer Armani feito sobre medida, relógio de ouro...

- Bom, eu fiz a minha parte e pedi desculpas agora se você aceita ou não ai já é problema seu e eu não vou dar o meu número a você, eu nem te conheço-Murmurei talvez sendo um pouco grossa e tentei sair da frente dele, mas ele não deixava bloqueando o meu caminho novamente.

- Essa eu não esperava, mas podemos nos conhecer - Olhei em seus olhos azuis que me hipnotizaram na hora deixando-me tonta, que homem lindo, mas eu pude perceber certa frieza em sua voz e em seu olhar.

- Me desculpe de novo, estou atrasada – Murmurei mudando de assunto e saindo rapidamente da frente dele e segui para a praça, o homem é lindo, charmoso, sexy e realmente eu o queria, mas eu não queria problemas em minha vida e homens significam problemas e, aliás, eu sou muito nova para ele, tenho apenas 16 anos...

- Que cara é essa menina? – Perguntou Luiza olhando para o meu rosto.

- A única que eu tenho Lu – Murmurei tentando descontrair um pouco e mudar de assunto.

- Chata – Ela falou jogando um papelzinho no meu rosto e eu revirei os olhos rindo.

Logo o nosso almoço chegou e começamos a nos deliciar batendo papo ou tentando pois as duas ficavam a todo o tempo olhando os homens engravatados.

- Eles com certeza são empresários ricos e gostosos – Luiza murmurou rindo.

- E o louro sedução com certeza está encarando Pietra – Arregalei os meus olhos ao ouvir Ana falar isso.

- Não ele não está – Murmurei tentando mudar de assunto ou convence-las que o rosa é azul.

- Ele está sim, aliás, ele está vindo para cá – Fiquei nervosa instantaneamente, nem ousei a olhar na direção dele, apenas abaixei a cabeça e entupi a minha boca de comida, ai eu teria um motivo para não abrir a minha boca.

- Com licença senhoritas, posso me sentar aqui? – Ouvi a sua voz ao meu lado e que voz... Que sotaque... Eu balancei a minha cabeça de um lado para o outro negando e as meninas sorrindo igual a idiotas balançaram para baixo e para cima.

- Mas é claro – Ana murmurou olhando maliciosamente para o belo homem ao meu lado e eu a amaldiçoei.

Enfiei mais comida em minha boca.

- Qual o nome das senhoritas? – Ele perguntou.

- Eu sou a Ana.

- Prazer, Luiza – Todos olharam para mim que estava mastigando, Lu viu que eu não iria parar de mastigar e Ana revirou os olhos.

- E essa estranha é a Pietra, não liga não, ela é mal educada assim mesmo – Ana falou me fuzilando com o olhar e eu devolvi o olhar.

- Já me acostumei, ela me deu uma patada perto do banheiro – As meninas me encararam e eu engoli a comida e eu acho que eu nunca fiquei tanto tempo mastigando nada.

- Ei! – Falei me virando pela primeira vez para o olhar e paralisei ao ver seus olhos azuis vibrantes e hipnotizantes tão perto de mim.

- Vai-me dizer que é mentira senhorita Pietra ? – Ele era atirado, debochado ,sexy, lindo e frio...

- Eu fui super educada com você – Murmurei levantando a minha sobrancelha e sim eu sou debochada e não levo desaforo para casa mesmo sendo um pouco tímida.

- Claro que foi – Ele falou com ironia.

- Então... - Luiza nos cortou antes que eu cortasse o pescoço dele – Qual é o seu nome mesmo?- Ela perguntou e eu percebi que ele não havia falado o nome dele.

- Sou Jacob Harris, é um prazer – Ele murmurou sorrindo e eu acho que já ouvi este nome em algum lugar e é claro que ele não é Brasileiro.

- O prazer é todo meu – Falou Ana piscando para ele.

- Então senhor Harris o que o senhor faz aqui no Brasil? – Perguntou Luiza.

- Estou aqui por um tempo a trabalho, sou o atual dono da Wells Fargo - Uau, o cara é podre de rico realmente...

- Sério? O meu pai tem conta lá – Luiza murmurou abismada assim como Ana.

- Então você está em uma reunião de negócios?- Ana perguntou.

- Sim, eu queria variar um pouco e sair do escritório – Ele murmurou dando de ombros.

Olhei para o meu celular e droga estávamos atrasadas! Faltavam 15 minutos para dar uma hora e a escola ficava a quase 20 minutos andando, droga.

- Estamos atrasadas – Murmurei me levantando e juntando as minhas coisas, as meninas arregalaram os olhos e fizeram o mesmo que eu.

- Droga, não iremos chegar a tempo e temos prova na primeira aula – Ana falou colocando a mochila nas costas.

- Sei lá, vamos pegar um taxi – Luiza falou colocando a blusa dela dentro da bolsa.

- Eu posso dar uma carona para as senhoritas é só esperar eu dispensar os senhores ali na mesa – Ele falou.

- A minha mãe me ensinou a não pegar carona com estranhos – Dei um sorriso debochado.

- Pietra para de ser chata,o cara é dono de banco, ele não vai nos sequestrar – Luiza brigou comigo e eu fiquei emburrada.

- Tudo bem – Murmurei e ele sorriu sínico e foi até a mesa e falou algo com os homens que assentiram e cada um apertou a mão dele e Jacob estava muito sério, ele é um pouco frio... O nome dele me lembra do lobo de crepúsculo...

Jacob veio ao nosso encontro e pediu para nós o seguir, ele era um sonho de homem e com aquele blazer feito sobre medida para ele o deixava muito sexy. Fomos até a garagem e ele parou em frente de um Ferrari branca, putz que carrão, imagina chegar na escola aqui no Brasil com um gato daquele e naquele carro, vai rolar uma fofocaiada.

- Uau, belo carro – Murmurou Luiza e Jacob piscou para ela. Ele como um cavalheiro abriu a porta para nós três, primeiro entrou Luiza depois Ana e ele fechou a porta antes que eu pudesse entrar, o olhei confusa e ele abriu a porta da frente, ao lado do motorista para que eu pudesse entrar.

- Eu posso ir atrás com ela, tem espaço- Murmurei apreensiva e vi que ele não mudaria de ideia.

- Quer que eu te coloque aqui dentro senhorita? – Ele falou mandão eu revirei os meus olhos tirando a bolsa de minhas costas e entrando no carro.

- Satisfeito senhor- Falei irônica e ele assentiu sorrindo. Logo deu a volta no carro e entrou no lugar do motorista, ele nem colocou o cinto de segurança e saiu em uma velocidade não adequada do estacionamento do shopping e a cada momento eu pensava que ele iria bater nas ruas do Rio de Janeiro. Depois de cinco minutos segurando firme no cinto de segurança chegamos na escola chamando a atenção de geral.

- Não sei como você ainda tem carteira de motorista, deve quebrou todas as leis de transito em cinco minutos murmurei tentando abrir a porta, mas ela estava trancada e as meninas já haviam saído e eu olhei confusa para Jacob.

- Você ainda não me deu o seu número – Ele murmurou perto de mais de mim.

- E eu ainda não te conheço o suficiente, mas muito obrigada pela carona – Sorri debochada e tentei abrir a porta de novo, mas estava trancada – Por favor, abra essa porta – Murmurei, mas Jacob não abriu, ao invés disso ele saiu do carro, deu a volta nele e pelo o que eu pude ver através do vidro da janela, todos estavam encarando o carro e agora encarando Jacob e as meninas. Jacob abriu a minha porta e eu sai do carro o agradecendo

- Obrigada Jacob, sério mesmo, nos salvou cara – Ana falou sorrindo.

- Não foi nada, mas vocês poderiam me dar o numero de vocês? – Luiza concordou e Ana também, elas deram um cartão para ele com o número delas e ele me deu um cartão alegando que como eu não queria passar o meu número para ele , seria bom pelo menos eu ter o número dele. Logo o sinal tocou e as meninas deram tchau para ele e eu fiz o mesmo, mas ele segurou o meu braço e me deu um beijo no rosto.

- Até a próxima Pietra – O meu nome soava tão sexy saindo da boca dele me deixando tonta, fui a passos largos para dentro da escola acreditando fielmente que eu nunca mais o veria.


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Notas finais do capítulo

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