Amor sem Compromisso escrita por BecaM


Capítulo 18
Partidas e Cicatrizes


Notas iniciais do capítulo

Gente, aqui está o capítulo da partida da Ally! (Segredinho: Chorei muito escrevendo esse cap. rsrsrsrs)

Estou pensando em mudar o nome da fanfic, o que acham? Ponham nos comentários!

Espero que gostem!



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POV Ally

Austin decidiu ir para casa ajudar Clary, mas resolveu me levar junto. Saímos pela janela do meu quarto, mas deixei um bilhete para o meu pai avisando que eu saí. Eu sei, eu sei… Eu nunca vou deixar de ser a perfeitinha e favorita do papai.

Austin pulou a janela e assim que se pôs de pé gritou:

– Pula que eu te seguro!

Eu fechei os olhos e pulei. Felizmente ele me segurou. Quando caí nos braços dele, senti uma pontada forte próximo a barriga, dei um gemido e pus a mão no local.

– Você ta bem? - perguntou ele preocupado.

– Sim. - falei me recuperando - Só uma pontada no local da bala.

– Tem certeza que você ta bem?

– Tenho, vamos ajudar sua irmãzinha.

Ele sorriu e me puxou até seu skate, sim ele trouxe o skate. Ele me pôs no skate e foi me guiando até sua casa. Depois de alguns gritos e tropeços, chegamos.

Assim que entramos, deparei-me com duas fileiras de dois colchões cada. A sala estava vazia, mas era possível ouvir as conversas das garotas no outro comodo.

Austin entrou primeiro e gritou:

– Clary! Cheguei!

Em menos de dez segundos um grupo de quatro meninas chegou na sala. Pude ver Clary no meio delas.

– Ai. Meu. Deus! É você mesmo! - disse uma delas andando até nós.

– Pois é… - disse Austin.

– Ally Dawson! - disse a menina.

Ela andou até mim e vibrou.

– Eu tipo, amo as suas músicas.

– Jura? - falei não acreditando - Nem sabia que as fãs do Aus, me conheciam.

– Você ta brincando?! Você é tipo… A garota mais épica do mundo!!

– Você ouviu isso? - falei cutucando Austin - A garota mais épica do mundo! - imitei a garota.

Austin riu.

– Então, meninas… Eu soube que vocês são as melhores amigas da minha irmã - disse Aus. - Então, como a minha maninha é tudo para mim, resolvi dar um presente para vocês quatro.

Ele fez um suspense, e em seguida tirou quatro ingressos do bolso.

– Vocês estão convidadas à ir ao meu show de abertura da minha turnê. Área VIP.

As garotas piraram. Cada uma pegou um ingresso.

– Então, agora, que tal vocês se divertirem com a garota que fez isso tudo acontecer? Afinal, foi para isso que vocês vieram…

– Vamos assistir aquele filme que…

Elas começaram a conversar sobre coisas a fazer. Austin pegou minha mão, subiu às escadas e me levou até seu quarto. Assim que entramos, ele fechou e trancou a porta. Sentei-me em sua cama e disse:

– Er… Eu vi uma coisa, hoje…

– O que?

– Quando eu fui me trocar para sair do hospital… A… A marca, ainda tá aqui.

– Não liga pra isso Ally…

– Não. Você tem que ver.

Pov Austin

Ela levantou da cama e levantou a blusa até a altura do peito. Então eu vi. A cicatriz.

Assim que vi a cicatriz, lembrei do momento em que ela saiu da sala de música, ela se arriscou para salvar os colegas… Voltando para à realidade, puxei a camiseta dela para baixo e disse:

– Ally, esquece isso. Não é importante.

– Não é importante?! - disse ela - Essa é a prova do meu pacto com o diabo!

Não pude me segurar, não conseguia vê-la sofrer desse jeito.

– Cala a boca Ally! - gritei.

– Vem calar! - gritou ela.

Eu a pressionei contra a parede e a beijei. Assim que nos separamos eu disse:

– Isso não é a prova de um pacto com o diabo, mas sim a prova de um ato de coragem. Você se arriscou para salvar seus amigos. Além do mais, não é uma marca dessas que vai me fazer te amar menos.

Ela me abraçou com força, eu fiz o mesmo. Pude ouvir ela dizer abafadamente no meu ouvido a frase “Eu te amo”...

~ Duas semanas depois~

POV Narradora

Chegou o dia menos esperado pelo casal Auslly e seus fiéis companheiros: o dia em que Ally se mudaria para Sidney, Austrália.

Ally havia passado a noite na casa da familia Moon, para ter sua última noite ao lado do namorado. A mesma acordou de manhã cedo, trocou de roupa, maquiou-se e organizou suas coisas. Com tudo pronto, sentou-se ao lado de Austin, que fingia dormir, e disse:

– Você vai aprender a viver sem mim, eu sei que vai… - disse ela.

Ele não conseguiria, não aprenderia a viver sem ela… Não enquanto soubesse o que poderia ter acontecido se ela não fosse…

Ela colocou pegou sua mala e saiu antes que ele pudesse dizer uma ou duas palavras. Bateu a porta ao entrar no carro de seu pai e sumiu após a primeira curva da estrada.

Nos olhos dele, milhares de lágrimas contidas ameaçavam saltar para fora a qualquer momento. Não, ela não sabia o que havia dito. Ela não imaginava que ele aprenderia a viver novamente sozinho ou com outra garota qualquer.

Era tudo tão completo, tão perfeito e tão feliz que, sem ela, nada restava. Nada

Mas finais são sempre assim, tristes e frios. Em alguns momentos de lucidez, ele lembrava de certos filmes que havia visto, livros que havia lido e músicas que havia ouvido. Todos falavam sobre abismos, sobre amores despedaçados, sobre dores agudas, sobre estradas sem fim. Mas, dentro da ficção, tudo sempre cura: um outro amor, uma reconciliação, um novo brilho de presente aos olhos. Na realidade, tudo é diferente. Ela não voltaria, ele jamais encontraria alguém que pudesse substituí-la e talvez ele esquecesse, com o passar do tempo, coisas simples como andar ou falar, mas jamais esqueceria a sensação de estar ao lado dela.

O problema é que ela sabia demais. Sabia sorrir, brigar, escrever, contar histórias, chorar baixinho e escrever as melhores músicas. Além disso ela era linda, linda além da conta, uma mistura de elementos doces, ásperos, cítricos e delicadamente aromatizados. Ela sabia bater o pé, impor suas vontades, perder a compostura e ainda sim manter aquele olhar inexplicavelmente sedutor. Maldito olhar, maldito sorriso. Ele tinha caído em todas as armadilhas, sem exceção. Para ele, todas eram apenas “mais uma garota”, mas ela, ela era A garota.


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