Aquela Droga Chamada Amor escrita por Isa Casadevinho


Capítulo 4
Os três mosqueteiros


Notas iniciais do capítulo

Agora sim vamos esquentar as coisas, hehe.



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Uma semana depois que cheguei, estavam lá os três mosqueteiros: Zoe, Jane e Frank. Eu tinha me tornado “popular” por andar com Jane e Frank que tinham uma certa "moral" naquele colégio. Mas eu tava odiando tal popularidade, porque pessoas que eu mal conhecia chegavam cheias de intimidade comigo por serem populares também. Não me lembro de ter dado liberdade pra ninguém daquele lugar. Então que porra é essa?

Enquanto hoje no intervalo lanchávamos juntos, Jane me fazia um convite:

Jane: Zo, se liga. Hoje mais tarde vai ter uma houseparty na casa do Hunter e ele faz questão que o nosso trio foderoso compareça. Posso confirmar nossa presença?

Eu: Mas o que vai rolar nessa festa que ele faz tanta questão da nossa presença?

Frank: Zoe. Apareça lá e você vai entender – disse ele, dando uma gargalhada.

Fui pra sala de aula com uma pulga atrás da orelha. Eu sabia que iria rolar álcool, mas vindo daquele pessoal que eu não conhecia, não sabia mais o que esperar.

Passada essa semana, pude notar que a Jane não tinha um bom relacionamento com o pai. Eram só eles dois; a mãe morreu quando Jane ainda era criança. Como eu não era tão íntima dela, preferi não perguntar sobre muitas coisas. Mas eu senti que tinha algo errado ali. Já o Frank morava com os pais, aquela típica família feliz. Seus pais eram hippies, o que chegava a ser bem engraçado.

É, até que as coisas estão sendo melhores do que eu imaginava. Mas apesar das brigas, eu estava morrendo de saudade do Zac. Pois é, ainda não falei com ele depois de tudo o que aconteceu. Ele é o típico irmão marrento, mas que se derrete quando eu mostro que o amo.

Quando eu estava saindo do colégio, meu celular tocou. Era o Zac. "Esse não morre tão cedo" pensei enquanto atendia o telefone.

Zac: Saudade de você, tampinha.

Eu: Também tô com saudade. Como estão as coisas aí?

Zac: Tá tudo bem. Arrumei um emprego. Já dá pra chamar umas "minas" pra sair - e gargalhou alto.

Eu: Vê se não engravida ninguém - e ri sarcasticamente.

Zac: Tá aprendendo essas piadinhas com quem? Como tá a mãe? - respondeu ainda rindo.

Eu: Ela tá bem, toda empolgada com o emprego novo. Tô super feliz por ela, aliás.

Resolvi não perguntar pelo meu pai, eu estava com raiva dele ainda.

Zac: Ah então beleza. Preciso desligar, tô indo trabalhar. Te amo. Se cuidem.

E desligou o telefone.

▪▪▪

Eu: Mãe? – eu disse, abrindo a porta.

Mãe: Oi filha. Como foi o colégio?

Eu: Tudo normal… Mãe, a Jane e o Frank me convidaram pra uma festa hoje a noite. Posso ir?

Mãe: E essa festa é aonde?

Eu: Na casa do Hunter.

Mãe: Quem é Hunter?

Eu: Você não conhece mãe. Vai continuar com o interrogatório ou vai me deixar ir? - e dei uma risada.

Ela me olhou desconfiada mas me deixou ir, depois de eu ter passado o endereço da casa do cara, claro.

▪▪▪

Ás nove em ponto a minha campainha tocou. Era o Frank. Nossa, que menino pontual. Gostei.

Eu: Mãe, o Frank chegou.

Mãe: Hm, o Frank é? – disse ela, me olhando e dando uma piscadela seguida de um sorriso.

Eu: Mãe, para com isso – e dei uma gargalhada.

Me despedi dela e desci. Abri a porta e puta merda, o Frank tava gato demais. Mais do que o normal.

Frank: Ô lá em casa hein, Zoey. – disse ele me olhando dos pés a cabeça e soltando um assobio.

Eu: Você também dá pro gasto, Franklin – eu disse, sorrindo e dando um soquinho no ombro dele.

Frank: Então vamos, Cinderela?

Eu: Vamos - eu disse gargalhando.

Gargalhamos juntos e fomos caminhando de braços cruzados. Minha primeira festa num bairro que eu mal conhecia. Eu queria me divertir, mas também não queria fazer alguma merda que me deixasse marcada "pra sempre" naquele lugar. Ligamos pra Jane. Ela não atendeu. Então fomos direto pra casa do Hunter. Já que estávamos sozinhos, arrisquei em perguntar sobre Jane e seu pai.

Eu: Frank, qual é o problema da Jane com o pai?

Frank: Zo... - ele suspirou pra depois prosseguir - O pai da Jane é um alcoólatra muito fodido. Ele meio que entrou em depressão depois que a mulher morreu, sabe? Isso faz cinco anos mas a Jane não superou ainda. Ela se faz de durona mas é tudo pose. Mas não comenta com ela que eu te disse isso.

Eu: Tudo bem.

Depois de escutar isso, senti que Jane precisava de ajuda. Fiquei bastante preocupada mas aí chegamos na rua do Hunter, e já podíamos escutar uma barulheira, o que afastou todos os meus pensamentos.


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