Capitão América: Radioactive escrita por Tenebris


Capítulo 3
Cherry bomb


Notas iniciais do capítulo

E aí gente mais linda! Terminei mais um capítulo. E já estou na metade do quarto, então, não se preocupem. As atualizações não vão demorar tanto. Beijos e boa leitura!



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Música: Cherry Bomb – The Runaways

Steve olhava incrédulo para o bilhete diante dele.

– É, Capitão... Ainda não sabemos de que forma, mas você tem muito a ver com a minha vida... Ou a falta dela. – Angélica comentou, dando de ombros.

– E o que você fez desde então? – Steve perguntou, ainda com os olhos azuis confusos detidos no bilhete.

Angélica deixou escapar um murmúrio de exclamação, cruzando os braços e olhando tão incisivamente para Steve, que o forçou a encará-la.

– Eu era uma ninguém. Minha vida fora arrancada de mim. Foi o momento em que eu percebi que precisava de uma nova. Consegui documentos falsos e passei a aplicar “golpes de colarinho branco”. Com certeza ser advogada ajudou bastante.

– Por que simplesmente não advogou ou ganhou o dinheiro de forma honesta? – Steve perguntou, visivelmente incomodado.

– Ora, Capitão... Se eu queria descobrir o que aconteceu comigo, eu precisaria de dinheiro. Muito dinheiro. Assim, eu tracei um plano. Levaria tempo e exigiria paciência, mas eu sou capaz de qualquer coisa, de qualquer coisa mesmo, para ter a verdade. – Angélica afirmou, aproximando o seu rosto do de Steve Rogers.

– Passou a ser uma criminosa? – Steve concluiu, olhando para ela com nítida reprovação.

Angélica o interrompeu, piscando para ele:

– Uma criminosa rica. Consegui dinheiro, consegui fugir da polícia, consegui inimigos, é verdade, mas também consegui aliados. Tudo rápido. Só poderia ter conseguido contato com gente realmente importante se eu aplicasse golpes.

Steve encarou-a durante algum tempo. Como Angélica podia ser uma mulher tão contraditória? Ela dissimulava. Fazia as coisas certas da maneira errada. Uma hora parecia triste e inocente, na outra parecia voraz e vingativa. A mesma garota torturada no passado, cuja família sumira, cometera diversos crimes para ter dinheiro. Como alguém poderia ser, ao mesmo tempo, tão inocente e culpada? Aquilo intrigou Steve. Mais do que deveria.

– Ok... Mas não respondeu. Por que tentou me matar? – Ele indagou. Sentiu que estavam perto da resposta.

Angélica olhou serenamente para Steve. O tom de voz dela era calmo, quase realmente doce:

– Nunca tive a intenção de te matar, Steve... A mesma pessoa que queria que eu te matasse, destruiu a minha vida e a minha família. Eu não faria nada do que ela me pedisse. Seu nome... Era a única pista que eu tinha. Era meu primeiro e incerto passo. Sabia que, se te encontrasse e ao menos fingisse tentar te matar, poderia conseguir conversar com você e com a SHIELD... Eu precisava de atenção.

– Então seu plano era nos contatar? Contar a sua história? – Steve concluiu, entendendo o plano da garota.

Angélica sorriu.

– Sim. Algo me diz que o que aconteceu comigo foi perigoso. Perigoso o bastante pra eu envolver apenas as pessoas certas. Você e a SHIELD. Eu tentei te matar porque sabia que seria levada diretamente para cá. E que eu poderia ver as pessoas certas... Pra pedir ajuda e fazer um alerta. Tempos sombrios estão a caminho. E eu só quero que me ajudem a descobrir o que aconteceu. E eu ajudo vocês a descobrirem o que acontecerá...

A expressão de Angélica assumiu um ar sombrio, e seus olhos eram mais distantes do que nunca. Steve falou, seguro de si, com a determinação ímpar de um soldado em batalha:

– Faz sentido. Nós dois sabemos que o aconteceu com você e com sua família não foi por acaso, Angélica. Eu sei como é ter dúvidas rodeando sua mente o tempo inteiro, como se algo tivesse sido arrancado de você à força... Eu sei como é de repente ficar sem escolha...

Angélica completou, sorrindo melancolicamente:

– Sabe como é se sentir perdido e deslocado, como se o mundo ao redor não te pertencesse...

– Sim. – Confirmou Steve, resolvido em ajudar Angélica. – Eu vou te ajudar. Eu entendo que o passado pode ser um grande amigo, mas também pode ser o pior inimigo.

– Obrigada, Capitão. – Angélica sorriu aliviada. Parecia ser sua primeira expressão realmente sincera desde então. - E desculpe... Por tentar matá-lo.

O que Steve não sabia era que Nick e Natasha viam e ouviam tudo através do vidro que os separava. Decidido e absorto em seus pensamentos, Nick entrou na sala de interrogatório e colocou outra cadeira ao lado da de Steve Rogers:

– Olá, Senhorita Law. Fui informado de tudo o que aconteceu e vim informá-la de que fará os exames toxicológicos em uma hora, para sabermos o que aconteceu precisamente com você. Assim, poderemos entender seus poderes e seu grau de ameaça.

– “Grau de ameaça?” – Angélica indagou, franzindo o cenho.

– Sim. Se você representar perigo, receio que tenha que ficar entre nós por algum tempo. – Nick avisou, olhando de canto para Steve.

– Nick, ela só quer ajuda. O passado dele pode ter muito a ver com o que estamos enfrentando agora. Você sabe disso... – Steve discutiu, olhando alarmado para Fury. Nick ignorou Steve e olhou atentamente para Angélica, dizendo formalmente:

– Com todo o respeito, não fazemos caridade aqui, Senhorita Law. É lamentável o que aconteceu com a senhorita, mas não temos muito que fazer. Vamos apurar seu crime de hoje, entender seus poderes, seu grau de ameaça e vamos mantê-la aqui, se for necessário. É só o que podemos fazer. Lidamos com tais ameaças, mas nem mesmo eu tenho o poder de desenterrar o que parece ter acontecido há anos atrás.

Angélica olhou para Nick com completa incredulidade. Cruzou os braços novamente, encostou-se à cadeira e colocou os pés sobre a mesa de maneira indelicada. Em seguida, falou ironicamente, fazendo um gesto com a mão:

– Ora, vá para o inferno.

Fury se levantou bruscamente da mesa, lançando um olhar hostil para Angélica e começou a andar.

– Fury. – Steve disse, levantando-se e impedindo que o superior andasse.

– Tenho que ir. – Nick disse rispidamente.

– Você precisa me ajudar... Só vocês podem! – Angélica levantou-se também, indo postar-se ao lado de Steve inocentemente.

– Controle-se, Angélica Law. – Fury chamou a atenção dela, cuspindo seu nome com fúria.

– O senhor irá me ajudar! – Ela afirmou, alteando levemente o tom de voz.

– Por favor, minha jovem. – Fury afirmou, forçando passagem entre ela e Steve.

– Nick... Ao menos tente ouvi-la. – Steve pediu.

Nick já estava fechando a porta quando Angélica, com a expressão decidida, pronunciou claramente, em alta voz:

– Você precisa me ajudar... Eu sou... Eu sou... Carolina Streit.

De alguma forma, Angélica achou que era hora de revelar seu verdadeiro nome. Ela não estava sendo completamente sincera com ninguém ali naquele local. Pensou de um ímpeto que, talvez, com essa atitude, algumas coisas mudassem.

E Nick hesitou. Ninguém pôde vê-lo, mas sua expressão revelava receio. Mais do que isso. Reconhecimento. Porque Nick já ouvira falar daquele sobrenome... Ele recompôs a expressão e disse, cético:

– Nomes falsos. Eu deveria ter previsto. Eu vou pensar no que vou fazer com você, Senhorita Streit. Mas já aviso. Pode não gostar do que vai encontrar.

– Me diga, Senhor Fury... Você vai me ajudar por causa do meu nome?

Carolina, como agora se revelara, perguntou a ele, deixando transparecer uma ameaça oculta na voz. Ela percebera que Nick reconhecera o nome. E Fury reuniu toda sua coragem para compor uma cara de tédio. Não deixaria aquela menina descobrir o que ele sabia sobre o tal sobrenome. Simplesmente não deixaria...

– De forma alguma. Afinal, é só um nome... – Nick respondeu secamente. Teve a sensação de que Carolina não fora totalmente convencida. E ela... Ela estava decidida a descobrir o que Fury sabia e que agora tentava esconder. Não importava o tempo que levaria.

Steve olhou ressentido para Carolina. Observou rancorosamente a garota e Nick, dizendo de maneira fria:

– Bom, acho que eu não faço mais parte dessa discussão...

E andou a passos decididos até a porta, desviando-se bruscamente de Fury.

Carolina ameaçou falar, mas algumas palavras morreram-lhe na garganta, sufocadas. Sabia que Steve sentia-se traído. Principalmente depois de ter concordado ajudá-la... Afinal, não se tratava apenas de um nome omitido... Era como se a confiança inicial de Steve tivesse sido abalada. E, de fato, fora. Carolina não confiara em ninguém durante toda sua vida traumática... Ela não se arrependera do que fizera. Nem de esconder sua identidade, nem de revelá-la na hora certa. Mas não se sentiu bem por Steve ter se sentido magoado. Ele era a única pessoa realmente disposta a ajudá-la. Ela não queria começar com erros. Não podia deixar Steve fraquejar...

– Ok. Entendido. Estou indo. – Nick respondeu para seu comunicador, virando de costas para Carolina. – E você, está liberada. Do interrogatório.

Carolina revirou os olhos e saiu da sala, entendendo claramente que não deveria sair da SHIELD. Ela bem que gostaria de deixar aquele maldito lugar, mas o começo de seus planos residia ali. Abandoná-lo seria jogar tudo para o alto.

Assim, no corredor mais próximo, ela avistou Natasha e Steve. Caminhou hesitantemente até eles e chamou pelo Capitão:

– Senhor Rogers... Posso falar com você? – Ela pediu educadamente, os olhos cinzentos incisivos.

Natasha saiu e deu um tapinha nas costas de Steve. Ele cruzou os braços e endureceu a expressão, olhando relutante para Carolina, que estava com a expressão vagamente desapontada.

– Esqueceu de me contar mais alguma mentira? – Disse Steve, após uns segundos de silêncio.

Carolina sorriu fraco. Tinha tanta coisa que ele não sabia... Talvez não interessassem para ele, mas, ainda assim, fez pensar em quanto de sua vida realmente não passava de uma mera mentira...

– Eu vim me desculpar. – Carolina falou, remexendo os pés, inquieta. Tinha os braços cruzados colados ao corpo e uma mecha de cabelo na frente do olho, atrapalhando sua visão.

– Por mentir seu nome ou por me matar? – Steve disse ironicamente, mas aos poucos, a tensão em sua voz se aliviava.

– Pelos dois. – Carol sorriu fraco, dando de ombros.

– Porque, escute bem, eu quero ajudar você. Mas precisa confiar em mim. Acredite, eu me coloquei no seu lugar, e eu tenho uma ideia do que esteja passando, mas não pode continuar escondendo coisas importantes... – Steve comentou. Havia um brilho decidido nos seus olhos e ele tocava inconscientemente o braço direito de Carol. Havia urgência e complacência em seus olhos azuis, chocando-se com os olhos cinza intensos da garota.

Ela respondeu, melancolicamente, olhando tristemente para o Capitão:

– Eu não sou a Capitã da América, Steve... Eu sou só uma advogada criminosa com poderes que quer descobrir o que aconteceu com a família. Não estou aqui para ser um exemplo de pessoa. Eu agradeço o que fez por mim e acredito que quer me ajudar, mas não me peça mais do que posso lhe oferecer... Vai acabar destruindo... Nós dois.

– Está bem. Vamos apenas tentar, então, ok? Vamos nos ajudar, tentar confiar um no outro e contar o que for preciso?

– “Tentar”... Ok. – Carolina murmurou, receosa.

Steve ficou um tempo encarando-a, como se estivesse tentando interpretá-la. Seus olhos, apesar de direcionados para ela, pareciam levemente fora de foco. Ele perguntou, quase que para si mesmo:

– O que me garante que não está mentindo agora? Ou que toda essa história não passa de uma mentira? Como... Vou confiar em você?

Carolina sorriu de lado, surpreendida pela pergunta. Ela revirou os olhos, momentaneamente incrédula. Explicou, levemente confusa e melancólica:

– Minha história... Não sei se é verdade, ou se é mentira. Não sei absolutamente nada sobre ela. Nem mesmo tenho certeza do que eu sei... Mas são as únicas informações que eu tenho. São as únicas coisas que me restam. E é por isso que estou aqui. Pela minha vida. Ou pela vida que não tive.

Steve assentiu, olhando piedosamente para Carolina. Ficou claro que ele entendia os motivos dela, mas que não concordava abertamente com todos eles. O Capitão cruzou os braços, ainda assentindo, imerso em seus pensamentos. Carolina não pôde interpretar a imensidão daqueles olhos azuis, tal era a imensidão de pensamentos que residia neles. Ela respirou fundo, observou a figura do Capitão, tão diferente dela... Tão incompatível... Tão distante...

A garota virou de costas para ele e recomeçou a andar. Contudo, deteve seus olhos cinzentos congelantes em Steve por um momento, tornando a observá-lo. Era a única vez em que alguém, de fato, parecia merecer a sua sinceridade. Era a única vez em que alguém, de fato, parecia merecer saber um pouco do que ela realmente era. Carol interrompeu sua caminhada e disse, friamente, com certa superioridade:

– E quanto à sua última pergunta, você não vai... Não deve confiar em mim.

Antes que Steve absorvesse o recado sombrio de Carolina, gritos inundaram o local. Carolina também interrompeu seu curso, confusa. Os gritos se multiplicaram, agudos e intensos. Carol tentou apurar sua audição para reconhecer aquela voz... Não lhe parecia estranha.

Foi quando, de súbito, uma garota entrou na sala, aos berros. Dois agentes da segurança da SHIELD a seguravam, um em cada braço. Ela esforçava-se para se livrar das garras dos guardas, mas seus movimentos eram inúteis. A garota chutava os ares, proferindo todo o tipo de xingamentos obscenos que lhe vinham à mente, tentando desesperadamente escapar. Steve se postou ao lado de Carolina, intrigado.

E Carol estava boquiaberta com a cena que presenciava.

Nick Fury estava atrás dos dois agentes que prendiam a moça. Para a surpresa de todos, ela gritou, ainda transtornada:

– Ah, Carol! Ops! Angélica! Eu sabia que ia te encontrar! Que bom que você tá bem!

Carol correu até a garota, ajoelhando-se diante dela e tocando-lhe o rosto. Ela não parecia terrivelmente machucada, apenas um pouco alterada e perturbada. Carol sussurrou, chocada:

– O que você tá fazendo aqui?

– Então... Eu estou sendo oficialmente presa... Por tentar explodir a Torre Stark.

Um silêncio mórbido tomou conta do local. Nick Fury adiantou-se e falou, autoritário:

– Senhorita Amy Rose... Ou seja lá qual nome realmente tenha... Você foi presa em flagrante após usar uma arma não identificada para explodir parte da Torre Stark, uma de nossas sedes especiais.

A garota era surpreendentemente alta. Tinha o porte esguio e a pele extremamente pálida. Seus compridos cabelos negros e retos estavam desgrenhados, contrastando com o azul escuro de seus olhos grandes.

– Rachel! – Carol proferiu, em tom de reprovação, observando a garota, que agora estava de joelhos no chão, ainda firmemente presa pelos agentes. Não podia acreditar que a moça explodira a Torre Stark.

– Carolina! – Amy, na verdade Rachel, alertara a outra. Não queria que ambas as identidades fossem reveladas. Ela não sabia do que havia ocorrido.

– Não acredito que você fez isso! Explodir? – Carol disse, inconformada, levando as mãos à cabeça, num gesto de preocupação.

– Eu estava preocupada com você. Eu não concordava com o seu plano de matar o Capitão Loiro ali! Mas você não me escutou como sempre! – Rachel tentava se explicar. Steve pigarreou.

– Cale a boca, Rachel. – Carol ironizou, olhando chocada para a outra.

– Eu precisava ver se você estava bem! Você demorou muito! Combinamos que, se você demorasse, eu deveria vir atrás de você. – Rachel explicava, buscando desesperadamente contato visual com Carol. Esta se levantou, começando a andar em círculos.

Combinamos mesmo? – Carolina indagou, ainda irônica.

– Bom, talvez tenha havido uma falha de comunicação. – Rachel tentava se justificar.

– Apenas responda... Você explodiu a Torre Stark? – Carolina desejou que tudo aquilo não passasse de uma confusão, e temeu a resposta.

– Peguei uma de nossas granadas japonesas. Ia vencer logo, se não usássemos. – Rachel sorriu casualmente, rindo de leve.

– Muito engraçado. – Carol replicou, franzindo o cenho.

Rachel suspirou e falou, alteando o tom de voz de modo a chamar a atenção de Carolina para a razão:

– Eu precisava vir o mais rápido possível para o interior da SHIELD. Que escolha eu tinha? Você escolheu matar o gostosão ali. Eu escolhi explodir um edifício. Quer dizer... Qual é a diferença?

Steve arregalava os olhos. O resto do pessoal na sala simplesmente limitou-se a observar a discussão que ali acontecia. Carol perguntou, olhando incisivamente para Rachel:

– Não tinha outro modo de realizar seu “brilhante plano”?

– A Torre Stark fica a dois quarteirões do nosso apartamento. O arsenal fica a dez passos do sofá. Não, eu não tinha outro modo. – A outra respondeu, sorrindo cinicamente e arqueando as sobrancelhas, de um modo que só ela sabia fazer.

– Ótimo. – Carol confirmou, cruzando os braços e assentindo repetidamente.

– Senhorita Streit, pode me dizer afinal quem é essa garota? – Perguntou Nick, postando-se à frente de Steve e Carol.

Streit? Você contou a ele...? – Rachel murmurava, temendo pelas identidades.

Carolina respirou fundo. Desejou que Rachel não ficasse brava. Ora, Carol tivera segundos para delinear um bom plano. E era o fizera. Ninguém sairia perdendo nessa história. Carolina jurou para si mesma. E respondeu, apontando para a garota desgrenhada ajoelhada ao chão:

– Ela é Rachel Beaumont. Minha cúmplice e melhor amiga.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam da Rachel?