Everyday escrita por Mandy S Lopes
Notas iniciais do capítulo
Oi gente!
Bom, primeira fanfic sobre Bones, espero que gostem e me perdoem qualquer erro ortográfico!
Tentei manter ao máximo a essência dos personagens, espero que gostem!
Capítulo 1 - Coração vs Antropologia
A antropóloga forense desmanchou o sorriso ao se encontrar sozinha, apenas com um copo de whisky que antes compartilhara com seu parceiro.
Suspirou antes de tomar tudo e deixar o dinheiro no balcão pagando os dois copos agora vazios em cima do balcão. Saindo dali e olhando apenas mais uma vez onde mais uma vez fora com seu parceiro.
A única diferença é que agora saia sozinha de lá e isso a feria de uma forma que nem a mesma entendia. Por que se sentia assim desde que voltara? Sozinha, traida e magoada.
Assim que sairá do lugar notou uma fina garoa e abriu o guarda-chuva que sempre levava em sua bolsa.
Olhou para o lado a fim de atravessar a rua e deixar aquele lugar que lhe deixava tão angustiada. E viu algo que por algum motivo preferia não ter visto.
Seu parceiro Silley Booth beijando Hannah. Por algum tempo ficou olhando a cena se desenrolar, eles se separando rindo e então ele abrindo a porta pra ela. Com um sorriso que em tempos passados seria direcionado a ela.
Sentiu sua garganta fechar e seus olhos inundarem. Afinal o que estava acontecendo com ela?
Por que tudo estava tão confusa desde que voltara?
Sua família mudara Angela agora estava grávida e ela e Hodgins estavam mais felizes que nunca. E de algum modo ela sentia inveja disso, ter uma família.
Ela podia ver o que estava vindo, todos estavam formando famílias, seguindo enfrente enquanto ela ficava para traz. Sozinha.
Atravessou a rua tentando ignorar a dor que sentia em seu coração, não vendo o carro que vinha.
Esse por pouco não a atropelou, mas lhe resultou varias broncas do motorista e uns olhares assustados das pessoas que passavam por aquele momento. Murmurou um pedido de desculpas e continuou sua jornada até seu apartamento.
Havia vindo com Booth e não estava a fim de chamar um taxi, precisava pensar.
- O que está acontecendo comigo afinal? Onde está minha parte racional agora? - perguntava a si mesma enquanto andava em direção a seu apartamento dali a cinco quarteirões.
Ela sabia que a resposta estava na sua cara mais não queria admitir. Ela havia mudado, mudado a ponto de não se reconhecer mais.
Desde que conhecera Booth mudara, para melhor mais agora depois de sua volta depois de sete meses afastastada daquele lugar e dele, sentia que já não se encaixava mais ali.
O ultimo caso a fizera pensar muito, apesar de não demonstrar se sentia comovida pela atitude da mulher, ela se sacrificou para proteger o homem que amava, ela podia ter sobrevivido e ele também. Booth definira aquilo como amor.
Dissera que o amor fazia isso, quebrava barreiras da racionalidade, ela ficara dividida e meio que sem querer deixou a pergunta que a assombrava aparecer.
“- E se uma pessoa não está mais apaixonada e encontra outra? Esses atos altruístas iriam, de repente, parecer perigosos e irresponsáveis, não? - por mais que quisesse parecer que não se importava com a resposta não conseguia fazer seu coração bater mais devagar. Sua mente trabalhando em entender o que se passava consigo mesma.
- Não. Ainda assim teria sido amor. - “a resposta dele fez com que o coração da antropóloga se apertasse mesmo isso sendo impossível antropologicamente falando é claro, as palavras do parceiro a machucaram.”
O fato de ele ter falado aquilo no passado, “ainda assim teria sido amor.”
O que aquilo queria dizer? Que ele realmente não achava uma estupidez às inúmeras vezes que quase morrera pra tentar salva-la só que isso não significava que ainda a amava? E por que se importava? Não fora ela que negara a oferta dele de tentar?
E então Hannah aparecera e notou que sentia ciúmes, apesar de não querer, amor não era um sentimento racional e ela não o queria para si agora, não queria sofrer por algo que havia perdido sem ao menos perceber.
Finalmente seu prédio estava finalmente à vista e tudo que ela queria são poder sair correndo para seu apartamento e tomar um bom banho e esquecer-se de tudo.
Cumprimentou rapidamente o porteiro que a olhou meio preocupado antes de ela sair em direção ao elevador. Sorriu ao pensar em quantas vezes Booth já aparecera de surpresa em seu apartamento. E suspirou sabendo que hoje não seria assim, e talvez nunca mais fosse assim. Agora que ele tinha alguém para voltar para casa à noite. Alguém que se preocupava com ele e que o esperaria para dormir.
Finalmente chegou ao seu andar e tirou a chave de sua bolsa abrindo rapidamente a porta e a fechando sem tempo para pensar em trancá-la. Jogou sua bolsa no sofá e tirara seu casaco molhado e o jogara em algum canto da sala antes de ir em direção ao banheiro e se trancar lá ligando o chuveiro e deixando que a água relaxa-se seus músculos e seu coração.
Ao sair do banho colocou o roupão que a esperava do lado de fora e enrolou uma toalha na cabeça saindo do banho. Agora sentindo se mais relaxada.
Ouviu sua barriga reclamar pela falta de alimentos e foi para seu quarto colocando um short e uma blusa antes de ir até a cozinha só para constatar que não tinha nada que lhe agrada-se ali. Suspirou e pensou novamente em ligar para Booth e então se lembrou que há essa hora ele estaria jantando com Hannah.
Mexeu um pouco mais na cozinha e desistiu indo em direção ao telefone e ligando para um restaurante de comida tailandesa ali por perto e pedindo o que sempre pedia só que agora apenas para uma pessoa.
Desligou o telefone e foi em direção a varanda enquanto esperava sua comida chegar. A chuva aumentara e agora raios e trovão enfeitavam o céu fazendo com que se arrepiasse. Nunca gostara muito de trovões e raios.
Seu telefone tocou e ela correu a atendê-lo.
- Alo? - ouviu uma voz do outro lado conhecida perguntar.
- Pai? - perguntou surpresa por seu pai ter ligado para ela justo agora.
- Por que a surpresa? Não posso mais ligar para saber como você esta? - perguntou em um falso tom de indignação a fazendo rir um pouco.
- Eu estou bem e você? E como vão as meninas e o Russ? - perguntou se sentando novamente na varanda enquanto esperava a resposta.
- Eles e eu vamos bem obrigado. Bem querida o motivo de eu estar te ligando tem justamente haver com isso. Quando você vem pra cá? - perguntou Max ao telefone e ela suspirou.
- Pai eu trabalho e eu acabei de voltar de... - ela tentou dizer e ele bufou do outro lado.
- Tempe não me faça implorar e outra as meninas estão perguntando de você! O que custa passar uma semana conosco como antigamente? - perguntou Max tentando convencê-la de ir. A antropóloga olhou ao redor antes de suspirar e dizer.
- Vou falar com a Cam amanha, e se der eu estarei indo para ai daqui a dois dias, está bom assim? - perguntou enquanto pesava os prós e os contra de ir. Talvez não fosse assim tão ruim, ficaria longe de Booth e de tudo.
- Está mais do que bom Tempe! Está ótimo estaremos esperando! Mande um abraçado para Angela e Booth - ele disse e a antropóloga não pode deixar de revirar os olhos seu pai havia realmente gostado de seu parceiro.
- Tudo bem Max vou desligar agora. Tchau, e mande um beijo para as meninas. - ela disse.
- Okay querida, cuidado. Eu te amo. - ele disse e desligou.
- Eu também te amo pai-ela falou pro telefone agora mudo suspirando devolveu o telefone para seu lugar quando a campainha tocou a assustando.
Abriu a porta para encontrar com seu porteiro na frente de sua porta com a comida.
- Eddie? O que faz aqui? - perguntou surpresa.
- Vim entregar a comida e ver se a senhora precisa de algo. - ele disse parecendo preocupado e ela notou que ainda estava com o cabelo molhado e provavelmente desengonçado.
- Obrigada pela comida e sim eu estou muito bem, e pode falar ao Booth para parar de ficar usando você como espião. - disse a antropóloga forense com uma cara de sarcasmo. E o porteiro riu.
- Pode deixar dona Brennan eu aviso sim. - ele disse e ela pegou a comida dele e ele acenou indo embora.
- Se você soube-se o quão preocupado ele realmente está- ela falou pro vazio de seu aparta mente ouvindo o eco de sua voz.
Agora ela se sentia idiota por não seguir o conselho de Booth de alguns anos atrás de comprar uma TV. Nada tinha a fazer agora então pegou sua comida e seu I-Pod e voltou para o seu lugar preferido no apartamento: a varanda.
Já era de noite pode constatar ao sentar-se lá com uma taça de vinha, sua comida e seu i-Pod. Provavelmente umas 11 p.m noite. O tempo realmente passara rápido.
Comeu sua comida e depois deixou os pratos na cozinha os lavaria junto com o café da manhã, aproveitou para pegar um pente.
Sentou-se ainda com o copo cheio do vinho intocado na varanda quando começou uma musica que conhecia bem até demais e que cada vez mais parecia se adequar ao seu atual estado.
Toby Lightman's - Everyday pensou sorrindo e começando a cantarolar baixinho a musica que conhecia tão bem.
Todo dia é uma luta entre o que eu quero dizer
E o que eu deveria guardar para mim
E as palavras que conseguem sair de meus lábios
Não me ferem, mas ferem todos os outros
Fechou os olhos deixando que sua mente de cientista adormece-se e deixando que todos os ensinamentos de Booth fizessem sentido, deixando sua parte mais humana para fora.
Deixou que a música a envolve-se. E pensou sobre o sentido da musica. E o quanto ela parecia com sua vida.
Quanta vez já falara coisas que machucaram as pessoas sem ao menos perceber? Sem ao menos notar que as machucaria?
E eu me encontrar na necessidade de uma pausa
Eu não sei por que, mas acho que é por que
Desse desejo de ser o que os outros querem que eu seja
Que não é nada perto de mim
Desde que Booth entrara em sua vida decidira dar o melhor de si, e isso deu certo. Mais desde que voltou parece que nada do que ele fala mais faz sentido ou se aplica a suas ações.
Todos parecem querer algo dela, que ela seja algo.
Lembrava perfeitamente das palavras duras e frias de Cam quando chegara, de ter a culpado de tudo, de perderem o laboratório, seus amigos, seu trabalho e agora Booth mesmo que sem saber, e a aquilo a feriu imensamente apesar de na hora simplesmente querer correr e chorar como nunca antes apenas ignorou voltando ao caso. Mais nunca esqueceria aquilo.
Ela magoou sua família e a Booth e agora nada restara a ela.
Mas eu vou ver melhor quando a fumaça baixar
Quando a fumaça se dissipa dentro da minha cabeça
E eu posso ouvir quando os gritos não repetirem tudo o que eu disse
E tudo o que resta de mim e quem eu sou no fim do dia
E isso acontece todo dia
E se ela saísse de novo? Apenas por uma semana.
Apenas para poder se restabelecer? Não era possível que tivessem outro caso tão grande em tão pouco tempo! Pensava medindo os prós e os contras de aceitar a oferta de Max.
Uma semana seria mais do que tempo suficiente para a fumaça em sua cabeça se dissipar junto com suas duvidas.
Todo dia é uma batalha entre o que eu quero saber
E o que eu não quero descobrir
E tudo entre a estes pensamentos da minha
Que você sabe que não posso viver sem
E se fosse? O que aconteceria? E se ela descobrisse o que a artomenta? Será que ela gostaria das respostas que nem mesmo ela sabia?
Será que um tempo com sua família de sangue a ajudaria a melhorar?
E se a única solução fosse abandonar tudo? Incluindo sua parceria com Booth ela seria forte o bastante para fazer isso?
Ela conseguiria viver sem eles? Sem Booth?
Três batidas na porta fizeram com que ela quase derruba-se a taça de sua mão. Três batidas fortes e decididas. O que significava ser uma pessoa.
Tentou não fazer barulho assim quem sabe ela a deixaria ali sozinha com seus pensamentos e duvidas.
- Bones eu sei que está ai que tal facilitar para nós dois e me poupar o trabalho de arrombar a porta? - ele falou alto o bastante do outro lado da porta para que ela ouvisse.
Ouvir a voz dele fez com que o coração dela perder uma batida e recomeçar a bater forte o bastante para deixá-la quase sem ar.
Mais três batidas e ela sabia que quando ele batesse mais uma vez ele realmente derrubaria a porta então se levantou e deixou a taça em cima da mesinha e foi até a porta a abrindo e se deparando com Booth ensopado do lado de fora.
- O que está fazendo aqui?- perguntou com certa irritação e até certa ponta de ciúmes na voz o que o parceiro estranhou.
- Bones? Você está bem? - ele perguntou se aproximando mais fazendo com que ela desse um passa para traz.
- Sim estou Booth agora se não se importa quero ir dormir e você deve ter coisas mais importantes a fazer. - ela disse tentando fechar a porta se não fosse a mão dele a impedindo. Odiava tratar o parceiro assim mais quando deixara que sua parte emotiva saísse esquecera-se de guardá-la de novo. E não se sentia pronta para uma conversa entre os dois ainda.
Ele matinha uma expressão confusa no rosto então apenas suspirou e disse.
- Não devia ter deixado você sozinha. - ele disse parecendo realmente arrependido o que a fez querer desculpá-lo mais pelo que exatamente quando ela não sabia por que culpá-lo?
- Booth realmente não tem problema nenhum. O que faz aqui há essa hora? - perguntou novamente mais calma.
Nem Booth sabia ao certo o que fazia ali. Havia acordado há algumas horas e sentia que algo iria acontecer a Bones e normalmente os seus pressentimentos estavam certos então sem acordar Hannah saiu de seu apartamento sem nenhum documento apenas com sua arma e uma jaqueta que achara pela frente. E ali estava de frente a Bones se desculpando mesmo sem entender completamente o motivo do porque o desespero de que fosse perdoado pela parceira.
- Sinceramente? Eu não sei. Senti que devia vir aqui e vim. - disse ele simplesmente e olhou Brennan de cima a baixo percebendo que está já estava preparada para dormir. Apesar de seu rosto estar angustiado e seus olhos sem o brilho que tanto amava ver. E ao fundo podia ver uma taça de vinho em cima da mesinha. Ela estava bebendo, suspirou. Ele realmente a havia magoado. Cabisbaixo perguntou.
- Posso entrar?
Continua...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado!
A história já está concluída e pretendo postar toda semana, serão apenas três capítulos.
Até o próximo capítulo!