Depois da Aula escrita por Grudge


Capítulo 2
Capítulo 2




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Enquanto pedalava para a casa de Carina, Marcos pensava em como seria aquele ano. Muitas pessoas diziam que o IFN era um lugar puxado, mas que tinha muita gente que ficava diferente quando entrava lá.

-He he...estranho...

Carina e Marcos não moravam em uma cidade grande. Na verdade, moravam em uma pequena cidade, próxima da capital do estado, e cidade onde estava o IFN. Não era longe, na verdade. A pequena cidade era um distrito da capital, e bastava atravessar o rio para estar na capital em si.

Então, Marcos chegou na casa de Carina. A família dela era dona de um hortifruti, e logo que o rapaz chegou, a mãe da jovem, que estava varrendo a frente do estabalecimento, veio até o rapaz, feliz por vê-lo.

-Marcos! Bom dia, meu filho! Tudo bem?

-Tudo sim, dona Mariana. Carina está?

-Está sim, lá em cima. Se duvidar, ela ainda está dormindo...

-Aaaaah...mas nós marcamos de ir ao shopping um pouco, antes da aula!

-Hum, ela me disse. Bom, se você conseguir acordá-la...ha ha.

-Ok, missão aceita!

-Pode ir, soldado. Ah, deixe a sua bicicleta guardada aqui.

A mulher então abriu a porta de um quarto do estabelecimento, onde estavam ferramentas de horta, dentre outras coisas.

-Obrigado!

-Já tomou café?

-Sim, sim! Muito obrigado mesmo!

-Tudo bem meu filho, pode ir lá.

-Certo! Ah, dona Mariana!

-Sim?

-Seu José já voltou?

-Sim, ele voltou ontem!

-Nossa, quanto tempo estou sem falar com ele! Obrigado, dona Mariana!

-Ha ha...tudo bem meu filho, pode ir.

O rapaz então subiu as escadas do fundo do hortifruti, e ao chegar na porta no final da escada, bateu duas vezes.

-Entra!

-Dá licença?

-Marcos! Meu Deus, há quanto tempo meu rapaz!

-É! Como foi a viagem?

-Nossa, foi muito cansativa mesmo...mas eu trouxe um presente para você!

-Hmm...?

-Deixa eu ver...onde eu guardei?

O homem começou a olhar dentro do armário da sala, até que exclamou:

-Ah! Aqui está! Veja!

Então, mostrou uma espingarda de pressão ao rapaz.

-Uuuuuuuuuuaaaaaaaaau! É uma réplica de uma Winchester?!

-Mais do que isso! É uma réplica de pressão!

-No...nossa...seu...seu José, eu nem sei como agradecer...

-Não, tudo bem, nem se preocupe. Um amigo meu está revendendo algumas para parque de diversões, e então, resolvi comprar três.

-Três...então quer dizer...

-Sim, ele está quase terminando os estudos, e vai voltar para cá!

-Caaaaaaaaara!!! Pedro tá voltando da Inglaterra mesmo?!

-Hehehe...sim, ele volta sexta-feira.

-Caramba! Passou rápido!

-Ainda bem, não? Ha ha...mas me diga, não veio aqui apenas para conversar comigo, não é?!

-Ah, pior é que você está certo...hehe...a Carina ainda está dormindo?

-Creio que sim...vocês vão fazer o que agora de manhã?

-Shopping.

-Ah, esse vício de vocês por jogos eletrônicos...

-Melhor do que usar drogas! Haha!

-Verdade...bom, vamos acordá-la?

-Como?

O homem então pegou dois objetos não muito grandes, e mostrou para Marcos.

-Aaaaaaaaah...cara, você é terrível, seu José...

-Hehe...sou apenas um homem feliz. Agora, vamos.

Carina estava deitada na cama, e de repente, ouviu uma gritaria e barulheira do lado de fora de seu quarto. Levantou-se, lentamente, ainda com muito sono, e arrastando o pé, chegou até a porta. Ao abrí-la, Marcos e seu José espirraram água em sua face, com arminhas de brinquedo.

-Ha...ha...uuuuuuuuuuuah...bom...dia...

-Ah, finalmente acordou! Anda, vai se arrumar, que eu to te esperando!

-Tá, tá...já vou...

Antes que ela fechasse a porta, seu pai espirrou mais um jato de água em sua face.

-E...isso agora, foi para que?

-Sei lá...eu acho divertido!

-Pai, as vezes eu acho que você é o caçula da família...

Após alguns minutos, a garota saiu do banheiro. Estava bem diferente de quando acordara. Seu cabelo ruivo estava preso com uma borrachinha. Usava uma camiseta e um shorts jeans.

-Ai...to pronta...vamos?

-Não vai nem tomar café?!

-Não estou com fome. Depois eu almoço. Beijo pai!

-Beijos filha.

A garota beijou a face do pai, que retribuiu beijando-lhe a testa.

-Ah, seu José, mamãe chamou Carina para almoçar lá em casa hoje! Teria algum problema?

-Não, não. Nenhum. E depois, vocês vão direto para a escola?

-Sim.

-Tudo bem. Cuidado hein?

-Tá bom pai. Beijos!

-Tchau seu José!

-Até mais!

Desceram as escadas, empolgados, rindo e conversando, e ao chegarem na frente do hortifruti, Marcos pegou sua bicicleta, assim como Carina pegou a sua.

-Já estão indo?

-Sim mãe!

-Tá bom. Cuidado pela rua, hein? Não fiquem andando se, prestar atenção aos carros.

-Tá bom, dona Mariana! Até mais!

-Tchauzinho!


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