Depois da Aula escrita por Grudge
Enquanto pedalava para a casa de Carina, Marcos pensava em como seria aquele ano. Muitas pessoas diziam que o IFN era um lugar puxado, mas que tinha muita gente que ficava diferente quando entrava lá.
-He he...estranho...
Carina e Marcos não moravam em uma cidade grande. Na verdade, moravam em uma pequena cidade, próxima da capital do estado, e cidade onde estava o IFN. Não era longe, na verdade. A pequena cidade era um distrito da capital, e bastava atravessar o rio para estar na capital em si.
Então, Marcos chegou na casa de Carina. A família dela era dona de um hortifruti, e logo que o rapaz chegou, a mãe da jovem, que estava varrendo a frente do estabalecimento, veio até o rapaz, feliz por vê-lo.
-Marcos! Bom dia, meu filho! Tudo bem?
-Tudo sim, dona Mariana. Carina está?
-Está sim, lá em cima. Se duvidar, ela ainda está dormindo...
-Aaaaah...mas nós marcamos de ir ao shopping um pouco, antes da aula!
-Hum, ela me disse. Bom, se você conseguir acordá-la...ha ha.
-Ok, missão aceita!
-Pode ir, soldado. Ah, deixe a sua bicicleta guardada aqui.
A mulher então abriu a porta de um quarto do estabelecimento, onde estavam ferramentas de horta, dentre outras coisas.
-Obrigado!
-Já tomou café?
-Sim, sim! Muito obrigado mesmo!
-Tudo bem meu filho, pode ir lá.
-Certo! Ah, dona Mariana!
-Sim?
-Seu José já voltou?
-Sim, ele voltou ontem!
-Nossa, quanto tempo estou sem falar com ele! Obrigado, dona Mariana!
-Ha ha...tudo bem meu filho, pode ir.
O rapaz então subiu as escadas do fundo do hortifruti, e ao chegar na porta no final da escada, bateu duas vezes.
-Entra!
-Dá licença?
-Marcos! Meu Deus, há quanto tempo meu rapaz!
-É! Como foi a viagem?
-Nossa, foi muito cansativa mesmo...mas eu trouxe um presente para você!
-Hmm...?
-Deixa eu ver...onde eu guardei?
O homem começou a olhar dentro do armário da sala, até que exclamou:
-Ah! Aqui está! Veja!
Então, mostrou uma espingarda de pressão ao rapaz.
-Uuuuuuuuuuaaaaaaaaau! É uma réplica de uma Winchester?!
-Mais do que isso! É uma réplica de pressão!
-No...nossa...seu...seu José, eu nem sei como agradecer...
-Não, tudo bem, nem se preocupe. Um amigo meu está revendendo algumas para parque de diversões, e então, resolvi comprar três.
-Três...então quer dizer...
-Sim, ele está quase terminando os estudos, e vai voltar para cá!
-Caaaaaaaaara!!! Pedro tá voltando da Inglaterra mesmo?!
-Hehehe...sim, ele volta sexta-feira.
-Caramba! Passou rápido!
-Ainda bem, não? Ha ha...mas me diga, não veio aqui apenas para conversar comigo, não é?!
-Ah, pior é que você está certo...hehe...a Carina ainda está dormindo?
-Creio que sim...vocês vão fazer o que agora de manhã?
-Shopping.
-Ah, esse vício de vocês por jogos eletrônicos...
-Melhor do que usar drogas! Haha!
-Verdade...bom, vamos acordá-la?
-Como?
O homem então pegou dois objetos não muito grandes, e mostrou para Marcos.
-Aaaaaaaaah...cara, você é terrível, seu José...
-Hehe...sou apenas um homem feliz. Agora, vamos.
Carina estava deitada na cama, e de repente, ouviu uma gritaria e barulheira do lado de fora de seu quarto. Levantou-se, lentamente, ainda com muito sono, e arrastando o pé, chegou até a porta. Ao abrí-la, Marcos e seu José espirraram água em sua face, com arminhas de brinquedo.
-Ha...ha...uuuuuuuuuuuah...bom...dia...
-Ah, finalmente acordou! Anda, vai se arrumar, que eu to te esperando!
-Tá, tá...já vou...
Antes que ela fechasse a porta, seu pai espirrou mais um jato de água em sua face.
-E...isso agora, foi para que?
-Sei lá...eu acho divertido!
-Pai, as vezes eu acho que você é o caçula da família...
Após alguns minutos, a garota saiu do banheiro. Estava bem diferente de quando acordara. Seu cabelo ruivo estava preso com uma borrachinha. Usava uma camiseta e um shorts jeans.
-Ai...to pronta...vamos?
-Não vai nem tomar café?!
-Não estou com fome. Depois eu almoço. Beijo pai!
-Beijos filha.
A garota beijou a face do pai, que retribuiu beijando-lhe a testa.
-Ah, seu José, mamãe chamou Carina para almoçar lá em casa hoje! Teria algum problema?
-Não, não. Nenhum. E depois, vocês vão direto para a escola?
-Sim.
-Tudo bem. Cuidado hein?
-Tá bom pai. Beijos!
-Tchau seu José!
-Até mais!
Desceram as escadas, empolgados, rindo e conversando, e ao chegarem na frente do hortifruti, Marcos pegou sua bicicleta, assim como Carina pegou a sua.
-Já estão indo?
-Sim mãe!
-Tá bom. Cuidado pela rua, hein? Não fiquem andando se, prestar atenção aos carros.
-Tá bom, dona Mariana! Até mais!
-Tchauzinho!
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