O nosso amor a gente inventa escrita por HeyDani


Capítulo 3
Há males que acontecem para o bem.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vocês estão? Eu estou bem, obrigada. Estava eu aqui tendo que fazer trabalho escolar e sem vontade alguma, então decidi tentar escrever um capítulo. Não sei se ficou bom, então comentem o que acharem, ok? Eu ainda estou tentando deixá-los um pouco maior, com o tempo eu consigo. Sem mais delongas tenham uma boa leitura.
-Até as notas finais (:



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Segunda-feira de maio/2012 – 1300 – A caminho da escola Manley Lane

P.O.V Eduardo

Eu estava a caminho da escola com o Evandro, e enquanto isso eu contava sobre a tal Daniele que conheci ontem através do irmão dele, Leonardo. O Evandro era o meu melhor amigo junto com o Matheus, eles sabiam de tudo sobre mim e me zoavam muito também, amigos...

Evandro. Alto, forte, cabelo grande estilo Justin Bieber, branco e com seus 15 anos. Os íntimos chamam-no de Evan, coisa que ele odeia, mas acabou aceitando. Leonardo, seu irmão, lembra-o um pouco. Não tão pequeno e nem tão alto, altura boa para seus 12 anos, acho. Cabelo topete e um pouco moreno. Conheci o Evandro na escola junto com o Matheus e o Léo através do Evandro, mas não era amigo dele, apenas aprendia a jogar lol.

Eu era alto, branco, cabelo bagunçado, porte físico magro. Com os meus 16 anos e ainda no 1° ano do Ensino Médio, pois repeti na escola. Não que era um péssimo aluno, mas não era um dos melhores.

–É sério, cara! Ela lembra muito a Danielle. – Tentava fazer com que o Evandro confiasse no que eu dizia. – E se for ela?

–Cara, você está ficando doente já! Chega disso. – Ele dizia com o semblante cansado. – Vai dizer o que? Que essa tal Daniele com um “L” é a sua Danielle com dois “L”? Não tem lógica!

Tudo bem que não tinha lógica, mas meu Deus, essa guria era muito parecida com a “minha” Danielle. Mesmos gostos, jeito de escrever, de pensar nem tanto, mas muitas coisas lembravam. Podia estar ficando louco, só devia ser isso!

– Exatamente! – Concordei com o que ele dissera. – E se ela for um fake?

Evandro riu e quando olhou pra mim procurando um rastro de piada em minhas palavras, o que encontrou foi um semblante sério. Devia estar querendo me bater por estar parecendo uma criança fazendo essas teorias sem nexo.

–Você está de brincadeira, por que isso? Esqueça a Danielle! Cresça! – Ele me segurou pelos ombros e falou em um tom de autoridade. – Você sabe que ela não era pra ti, e nem você pra ela. Para de ficar se doendo e esqueça-a.

Enfureci-me com suas palavras, estava cansado de todos dizerem a mesma coisa “Ah, ela não era pra ti.”, “Não era pra ser.”, “Não era amor, porque amor nunca acaba.”. Ninguém que nunca passou por um término sabe como é a sensação disso, não é exagero, mas você fica praticamente vazio seja por um tempo ou não. Então ninguém tem o direito de dizer para a pessoa que "Não era pra ser" ou "Não era amor." Talvez realmente nunca tenha sido, mas isso ninguém tem o direito de dizer a não ser fazer com que a pessoa entenda o motivo de nunca ter sido amor ou que nunca haja.

– Nunca mais diga isso! – Gritei com ele assustado-o. – Estou farto de dizerem que o que eu tinha com a Danielle não foi nada demais, que eu não era pra ela e vice-versa! Ninguém sabe o que sentia e sinto por ela. O que eu tinha por ela era verdadeiro! Sei que errei, e estou totalmente arrependido disso, mas não podia acabar assim.

Podia sentir meu rosto esquentar e podia jurar que devia estar vermelho de raiva e de tristeza. Sem nem ao menos ouvir a resposta de Evandro saí dali e fui para onde eu e a Danielle costumávamos nos encontrar escondido da mãe dela. Ainda pude ouvir o Evandro me chamar, mas continuei meu caminho que não era muito longe. Entraria no segundo tempo do colégio.

.....................................................................................................................

Praça Largo dos Mendes – 13:00 e pouco.

Cheguei ao parque em que eu e a Dani costumávamos vir e ficávamos horas aqui, trocando juras de amor e promessas. Promessas que nunca mais poderei cumprir!

Eu sentia raiva de mim, claro que sentia. E sentia raiva de Deus! Por que ele permitira a Danielle sair da minha vida? Ela era meu sustento, meu ponto fraco e forte, ela era tudo pra mim e agora, esse “Deus” tirou-a de mim. Tirou a minha felicidade! Sei que não posso culpá-lo se é que "Ele" existe, que eu que estraguei as coisas. Mas por que Ele permitiu? Ela me fazia bem e feliz, então por que Ele deixou ela ir? Por que Ele não a trouxe ou a traz de volta pra mim?

Sentei no banquinho perto e peguei meus fones colocando para tocar Give me Love do Ed Sheeran. Estava parecendo uma menininha nesse meu estado, mas eu não me importava, precisava do silêncio em volta e só a música calma tocando, já que não tinha com quem desabafar. Se fosse outra pessoa que estivesse como eu, riria, não sabia o que estava acontecendo comigo por estar tão frágil e "gay". Mas isso é efeito de uma droga chamada Danielle e que antes disso tudo era minha melhor amiga e agora eu tenho apenas dois marmanjos que não entendem nada do que eu digo, só sabem me mandar esquecê-la. Solto um riso morto e penso se seria possível esquecê-la um dia.

Pego meu celular pra ver a hora e vejo que tem uma nova mensagem no grupo que o Leonardo tinha feito para mim e a Daniele com um “L”.

Daniele: Alguém?

Leonardo: Na escola, conversamos mais tarde! Beijo

Daniele: Ah, tudo bem. Beijo

Assim acaba a conversa dos dois e decido respondê-la também.

Eduardo: Estou aqui.

A mensagem é visualizada na mesma hora.

Daniele: Hey, Eduardo. Como vai?

Meu Deus, essa criança é muito formal.

Respondo-a que vou bem, porque dizer que “Estou péssimo, sentado no banco da praça, ouvindo Give me Love e olhando para um casal de velhinhos a minha frente e que os mesmos devem estar me achando com cara de ladrão pronto para atacá-los” não seria muito bom e a resposta dela seria várias perguntas.

Daniele: Certeza?

Por que essa garotinha não tinha certeza que eu estava bem por apenas uma resposta via internet?

Eduardo: Não confia em mim?

Daniele: Decidi não confiar totalmente nas pessoas. Desisti disso rs E outra que te conheço faz apenas um dia.

Hm, garota esperta em fazer isso. Confiamos muito nas pessoas e nos ferramos muito depois.

Eduardo: Boa atitude, ultimamente não dá para confiar no que as pessoas dizem e fazem mesmo.

Principalmente no que diz respeito ao “amor”.

Daniele: Sim, sempre vão embora sem ao menos dizer o motivo!

Essa garota lê mentes?

Eduardo: Exato! Como se nunca tivéssemos sido nada na vida delas...

Daniele: E depois você diz estar bem...

Eduardo: Mas estou!

Daniele: Dizendo essas coisas? Não está mesmo.

Era só o que me faltava, não posso nem mentir mais sobre meu bem-estar

Eduardo: Então você também está mentindo sobre estar bem, afinal, você que começou com esse papo.

Daniele: Em nenhum momento dessa conversa cheguei a dizer que estava bem ou não.

Eduardo: É, acabei de perceber isso rs Mas não quero falar sobre eu estar ou não bem. As pessoas sempre perguntam por educação ou são curiosas para saber os motivos que nos deixam mal, e na verdade só querem saber, porque se importarem mesmo, não se importam.

O que era verdade. Quantas vezes você omitiu não estar bem só para evitar perguntas que na verdade você sabia que eram perguntadas ou por curiosidade ou por educação e no final podia ser até pelos dois motivos? Aposto que muitas.

Daniele: Entendo, Edu. Mas às vezes é bom desabafar só por desabafar, e se precisar estou aqui para isso. Sei que nos conhecemos ontem e é difícil confiar em pessoas que convivem com você e o conhecem, mas sou virtual e não poderei fazer nada a não ser “ouvi-lo”.

Acho que eu estava precisando disso, apenas falar e falar, não ouvir as bobagens como o Evandro disse ou outras pessoas disseram. Não sei por que, mas essa menina conseguia me transmitir confiança e até me fazer esquecer um pouco do tempo e de tudo ao meu redor.

E foi assim que percebi que estava atrasado para entrar no segundo tempo do colégio. Despedi-me da Daniele alegando que mais tarde quando chegasse da escola, conversaríamos mais sobre isso.

Daniele: Claro, tudo bem. Vai lá e boa aula, até mais tarde. E por favor, vê se fica bem, há males que acontecem para o bem rs Clichê, mas é assim. Beijo...

Não a respondi, mas suspirei e concordei para mim mesmo sobre o que ela disse. Levantei do banco guardando meu celular e meu fone na mochila e indo a caminho da escola. Eu melhorei bastante, não queria concordar com os meus pensamentos, mas essa "Daniele 2" ajudou-me nesse tempinho. Mas ninguém precisa saber disso, muito menos eu.

Parei de pensar nisso tudo e corri para a escola, e era melhor correr mesmo porque eu previa uma chuva. Hoje o dia estava cinza, meio “morto” e eu espero que passe rápido e eu possa chegar em minha casa e descansar, não dormi direito essa noite e já fui dormir tarde conversando com a Dani, nem sei como ela conseguiu acordar cedo hoje para ir a escola.

Começou uma garoa fina e foi aí que corri mesmo porque além de atrasado eu poderia chegar encharcado a escola...


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Deixem seu comentário não importa qual for.
Gostaria de compartilhar aqui com vocês que eu talvez participe de um concurso de poemas, mostrei alguns textos/poemas ao meu professor e ele me elogiou muito, fiquei satisfeita porque bom, são poucas as pessoas que podem lê-los e tal. Mas enfim, o que acham? Estou com medo e vergonha de participar. E se quiserem ler algum, é só me falar que quem sabe eu não posto? hahaha É isso, obrigada a quem tem acompanhado e gostado. Estou adorando essa nova experiência rs
Até a próxima, lindinhos.
Beijos, -DDM



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