Alice in My Veins escrita por Miss Atomic Bomb


Capítulo 6
Flores... Carnívoras?


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal ^^ Acho que agora a fanfic vai começar a ter mais ação. E mais mistérios ainda ^^ Será que poderão confiar em todos? Espero que gostem e boa leitura.



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Capítulo 6 - Flores... Carnívoras?

Alexia não acreditava no que via. Aquele era o coelho branco?

Como pudera ter sido enganada a sua vida toda? Ele não era um coelho e isso estava visível.

Mas então parou para pensar por alguns segundos. Alice tinha muito pouca idade quando caiu na toca do coelho. Com certeza não entenderia o que havia visto ou então, não saberia explicar.

E todos nós sabemos que escritores podem mudar as coisas...

Mas... Por que o coelho era assim? Se é que aquilo é um coelho.

Jared ficou branco de uma hora para outra e quase saiu correndo. Talvez se fosse uma garota isso talvez tivesse acontecido.

– Mas que droga! – Ele gritou apontando para o coelho – O que é você?!

– Rábido eu sou. – Disse ele puxando seu paletó, ajeitando-o – E você é?

– Eu não irei dizer o meu nome para uma criaturinha feita de ossos – Disse Jared sacudindo a cabeça com força, fechando os olhos. Em seguida torna a abri-los, na esperança de que o pequeno ser não estivesse mais ali.

Mas foi inútil. Rábido continuava lá, e parecia irritado.

– criaturinha de ossos eu não sou! – Disse Rábido indignado – Um intraterreno sou eu. Um humano mero é você. Respeito mais.

Alexia com certeza já estava confusa a esse ponto. Toda essa história, essa criatura que se dizia intraterrena... E o modo como ela falava.

– Desculpe senhor... ahn... Rábido – Alexia se sentiu extremamente idiota por chamar uma criatura que mais parecia um sonho de senhor. – Mas se me permite perguntar, o que é um intraterreno?

– Ooh... Vejo que sangue de Alice tem você – Ele diz apontando para Alexia com um pequeno sorriso de interesse – Intraterreno todo aquele é que no submundo vive!

– Submundo? – Alexia franziu o cenho – O que é isso? Estamos no... País das maravilhas.

Rábido branco começou a rir. Era uma risada travessa e não parecia achar graça, apesar de parecer estar se divertindo.

– País das maravilhas Alice chamava – Ele assentiu com a cabeça – Mas nem maravilha tudo é.

– Alexia – Jared ralhou – Você vai mesmo acreditar no que esse ser está dizendo? – Ele sussurra – Vamos cair fora daqui!

– E nós temos outra escolha? Olha Jared... É o coelho branco... Ou quase. Flutuamos para baixo em um buraco, e agora temos que passar por aquela porta, sendo que não temos tamanho e a nossa única escolha é tomar esse licor estranho. Se quer ficar ai pelo resto da eternidade fique. Mas eu vou beber! Deixarei um pouco para você se resolver vir comigo.

Antes que Jared pudesse falar algo, Alexia pegou o frasco com o licor, abriu-o impaciente e o virou em sua boca, derramando o líquido pela sua garganta, deixando um pouco para Jared.

Alexia mais do que imediatamente começou a tossir. Aquilo descia queimando. E então as coisas começaram a girar, e ela teve que fechar os olhos e ainda assim não evitou sua queda. Estava lá sentada sobre o chão gelado.

Quando tornou a abrir seus olhos... Estava coberta por um vestido verde... O seu vestido verde. O que ele estava fazendo tão grande? E então ela olhou para baixo. Ela estava... Nua.

Mesmo sabendo que podia diminuir, estava extremamente assustada com tal fato.

Alexia ouviu os gritos de surpresa de Jared.

– Lexy? Lexy! Onde você está? – Ela escutava o desespero em sua voz.

– Sua ignorante besta, se acalme! – Alexia ouviu o grito de Rábido – Tomou ela apenas o minimizador suco. Tudo bem está.

– Se você tiver feito alguma coisa com ela, eu juto que mato você! – Gritou Jared.

Então Alexia respirou fundo algumas vezes. Seria terrivelmente vergonhoso aparecer ali nua, mas não tinha escolha. Engatinhou para de baixo do vestido e saiu dali.

– Estou aqui! – Alexia gritou, mas era como se Jared não a tivesse escutado. Talvez por que ela estivesse do tamanho de seu mindinho.

– Idiota seu, espere! – Disse Rábido impaciente apontando para Alexia – Está ela aqui!

Jared olhou para baixo e mais do que imediatamente começou a corar. Sempre imaginou como seria ver Alexia nua em seus sonhos, por mais que fosse terrível admitir. E agora... Era realidade.

– Pare de me olhar assim ou vou lhe dar um murro no meio da fuça! – Gritou Alexia mostrando os punhos, mas sabia que era inútil, Jared não a escutaria. Ela ouviu a risada do Rábido.

– L-Lexy? O que houve? Ai meu Deus, vista algo! – Disse Jared desviando o olhar.

– Eu não posso seu idiota, não tem nada extremamente P aqui! – Gritou novamente Alexia, mesmo sabendo que era inútil.

– Tolo você achando que roupa encolhe também? – Riu o Rábido – Tome agora a poção, me atrasando você está!

Jared olhou envolta um tanto assustado mas viu que não tinha escolha... Não podia deixar Alexia sozinha, não nua e daquele tamanho.

Com o último suspiro de coragem que tinha, pegou o frasco e tomou o restante da bebida que restava e começou a tossir.

Como em Alexia, tudo começou a girar e Jared caiu. Quando tornou a abrir os olhos, também estava coberto por suas roupas... e nu.

Ele praguejou mentalmente e engatinhou por debaixo de suas roupas até sair de lá, e se levantar totalmente constrangido tentando fingir que estar nu em frente a garota que se gosta é exatamente normal.

– E então – Resmungou ele realmente perturbado – Vamos acabar logo com isso?

Jared ouviu Alexia reprimir um riso quando Rábido branco começou a passar pela porta que antes era minúscula... E que agora dava uns dez dele mesmo naquela altura.

– Já que não tenho escolha... – Resmungou ele novamente, coisa que ele fazia muito quando estava irritado. Começou a seguir os passos de Alexia e de Rábido.

E, sem sombras de dúvida Jared não saberia explicar o que viu. Nem em mil vidas.

Ele não podia negar. O país das maravilhas era realmente maravilhoso.

Ele tinha um ar meio neon. Vários tipos de plantas, uma biodiversidade que ele nunca tinha visto antes. Plantas de todas as cores e tamanhos... E elas brilharam! Como tinta neon que brilha sobre a luz negra.

Conseguia ouvir o bater de asas de insetos como libélulas gigantes, joaninhas gigantes, formigas gigantes... O chão era repleto de pedrinhas que seguiam a trilha, assim como flores menores e insistentes que haviam por todo lugar.

Cogumelos de todas as cores e tamanhos. Daria para morar em alguns deles.

– Me devolva este mosquito! – Alexia ouviu um barulho vindo de longe. Parecia uma... discussão.

– Achado não é roubado, oras! – Respondeu outra voz. Pareciam velhas discutindo.

– O que é isso? – Alexia franziu o cenho. Já não estava se importando tanto com o fato de estar nua. Mas ficava desprotegida. As folhas das plantas daquele lugar passavam por todo o seu corpo.

– Eu sei não – Rábido deu de ombros seguindo em frente.

Alexia e Jared andaram por mais alguns minutos, até que ele, desastrado como era, esbarrou no caule de... Uma flor gigante.

– Ei tome cuidado, olhe por onde anda! – Gritou uma delas e Jared se sentiu intimidado, tentado a dar meia volta e se esconder dentro da sala das portas.

A flor gigante era hedionda. Tinha o formato de uma flor, mas no meio, onde deveria ficar o pólen se via um rosto muito semelhante ao rosto humano.

Jared tentou reprimir um grito, mas foi em vão.

– O que. São. Essas. Coisas? – Perguntou ele sussurrando pausadamente.

– Eu. Não. Sei! – Alexia o respondeu.

– Coisas?! – Gritou uma das flores indignada. Talvez fosse uma margarida. – Ah, mas que calúnia! Mais respeito rapazinho! Eu sou extremamente formosa.

Para Alexia não era tão estranho, havia crescido com a maldição de ouvir as plantas e os insetos falarem. Mas com certeza era uma novidade e tanto para Jared.

– Humanoides são – Responder Rábido – Não muito amigáveis são. Vaidosas são.

– Espere... Aquilo é um humano? – Disse uma das flores, aquela parecia uma rosa. Ela mordeu o lábio inferior, lambendo os beiços logo em seguida – Ah... Faz tempo que não tenho uma refeição apropriada.

– Do fato esqueci que são carnívoras – Rábido coçou a nuca. Alexia se perguntou se um ser como ele tinha uma nuca.

Jared deu alguns passos para trás mas algo curioso aconteceu. As raízes das flores saíram do chão, e elas começaram a caminhar em direção dos dois, com um sorriso sádico no rosto.

Cipós surgiram de onde seriam seus braços e envolveram Jared, como se ele fosse uma múmia. Jared soltou um grito aterrorizado, chegava parecer uma garotinha... Mas quem não faria o mesmo, sendo envolvido por cipós que seriam braços de uma flor humanoide?

– Jared! – Alexia gritou, correndo em sua direção – Larguem ele suas bestas estranhas!

– Do que ela nos chamou? – Perguntou uma tulipa, irritada – Vamos ensinar uma lição a ela.

As flores começaram a se aproximar de Alexia, formando um círculo envolta da mesma até que outra flor grita.

– Parem! Não enxergam? Ela tem o sangue de Alice! Ele corre em suas veias! Ela pode nos salvar das garras da vermelha!

– Ou nos levar até ela – Contrariou um lírio – A última fez exatamente isso! E agora a rainha está lá. Bons tempos, os que o país das maravilhas era um lugar seguro para se habitar.

– Então o que iremos fazer? – Perguntou uma orquídea. – Comemos o garoto e a deixamos passar?

– Negativo! – Berrou um cravo – Ela pode acabar ajudando a vermelha, como a outra! E esse garoto é muito magrelo, não vai dar para todas nós. Vamos, andem logo, estou morta de fome!

O cravo jogos seus cipós contra Alexia, segurando suas mãos. Alexia puxa seus braços inutilmente, tentando se soltar.

As flores se aproximavam cada vez mais, deixando-a espremida ao lado de Jared que ficava com os olhos arregalados, calado devido ao choque.

Alexia já não conseguia respirar quando ouviu uma voz interromper tudo.

– O que pensam que estão fazendo? Tentando comer sua futura rainha? Mas que vergonha!

Como num passe de mágica, as flores se afastaram de Alexia e de Jared. Alexia respirou fundo enquanto tremia, olhando envolta, procurando o dono da voz que a salvara.

Logo ali vê o homem de seus sonhos. Cabelos longos e azuis, tatuagem nos olhos, a cartola... E suas inconfundíveis asas de mariposa.

Ela então reconhecera sua voz. Era a voz que vinha a atormentando desde que achou aquele maldito livro.

– Pensei que não iria chegar nunca Alexia. Mas tenho que admitir que essa demora... – Disse ele fitando-a, observando seu corpo como se fosse devora-la, com pura luxúria – Valeu muito a pena.

– Quem é você?! – Perguntou Jared irado.

– Eu, meu caro? – O homem misterioso arqueou a sobrancelha num sorriso sarcástico e sexy – Eu sou Morfeu.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Quem será a outra de que eles tanto falam? Será que ela também tem o sangue de Alice?



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