Alice in My Veins escrita por Miss Atomic Bomb


Capítulo 5
A sala das portas


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal mil perdões pela demora. Espero que gostem e boa leitura!



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Capítulo 5 - A sala das portas

Por um segundo, Alexia pensou que iria morrer.

Quando se olhava para a toca do coelho lá de cima, dificilmente você conseguiria ver onde ele terminaria. Era escuro demais.

Mas... Alexia estava literalmente flutuando para baixo.

Não era como se ela estivesse em queda livre, buraco a baixo. Era como... Se ela tivesse o controle da situação. Como se tivesse escolhido pousar lá embaixo, exatamente como um anjo escolhendo o melhor território para aterrissar.

Alexia não sabia por que isso estava acontecendo. Na verdade nem sabia se aquilo não se passava de um sonho... Ou um pesadelo. Ela só sabia de uma coisa.

De que ela estava flutuando em direção ao País das Maravilhas.

Quando sentiu seus pés tocarem o chão gentilmente como se fossem penas, olhou envolta, tentando entender onde estava ou então o que estaria acontecendo.

Então seus pensamentos foram interrompidos por gritos surpresos. Gritos... Masculinos.

Jared.

Alguns segundos depois ali estava ele, em pé, ao seu lado.

– Mas... Mas o que está acontecendo aqui?! - Perguntava ele totalmente alterado e confuso.

– O que você está fazendo aqui? - Perguntou Alexia franzindo o cenho. Não havia esquecido o que tinha acontecido a alguns minutos atrás, e nem queria esquecer. Mas estava em choque demais, não sabia onde estava e nem como sair dali. Até por que, quem pensaria em ser grosso ou em dar um gelo numa pessoa quando se está dentro de uma toca de coelho?

– Eu quem te pergunto Lexy... O que você está fazendo aqui? No que estava pensando? Está louca de se debruçar em um buraco? Olha onde viemos parar!

– Ei... Espera ai. Não pedi que viesse comigo - Ralhou Alexia. Ele também não estava facilitando...

– E você acha que vendo você cair num buraco eu ficaria parado sem fazer nada? Ainda mais depois do que aconteceu?! - Ele rosna.

– Não venha arranjar desculpas agora, Jared.... - Disse Alexia um pouco mais baixo agora. Não por que estaria intimidada e sim por que ainda não havia superado o que havia visto.

– Não estou arranjando desculpas, Lexy... - Dizia ele com um tom insistente, mas ao mesmo tempo doce. - Eu nunca faria aquilo com você, eu... - Ele suspira - Você conhece a Amber...

Alexia suspira. Talvez ele estivesse certo... Mas ela não iria dar o braço a torcer, não agora... Ainda estava um pouco magoada com isso. Então pigarreia.

– Então... Como acha que iremos sair daqui? Parece que não há modo de flutuar para cima. - Falou Alexia apertando suas mãos.

Ele dá de ombros e dá um pulo. Alexia teve que se segurar para não gargalhar ali então mordeu o lábio inferior. Jared a encara.

– O que foi? Se para flutuar para baixo no buraco precisávamos cair, quem sabe pulando podemos flutuar para fora dele?

– É um raciocínio válido... Uma pena que não funciona - Disse Alexia tentando conter o sorriso em sua boca.

Antes que Jared pudesse dizer algo uma luz se acendeu. Alexia se assustou com a rapidez que havia acontecido e olhou envolta.

Uma sala com o piso em xadrez, preto e branco. As paredes eram enfeitadas por um papel de parede dourado com alguns desenhos e várias, inúmeras portas espalhadas. No teto um enorme e luxuoso lustre de velas, que se acenderam misteriosamente.

Logo abaixo do lustre havia uma mesa de vidro que refletia a luz das velas.

– Mas... O que está acontecendo? - Perguntou Jared olhando envolta.

– Eu não sei - Sussurrou Alexia, mas era mentira. Alexia sabia muito bem o que estava acontecendo. Sabia muito bem onde estava... E sabia muito bem que encontraria um licor de cereja em cima da mesa de vidro que a faria encolher.

Então Alexia se aproximou da mesa um tanto relutante. Viu um pequenino frasco de vidro, com uma substância meio avermelhada e um bilhete amarrado com uma fita vermelha, escrito ''beba-me''.

Jared chegou logo atrás.

– Isso não me é estranho... - Disse ele confuso.

– Claro que não... Todo mundo já ouviu a história de Alice, a garotinha que todos rotularam de louca que eu descendi. - Suspirou Alexia pegando o frasco e colocando na frente de seu rosto, analisando o líquidos com seus olhos brilhantes e curiosos.

– Espera... Não está dizendo que estamos prestes a entrar no país das maravilhas né? - Jared reprimiu um riso.

– Você tem outra explicação para o que está acontecendo aqui? - Perguntou Lexy quase como se estivesse em transe, mas estava bem sóbria até agora.

– Sei lá... poderia ser... um sonho! - Exclamou Jared.

– Isso aqui é bem real, Jared. - Suspirou Alexia colocando o frasco de volta a mesa. - Temos um problema. Se a história for mesmo real, deveria ter uma chave aqui... A chave que abre uma única porta. - Continuou ela caminhando pela sala, parando na frente de uma pequena porta do tamanho de uns três palmos - Que no caso é esta aqui. Para passar aqui, precisamos daquela bebida ali - Aponta para o licor de cereja - Que nos fará encolher e passar pela portinha. Mas é questão é, onde está...

– Onde está a chave? - Perguntou Jared franzindo o cenho quase como se lesse os pensamentos de Alexia.

– Exatamente - Sussurrou Alexia, indo até a mesa. - O jeito é tomar isso e... Ver no que é que dá.

– Você está louca?! - Perguntou Jared se aproximando - Nós nem sabemos o que é isso ai, pode ser simplesmente um veneno! Você está mesmo acreditando nisso tudo?

– E você por acaso tem alguma ideia melhor para sair daqui, gênio? - Perguntou Alexia realmente irritada.

– Não, mas não pode sair tomando tudo o que vê pela frente! E outra, você nem tem a chave! - Dizia ele - Como acha que a porta vai se abrir? Você está delirando, Lexy! Daqui a pouco vai dizer que vê um coelho branco correndo com um relógio por ai!

No mesmo instante que ele havia dito a porta se abria... Sozinha. Quase como se os convidasse para passar. E de lá saiu um serzinho do tamanho de um coelho, andando sobre duas patas.

Ele era esquelético. E não esquelético no sentido de ser magro... Digo esquelético, esquelético mesmo. Ele era feito de ossos e tinha suas antenas em cima de sua cabeça, brancas. Vestia um paletó e carregava um relógio de bolso, completamente dourado.

– Tenho que dizer, meu senhor, que você está corretíssimo!


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Será que aquela criatura é o coelho que Alice tanto falava?



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