Katekyo Gangue Reborn escrita por yumesangai, GalStyx


Capítulo 2
O novo Chefe da Vongola


Notas iniciais do capítulo

Beta: Lady_Murder



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   No dia seguinte, Namimori seguia como se os acontecimentos da noite anterior nunca tivessem ocorrido. Todos pareciam cuidar de suas próprias vidas. Mas Tsuna não teve essa sorte. Parecia que, desde que ele pôs os pés no colégio havia olhos o seguindo.

 

   Esses eram os vários membros da gangue que tinha o colégio Namimori dentro de seu território. Conhecidos como a Família Vongola, atualmente sem um líder especifico, o grupo vinha sofrendo nas mãos de uma gangue rival que vinha impiedosamente tomando seus territórios e destroçando seus membros.

 

   Isso era verdade, até a noite anterior. Quando um jovem sem nenhuma afiliação ao grupo derrotou o cabeça da gangue rival e salvou a Vongola de uma derrota completa. Agora eles pareciam seguir os movimentos desse jovem.

 

   Quando a aula de história antiga termina, a prova anterior é entregue e suas notas anunciadas. Os que ficaram abaixo da média teriam aulas de reforço. Naturalmente, Sawada Tsunayoshi, o conhecido Dame-Tsuna estava entre eles.

 

“Algumas coisas não mudam”. Ele suspirou olhando para a nota meio cabisbaixo. “Bom, não teria como isso mudar de qualquer jeito”. Ele sorriu meio conformado.

 

“Hey, hey. Como você foi, Dame-Tsuna?”

 

“Tenho certeza que foi outro zero, não foi, Dame-Tsuna?”

 

“Vamos, não fique sem graça, Dame-Tsuna. Mostre, mostre.”

 

   Alguns colegas de classe menos legais que a media gostavam de implicar com Tsuna, especialmente após as provas. Ainda que essas implicações em geral não passassem de provocação barata, era algo desagradável.

 

“O que vocês pensam que estão fazendo?!”

 

“Por acaso, seus macacos sem arvore tem alguma idéia com quem estão falando?!”

 

   Quando o trio se vira, havia uma dupla mal encarada os olhando feio. Eles eram parte da Vongola, e qualquer um na classe sabia que era melhor ficar longe desse pessoal.

 

“Q-qualé, é só uma brincadeirinha...”

 

“Ele não se incomoda, né, Dame-Tsuna?” Os palhaços tentam se explicar sem sucesso.

 

Se continuar a chamar o Sawada-san desse jeito eu vou te mostrar o inferno, otário!” Grita erguendo um dos palhaços pela camisa.

 

“Quer morrer, é? A gente te mata, Mané! Tu vai morrer, hein!”

 

   Os dois que ainda estavam livres saem correndo gritando pelas mães. O que sobrou e largado no chão, caindo de bunda, antes de sair em debandada junto com os amigos.

 

   A dupla mal encarada sorri e manda um ‘ok’ para Tsuna antes de voltarem para seus lugares.

 

“O-o que foi isso?” Tsuna olha de esguelha para aqueles estudantes agora completamente suspeitos. Eles faziam parte de gangues, não é? “Eu não sei de nada, eu não sei de nada”.

 

“Hihi”

 

Tsuna olha para o lado e vê Kyoko sorrindo gentilmente.

 

“Ah, Kyoko-chan está sorrindo pra mim”. Tsuna da um sorriso completamente bobo. “E-essa não, ela acabou de ver aqueles caras criando confusão e ela vai pensar que eu sou esse tipo de confusão. O que eu vou fazer!?” Tsuna acaba se encolhendo e enfiando o caderno sobre a cabeça, puxando as abas desesperadamente.

 

“O que essas pessoas dangerous estavam fazendo com Sawada-san?” Sussurra Haru para Kyoko.

 

“Eu não sei, mas não parece divertido? É com se fossem guarda-costas”. Kyoko diz rindo baixinho.

 

“Eu não confio nesses guarda-costas...” Sussurra de volta.

 

   Algum tempo depois, o sino indica a hora do almoço. Antes que Tsuna pudesse se levantar, Yamamoto aparece, pondo uma mão na mesa dele.

 

“A gente quer ter uma conversa contigo.” Ele diz com seu sorriso amigável. Ele se vira rapidamente para Gokudera que assente e sai da sala junto com os outros dois que espantaram os palhaços.

 

“Essa não, eu estou encrencado...” Tsuna pensou enquanto concordava com a cabeça e seguia meio relutante com eles.

 

   Yamamoto guia Tsuna até a quadra fechada. Por sorte, ninguém a estava usando a essa hora, então eles a tinham para si. Lá dentro estavam todos os membros atuais da Vongola. Eles estavam sentados no chão, enfileirados como se estivessem em algum encontro formal. A frente do grupo estava Gokudera e Ryohei. Yamamoto assume seu lugar junto com eles dois.

 

   Havia algo em torno de 50 pessoas. Nem todos eram estudantes daquele colégio. Havia alguns uniformes diferentes. Algumas pessoas já nem tinham mais idade para estarem no colégio. Também havia algumas garotas e pelo menos um sujeito de terno e gravata.

 

“A-anou... O-o que é isso tudo?” Tsuna obviamente não estava se referindo a gangue da Vongola reunida. Mas sim ao que diabos ele estava fazendo ali.

 

“Nossa família tomou uma decisão. Yamamoto fala em voz alta e grave, que ecoava pela quadra. “Depois de ver como agiu ontem à noite, Sawada Tsunayoshi! Nós da Família Vongola humildemente pedimos que adicione sua força a nossa. Por favor, junte-se a nós!”

 

“Junte-se a nós!” O resto da quadra diz em uníssono, todos abaixando as cabeças até a altura do chão.

 

“Eh!?” Tsuna ficara com os olhos do tamanho de pratos, sem acreditar naquele pedido. “Yamamoto...” Ele queria que o colega de classe recobrasse o bom senso. “I-isso é impossível, eu nem sou forte”. Ele balançou as mãos negativamente.

 

“Isso não é verdade!” Era Gokudera que falava, tendo erguido a cabeça. “Eu vi com meus próprios olhos quando o senhor derrotou o Queijão. Por favor, considere nosso pedido!” E abaixa a cabeça novamente.

 

“Gokudera-kun...” Tsuna nem entendia como gangues funcionavam, mas ele nunca fora fã daquele tipo de coisa. Daquela violência e perda de tempo. Afinal de contas fora exatamente esse tipo de coisa que estragara a boa e pacifica Namimori. “Vocês estão errados”. Ele queria gentilmente sair de lá, sem falar nenhuma bobagem e ganhar inimigos. “Eu não sou a pessoa que vocês estão pensando”. Ele sorriu sem graça. “Eu sou só o Dame-Tsuna, ne Yamamoto? Gokudera-kun? Digam a eles”.

 

“Esse é o cara que vocês queriam como 10º?” Pergunta Reborn, encostado na parede próximo a porta, logo atrás de Tsuna. “Tem certeza que trouxe a pessoa certa, Takeshi?”

 

   Tsuna encolheu os ombros, aquela pessoa era assustadora. Quando fora que ele havia chegado? Ele sequer havia reparado nele ali.

 

“Eu não sei... ele parece mais ter dado sorte do que ter lutado a sério.” Reborn continuava a antagonizá-lo, com um sorrisinho.Alias, toda a sorte que ainda tinha se não me engano.” E da uma risada grave e desagradável. Do tipo que só alguém de cima é capaz quando menospreza alguém que está por baixo.

 

“D-de qualquer forma...” Tsuna falou bem mais baixo do que pretendia. Aliás, por que suas mãos estavam tremendo tanto? “Vocês pegaram a pessoa errada...” Ele disse embora tinha certeza de que isso era óbvio agora.

 

“Isso não é verdade!” Grita Gokudera, erguendo a cabeça. “Certamente, ele pode ser atrapalhado, mas sem duvidas, é a pessoa mais adequada a se tornar o 10º!”

 

“Eu acredito no potencial nele! Sawada ira fazer a Vongola ir ao extremo!” Ryohei se voltava para Reborn.

 

Eu o vejo todos os dias na classe. Acredito que ele possa acrescentar algo a nossa Família, algo que ainda não temos.” Yamamoto tinha um olhar que parecia refletir chamas.

 

   Os demais membros da Vongola, todos eles pareciam encarar Reborn com uma determinação só.

 

   Reborn faz um som nasal, se era resignação ou deboche, era difícil de dizer.

 

“Parece que a Família já o aceitou, Tsunayoshi. O que você vai fazer?”

 

“E-eu...” Tsuna sabia que era impossível. No entanto, agora em Namimori ele não tinha ninguém a quem podia chamar de amigos, embora provavelmente nunca fosse se aproximar de pessoas como Gokudera ou Ryohei, ele gostaria de ter pessoas assim, confiáveis.

 

Ele não poderia simplesmente dizer ‘eu aceito’ sem saber no que estava se metendo. Ele não sabia brigar e fora de fato muita sorte tudo que acontecera na noite anterior. Eles não podiam entender isso e o ignorarem como antes faziam?

 

Mas Tsuna havia gostado, de alguma forma quando aquelas duas pessoas de sua sala se aproximaram e o defenderam, ele havia ficado feliz, ninguém jamais havia ligado para ele. Sempre o Dame-Tsuna.

 

Será que se ele entrasse naquele mundo desconhecido ele poderia descobrir algo? Tsuna estava bem conformado em passar o resto de seus dias como uma pessoa extremamente comum, com notas medianas e seguir assim com a vida.

 

Se ele se arriscasse e entrasse naquele jogo perigoso... Talvez, apenas talvez as chances de coisas interessantes começarem a acontecer e ele se descobrir capaz de fazer algo bom e útil. Talvez o Dame-Tsuna não precisasse mais existir.

 

Ele gostaria de dizer ‘sim’, mas isso não era muito pretensioso? Também não gostaria de pedir algum tempo para pensar, dar falsas esperanças para aquelas pessoas. Vongola. Aquilo não era grande demais para uma pessoa como ele?

 

No entanto, ele nunca saberia se não tentasse não é?

 

De qualquer forma, sempre havia a chance de ele se provar completamente inútil e assim voltar à vida antiga.

 

“Eu...” Ele fechou as mãos em punhos.

 

Além do mais porque aquele cara estava rindo dele? Ele não gostava disso, ser sacaneado por um completo estranho. E ainda por cima parecia ser perigoso.

 

“Eu vou me esforçar!”. Ele disse apertando ainda mais as mãos e encolhendo os ombros.

 

   A Vongola entrou em polvorosa na hora. Todos se levantaram e gritaram de alegria. Se tivessem chapeis, essa seria a hora em que eles iriam todos parar no teto. A Família sai do chão e se aglomera ao redor de Tsuna, que é saudado com tapinhas nas costas e apertos de mão. Pareciam mais um monte de fãs ao redor de uma celebridade e sua euforia era de um estudante ao passar em um vestibular extremamente difícil.

 

“A determinação da Família já foi confirmada. Agora falta testar a do chefe.” Pensa Reborn, dando meia volta e saindo da quadra.

 

   Um pouco mais afastado dali, um certo estudante cujo penteado lembrava um abacaxi observava a quadra do lado de fora. A barulheira que vinha de dentro era audível de onde ele estava.

 

Mukuro-sama...” Um rapaz de óculos e algo que lembrava um código de barras no rosto chama o cabeça de abacaxi.

 

“Parece que vai ficar ainda mais barulhento do que antes...” Diz se afastando da quadra.

 

   O sinal havia tocado, encerrando as atividades do dia. Tsuna arrumava o material com um bom pressentimento dessa vez. Talvez, apenas talvez ele tenha feito algo certo.

 

“Será que algum dia eu vou ter coragem de falar com a Kyoko-chan?” Pensou olhando para a cadeira vazia ao lado.

 

“Bom, até amanhã, Tsuna.” Yamamoto se despede dando um tapinha no ombro de Tsuna.

 

Até mais.” Os dois que o ajudaram mais cedo se despedem também.

 

“A-até”. Tsuna acena e sorri. Ele ajeita a mochila nas costas e se prepara para deixar a sala, ainda olhando para sua carteira. “Se todos os dias forem assim, acho que eu não me importo de continuar na Vongola”.

 

“Eu o acompanho até em casa.” Declara Gokudera com uma até então nunca visto antes expressão amigável.

 

“O-o que? Não precisa”. Tsuna novamente sacode as mãos. Ele não conseguia nem imaginar se sua mãe o visse andando com alguém como Gokudera.

 

“Eu quero saber onde você mora. E se for fora do nosso território pode ser perigoso ir sozinho.”

 

“H-hai”.

 

   Tsuna concordou lentamente com um aceno de cabeça. Ele costumava sofrer com a volta para casa. Se ele tivesse alguém como Gokudera para escoltá-lo as coisas seriam diferente. Embora ele não conseguisse pensar em nada que pudessem conversar no caminho.

 

   Se é que eles tinham algo em comum.

 

  Gokudera, por outro lado não parecia ter gastado muito tempo pensando nisso. Ele começou logo a explicar algumas coisas do grupo para Tsuna. Coisas como os territórios que estavam sobre controle da Família, os acordos com outras Famílias, as funções de alguns membros mais graduados.

 

“É claro que você não vai ficar com um cargo baixo. Eu pessoalmente garanto a você um bom cargo na Família, pelo menos enquanto mais alguns detalhes ainda não forem acertados

 

“Acho que você não precisa se preocupar com isso”. Ele sorriu sem graça. Na verdade, só não queria dizer que era a primeira vez que ouvia falar de cargos.

 

“É claro que me preocupo. O futuro 10º não pode começar por baixo.”

 

“10º?” Repetiu para si mesmo.

 

“Eu ainda não falei a respeito? Bom, Reborn-san disse que se a gente contasse a coisa toda de uma vez, você provavelmente sairia correndo na hora.” Diz coçando a nuca com uma risada sem graça

 

“Uh, então é mesmo perigoso”. Tsuna deu uma risada forçada. “Mas você pode me contar alguma coisa não é? Na verdade eu não entendo muito bem como funciona”.

 

Bom, agora que você já está dentro acho que não tem mais problema. Apesar da gente ter pedido pra você se juntar a nós e emprestar sua força, bom... na verdade, houve um detalhe que foi omitido nisso tudo...” Gokudera estava incomodado por ter guardado isso como segredo e isso aparecia em sua voz. “Na verdade nós queríamos que se tornasse nosso chefe.”

 

Tsuna pôde perceber que Gokudera era uma boa pessoa e de alguma forma, começou a pensar melhor do rapaz.

 

“Haha, chefe? Só iss—O QUE!?”

 

“Reborn-san vai preparar algum tipo de teste antes disso.” E ele se vira para Tsuna e segura suas mãos. “Mas eu tenho certeza que vai conseguir passar!”

 

“Isso é impossível! Completamente impossível!” Parecia que a alma de Tsuna havia saído do corpo, no entanto algo o fez recobrar a consciência. “Gokudera-kun, quem é Reborn-san?” Perguntou imaginando alguém como o Queijão.

 

“Se lembra? Aquele cara de terno italiano e chapéu que estava com a gente na quadra. Aquele é o nosso Conselheiro Externo. Ele não é da Família, mas de vez em quando aparece pra dar uma mão pra gente.”

 

“A-aquele é o Reborn?” Tsuna sentiu que novamente sua alma fora levada. De repente seu corpo estava mole e ele estava desanimado. “Teste, chefe, Vongola, Reborn...” Tsuna andava completamente cambaleante com os olhos girando.

 

“Agora estou me lembrando, existe um boato que ele é um hitman profissional da máfia italiana e que já matou mais de 1000 homens. Bom, verdade ou não ele é nosso aliado, e sem dúvida é muito forte. Mas não se preocupe, não importa que teste Reborn-san tenha em mente, eu sei que você irá passar. Quando se tornar... não... a partir de agora, eu serei seu braço direito!”

 

“Hitman? Eu deveria desistir!” Pensou desesperado. “Eu não teria tantas esperanças...” Tsuna disse mais para si mesmo. No entanto... Gokudera estava falando bastante, embora fosse tudo relacionado à Vongola. “Nee Gokudera-kun, obrigado”. Murmurou meio sem graça. “Eu não sei por quanto tempo vamos ficar juntos, mas eu gostaria de ser o seu amigo nesse tempo”. Acabou dizendo em voz alta.

 

   Gokudera fica sem palavras. Para ele não havia espaço para dúvidas, Tsuna definitivamente seria o próximo chefe. Ele tinha total fé nele.

 

   Para ele, aquelas poucas palavras carregavam um significado mais profundo. Era uma prova da confiança que era colocada sobre ele. Não era exagero dizer que ele fora aceito pelo próximo chefe.

 

   Gokudera se vira de costas. Ele podia sentir as lágrimas querendo sair e não queria ser visto desse jeito.

 

“Sim, seremos amigos... Não importa o que... para o que der e vier...” Diz em meio a soluços. “Me desculpe... eu não... mostrar esse lado fraco...” Diz enxugando as lágrimas com as mangas do casaco.

 

“Não se preocupe com isso Gokudera-kun”. Tsuna disse um sorriso discreto nos lábios. Talvez eles tivessem algumas coisas em comum afinal. “Reborn, eu não vou perder”. E encarou o céu alaranjado com determinação.

 

   Com teste ou sem teste. Ele era um membro da Vongola.

 

   Na sala pertencente ao Comitê Disciplinar. Hibari aproveitava o silêncio dos corredores para descansar, no entanto...

 

“Kyo-san!” O vice-presidente do Comitê, Kusakabe Tetsuya, entrara na sala empurrando a porta com violência.

 

“Hmm?” Hibari abriu os olhos e virou o rosto. “O que você quer?”

 

“O líder da gangue local foi derrubado”.

 

“Eh?” Hibari arqueou a sobrancelha. “Por quem?” Perguntou estreitando perigosamente os olhos.

 

“P-pela Vongola”.

 

“Aquela Vongola aos pedaços?” Ele girou os olhos já desinteressado.

 

“Parece que o responsável foi Sawada Tsunayoshi da 2-A. Ele derrubou o Queijão com dois golpes”.

 

“Isso é ridículo”.

 

“Também parece que ele se juntou oficialmente à Vongola”.

 

“Kusakabe Tetsuya”.

 

“S-sim?”

 

“Se você tem tanto tempo para me fazer ouvir essas bobagens, talvez você precise ser reeducado”. Disse puxando uma tonfa.

 

“E-eu sinto muito”. Murmurou fazendo uma reverência, porém ainda sem tirar os olhos do objeto.

 

“Além do mais, não é da minha conta como esses herbívoros gostam de passar o tempo”. Disse se levantando.

 

“Sim senhor”.

 

Hibari acerta um golpe bem no queixo de seu subordinado o mandando no chão.

 

“Isso é por me acordar”. Ele abre um sorriso sinistro. “O próximo vai ser por ter me feito ouvir essa bobagem”.

 

   O dia seguinte ia seguindo normalmente. Exceto que os palhaços não se aproximaram de Tsuna. Bastou um olhar torto de Gokudera e eles entenderam o recado.

 

“Parece que o Sawada-kun está se divertindo bastante esses dias não é?” Kyoko pergunta se virando para Haru e Hana.

 

“Pra mim ele continua o mesmo idiota de sempre”. Hana resmungou cruzando os braços.

 

“Depois que aquelas pessoas dangerous o cercaram... ah! Será que eles o estão ameaçando?” Haru conclui algo improvável.

 

“Por que alguém iria se preocupar em ameaçá-lo?” Hana dispensou o assunto com a mão. “Além disso, Kyoko, desde quando você repara no Dame-Tsuna?”

 

“Eh? Não é isso, é que normalmente ele está sozinho pelos corredores, é a primeira vez que eu o vejo andando em um grupo”.

 

“Agora que você falou nisso...” Haru faz uma expressão pensativa. E assentindo para si mesma.

“Você se importa demais Kyoko, se chegar muito perto vai descobrir que ele é só mais tarado”. Hana deu de ombros.

 

“Hana-chan odeia o Sawada-san?” Pergunta Haru.

 

“Eu apenas acho que homens devem agir como homens”. Hana respondeu.

 

   Quando chegou a hora do intervalo, Gokudera e Yamamoto se juntaram a Tsuna para almoçar. Ao menos Yamamoto tinha mais assunto do que a Vongola. Ainda que a maior parte fosse sobre beisebol, o que deixava Gokudera visivelmente irritado.

 

“Você não sabe falar de outra coisa não, seu maníaco?!” Berra Gokudera, cansado das historias de beisebol.

 

“É a minha paixão.” Diz Yamamoto dando uma risada satisfeita.

 

   Tsuna apenas sorriu animado. É claro que ele não tinha muito o que dizer, afinal o que mais ele fazia além de voltar pra casa, descansar e dormir?

 

“Como você consegue tempo para estar no clube de beisebol e também na... você sabe”.

 

“Eu dou meu jeito.”

 

“Isso lá é resposta...” Resmunga Gokudera.

 

“É bem simples na verdade. Nos dias de clube eu pratico. Quando não tem, eu trabalho.” Diz com a mesma simplicidade de quem diz que um mais um da dois.

 

“Hai...” Tsuna decidiu se ocupar comendo. Ele queria perguntar mais algumas coisas, mas depois da reposta simples de Yamamoto, ele começou a pensar que era o único preguiçoso ali.

 

“Pra mim isso é o mesmo que trabalhar de má vontade. Se estivesse realmente dedicado, daria 100%. Ao invés disso, você e o Sasagawa ficam brincando.” Reclama Gokudera apontando o indicador.

 

   Yamamoto ri como se já estivesse acostumado a ouvir essa reclamação.

 

“Cada pessoa é diferente. E você, Tsuna? O que faz depois do colégio?”

 

   Tsuna se atrapalha com o lanche e quase derruba o onigiri no chão, mas consegue evitar um desastre maior.

 

“E-eu...bom...” Tsuna coçou a bochecha meio sem jeito. “Eu não quero que eles pensem que eu sou um perdedor, mas se eu mentir vai ficar muito óbvio”. Ele riu nervosamente. “E-eu apenas jogo vídeo-game”.

 

“Oh, parece divertido.” Yamamoto diz com sinceridade.

 

“Bom, a partir de agora teremos trabalho a fazer.” Diz Gokudera.

 

“Ah sim, graças ao Tsuna nós recuperamos todos os territórios em uma única noite e ainda ganhamos alguns de graça.”

 

“O que falta agora é estabelecer as rotas das patrulhas para assegurar nosso domínio.” Gokudera tinha uma mão no queixo e uma expressão pensativa.

 

   Yamamoto assente com seriedade.

 

“Pa-patrulha?” Tsuna se imaginou com uma roupa de mafioso e uma arma nas costas, marchando pelas ruas escuras de Namimori.

 

“Okaa-san eu estou indo”. Diz um sorridente Tsuna ajeitando o terno preto.

 

“Tsu-kun, tome cuidado”. Mama acena com um lencinho.

 

Ou então...

 

“Mãe, eu estou saindo agora”. Diz Tsuna com suas roupas normais, calçando os sapatos na entrada.

 

“Tome cuidado”. Ela diz parando na entrada.

 

-Quando ele volta-

 

“Tsu-kun! Por que tem buracos de bala na sua roupa?” Pergunta esticando o casaco que estava aos farrapos.

 

“Hehehe”.

 

Ou talvez...

 

Eu estou indo agora”.

 

“Vá com cuidado”.

 

Tsuna da um sorriso brilhante e fecha a porta do carrão preto e suspeito que estava parado em frente a sua casa.

 

Ou pior...

 

“Tsuna-kun”. A doce Kyoko se aproxima com uma expressão chorosa. “Você tem mesmo que ir?”

 

“Eles precisam de mim”. Tsuna ajeita o chapéu, puxando a aba para baixo.

 

“A sua família também precisa de você!” Kyoko aponta para as cinco crianças que estavam paradas com olhinhos de cachorrinho abandonado na chuva. Todos muito parecidos com Kyoko e Tsuna, ou uma mistura dos dois.

 

“Papa!” Todas as criancinhas agarram as pernas de Tsuna.

 

“NOOOOOOOO!” Tsuna grita ainda em transe.

 

“O que foi?”Algum problema?” Yamamoto e Gokudera levaram um susto com o grito repentino.

 

“T-tudo bem... Tudo bem...” Tsuna repetia para si mesmo.

 

“É isso aí. A história da derrota do Queijão se espalhou bem rápido então deve levar algum tempo até alguém se meter com a gente de novo.” Diz Yamamoto, confiante.

 

As próximas noites devem ser tranqüilas. Não precisa se preocupar.” Diz Gokudera se virando para Tsuna. “Nós não vamos te incomodar com noites tediosas.”

 

“Por favor, me dêem o que vocês chamam de noite tediosas...” Tsuna pede com cara de choro.

 

   O resto do dia seguiu tranquilamente. No dia seguinte, novamente Gokudera e Yamamoto almoçaram com Tsuna. O ritmo tranqüilo, entretanto enganava quem achava que nada iria acontecer por enquanto.

 

“Ainda que o Fuuta tenha deixando todas essas anotações, eu não entendo quase nada...” Tsuna folheou o caderno, por sorte, havia alguns desenhos e setas e somente essa parte ele conseguia entender.

 

   Tsuna finalmente conseguiu ligar o computador, mas se assustou com o barulho que a máquina fez ao iniciar.

“Isso é tecnologia demais pra mim, eu sou uma pessoa simples...” Murmurou para ninguém em especial.

 

   No restante ele não tinha muitos problemas, às vezes usava o computador da escola para alguns trabalhos, mas era só. Ele mesmo não tinha um computador em casa.

 

    Ele havia pedido emprestado o do primo. Já que não queria que ninguém o visse pesquisando sobre gangues dentro do colégio. Ele já havia tentado alugar alguns filmes, mas no final ele só ganhara uma idéia errada e pelas conversas com Yamamoto e Gokudera ele vira que todas àquelas horas gastas foram inúteis.

 

   Tsuna digitou no campo se pesquisa “gangues”, e ele se assustou com os 666.000 resultados. No final das contas ele acabara abrindo um artigo que falava sobre gangues, mas era longo e tedioso.

 

   Ele voltou para as páginas de busca e por curiosidade acessou “riscos das gangues juvenis”. Mas no final das contas só falava da posição de líder. O que o deu uma sensação desagradável, uma vez que Gokudera havia comentado sobre ele ser o chefe.

 

Os componentes de uma gangue agrupam-se porque têm problemas especiais; o grupo passa a ser um refúgio para as frustrações pessoais e nasce com uma finalidade criminosa.”

 

“Finalidade criminosa em Namimori? Isso é impossível!” Ele da um soco no teclado e acaba descendo para o final da página.

 

“O líder da gangue juvenil possui qualidades especiais para a ação, superiores às dos restantes membros do grupo. Precisa ser decidido, rápido e enérgico.”

 

“Totalmente impossível!!” E fechou a página rapidamente.

 

Voltando às páginas da pesquisa, Tsuna só passa os olhos pelos títulos “guerra de gangues”, “delinquência”, “criminologia”, “gangues de rua”. Tsuna acabou por enfiar a cara no teclado e permaneceu daquele jeito.

 

   De repente, uma pedra quebra o vidro do quarto de Tsuna e por pouco não o acerta na cabeça.

 

“Eu sabia que não deveria ter aceitado!” Tsuna se joga no chão e fica por ali.

 

“Sawada-san! Sawada-san!” Uma voz o chama debaixo da janela.

 

“Não fui eu, foi somente um acidente” Tsuna murmurava enquanto girava no chão do quarto, mas acaba enfiando a cabeça na pedra que ainda estava no caminho. “Eu já sei!” Tsuna coloca o braço para fora da janela e sacode um pano branco.

 

“Que diabos... Sawada-san, rápido! Precisamos da sua ajuda!”

 

“Ajuda?” Tsuna decidiu se levantar.

 

“Rápido! Estamos com problemas, Sawada-san, está me ouvindo?”

 

“H-hai!” Tsuna rapidamente se afasta da janela, pega o casaco que estava amassado de qualquer jeito sobre a cama e desce as escadas. “Eu nem sei o que está acontecendo”. E sai de casa meio receoso de estar indo direto para alguma armadilha.

 

“Rápido, siga-me!” Ao ver Tsuna, o rapaz o guia pelas ruas. “Uma gangue esta invadindo um de nossos territórios. Os capitães Yamamoto e Ryohei já estão lá.” Ele explica. “Estamos lutando com tudo, mas estamos em desvantagem.”

 

   Os dois saem da área residencial e seguem até uma das muitas pontes sobre o rio que cortava a cidade. Ali próximo havia uma verdadeira guerra sendo travada.

 

   Os dois lados se enfrentavam pelo controle da ponte. O lado da Vongola estava em desvantagem numérica de 5 contra 1. Yamamoto e Ryohei podiam ser vistos entre eles.

 

“Eu trouxe Sawada-san!”

 

   De repente o lado da Vongola fica eufórico. Eles gritavam e lutavam com força redobrada.

 

Desse jeito não vai dar tempo pro Gokudera chegar.” Diz Yamamoto.

 

“Vamos acabar com eles ao extremo!” Grita Ryohei avançando no meio dos inimigos.

 

“O que eu faço?” Tsuna se vê completamente paralisado. Olhando aquela cena completamente surreal. Era nisso que ele tinha se metido?

 

“Você entendeu o que acabou de provocar?” Pergunta Reborn, encostado a um poste de luz próximo a luta. Ninguém havia reparado em sua presença antes.

 

“Provocar?” Tsuna sentiu como se algo tivesse o atravessado. “Não é você quem deveria estar os ajudando?” Ele apontou na direção das gangues. “E-eu não posso fazer isso”.

 

“Você ainda não entendeu, né...” Diz com uma mão na testa oculta pelo chapéu. “Observe com atenção.” Diz apontando para a briga. “Nos seus companheiros, o que você vê? O que você provoca neles, Tsuna?”

 

   Tsuna encara Reborn seriamente e então passa a observar a cena. Mas ele não se demora muito ali, logo desvia os olhos e fecha as mãos com força.

 

“Eu não entendo Reborn”. Ele ainda olhava para o chão. “Eu sou só o Dame-Tsuna, não há nada que eu possa fazer. Você sabe disso não é?” Tsuna ergue o rosto, olhando-o apreensivamente. “Então os ajude, por favor”.

 

   Reborn avança até Tsuna e acerta um soco no rosto dele, jogando o garoto no chão.

 

“Você não consegue entender.” Sua postura e voz continuavam calmas apesar do ataque. Eles estão felizes, vê? Estão contentes porque você chegou, mas você não vê isso. Você desvia os olhos e fica se remoendo, lamentando a própria fraqueza.

 

F-felizes?” A voz de Tsuna tremeu assim como seu corpo. Ele não sabia dizer se era pela raiva que estava sentindo daquele homem à sua frente que nada fazia. Ou de si mesmo que nada podia fazer. “Não conte piadas...” Sua voz soou baixa pela ousadia. “Eles estão se machucando”. Ele não conseguia continuar olhando para Reborn.

 

“Correto. Mesmo felizes como estão, eles não vão vencer. Eles vão perder, serão massacrados. Essa é a verdade.” Ele faz uma pequena pausa. “Mas tem alguém aqui que pode mudar isso. Esse alguém é você. Eles escolheram você como chefe, o reconheceram. E quanto a você, Tsuna? Você os reconhece?”

 

“É a primeira vez que eu me divirto no colégio desse jeito. Eu não quero que o Yamamoto fique ausente no clube de beisebol, se o Oniisan se machucar a Kyoko-chan vai ficar preocupada, o Gokudera não está aqui, mas eu também não quero que ele se machuque. E todas essas pessoas... Eu posso mudar isso? Reborn, não faça piadas”. E responde sem pensar duas vezes. “Hai!”

 

   Surge um sorrisinho no rosto de Reborn.

 

“Então se levante.”

 

   Tsuna queria dizer que mesmo assim ele ainda não era capaz de fazer nada, mas Reborn era uma pessoa que fazia com que os outros pensassem duas vezes antes de abrir a boca. Além do mais, seu rosto ainda doía. Ele se levantou sem dizer nada.

 

“Você irá lutar pela sua Família.” Reborn leva uma mão dentro do terno elegante e saca uma pistola. “Com seu último desejo.” E aponta a arma na testa de Tsuna.

 

“O-o-o que?” Tsuna começa a recuar. Ele realmente pensava que aquele homem havia entendido que ele era incapaz de lutar. Ele não podia estar achando que Tsuna havia derrotado aquele cara grandão, não é? “Reborn! É impossível, eu não posso lutar”. E balança as mãos negativamente.

 

“Lute ou morra. Você é o chefe ou apenas um imprestável? Chegou a hora de decidir.” E ele atira. Uma bala vermelha atinge certeira a testa de Tsuna que cai de costas no chão.

 

   Nesse momento, Gokudera chegava com os últimos reforços.

 

“O que está fazendo, Reborn-san?!”

 

   O grito chama atenção dos que estavam mais perto. Yamamoto e Ryohei se viram e vêem Tsuna no chão.

 

“Oe, o que aconteceu?”

 

“Levante, Sawada!”

 

“Eu acho que... agora não tem mais volta, eu vou morrer e só serei lembrado como Dame-Tsuna, me desculpe, Gokudera-kun, Yamamoto...” O corpo de Tsuna atinge o chão. Mas logo ele abre os olhos e se levanta dando um mortal. “Reborn!” Ele olha tudo em volta como se estivesse analisando o terreno. “Eu vou salvar todos com meu último desejo!” E grita antes de sair correndo como uma bala, derrubando algumas pessoas no caminho.

 

   Ele se junta à luta na ponte e começa a mandar os adversários para o rio.

 

   Ambos os lados estavam estarrecidos com a cena que parecia saída de um desenho. Tsuna atirava os adversários pro rio como se fossem papel.

 

“Sigam o chefe!” Grita Gokudera.

 

“Sigam o chefe!” O grito ecoa e a Vongola segue logo atrás de Tsuna.

 

   A batalha se inverte por completo. De repente a Vongola que vinha mantendo a defensiva e sendo forçada a recuar lentamente, avançava feito louca atropelando os adversários.

 

“Peguem o baixinho! Acabem com ele!” Alguém grita do lado oposto.

 

   Logo as atenções dos oponentes se viram contra Tsuna. Mas um grupo cai antes de se aproximarem.

 

“Pode deixar que a gente te cobre, Sawada.” Ryohei havia acabado de nocautear cinco.

 

   Outro grupo de adversários, dessa vez na direção oposta e mandado longe.

 

Você cuida dos da frente, a gente limpa as laterais.” Yamamoto balança o bastão de beisebol, amedrontando a parte que não caiu com o primeiro golpe.

 

“Isso não vai ficar assim...” Um dos adversários tira um revolver de dentro do casaco. “Você vai cair, Vongola!”

 

   Uma dinamite rola em seus pés e explode, derrubando o dono da arma.

 

“Se quiser brincar com armas, vai ter que se ver comigo primeiro.” Gokudera tinha varias dinamites entre os dedos e uma expressão nada amigável.

 

“Não vamos deixar os capitães ficarem com toda a diversão, vamos mostrar nosso poder cambada!” Alguém grita entre a Vongola. A proposta é recebida com entusiasmo.

 

   Os quatro fazem a Vongola passar pela ponte em questão de instantes. Do outro lado um sujeito com muitas veias saltando no rosto, observava a luta insatisfeito.

 

“Ele é o chefe!” Grita Gokudera.

 

“Quem é o chefe de vocês? Eu exijo um duelo!” O sujeito gira uma corrente.

 

   Tsuna segue correndo e atropela o cara com as correntes, deixando a impressão de seus sapatos na roupa dele. Até que Tsuna percebe o que havia feito e volta, amarrando-o com as próprias correntes. E o ergue jogando-o na água junto com os demais subordinados.

 

   Alguns instantes depois, o efeito da Shinu Ki Dan acaba e Tsuna volta ao seu eu normal.

 

“Isso foi incrível! Definitivamente você será o 10º” Diz Gokudera. “Não, mesmo sem Reborn-san dizer nada, eu tenho certeza que é o 10º.”

 

Eu não sabia que você tinha todo esse poder escondido. Podia ter nos contado mais cedo, né não, Tsuna?” Diz Yamamoto.

 

“O 10º não teria que sujar as mãos com esses fracotes se vocês dois tivessem feito seu trabalho direito!” Gokudera começa a reclamar. Yamamoto apenas ri.

 

“Você é um homem extremo, Sawada.” Diz Ryohei com uma mão sobre o ombro de Tsuna. Ele chorava lagrimas de emoção. “Estou comovido. Ainda tenho muito que aprender.”

 

“O que? O que? O que?” Tsuna olha para a extensão da ponte completamente varrida. A água do rio estava cheia de corpos e havia alguns outros perdidos por aí. “Re-reborn! O que foi que eu fiz?” Tsuna não sabia se chorava ou se ficava paralisado.

 

Agora sim todos achariam que ele tinha algum potencial quando na verdade não tinha.

 

“Você lutou como um verdadeiro chefe, Tsuna. Bom trabalho.” E da as costas, seguindo noite a dentro. Está apenas começando. Você ainda tem uma longa estrada a sua frente. Mas enquanto tiver essa vontade, não irá perder.”

 

“Até Reborn-san estava emocionado.” Diz Gokudera. “Agora sim você é o 10º! O Décimo chefe da Vongola.” E ele se vira para o resto do grupo. “Estão todos de acordo?”

 

“De acordo.” Responde Yamamoto.

 

É claro que sim.” Diz Ryohei.

 

   Os membros concordam em unanimidade.

 

Três vivas para o chefe!” Grita Ryohei.

 

   A Família grita em uma única voz.

 

“Acho que eu estou incrivelmente encrencado”. Pensa dando um sorriso torto.He... hehe...”

 

Continua...

 


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