Real Mission escrita por PornScooby, DFRicci


Capítulo 2
Zoeira, Flor de Lótus e Rock n Roll


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora pra postar galera, mas a média de tempo das postagens vai ser de uma semana. Romance, Festa e Flor de lótus dominam nesse capitulo.



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**2 anos atrás**

A Tempestade caia forte no Havaí, os três jovens já haviam enfrentado muitas adversidades, aquela chuva não ia detê-los.

–Finalmente chegamos! – Disse Débora com o mapa encharcado nas mãos – O Kilauea - Aquele era um dos poucos vulcões ainda ativos no mundo.

–Certo... Mas por que você ainda está com esse mapa, se nós só tínhamos que seguir a trilha? - caçoou Lucas. Débora apenas lhe deu um soco no ombro – AU! Sua bruta- e caiu no riso.

– “... por aquele que cospe fogo irás encontrar a luz que procuras.” – Gabryela balbuciou o final da profecia que Rachel, a garota de cabelos rebeldes e portadora do oráculo dos Delfos, havia lhe dado. Com os olhos fixos na luz que a lava do vulcão emitia.

– ham ham..- então, qual o próximo passo? - o filho de Poseidon interrompeu o devaneio de Gaby.

– Eu vou armar a barraca para dormirmos, enquanto você e Gaby vão investigar o vulcão, certo? – Débora olhou pra a amiga como quem esperasse uma resposta. A Filha de Apolo concordou positivamente com a cabeça e seguiu andando com Lucas ao seu lado. Deb se posicionou próximo ali e começara a difícil construção da barraca.

–Ei Peixinho, eu vi uma luz diferente ali – Gaby apontou para a beira do vulcão e recebeu um olhar de reprovação de Lucas. – Não Gaby, nem pensar... Isso deve tá tipo assim, muito quente. É muito perigoso, e afinal pode ter sido só impressão sua. Vamos ver ali – ele apontou para uma rocha de formato estranho.

O garoto segue pra ver a rocha, mas Gaby vê a pequena luz novamente e se aproxima da beira do vulcão, ela estava exatamente na beira, hipnotizada pela luz quando acorda do transe com um grito de Débora.

– GABYYY !

A garota então percebe que estava escorregando, seu pé deslizara graças à água da chuva. Enquanto sentia o calor da lava chegar ao seu corpo só um pensamento vinha em sua mente “me salve, luz”.

** Dias Atuais**

– Foi assim... Que aconteceu – Débora disse enquanto limpava uma lagrima que lhe escorria o rosto. Depois da chegada surpresa da Gabryela ao acampamento, Lucas e Dawis a carregaram pelo ombro até a casa grande, seguidos por Mila, Débora e Quíron. A filha de Apolo continuava desacordada. – Tudo culpa desse idiota, que não estava do lado dela. – disse se referindo a Lucas, o garoto estava sentado na janela. Olhando para o nada, tentando esconder seu choro. Camila o fitava calada no canto.

–NÃO FOI CULPA DE NINGUÉM – interveio Quiron.

–Quiron, como isso é possível? – Questiona Dawis – Como alguém pode sobreviver à lava de um vulcão?

– Isso é algo que só a nossa amiga poderá explicar – falou olhando para Gaby, que dormia tranquilamente.

TOC TOC. Alguém bate na porta, todos olham para a porta e para Quíron. – Pode entrar.

Três Garotos passaram pela porta. Dan, João e Henri. Filhos de Hermes, Poseidon e Hefesto, respectivamente.

–Quíron, queríamos falar com você sobre um projeto. – disse João, empurrando Henri para frente. O Filho de Hefesto ajeitou os óculos quadrados, ele trazia consigo uma caixa dourada. Algo que ele mesmo havia projetado e construído. Um Kit Festa. – Bom, com a ajuda desses dois aqui, eu desenvolvi um kit festa, essa... essa caixa aqui contem tudo que uma festa precisa.

– E o que vocês querem com isso? – perguntou Quíron, intrigado.

– É que a gente quer testar – Dan tomou a frente – e viemos pedir sua permissão.

–Uma festa agora?

– É, sabe... A menina sobreviveu, voltou... Tá segura, enfim... Temos que festejar. – falou Dan.

– Está certo, mas limpem tudo depois – Quiron falou e os garotos saíram animados da casa azul - Bom, eu não tenho mais idade pra festas, irei me deitar, ao saírem fechem tudo. – então subiu as escadas.

Lucas saiu em silencio, seguido por Mila.

– Eu vou ficar. Não quero deixar ela só, pode ir, Dawis – Falou Débora, Dawis se aproximou dela e falou.

– Não vou te deixar sozinha aqui – a garota suspirou.

– Você quer jogar cartas? –a filha de Atena sugeriu.

–Se estiver pronta pra perder. – Dawis disse entre risos, e ambos se posicionaram em uma mesa, próximo de onde Gaby estava e começaram a jogar.

XXX

Lucas estava no meio dos campos de morango, ele queria simplesmente ficar só e se afastar do barulho que vinha da festa. – aaah socorro... - ele escutou atrás dele, ao se virar viu que Camila estava com o casaco preso em um galho e outro prendia seu cabelo.

Era estranho como Morangos podiam criar paredões tão altos, já que são plantas rasteiras.

– O que você ta fazendo aqui? – ele se aproximou e ajudou ela a se livrar dos galhos. – Não vou deixar você ficar sozinho nesse estado – ela respondeu firmemente.

–Eu... - o filho de Poseidon suspirou fundo -... Só quero ficar sozinho e tentar esquecer tudo.

A garota pensou por alguns segundos então disse- Vem, eu conheço o lugar perfeito. - segurou a mão de Lucas e arrastou ele.

XXX

– Certo... Certo... Então é só dizer...Écho̱... Mia... Kókkini̱... Bala – Vick estava no meio da floresta, a escuridão e o silencio dominavam, suas palavras fizeram um vento sinistro soprar.

A noite ganhou um ar mais denso e então... Rrrrr.

– Finalmente – uma silhueta monstruosa se aproxima, estava pronta para atacar quando.

– Toma - a garota jogou biscoitos e o monstro os pegou no ar. Era um cão infernal, no momento que digeriu os biscoitos os olhos famintos do monstro assumiram um ar doce e brincalhão – bom garoto. Vamos! – a jovem filha de Hades subiu no Cão infernal e seguiu rumo o acampamento. – Seu nome será... Teu Pai.

XXX

–Eu disse que o lugar era perfeito – Disse Camila ao olhar a expressão do filho de Poseidon diante a caverna que apresentava um lago cristalino em seu interior.

– Uau...- ele foi até a beira do lago e se sentou, a garota fez o mesmo.

Com alguns minutos de silencio total, o filho de Poseidon disse.

– Foi em um momento de distração, foi tão rápido que...- ele baixou a cabeça. Mila ergueu a cabeça dele com a mão e enxugou uma lagrima que caia do olho dele com outra então o confortou – Não foi culpa sua ok?! A Débora é meio cabeça dura, mas no fundo ela sabe que não foi culpa sua. Só faz isso pra diminuir a dor.

–Obrigado, de verdade.

–Não tem de quê – a menina sorriu com o canto da boca – Então, o que você fez nesse tempo que esteve fora?

– Bom, eu fui para o castelo de Poseidon e treinei alguns poderes, veja só isso – ele levou a mão até a água – escolha uma cor. A menina pensou e respondeu – azul – o garoto fitou a água e então o lago começou a ganhar um brilho azulado.

– Nossa isso é lindo.

–Você é linda – ela corou ao ouvir isso, o garoto se aproximou dela e eles se beijaram, sobre o brilho azulado que habitava a caverna.

XXX

–UHUUUUUUUU... WE ARE YOUNG... UHUU – João já estava completamente bêbado. – Eu quero me casar com você, quando crescer. – disse ele pra Bea, passando o braço pelos seus ombros.

– Vou lembrar-me disso quando você for rico – respondeu ela, então todos caíram na gargalhada.

A música tocava alto, todos conversavam e dançavam e bebiam, bebiam muito, muito.

–D –U-V-I-D-O – disse Vick para Henri.

–Cara, você não tem coragem de fazer isso. – Dan duvidara da promessa de Henri sobre pular pelado na praia.

– Ah é? Vamos ver? – Henri começou a se despir. Gritou feito o Tarzan e foi correndo em direção à praia. SPLASH, ele pulou.

– Aposto que amanhã ele não se lembrará de nada – Vick ergueu o copo e brindou com Dan. – Ao Teu Pai.

–Ao Teu Pai. – eles riram e voltaram a beber.

XXX

Beatriz acordou às onze da manhã, mais avulsa do que nunca. Débora estava ali, no chalé seis, fazendo o maior barulho, parecia proposital.

– Então, Maninha – ela encarou a irmã ainda deitada, Débora estava quase derrubando alguns pergaminhos sobre a cabeça de Beatriz – já arrumou tudo para o grande dia?

– Aphy, como você é folgada – Débora mostrou a língua para a irmã zumbi da manhã – Por isso o seu pai te deixa de castigo.

– Oxe, sou folgada não! – ela protestou com seu sotaque indecifrável, já se mudara tantas vezes que perdera a conta.

Débora deixou um rolo de pergaminho atingir a cabeça da garota na cama.

– Opa! – ela sorriu tentando parecer amigável e ingênua.

– Lembre-me de trocar a posição dessa prateleira – Beatriz disse antes de começar a rir.

Depois de recolher tudo o que precisava ali, Débora abriu uma porção de pergaminhos sobre uma mesa, uma mesa que mais parecia uma cama para defuntos do IML, mas ela gostava assim, era sinistro e emocionante.

– Vem, Bea, acorda pra vida! Quero que veja o meu plano – a garota sorriu como uma hiena almejando carniça – Muahahahahaha!

XXX

Por todo lugar que passava, Camila deixava sua felicidade. A noite anterior fora de longe a mais divertida de sua vida, teve Lucas, comida, Lucas, amigos, Lucas, bebida que pisca e mais Lucas. É, parece que a filha de Afrodite estava apaixonada. O que isso queria dizer? Bem, queria dizer que pôneis, fadas, gnomos e duendes fantasiados de cenoura viriam a sua procura, mas é claro que apenas em seu subconsciente.

– Bom dia, pessoas – a garota desejou ao entrar no refeitório. Afinal, quando se está feliz a melhor coisa a fazer é comer – bom dia, mesas, cadeiras, pratos. Bom dia, mundo – ela sorriu – as pessoas ao seu redor apenas a encararam por uns segundos, e como sempre começaram a babar com sua perfeição.

– Bom dia, Camila! – disseram três semideuses em uníssono.

– Bom dia, meninos. O almoço já está pronto? – ela perguntou sorridente, como se fosse a Miss Universo. Ela nunca perdia o equilíbrio.

– Oh, ainda não! – um deles disse em desespero – Deuses! Que tragédia.

– Mas não se preocupe, a gente arranja alguma coisa pra você comer – completou outro.

– É. A gente arranja. – concordou o terceiro.

– Ah, não precisa, meninos – ela deixou escapar um risinho – muito obrigada – e saiu saltitante pelo refeitório.

– Hey, Mila! – um garoto com moicano e uma expressão nada satisfeita a cumprimentou.

– Hey, Dauis! O que faz aí com essa cara de quem comeu e não gostou? – ela perguntou sentando-se à mesa com Dawis.

– Eu NÃO comi, essa é a questão – ele disse frustrado e colocando o lábio inferior a mostra, como um bebê.

– Não esquenta, daqui a pouco saciarás sua sede, caro amigo – ela passou a mão em seu moicano, era divertido fazer isso.

– Na verdade é fome mesmo, mas okay. – ele sorriu – ei, o que é isso?

Camila segurava um panfleto hiper colorido que dizia: “Gosta de capturar coisas? Que tal uma bandeira?”.

– Ah, é sobre o Capture a Bandeira de hoje. Você vai participar, não é?

– Mas é claro, estou tão animado – seus olhos brilharam – posso ver as equipes? – ele pediu e Camila lhe passou o panfleto.

– Putz! – Dawis levou a mão à testa em desespero dramático – chalés ímpares contra chalés pares? Isso é um absurdo! Vai ser tipo, deuses contra deusas, nós vamos perder! – ele forçou um choro falso.

– Fica calmo, Dauis. A Deb é tipo sua namorada – Camila usou o cotovelo e aquele olhar travesso outra vez.

– É disso que eu tenho medo.

XXX

Todos estavam reunidos na orla da floresta, o Capture a Bandeira já iria começar. Quíron e os juízes sátiros discutiam as regras, as ninfas vigias já estavam a postos dentro da floresta, todos só esperavam o sinal da concha gigante. A equipe vermelha tinha Débora Ricci como capitã, todos estavam a postos, só poderiam discutir as estratégias do jogo dentro do campo de batalha, o que deixava a capitã ainda mais perigosa. Já a equipe azul, cujo capitão era Lucas Magalhães, estava decididamente perdida.

– Quantas vezes eu já disse? – Lucas tentou não dizes isso em voz alta – você é da minha equipe, somos de chalés de números pares, todos destes chalés são da mesma equipe.

O garotinho parecia ter uns onze anos, ele não estava fazendo aquilo de propósito, só não queria estar ali. Seus olhos estavam fundos, como se não dormisse há dias. O garoto soltou um bocejo.

– Cara, você acabou de acordar – Lucas retrucou indignado.

O Garoto apenas coçou os olhos com a costa da mão, sem dizer uma palavra sequer.

– Aff, filhos de Hipnos! – Lucas revirou os olhos e se voltou para o resto da equipe.

Todos usavam armaduras gregas e elmos azuis, só o que se diferenciava em cada um eram as armas. Alguns usavam espadas, outros aljavas e arcos, e alguns até mesmo lanças, foices e armas de fogo. A coisa boa de tudo isso era a força, e Lucas sabia disso. Ter Ares, Apolo e Hermes como aliados não era uma desvantagem.

– Olá, Magalhães – Débora cumprimentou se aproximando, estava usando armadura completa, segurava o elmo vermelho em uma das mãos – ansioso para a derrota...? cof, cof – ela fingiu uma tosse – isto é, batalha – ela riu sarcasticamente.

– Não, Ricci, porque eu vou vencer – Lucas devolveu o sorriso sarcástico, mas ele não conseguia superá-la nesse truque – Não é mesmo, Dawis? – ele chamou o amigo.

– Hã? – Dawis viu Débora conversando com Lucas e o medo tomou conta de sua pessoa – É sim, mas é claro, nossa, com certeza!

– Oi – Débora dirigiu um olhar que o aterrorizou ainda mais, ele adorava aquelas expressões – você seria capaz de vencer a mim? – sua expressão muda para outra doce e delicada, aquilo era pura chantagem emocional.

– Oi – ele corou – Claro que não – disse depressa – quer que eu desista?

– Mas o que?! – Lucas deu um pescotapa em Dawis e ele voltou ao normal – ta maluco? Contenha-se, homem!

– Ah, olha quem fala – Dawis disse gesticulando com a mão, ele sempre fazia isso – vive babando pela filha de Afrodite.

– Alguém disse Afrodite? – Camila chegou com seu jeito ousado de ser. Lucas quase teve um infarto e desistiu do Capture a Bandeira – O que tanto fofocam?

– Nada, não. Só estava aqui desejando boa sorte a nossos amiguinhos – Débora sorriu.

Lucas pensou “Uau, ela sabe como sorrir”. Mas aquilo era apenas o seu recalque falando, ele sabia que ela sempre o derrotara em tudo. Agora que Gaby voltara, tudo parecia ter mudado entre os dois, quem sabe um dia eles até poderiam tornar-se amigos. Lucas não a odiava, a verdade era que ele a admirava, mas nunca iria admitir algo do tipo.

– Bom, já desejou – disse Lucas e se voltou para Camila – Boa sorte.

– Boa sorte com seu plano – desejou Camila aos dois e saiu acompanhada de Débora, que trocou expressões com Dawis antes de seguir a amiga.

– Lucas, você tem um plano, não é? – Dawis perguntou ao amigo depois que o transe passou, sua expressão preocupada como uma dona de casa com a cozinha incendiada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Até a semana que vem, o próximo cap. reserva grandes surpresas, deixem comentários com suas opiniões.vlw, flw XD



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