Combate escrita por Lostanny


Capítulo 1
Parte 1 - Combate.


Notas iniciais do capítulo

Bem, o que dizer? De tanto casal que eu gostaria de ter feito foi o que me veio a mente na hora! xDD Espero que gostem ~eu curti, mas meus gostos são suspeitos só avisando para quem não me conhece~ Ao capítulo sz



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O sol forte de um dia de verão causava cansaço além do normal em um trabalho que não requeria tanto de esforço de realizar: Assassinato. Reborn suava pelo tempo que fazia e por isso tirou o terno que sempre lhe fazia companhia no dia-a-dia. Gokudera mantinha uma expressão grave no rosto enquanto limpava uma mancha de sangue pertencente ao crânio do mafioso rival ao qual atirou.

Tsunayoshi não precisava saber. Afinal era apenas mais um dia de combate. Desde que pudesse manter o sorriso naqueles lábios, Gokudera poderia fazer qualquer coisa. E sabia que Reborn compartilhava de pensamento similar, pois não demorou muito ao dizer:

– Vamos para seu apartamento depois que terminarmos. Não dá para ir ver Tsuna assim.

Gokudera apenas assentiu. Eles, em silêncio absoluto, começaram a segunda parte do trabalho: apagar qualquer vestígio de que houvesse algum envolvimento da Vongola. O que consistia em desde enterrar corpos até arrumar o local para que não houvesse sinais de luta. Ao terminarem saíram furtivamente do local para entrarem no carro escuro de Reborn e seguirem viagem.

Gokudera continuava a passar os dedos no local onde o sangue o atingiu. Quando chegaram ao apartamento de Hayato, as unhas também passaram a fazer parte do contato, o que resultou em arranhões um tanto profundos na bochecha que sangrou.

– Ei. Eu pensava que você já tinha superado essa fase. - Reborn disse alarmado pelo estado do outro.

– Desculpe. É só um momento de fraqueza. Logo vai passar. - Gokudera disse pegando as chaves de sua mochila.

– Você está tremendo. Deixa que eu faça isso. - Reborn disse tomando das mãos do outro o item e abrindo a porta por conta própria.

Eles entraram, e como já haviam feito isso outras vezes, Reborn foi direto ao banheiro, deixando o outro sentado no sofá do cômodo sozinho com seus pensamentos.

Hayato se surpreendeu que eu outro tivesse voltado tão rapidamente, e ainda mais quando viu uma pequena caixinha com uma cruz vermelha visível. Fez menção de se levantar, mas Reborn falou com um tom de voz firme:

– Fique aí mesmo.

– Certo. - Hayato gaguejou.

Nem tinha percebido, mas tinha fechado os olhos desde que o outro começou o tratamento. Mas bem o que esperar...? Todos que iam tratá-lo sempre o faziam de uma forma desleixada e, porque não, também perigosa a ponto de que ele quisesse fazê-lo por si mesmo.

– Você pode desistir de me acompanhar. - Reborn disse assim que começou a limpar a ferida.

– Claro que não Reborn-san! Fui eu que dei a ideia afinal de contas. É só que... Bem... Não acho consiga me acostumar não importa quanto tempo passe. É muito diferente de usar o anel da tempestade ou as bombas...

– Isso é o que se chama “sujar as mãos” Hayato. - Reborn explicou colocando o curativo na bochecha. - Espero que se lembre disso muito bem. Como braço direito de Tsuna você tem que garantir que ele mantenha esperança e não recorra a esses métodos por conta própria.

– Pode deixar comigo! E... Reborn-san...?

Gokudera abriu os olhos quanto sentiu que Reborn se afastava.

– Sim? - Reborn disse parando no meio do corredor.

– Você é muito bom em curar as pessoas. - Gokudera disse passando a mão no curativo em sua bochecha.

– Que absurdo! Percebe que está falando isso para o melhor hitman do mundo? - Reborn disse achando graça no comentário.

– Talvez seja por isso mesmo que você consegue encontrar bondade nas pessoas. Como no Décimo não é? - Gokudera disse com certa insistência.

– Tsuna não é bom, é só um idiota inútil. - Reborn retrucou com bom humor, como sempre ficava quando falava de seu aluno - Mas vou dar um crédito e dizer que ele faz o que deve ser feito na hora certa.

O que os unia era a expectativa de conseguirem aquele sorriso para si... Mas não era apenas isso.

Ambos padeciam do mesmo mal que era estar apaixonado por Sawada Tsunayoshi tanto espiritualmente quanto fisicamente.

Claro que não ouviu nenhuma confissão por parte do guardião da tempestade, mas era claro quando analisava por suas ações: as olhadelas furtivas que o mestiço lançava a seu chefe que eram tudo menos inocentes.

Reborn não ficava atrás.

Ou isso o era a princípio.

Se fosse a outro tempo, só de pensar o que o Sawada pudesse estar naquele momento assinando papéis em sua mesa, sentiria uma imensa vontade de ir à mansão da família e ir perturbá-lo.

Porém Reborn se fechou no banheiro sem pressa alguma e em ritmo similar tomou banho. Enquanto se secava com a toalha já reservada a ele pelo outro pensou um pouco no que teria acontecido para tal resultado de sentimentos.

Certo. Como percebeu que estava infeliz com o rumo que dava a sua vida, e sem perspectiva alguma de mudá-la - não era uma “paixonite” que iria fazê-lo sair dos trilhos, afinal era um mafioso, e o melhor do mundo - descobriu que Gokudera também partilhava de seu trágico destino e, com isso, o chamou para acompanhá-lo em suas missões.

Até chegar aquele ponto, onde apenas ver Gokudera Hayato se machucar, por conta própria devido à culpa o corroer, o afetar.

Vestiu um novo terno sendo que o mesmo modelo do anterior. Ajeitando a gravata diante do espelho riu mais uma vez. O comentário de Hayato realmente o havia pegado de jeito.

Ainda continuava uma criança, mesmo que fizesse tanto tempo que o conhecesse. Hayato nunca o viu curar ninguém até aquele dia! Não havia mesmo percebido nada peculiar?

Tsunayoshi estava em uma posição difícil para manter um relacionamento romântico além do convencional, e Gokudera estava apaixonado por Tsuna. E olha que ele sempre se considerou uma pessoa sortuda!

– Oh, bem na hora, Reborn-san! O Décimo mandou uma mensagem para você. Eu não li nada é claro.

Ah, claro. Reborn notou que seu celular não estava com ele, então devia tê-lo esquecido no carro. Não era muito comum isso acontecer. Reborn pegou o celular de Hayato - Tsuna devia ter ligado para ele, pois sabia que estavam juntos - e abriu a mensagem... E pela primeira vez na vida quase teve um infarto pelo susto que teve.

– O que foi Reborn-san? É algo grave? - Gokudera perguntou com preocupação pela expressão contrariada do outro.

– Eu vou matá-lo... - Reborn murmurou com um sorriso tão medonho que Gokudera sentiu um arrepio.

Na mensagem estava o seguinte:

“Não precisa trabalhar hoje Reborn. Vê se aproveita a vida e leva o Gokudera-kun para jantar ou algo assim. - Tsuna.”

E ao fim um “emotion” que expressava risada.

A intuição Vongola podia ser assustadora quando queria.

–... Que? O Décimo deu folga para gente? - Gokudera perguntou intrigado. - E quanto ao relatório da missão?

–... Quer jantar fora? Ou prefere ficar em casa mesmo? - Reborn perguntou ignorando tudo o que se relacionasse ao Sawada.

– Eu sou um desastre na cozinha... Mas o Yamamoto veio ontem mesmo e fez a janta... Deve ter sobrado um pouco...

– E eu tenho cara de quem come sobras?? Vamos a um restaurante de um conhecido meu. - Reborn disse terminando de digitar uma ofensa em italiano e enviando ao seu aluno ainda com o celular do outro em mãos. - E além do mais, é mais romântico assim.

– Mais o quê...? - Gokudera questionou com uma expressão espantada, provavelmente se perguntando se estava ouvindo direito.

– Vai se trocar, vou esperar lá fora. - Reborn disse ignorando mais uma vez o outro e saindo do cômodo.

Que repentino! Reborn bateu a cabeça no volante. Não acreditava que tinha se deixado provocar por aquele “pirralho” e agora estava fazendo o papel de “romântico”.

Aquilo não era nada demais, apenas mais um dia de combate. Um tipo diferente que necessitaria de um pouco mais de esforço de sua parte.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos, sugestões de casais ~crack se possível há!~ mandem que eu sou meio indecisa u3ú/ k



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