When we stand together escrita por carolinasoares


Capítulo 5
Despedidas


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado única e excluisvamente pro meu Eric-real. Ei babaca, eu te amo, feliz um ano adiantado



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Um ponto de vista diferente – Alex.

Eu ainda estava atordoado quando Katherine foi erguida no ar. Tudo em volta dela tornou-se vermelho, e eu tive certeza quem era o deus que a estava abençoando.

Quando ela voltou ao chão, pudemos ouvir uma voz, que para mim, era muito familiar.

“Bem melhor assim” disse o deus “use mais roupas do tipo querida, ficou uma graça, e cuide bem dessas belezuras em suas mãos, as segure na mesma mão, e aperte que virarão um belo colar, como o dos seus amigos, mas o seu realmente vai ter uma utilidade” Meu pai riu, e a voz sumiu.

Quando a fumaça se foi por inteira, vi Katherine de uma forma que nunca a tinha visto antes. Ela estava... perfeita, pelo menos ao meu ver. Sua roupa tinha mudado completamente, a saia que antes usava, fora substituída por uma calça jeans azul clara e bem colada; um coturno estava em seus pés, e por cima da camiseta laranja, havia uma jaqueta de couro.

Quando cheguei ao seu rosto, não tenho certeza, mas acho que tive um vislumbre avermelhado em seus olhos castanhos, agora contornados por sombra preta. Seus lábios estavam vermelhos e seu cabelo preso por um rabo de cavalo, e completamente liso, diferente das ondas que os dominavam normalmente. Ela segurava espadas duplas em suas mãos e elas eram lindas.

As espadas me lembraram o dia em que Ares me dera minha maça, há dois anos.

Kath estava com uma expressão que eu não sabia explicar. Me aproximei novamente dela, e quando o fiz, percebi James recuar um pouco, ele ia fazer a mesma coisa.

“Está tudo bem?” Perguntei. Ela balançou a cabeça negativamente.

Apertou as espadas na mão direita como meu pai a tinha ensinado, e elas se transformaram em um colar prata com um pingente com elas exatamente iguais as originais, mas em miniaturas.

“Eu preciso respirar um pouco” Eu assenti. Conhecia Kath muito bem, e sabia que não adiantaria em nada pressioná-la agora.

Ela saiu andando com o colar ainda na mão.

Logo que ela foi, vi Eric indo atrás dela. Meu sangue ferveu. Aquele garoto de novo não, ele não pode magoá-la de novo.

Eu devo ter ficado com cara de invocado, porque James veio falar comigo.

“Cara, o que aconteceu?” ele perguntou

“Eric aconteceu James. Esse garoto e Katherine juntos.. não, não dá certo. Já deu merda uma vez.” Respondi.

“Vish. O que aconteceu?”

“É uma parada bem pessoal, bem pessoal mesmo, se quiser saber a história certinha, pergunte pra ela. Mas basicamente um quebrou o coração do outro, ela mudou muito depois que toda a história aconteceu...” respondi “Ela, ela se fechou um pouco amorosamente, e ainda pensa muito nisso, eles não se falam há algum tempo, e muitas vezes ele é bem estúpido com ela”

“Mas que porra, que idiota quebraria o coração dela?” ele disse.

“Seu irmão” respondi.

Uma outra voz ecoou dos céus.

“Semideuses, o sétimo semideus da profecia será encontrado nessa madrugada em uma festa, em Los Angeles. A bênção que ele recebeu foi minha, e bem, é Hermes que está falando. Cada uma dessas bênçãos foi pensada especificamente para cada um de vocês, então façam bom uso delas. Boa sorte”

A voz se calou. Katherine precisa saber disso. Mas não vou atrás dela, se não vou fazer merda com aquele garoto lá.

Katherine

Saí do meio daquele mundo de gente e fui andando até a floresta. Depois de andar algum tempo, me sentei em um toco de árvore que havia ali, e observei o colar em minhas mãos.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, pensando mil coisas, mas percebi que alguém me observava e me levantei e rapidamente afivelei o meu colar no pescoço. Era Eric.

“Podemos conversar?” Ele perguntou

“Sinceramente não tenho mais nada para te dizer” eu respondi não com raiva, nem ironia ou sarcasmo, mas sinceridade.

“Mas eu tenho” Olhei para ele e esperei ele continuar a falar “Eu sei que o clima entre nós dois não está muito legal, há tempos, mas você vai partir em uma missão muito perigosa, e não gostaria que você fosse brigada comigo.”

Ele abaixou a cabeça com uma expressão tímida, olhou para os lados e depois olhou bem nos meus olhos. Aqueles olhos castanhos me aqueceram por dentro, porém não respondi nada, não por indiferença, mas eu simplesmente não sabia o que dizer.

“Só... me desculpe tá?” Ele disse, eu sorri e o abracei.

Por causa da minha altura, e por ele ser bem mais alto que eu, quando o abraçava e encostava a cabeça em seu peito, podia ouvir seu coração, e neste momento, ele martelava acelerado.

“Estou com medo” admiti, desencostei minha cabeça do seu peito e olhei para ele.

“Estou com medo por você. É arriscado Kath, Percy, Annabeth, Jason, até o Nico.. Estão todos em perigo e eles são semideuses muito, muito mais experientes que vocês.” Ele olhou nos meus olhos e segurou meu rosto “Não vai” ele disse “Por favor, fica aqui com a gente, fica aqui comigo.”

No momento em que ele disse isso, senti meu coração se despedaçando por dentro. Peguei as mãos dele que estavam em meu rosto e as segurei, desviei o olhar, eu não queria chorar ali.

“Eu... eu não posso Eric.” Eu abaixei a cabeça “Não posso deixá-los na mão, não posso. Eu não consigo, simplesmente não dá.”

“Você não quer, ou não pode?” Ele perguntou.

“Ambos.” Respondi “Pode chamar de orgulho de Dite, ou pela bênção que acabei de receber, mas além de amá-los demais para os deixar na mão e querer ajudar o Argo, eu quero me provar também, entende? Eu recebi o aviso da maior filha de Afrodite da história desse lugar, e ela era minha irmã e veio a mim, não a Gabbe, Drew, Emma, Luc ou a própria Zoey. Mas a mim, ela veio a mim. Eu preciso fazer isso.”

Não sei em que momento da minha resposta eu comecei a chorar, mas Eric soltou uma das mãos, a outra eu ainda segurava firmemente, e passou o dedo gentilmente no meu rosto.

“Não chore Kath” ele me abraçou de novo “Só... toma cuidado okay?”

Eu balancei a cabeça, a encostei novamente em seu peito e ouvi seu coração acelerado. Aquele som me acalmava, e durante algum tempo, me concentrei nele e tudo ao meu redor sumiu.

Nós ficamos mais algum tempo ali, conversamos mais um pouco até que decidimos voltar para onde nossos amigos estavam.

Logo que chegamos, vi algumas pessoas vindo em nossa direção. Lina era uma delas.

“Vocês fizeram as pazes?” ela perguntou com os olhinhos esperançosos. Eu ri.

“Sim” no momento em que disse isso ela deu um salto como se pensasse ‘yeeeah’ e nos abraçou “Claro, o que entrar em uma missão super perigosa e quase.. suicida não faz?” Eu brinquei e olhei para ele. Ele sorriu de canto, maldito. Ele sabia que eu adorava aquele meio-sorriso.

Logo atrás de Lina, vieram Anne, Clary, Luc.

Conversei um pouco com eles, os mesmos me desejaram sorte na missão. Enquanto continuávamos conversando, Peter saiu correndo de perto de alguns garotos do chalé 11 e veio até nós.

“Kath, Kath” ele chamou. Eu esperei ele chegar até mim “Depois que você saiu, outro deus falou conosco, mas acho que você não escutou.”

“Di immortales! Que deus? O que ele disse?”

“Meu pai” ele sorriu orgulhoso ao dizer isso “Ele disse que esse turbilhão de bênçãos, que geralmente são raras, foram para mostrar que eles estão do nosso lado, e que cada bênção foi pensada especificamente em cada um de nós. E... ele também disse que o sétimo semideus recebeu a bênção dele, e algo relacionado a uma festa. Que vamos encontrá-lo numa festa, hoje de madrugada.”

“Obrigada meus deuses” Agradeci olhando pros céus “Agora pelo menos temos alguma ideia de onde vamos encontrar ele. E ele está com um colar com um caduceu, é óbvio.”

“Sim” ele disse e sorriu.

“Petter, que horas a gente vai sair? Quíron disse algo? E como a gente vai?”

“Vamos sair daqui a pouco, e provavelmente de ônibus, metrô, eu sei lá”

Alguma garota do chalé 6 o chamou, e ele foi até ela, conversei um pouco com o pessoal, então fui falar com outras pessoas.

Caminhei um pouco sobre o amontoado de rostos que conhecia. James chegou perto de mim.

“Ei” olhei pra ele e sorri.

“Oi” respondi.

“Está tudo bem?” ele perguntou.

“Agora sim, e você?”

“Eu to meio atordoado com isso tudo. É muita coisa pra minha cabeça, e ainda tem um monte de gente com quem nunca falei que tá vindo falar comigo.”

Eu ri e o abracei, a gente andou um pouco no meio daquelas pessoas todas, alguns desejaram boa sorte na nossa missão.

Deu tempo de me despedir de todos meus amigos, e muitos semideuses com quem não tinha contato, também vieram desejar sorte. Até Sue, desejou que eu “quebrasse a perna” oh, esses filhos de Dionísio.

Fui até o chalé e peguei minhas coisas. Abracei cada um do meu grupo de amigos novamente. Henry, Emma, Clary, Anne, Luc, Rick, Tarik, Luiza, Lina. E então Eric me abraçou, muito demoradamente e sussurrou em meu ouvido.

“Volta, por favor”

“Eu prometo Eric, prometo que vou me cuidar, e prometo que volto ok?” sussurrei de volta.

“Okay, eu te amo Katherine. Não esqueça disso.” Eu sorri e nós nos soltamos.

“Beijo meus amores, nós te amamos”

Dizendo isso, virei as costas, não olhei pra trás, isso tornaria tudo mais difícil. Então segurei a mão de Alex, e juntos, eu, ele, Peter, Zoey, James e Kaya saímos do acampamento.

A rodoviária estava cheia. Compramos nossas passagens e entramos no ônibus. Em algum momento da viagem, dormi no ombro de Alex.

Quando ele me acordou, estávamos em Los Angeles, o sol já estava se pondo. Precisávamos encontrar a festa certa, em L.A., e encontrar nosso semideus nela. Claro, tão fácil quanto achar uma agulha no palheiro.

“Como vamos achar a festa certa, em uma cidade como Los Angeles?” James disse exatamente o que eu estava pensando.

“Eu não sei, mas precisamos primeiro trocar de roupa, se chegarmos uniformizados desse jeito na festa vão pensar que somos retardados.” Disse Zoey.

“Ela tem razão” concordei “vamos pro banheiro”

Eu e as garotas fomos pro banheiro feminino, os guris foram pro masculino. Encontrei na minha mochila a saia preta que estava usando de manhã, antes de receber a bênção. Peguei minha camiseta branca e coloquei isso mesmo, continuei com meu coturno. Coloquei a jaqueta de couro por cima, porque provavelmente ia fazer o maior frio mais tarde.

Peguei meu batom vermelho, meu lindo e companheiro eterno, e retoquei a maquiagem. As garotas saíram de suas cabines. Kaya estava com uma calça clara e uma regata prata, tinha nos pés uma sapatilha. Zoey estava com um vestido rosa e uma sapatilha dourada.

“Como assim você trouxe um vestido pra uma missão?” Kaya perguntou

“Uma Dite está sempre pronta para o mundo fashion.” Nós três rimos.

Saímos do banheiro e os meninos estavam esperando do lado de fora. Os três continuavam com as mesmas roupas, com apenas camisetas diferentes. Azul, roxa e vermelha. James, Peter e Alex, respectivamente.

“Wow” James exclamou “Como vocês conseguem estar tão bonitas no meio de uma missão?”

“Precisamos nos enturmar certo? E Dites sempre estão prontas e fashions” Eu e as meninas rimos e os garotos nos acompanharam.

“Ok, ok, vocês estão lindas, agora peguem isto” Alex disse e jogou uma chave pra mim “E coloquem as mochilas nos armários” ele apontou alguns armários ‘guarda-volumes’ no canto da rodoviária. “Peter conseguiu a chave pra gente”

Kaya pegou a chave e colocou nossas mochilas dentro. Desafivelou o colar e colocou ela na corrente.

“Não podemos perder isso aqui” ela disse.

“Okay. Vamos em busca de uma festa” disse Peter.

Estávamos andando na rua há muito tempo, o céu já estava escuro e eu já estava começando a ficar com frio e cansada de tanto andar, quando pensei alto.

“Oh Hermes, Zeus, Afrodite, Atena, sejam lá quais forem os deuses que possam nos ajudar nisso, por favor, uma dica de qual festa é.”

Assim que disse isso, um folheto que estava caído no chão saiu voando, e foi parar na cara de Peter. Ele pegou o papel e leu.

“Obrigado senhor” Ele disse. “É de uma HP de hoje.”

“Me empresta esse folheto aqui” disse Zoey, que morou em L.A, pegando-o “Sei onde fica. Não é longe, vamos.”

Era uma casa enorme. Quando entramos, fiquei meio zonza. O cheiro lá dentro era forte, muitas luzes piscavam e o som estava absurdamente alto.

“Vai ser difícil achar o garoto aqui” disse Alex

Os outros garotos começaram a falar junto com ele e eles estavam quase discutindo.

“E tem jeito melhor de descobrir quem é o garoto que não dançando, olhando por ai e se enturmando?” Eles ficaram quietos “Vamos nos separar, peguem copos e finjam que são como eles. Eu vou pra pista de dança.” Deixei-os onde estavam e peguei um copo na mesa e enchi de alguma bebida que eu nem fazia ideia do que era. Mas era azul, homenagem ao Percy.

Fui até a pista de dança, uma bola daquelas que refletem a luz e ficam girando estava no teto, alguma música agitada tocava, aproveitei o momento para descarregar toda minha tensão dançando. Enquanto dançava, prestei atenção nos garotos do lugar. Nenhum me pareceu realmente quem procurávamos.

Fiquei algum tempo ali, até que percebi que um guri me olhava descaradamente. É, é isso mesmo queridos, as garotas sempre percebem quando vocês estão olhando, elas podem se fazer de tontas, mas elas sempre veem.

Ele era alto, muito alto. Era moreno, seu cabelo era cortado bem curto e ele tinha olhos penetrantes. Usava uma camiseta vermelha de manga comprida e um jeans preto. Ele continuou me encarando, e eu resolvi encarar de volta.

Depois de algum tempo assim, ele desviou o olhar e então eu voltei a dançar. Não tinha encontrado nada de útil, e fui até o banheiro, que era enorme, o dono da festa deve ser podre de rico. Logo que entrei, a porta se abriu novamente. A pessoa que entrou, a trancou.


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Notas finais do capítulo

Abigos, queria dizer que estou preparando um negocio bem legalzinho pros próximos capitulos, aguardem ~olhinhos marotos e lua nigga do wpp~ adios



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