O Verdadeiro Romance Entre Nós escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 55
Capítulo 55 - Adolescência


Notas iniciais do capítulo

Hoiiii! Hoje vocês vão tomar um baita susto! Divirtam-se! Espero que gostem.



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POV America

Os gêmeos fizeram doze anos a uma semana atrás. Eles já aceitavam melhor a ideia de uma Seleção, mas apesar de minha insistência, Katrina ainda está caidinha por Harry e passava todos os dias ao seu lado. Ethan também era um teimoso, ele continuava a se corresponder com Adelaide, e suas cartas eram cada vez mais românticas. Malcolm decidiu aprender a tocar bateria, como todos os meus filhos, ele escolheu algo voltado à música. Amberly era a minha princesinha, ela já sabia andar e falar graças à governanta de Katrina, que agora ensinava todos os meus filhos. Além de meus filhos, convidei May e sua família para passarem esta semana conosco, para conhecermos sua filinha, Meredith. Ela era uma gracinha, tinha os cabelos loiros de Ernest e os olhos azuis de May, assim como Katrina. Quando ela chegou ao palácio foi uma alegria só, minha mãe feliz com o primeiro filho de sua menina caçula, meus filhos com sua priminha, eu com minha sobrinha. Essa visita me fez pensar em Kenna, Astra, James e Gerard, que agora estava com vinte anos. Era impressionante como o tempo passava rápido, parecia ontem quando eu brincava de boneca com May e de futebol com Gerard. Agora os meus irmãozinhos já estavam crescidos, namorando e casados, com filhos. Às vezes lembrar-me do passado é doloroso, pois na maioria de minhas lembranças meu pai está presente, mas então, eu me lembro do quão feliz ele foi junto a nós, da quão boa foi sua vida apesar de ser na pobreza. E era isso que me dava vontade de levantar da cama todos os dias, a boa vida que temos, nossas memórias, nossa felicidade, tudo o que é de mais importante na vida.

May estava cansada esta tarde, então me ofereci para cuidar um pouco de Meredith enquanto ela e Ernest descansavam em seu quarto. Meredith era muito silenciosa, se não fosse por seu peso, eu mal a notaria em meu colo. Decidi fazer um passeio relaxante no jardim. Eu passava vagarosamente perto das roseiras, das sempre-vivas e das margaridas. Meredith sorriu ao ver que uma borboleta se aproximava de nós. Era uma linda borboleta, ela possuía as cores azul e amarelo, e parecia que as cores dançavam em suas asas. Ela voou vagarosamente até nós e pousou no nariz de Meredith. Ela parou por um instante e olhou fixamente para seu nariz. eu não ousei me mover, para não assustar a pequena borboleta. Meredith voltou a se mover, gargalhando e espantando a borboleta. Ela sorriu ao vê-la voar e pareceu dar até um tchauzinho. Abri um largo sorriso com a cena e voltei a andar pelo jardim. Eu parava algumas vezes para ninar Meredith e fazê-la gargalhar, não havia coisa mais gostosa que risada de bebê. Até que um momento, ela começou a chorar. Eu tentei niná-la e chequei sua fralda, mas ela não parava, então entendi que ela estava com fome. Andei apressadamente até o quarto de May e bati na porta apressada. A porta logo se abriu e uma May com a cara toda amassada apareceu. Ela logo notou que Meredith estava chorando e a tomou de meu colo. Ela tentou niná-la também, mas logo avisei que ela estava com fome. May assentiu e se sentou calmamente em um sofá dentro de seu quarto. Ela retirou um de seus seios de dentro do vestido e colocou a boquinha de Meredith em seu bico. Ela sugava com vontade, ela realmente estava com fome. Olhei para a cama e notei que Ernest lançava um olhar apaixonado a May. Ela nem notava, estava olhando atentamente para Meredith. Sorri com aquilo e me despedi, retirando-me.

Eu andava calmamente pelos corredores quando ouvi um gemido de dor. Fui rapidamente em direção ao gemido e lá estava Katrina, se contorcendo no chão, com Harry ao seu lado desesperado.

– O que aconteceu? – eu perguntei a Harry.

– Eu não sei! Estávamos conversando e de repente ela começou a se contorcer. – notei o desespero em suas palavras.

Não pensei duas vezes e peguei no colo. Corri até o quarto de Katrina, com Harry logo atrás de mim. Depositei-a vagarosamente em sua cama e notei que ela relaxou um pouco. Harry estava ofegante ao meu lado. Sorri em saber que ele estava acompanhando-a e que se preocupava com ela.

– Filha, o que está sentindo? – eu disse, me agachando ao lado de sua cama.

– Dor...no ventre. – disse ela pausadamente, gemendo de dor. Me virei a Harry e o pedi para chamar Maxon.

– O que exatamente aconteceu? – eu lhe perguntei.

– Estávamos conversando, como Harry disse, e eu comecei a sentir um pouco de dor, mas estava aguentando. Até que em um raio de tempo, a dor piorou muito e em cai no chão. Ele tentou me ajudar, mas não sabia o que fazer. – disse ela, um pouco mais calma.

– Está melhorando?

– Ficar deitada ajuda. – disse ela, com um sorriso fraco. Quando me virei, Maxon chegou correndo e ajoelhou ao meu lado. Notei que Ethan veio logo atrás e estava ao lado de Harry.

– O que aconteceu? – perguntou Maxon.

– Ela está com uma dor muito forte no ventre. Eu não sei o que é. – respondi.

– Vou chamar o médico. – disse ele, e saiu do quarto de Katrina. Eu comecei a fazer carícias em seu cabelo, e notei que cada vez ela relaxava mais e mais.

– A dor está diminuindo? – lhe perguntei.

– Sim, aos poucos. – me respondeu. Maxon logo chegou, com o médico atrás de si. O doutor me pediu para me afastar um pouco para ele poder examiná-la. Depois de um checape, ele nos chamou no corredor.

– Majestades, a princesa já tem seu ciclo menstrual? – ele perguntou, casualmente.

– Não. Por quê? – respondi, estranhando.

– Bem, ela pode ter comido algo que lhe fez mal, ou pode estar com fortes cólicas. – respondeu. – O bom é que ela passe o dia de repouso e sem fazer muito esforço. Também aconselho comer alimentos mais líquidos, como sopas e caldos.

– Obrigado, doutor. – disse Maxon, apertando a mão do homem.

– Maxon. – eu disse após a saída do médico. – Não comente sobre a menstruação com Katrina, ela pode acabar se apavorando. Se ela perguntar, diga que pode ser algo que ela comeu. – disse e ele assentiu. Entramos novamente no quarto de Katrina e ela olhou curiosa para nós.

– O que tenho? – ela perguntou.

– Provavelmente foi algo que você comeu. – disse Maxon.

– terá que passar o dia repousando, mas não se preocupe, eu passarei o dia com você. – eu disse com um sorriso, e ela sorriu de volta.

Passei o dia inteiro com Katrina, como havia dito. Eu li várias livros para ela, servi seu almoço, conversamos muito, toquei um pouco de piano para ela, já que ela tinha um no quarto. No fim da noite ela já se sentia bem melhor. Mandei-a tomar seu banho, enquanto eu ficaria esperando-a em sua cama. Ela assentiu e entrou no banheiro. Logo depois, ouvi um grito eclodir de lá de dentro. Corri até o banheiro, assustada. Quando abri a porta, Katrina estava sentada no vaso sanitário, nua. Me aproximei dela.

– Qual o problema, filha? – lhe perguntei. Ela estava com os olhos vermelhos de tanto chorar e me apontou o vaso. Pedi-a para se levantar, e quando o fez, eu finalmente percebi. Estava cheio de sangue. Eu me virei para ela, que estava em pânico e sorri docemente.

– O que houve? Eu estou muito doente? – ela me perguntou.

– Não, filinha. Você apenas não é mais uma menininha, você já é uma mocinha. – eu lhe disse, sorrindo. Ela me levantou o olhar, curiosa.

– Como?

– Você teve sua primeira menstruação. Isso é normal, toda mulher tem sua primeira. É a partir dela que você já pode engravidar. Mas a senhorita só tem a permissão de engravidar depois de seu casamento! Agora você vai ter isso todos os meses, e com o tempo, a dor vai ficando menor.

– Então...você também tem isso? – ela me perguntou esperançosa. Rir um pouco.

– Claro filha! Eu, sua avó, sua tia May, sua tia Kenna, todas as mulheres tem. – eu lhe respondi e ela ficou aliviada.

– E vai durar quanto tempo?

– A primeira vez não tem um número certo de dias. Mas depois que ele se regularizar é de três a quatro dias. E durante esses dias, você terá que usar uma coisa chamada absorvente. Ele que vai impedir que o sangue vá para sua calcinha e não te molhe.

– Tudo bem, eu acho. – disse ela, meio abobada.

– Oh, meu bebezinho já não é tão pequena! – eu disse abraçando-a e fazendo um pouco de graça. Ela riu e nos afastou.

– Obrigado por esclarecer tudo! Agora, permita-me tomar meu banho? – ela disse ainda sorrindo.

– Claro, e lembre-se, qualquer coisa, qualquer problema, eu estou no quarto a frente. – eu lhe respondi, com uma piscadela.

– Tudo bem – me respondeu sorrindo.

Me retirei de seu quarto e comecei a caminhar me direção ao meu. Maxon estava acordado, andando em círculos. Eu ri de seu estado, e notando que eu estava no quarto, ele correu até mim.

– O que houve? Ela está bem? – ele me perguntou.

– Claro. Apenas não é mais uma criança, sua princesinha já é uma mocinha! – eu disse, surpreendendo-o.

– Ah céus! Minha menininha. – disse ele, passando as mãos no cabelo. Eu ri um pouco dele e depois me aproximei mais.

– Calma, lembre-se que você tem duas filhas. Vai passar por isso novamente. – eu lhe disse, com um sorriso de lado.

– Como eu irei aguentar? – disse ele, rindo no final.

– Basta seguir a mestra. – eu lhe disse, apontando para mim.

– O que seria de mim sem minha mestra? – disse ele sorrindo, e me beijando logo em seguida.

Os meus filhos estavam crescendo. Eles agora são adolescentes. Essa não, já imagino as confusões que terei que resolver por conta de alguns malditos hormônios.


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Notas finais do capítulo

Assustaram? Poisé minha gente, adeus Katrina criança, e olá Katrina adolescente! Espero que tenham gostado. Até amanhã! Bjs



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