POV America

Estávamos livres. Estávamos em paz. A minha primeira reação foi perguntar o porquê, mas nem Maxon sabia me responder. Isso me soava estranho. Daphne criou esta guerra por causa de um amor perdido, e que eu saiba, nenhuma mulher a ponto de criar uma guerra por algo assim supere tão rapidamente. Mas, mesmo assim, tentei me sentir feliz, afinal dois de nossos empecilhos foram retirados de nosso caminho. Maxon me ergueu no ar e depois de beijou. Quando me desceu, eu continuei a beijá-lo. Nosso beijo começou a ficar mais intenso e pude sentir suas mãos passeando por minhas costas nuas. Comecei a acariciar seus pelos na nuca e o senti arrepiar. Sorri durante o nosso beijo, fazendo-nos abrir os olhos na mesma hora, mas fechando logo em seguida. Senti ele me empurrando de leve em direção ao sofá, não resisti e o puxei pela gravata até lá, fazendo-o rir abafado. O virei e o joguei de no sofá. Sentei em seu colo e continuamos a nos beijar. Ele pôs a mão na alça do meu vestido e não o impedi quando ela a fez cair sobre minhas costas. Eu desatei o nó de sua gravata e a joguei a trás de mim, não me virando para conferir aonde tinha jogado. Tirei seu paletó e o joguei ao lado. Ele abaixou a outra alça, o que fez a parte de cima do vestido descer até a minha cintura, revelando meu sutiã. Levantei-me, tirei o vestido rapidamente enquanto ele tirava a sua calça. Voltei para ele e comecei a desabotoar a última peça de roupa que separava minhas mãos de seu abdômen. Já estávamos ofegantes e um pouco descabelados, mas não me importei. Ele me deitou no sofá e ficou em cima de mim, apoiado nos cotovelos, e começou a beijar a minha nuca, arrancando pequenos gemidos de minha boca. Eu me aproximei de seu ouvido e sussurrei.

– Vamos fazer isso aqui?

– E há lugar para amar a sua esposa?

– Sim, se chama quarto.

– Tudo bem. – disse ele, se levantando.

Primeiramente não entendi, mas logo percebi suas intenções. Ele me pegou no colo e colocou o vestido sobre o meu corpo. E saiu do escritório. Eu comecei a dizê-lo para me soltar, afinal alguém poderia nos ver naquela situação deplorável.

– Se eu fosse você falava mais baixo. Aí sim eles vão nos descobrir. – disse ele, se aproximando de meu ouvido.

Quando viramos no corredor demos de cara com Marlee. Ela parou abruptamente e olhou atentamente para nós. O divertimento era perceptível em seus olhos e em seus lábios.

– Fui nos quartos dos filhos de vocês, mas, aparentemente, vocês estão muito coupados. – disse ela com as mãos na cintura.

– Exatamente. – disse Maxon.

– Então, eu não vi nada aqui. Até. – disse ela, passando reto por nós.

A esta altura eu já estava completamente corada de vergonha. Maxon apressou o passo até o nosso quarto, girou a maçaneta desajeitadamente e fechou a porta com o calcanhar. Ele praticamente me jogou na cama e jogou-se em cima de mim. Ele voltou a me beijar, mas logo desistiu da ideia e se voltou para o meu corpo. Eu me enfiei de baixo das cobertas e ele foi atrás de mim. Eu tirei sua cueca Box rapidamente enquanto ela fazia o mesmo com o meu sutiã e com minha calcinha. Ele me abraçou, ainda em cima de mim e começamos. Senti todo o meu corpo relaxar, mais do que já estava, e fundir-se ao corpo de Maxon. Eu queria ele. Eu queria ser dele. Eu queria ser possuída por ele. Todos os meus desejos e sonhos, eram com ele. Naquele momento percebi o quanto ele era importante para mim. De todas as pessoas que eu possa imaginar em estar ao meu lado, apenas Maxon vem a minha cabeça. Eu virei o meu rosto em direção ao dele e o beijei. Mas um beijo mais terno do que os anteriores.

Cerca de meia hora depois, nós já estávamos em cima das cobertas, completamente suados e ofegantes. Me virei para ele ao mesmo tempo que ele virou para mim.

– Eu.Te.Amo – disse ele, pausadamente.

– Eu.Também.Te.Amo. –respondi, com um sorriso.

Ele se levantou e me puxou pela mão em direção ao banheiro. Quando chegamos lá, ele trancou a porta atrás de si e ligou a torneira da banheira. Ele entrou mesmo sem a banheira estar completamente cheia e me convidou a juntar-me a ele. Me sentei entre suas pernas, e ele começou a beijar de leve o meu pescoço. Fechei a torneira, que agora estava mais perto de mim, e voltei ao meu lugar. Seus beijos começaram a ficar mais forte e molhados, até a hora que me virei e o beijei. Ficamos mais um tempo assim até a hora que eu decidi sair da banheira e vestir o meu robe.

– Por que amor? Estava tão bom. – disse ele, com uma voz melosa.

– Caso você nãosaiba, eu tenho dois filhos lindos e eles tem certas necessidades eu preciso atender. – disse, em um tom desconhecido por mim até agora. Deve ser um tom mais maternal.

– Ah, você tem dois filhos? Que coincidência, eu também! – disse ele, fazendo ambos rirmos.

Ele saiu logo atrás de mim e vestiu seu robe também. Fui até o quarto de Katrina, que dormia docemente e a fiquei observando por um tempo. Como ela era a perfeita junção de nós dois. Ela possuía a minha doçura no rosto e os cabelos e olhos de Maxon. Sorri com aquilo e fui ao quarto de Ethan. Ele, ao contrário da irmã, estava muito bem acordado. O peguei no colo e notei seus traços também. Ele tinha o rosto duro, porém jovial, de Maxon e meus cabelos e olhos. Encontrei um ursinho na cômoda de seu quarto e comecei a brincar com ele. Com o tempo percebi que Maxon não estava ali e fui ao quarto de Katrina novamente checar se Maxon não estava lá. E lá estava ele, brincando com Katrina com um ursinho semelhante ao que eu brincava com Ethan. Sorri e me aproximei. O beijei rapidamente e nos juntos em um abraço em família, com os bebês no colo. Depois que nos afastamos, ambos começaram a chorar, e nós não entendíamos o porque. Até que Katrina ergueu os bracinhos em minha direção, pedindo colo, e Ethan fez a mesma coisa em direção a Maxon. Nós sorrimos e trocamos de bebês, que ficaram sorridentes logo em seguida. Deixei Katrina com Maxon um pouco e fui trocar de roupa. Quando voltei, ela estava chorando, mas parou e abriu o maior sorriso quando me viu. Aparentemente, ela herdou a minha manha. Maxon também trocou a sua roupa logo depois que eu voltei. Colocamos roupinhas de passeio nos bebês e o levamos para dar uma volta no jardim. Eles ficaram maravilhados ao ver as plantas, ao sentir o aroma das flores, ao sentir o calor do sol. Nos sentamos no nosso banco e ficamos olhando o por do sol. Quando o sol finalmente se foi, Katrina levantou o bracinho e o mexeu de um lado para o outro, como se estivesse se despedindo.

Espero ainda ter muitos por dos sois para ver com meus filhos. Muitos.