O Verdadeiro Romance Entre Nós escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 33
Capítulo 33 - Não Mexa Com Minha Família, Que Mexe Comigo


Notas iniciais do capítulo

Hoooi! Como hoje é segunda, eu estou de rage, então o capítulo está a mil! Espero que gostem!



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POV Maxon

Senti a respiração de America ficar mais calma e a de Katrina também, então me dei um tempo para pensar. Como Kriss pôde ser tão baixa? O meu filho. O meu pequeno bebê partiu. Eu tinha certeza que America iria atrás dela assim que acordasse, mas eu tinha medo do que poderia acontecer. Ela havia acabado de ter filhos e de acordar de um coma, ainda estava fraca. Eu tentaria impedi-la mesmo sabendo que era em vão. Ela tentaria ir atrás de nosso filho e todo custo, e eu estaria ao seu lado. O meu único medo era Katrina. Não podíamos levá-la para a batalha, mas era incerto e inseguro deixá-la no palácio, com a mãe de America. Decidiríamos isso depois, mas eu não tinha mais nada para fazer. Eu com certeza não pregaria os olhos a noite inteira, provavelmente America conseguiu pois chorou muito, e o choro nos impulsiona a dormir. Katrina era só um bebê, ela basicamente passava boa parte do dia dormindo e ela mal devia estar entendido o que está acontecendo.

Passei a noite pensando em vários e vários planos de resgate, mas em todos eu encontrava uma falha. Até que a respiração de America se tornou mais rápida e recorrente, e eu sabia que ela acordara. Ela fez o possível para se levantar e deixar Katrina na cama, mas ela se agarrara em seu braço durante a noite e não dava evidências de querer largar o braço da mãe. America sorriu um pouco. Seus olhos estavam inchados e grandes bolsas os envolvia. Apesar de eu não ter dormido a noite e ter me torturado com as possibilidades de o que Kriss havia feito com Ethan, creio que America sofreu muito mais em seus sonhos. America se levantou com Katrina em seus braços e a levou até um berço, que passou despercebido do meu olhar até agora. A colocou lá dentro e no lugar de seu braço a fez abraçar um travesseiro com a mesma forma ereta de seu braço. Ela se virou para mim, tentou pentear os cabelos desgrenhados com os dedos longos e finos de sua mão, mas falhou miseravelmente. Eu me levantei e dei uma passo em sua direção. Ela parecia a ponto de desabar e eu cheguei a tempo de agarrá-la pelos braços antes de ela se jogar no chão, chorando. Ela se aconchegou em meus braços e chorou pelo que pareceu uma eternidade. Eu acariciava seus cabelos e várias vezes ela parecia parar de chorar, mas logo depois voltava. Um tempo depois, ela se levantou abruptamente, inclusive me assustando, e me beijou. Me assustei um pouco mas logo depois retribuí. Ela deveria estar destruída por dentro, America nunca me agarraria assim, sem mais nem menos. Fomos interrompidos por um choro. America logo se levantou e foi em direção ao berço. Ela trouxe Katrina nos braços, com um sorriso no rosto e a ninou um pouco. Porém, ela não parava de chorar. Logo deduzi que seria por fome, mas America foi mais rápida e lhe ofereceu o seio, que ela mamou de bom grado. Logo depois, America a fez arrotar e logo em seguida ela riu. Ela me entregou Katrina e fiquei completamente atônito. Eu ainda não havia encostado em minha filha, era evidente o afeto que ela tinha pela mãe e o desprezo pelo pai. Era a mesma coisa com Ethan, porém vice-versa. Aconcheguei-a em meus braços, como America fazia, mas foi impossível. Ela não parava de chorar e o divertimento no rosto de America era evidente. Mas eu não aguentava mais ver minha filha chorar e a entreguei a bebê, que parou de chorar no instante que se sentiu acolhida novamente nos braços da mãe. Até um sorriso foi possível se observar em seu rostinho de pêssego assim que olhou nos olhos de America.

Ficamos algum tempo assim, só observando o fruto de nosso amor por um bom tempo. Mas um tempo depois, as portas foram destrancadas e um guarda veio ao nosso encontro logo em seguida, nos perguntado se estávamos bem. Só concordamos com a cabeça e ele seguiu correndo pelos corredores do palácio. Voltamos calmamente ao nosso quarto, que estava completamente revirado. Um dos berços estava completamente destruído, nossa cama estava cheia de destroços das prateleiras repletas de livros que antes compunham parte da decoração de nosso quarto, não mais. Pude perceber o pânico evidente nos olhos de America e tratei de logo tirá-la dali. Sugeri que procurássemos sua mãe, Marlee e os outros, e ela aceitou, ainda meio paralisada pela visão de nosso quarto. Seguimos calmamente pelos longos corredores do palácio, constatando toda a destruição criada pelos sulistas. Quadros rasgados, paredes escritas com coisas completamente aterrorizantes, tapetes cortados e destroços que coisas quebradas no chão. Eu só constatava America encolhendo mais e mais, como que quisesse se esconder. Eu estava estranhado, afinal nunca a vi desta maneira. Acho que o trauma de ter o filho roubado a fragilizou um pouco. Passamos pelo esconderijo perto da cozinha e avistamos Marlee, a mãe de America, Carter e Harry lá dentro. America correu em direção a mãe, que ao notar que um furacão vermelho se movia em sua direção, prontamente se levantou, com lágrimas nos olhos, e a abraçou levemente, para não assustar Katrina. Eu fui cumprimentar Carter e Marlee, que também pareciam temer por seu Harry. Pude ouvir a voz falha de America e fui até ela.

– America, aonde está o meu neto? – indagava Magda ( eu não me lembro o nome dela pessoal, mas se não me engano é esse)

America caiu no choro, chamando a atenção de Carter e Marlee.

– Eles o levaram. – ela disse suavemente, tão baixo quanto um sussurro.

– Mas quem? Por quê? – disse Magda, desesperada.

America se levantou, limpou as lágrimas e ficou vermelha. Eu reconhecia aquela expressão. Ela estava com raiva, com instinto de vingança.

– Kriss. Uma ex selecionada, que só descobrimos ser sulista algum tempo depois.

Marlee se espantou e aconchegou sem rosto no ombro de Carter, com Harry aos braços. America deu Katrina para mãe, que a pegou desajeitadamente mas logo a segurou direito. America saiu do recinto, pisando duro. Ela foi até a sala de armas, que, incrivelmente, estava intacta. Logo escolheu duas espadas e jogou uma para mim, perfeitamente.

– Preciso que você me treine.

– Mas Meri, você...

– Você sabe o que eu quero, e eu vou fazer isso com minhas próprias mãos! – gritou ela, me interrompendo.

– Tudo bem. – disse me sentindo derrotado – Mas a senhora não pode fazer isso com esse longo e belo vestido. – eu disse com um sorriso no rosto.

Em um corte certeiro, America cortou seu vestido logo a cima do joelho, em toda sua extensão, com nenhuma irregularidade. Me impressionei. Nunca imaginei minha mulher como uma espadachim, quem me dera uma boa espadachim.

– Começamos agora. – disse ela.

Comecei com alguns golpes leves, que ela logo desviou e começou a me atacar com força. Aumentei o nível de meus golpes, mas ela continuava a desviá-los e a me atacar. Até o momento que ela envolveu sua espada na minha e a tirou de minha mão. Eu estava ofegante, com gotas de suor me descendo o rosto, enquanto era apenas possível se ver uma gotícula de suor brotando de sua pele nela.

– Desde quando você sabe lutar? – perguntei, com a voz falha pelo cansaço.

– O que você acha que eu fazia antes, quando você tinha reuniões e mais reuniões? – disse ela, com um sorrisinho no rosto – Tudo o que Aspen sabia, ele me ensinou.

Me aproximei dela toquei suas mãos, a fazendo soltar a espada.

– Se você foi treinada por um de nosso soldados, não terei muito trabalho. – eu disse, quase como um sussurro.

– Assim espero. – disse ela, e me beijou.

A batalha estava travada e Kriss deu o primeiro tiro. Que ela não enfrentasse America. Para seu bem próprio, pois de hoje em diante, eu não vejo America como minha doce e pouco sutil esposa, mas como uma máquina mortífera sedenta por sangue. Mas por apenas o sangue de uma única pessoa.


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Notas finais do capítulo

Ohhhh! Só eu que estou vendo as tretas que a Kriss vai ter que enfrentar? Espero que tenham gostado! Até amanhã. Bjs