Finalmente, grávida! E acreditar que eu passei o primeiro mês inteirinho sem saber era excruciante. Mas agora, tudo estava bem. Eu estava entrando em meu segundo mês de gravidez, Marlee já estava com sete meses e extremamente gorda, e Nicoletta já estava na metade do segundo mês. Eu cheguei a pensar em convidar Nicoletta para ficar uns tempos no palácio e dividir suas inseguranças conosco, mas eu sabia que agora era um momento de privacidade entre ela e seu noivo. Da mesma forma que era entre eu e Maxon. Ele só trabalhava até o começo da tarde e reservava o resto do dia para mim. Eu não conseguia me segurar de felicidade. Estar grávida já me fazia feliz, agora, gêmeos?!? Me deixava louca! Eu ficava imaginando se seriam dois meninos, duas meninas ou um casal. Eu mal podia esperar para chegar logo ao quarto mês e descobrir. Mas junto com a gravidez, veio a preocupação. Eu perdi meu último filho por causa de um envenenamento e faríamos o possível para que eu tivesse a gravidez o mais saudável possível. Então, decidimos que eu teria uma cozinheira particular e de minha total confiança. Minha mãe. Depois de contarmos ao reino sobre a minha nova gravidez, minha família tratou de vir ao palácio o mais rápido possível. Depois de contarmos o verdadeiro motivo de eu ter perdido o bebê, minha mãe se ofereceu para cozinhar para mim. Aquilo me deixou feliz, de saber que minha mãe se importava comigo e que ainda pensávamos exatamente igual.

A comida de minha mãe não era tão sofisticada quanto a que me acostumei a comer no palácio, mas me fazia lembrar de casa, da minha vida simples e do meu pai. Eu nunca ousei dizer isso em voz alta, mas eu ainda sentia muitas saudades do meu pai. Estávamos almoçando, Maxon ao meu lado me fazendo carícias na mão, quando algo me veio a mente. Antes da minha primeira gravidez, eu tive um sonho em que Marlee segurava minha filha e eu o meu filho. Eram gêmeos. Nesse momento me passou pela cabeça que talvez o sonho fosse uma espécie de premonição. Será que eu teria um casal de filhos? Seria maravilhoso! Eu brincaria de boneca com ela e de futebol com ele. Nós quatro correríamos pelo palácio, brincando, sem se importar com futuro, com as próximas guerras, com o mundo. A nossa única preocupação seria com a sobremesa. Inclusive, me lembrei que eles já tinham nomes. Quais eram? Ethan e Katrina. Eram realmente bons nomes, e se eu tivesse meu casalzinho de gêmeos, eu os colocaria esses nomes. Me lembrei que no sonho também havia Elise, mas eu não planejav... O telefone tocou. Um dos mordomos do palácio veio andando em nossa direção e sussurrou algo nos ouvidos de Maxon.

– Telefonema da Nova Ásia. Você quer atender?

Estava acontecendo. Talvez o meu sonho tornasse realidade. Talvez Elise tivesse algum motivo para vir para cá, talvez eu tivesse os meu amados gêmeos. O mundo agora ficava um pouco mais colorido para mim. Me levantei vagarosamente fui em direção ao telefone. Ao ouvir a voz de Elise me senti mais segura. Não sei o porque, mas ela me passava confiança, talvez pelo seu jeito um tanto rígido na Seleção. Segundo ela, ela tinha assuntos de estado para resolver com Illéa e também assuntos pessoais comigo e com Maxon, então ela viria para cá em algumas semanas.

O meu sonho era real.