POV America

Depois de fazermos amor, Maxon se deitou ao meu lado e olhou para mim.

– Espero que dê certo. - ele disse com um sorrisinho sexy no rosto.

– Você sabe que quase nunca pega de primeira,certo?

– Óbvio que eu sei.

Nós dois rimos ao mesmo tempo, gerando uma nova onda de risadas. Nós nos levantamos e recolocamos a nossa roupa. Quando pedi para Maxon fechar o meu vestido, ele me dava um beijo no ombro a cada botão abotoado. No último botão, ele me virou e me deu um beijo fogoso. Ele sorriu e me abraçou.

– Eu não quero te ver triste.

– Eu espero não ter mais razões para ficar triste.

– Eu também. Por isso te preparei uma surpresa. - eu pude sentir ele sorrir no meu ombro.

– Jura? - eu disse nos afastando e olhando para ele - E o que é?

– Sua curiosa. Espere e verá.

Eu dei um tapa de brincadeira no ombro dele, fazendo-o rir, e sai em direção a porta. Mas antes de eu tocar na maçaneta, ele me puxou pela cintura e me levantou no ar, me fazendo dar um pequeno grito.

– Eu não quero a minha rainha de cara amarrada.

– Então me conte a surpresa. - eu disse brava, mas em um tom brincalhão.

– Aí não seria mais surpresa. - ele disse, me colocando no chão.

– Acho que posso aguardar, mas só mais alguns dias.

– É o suficiente.

Ele ofereceu o seu braço e eu entrelacei o meu braço com o dele. Saímos assim do palácio e fomos até o jardim. Chegando lá, me lembrei que Maxon devia estar trabalhando e o meu grande projeto de abolição das castas estava apenas dez por cento pronto. Com tantos problemas, raptos e gravidez, nós começamos a deixar algumas coisas de lado. Eu parei de andar e Maxon entrou na minha frente, com uma cara de preocupado.

– O que foi minha querida? Algum problema?

– Maxon, como estão as coisas com o meu projeto?

– Qual projeto?

– O da abolição das castas.

– O conselho ainda está trabalhando nele, mas...

– Mas já faz seis meses que eu sou rainha e ainda não agi em nada nesta questão.

– Meri, nós tivemos vários problemas, não tinha como agirmos tão rápido.

– Pois bem, vamos convocar uma reunião com o conselho. Agora.

– Tudo bem.

Fomos andando até uma pequena sala, parecida com a recepção de um hotel, Maxon falou alguma coisa para a mulher sentada na cadeira, provavelmente a secretária a qual consegui ler " Sophia " em seu crachá. Ela fez uma ligação rápido no telefone e nos disse que todos viriam em cerca de dez minutos. Maxon me conduziu a uma sala ao lado da recepção, e aí eu percebi o quanto não conhecia a minha própria casa. Ao abrir a porta, pude perceber que se tratava de uma sala de reuniões. Havia uma grande mesa de mármore preto no centro, em volta confortáveis cadeiras douradas com um veludo branco e na ponta da mesa, duas cadeiras mais altas que as outras, com um ar de luxo, e logo reconheci o meu lugar. Maxon me conduziu até uma das cadeiras maiores e se sentou na outra. Ficamos conversando um pouco sobre ideias de como abolir as castas e em pouco tempo todos os membros do conselho já estavam ocupando os seus devidos lugares. Começamos a reunião em paz, mas em pouco tempo todos estávamos falando alto e discutindo nossas ideias. Parte do conselho nos apoiava e a outra era contra.

Depois de horas lá dentro, não conseguimos chegar em um consenso e saímos de lá todos de mau humor. Fomos para o nosso quarto e nos jogamos na cama.

– Não acredito que ainda há pessoas que pensem como o meu pai. - disse Maxon, completamente enfurecido.

– Bom, mas devemos ser convincentes, porque nenhum conselheiro ira querer mudar de cargo agora.

– Sim, mas pelo menos, tenho você me apoiando lá. - disse ele se virando para mim.

Eu dei um sorriso e estávamos nos aproximando para um beijo quando ouvimos o bater da porta.

– Senhor, temos visitas. - disse o guarda, do outro lado da porta.

Maxon sorriu para mim.

– Sua surpresa chegou. - disse ele, me deixando mais animada do que duas horas atrás.

Nos levantamos e andamos de braços dados até o salão principal. Ao chegarmos lá, pude perceber que havia um homem e uma mulher de costas, olhando em direção a porta. Eu reconhecia aquela cor de cabelo. Não precisei de mais dois segundos para perceber quem era, o sorriso já estava estampado no meu rosto.

– Nicoletta? - eu disse, e os dois se viraram para mim, com sorrisos nos rostos, confirmando a minha suspeita.

A minha amiga veio me visitar.