POV Maxon

America já estava grávida a quatro meses, e agora que era a melhor época. Já era possível perceber uma pequena elevação na barriga dela. Os enjoos e o mal humor já haviam passado, fazíamos consultas toda semana para conferir o tamanho e o peso do bebê. Era realmente a melhor época da minha vida! America parecia mais radiante, mais aconchegante, mais...materna. Depois de minha tia e a família dela irem embora, pude perceber que ela ficara um pouco triste, sem toda aquela agitação e euforia de ter todos ali. Eu fazia o máximo para alegrá-la, mas no geral, só Marlee conseguia fazê-la rir mais do que eu. Por as duas estarem grávidas, elas se entendiam melhor do que eu e Carter. Elas iam juntas a cozinha pegar comida que elas queriam, conversavam juntas sobre hormônios da gravidez e dores. Isso me preocupava um pouco. Apesar de eu saber que dores na gravidez era completamente normal, eu não conseguia suportar a ideia de que America sentia dores e eu não podia fazer nada. Pelo menos, no fim nós dois seríamos recompensados por suas dores.

Estávamos muito estagnados pois nesse mês nós podíamos ver finalmente o sexo do bebê. E nessa semana, teríamos a maior consulta de nossas vidas. Amanhã, America faria um ultrassom e saberíamos se estávamos esperando um principezinho ou uma princezinha. E como eu estava feliz! Para falar a verdade, eu passava disso. Eu amava America e a nossa criança cada dia mais, apesar de ela mal ter nascido ainda!

Ela comia muito e eu ria muito! Como ela sempre disse, ela gostava muito de comer! Mas agora, ela simplesmente morria se não comesse. Os vestidos precisavam ser alargados. Ela se sentia muito gorda, mas eu só a achava mais sexy cada dia. Claro que ela não acreditava em mim, mas eu garanto que era a pura verdade.

O dia foi extremamente chato. Eu queria que o amanhã chegasse logo, mas pude ver que minha ansiedade passou para America. Ela ficou receosa e com medo, mas eu a acalmava dizendo que nosso bebê seria perfeito. Depois disso ela, incrivelmente, perdeu a fome e foi dormir e claro que eu a segui. America só se sentia confortável em uma posição: com a barriga encostada na minha e com nossas pernas entrelaçadas. Eu sempre ria disso, e naquela noite eu dormi sorrindo.

Na manhã seguinte, acordei com America me puxando para irmos ao consultório do médico. Eu ainda estava com o terno que eu usava ontem, então pedi a ela que me esperasse e fui tomar um banho. No banheiro, eu fiquei pensando se eu criaria expectativas para um menino ou uma menina. Com um menino, eu poderia o ensinar a jogar bola, governar o reino, subir em árvores, contar-lhe histórias de guerras do passado. Com uma menina eu a ensinaria a ser doce, eu brincaria de boneca com ela, eu a contaria histórias de príncipes e princesas, fazendo-a ter expectativas com o futuro, mas acima de tudo, eu a ensinaria a como amar alguém algum dia. Isso era muito importante para as princesas, mas os príncipes tinham sua seleção, então porque elas não podem ter a delas também? Fui interrompido por um bater na porta.

– Querido, eu sei que você deve estar muito ansioso, MAS EU ESTOU MAIS MAXON E SE VOCÊ NÃO SAIR DESSE CHUVEIRO NESTE EXATO INSTANTE, EU VOU FAZER O EXAME SOZINHA!

Ela estava muito exaltada e brava, mas não pude segurar o riso com o formato que as narinas dela formavam. Decidido a não escutar mais os gritos de America, saí logo do banho e me troquei em tempo recorde. Eu abracei a cintura dela, e isso ficava cada vez mais difícil, saímos do quarto e fomos em direção ao consultório do palácio.

Ao chegarmos lá, America já sabia que tinha que trocar de roupa e logo foi para a salinha ao lado aonde normalmente ficavam as roupas que ela deveria vestir. O médico chegou cerca de dez minutos depois de nós e America já estava trocada e em cima da cama, só esperando o médico começar com o ultrassom.

– Olha, parece que alguém está muito ansiosa para a consulta de hoje. - disse ele rindo.

– Sim, então pode começar logo? Tenho certeza que o senhor não quer ver uma grávida impaciente. - ela disse , nos fazendo rir ao mesmo tempo.7

O doutor se sentou em uma cadeira ao lado da cama, me passando a que estava ao seu lado para eu sentar perto da cabeça de America, moveu o monitor em nossa direção para que pudéssemos ver melhor, passou um gel na barriga de America e começou com as imagens no aparelho.

Inicialmente, eu só conseguia ver a silhueta de um bebê, mas mesmo assim já comecei a lacrimejar e percebi que America fazia o mesmo. Então o médico parou de mover o aparelho em cima da barriga dela um pouco e tirou uma foto.

– Vejam, aqui é o órgão sexual do bebê.

– E o que é doutor? - perguntamos em coro.

– É um...menino.

Naquele momento, nada mais importava. Eu apertei a mão de America mais forte e pude ver que ela fazia o mesmo.

Eu teria alguém a quem ensinar a jogar bola.