Cidade dos olhos escrita por Bryan Nilrém


Capítulo 4
Olhos curiosos


Notas iniciais do capítulo

Queridos leitores, eu estou colocando este capitulo hoje por que dia 21 eu não estarei aqui, e bom, desisti sobre o capitulo para vocês tirarem suas dúvidas por que não teve nenhum comentário no ultimo, dai não sei o que vocês estão em duvida (T-T), mas aqui está a continuação, espero que gostem. Boa leitura



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– Karyan! Pare de usar isso em mim, é meio desconfortante. - falou o garoto de cabelos brancos.

– Concordo com o Stan. - disse o de cabelou castanho.

– Vocês dois, chega de confusão, vocês parecem duas crianças de 5 anos que brigam por que não querem dividir seus brinquedos. - Karyan entrou em seu discurso novamente, ele fazia muito isso em sala de aula, enquanto faz isso ele costuma mover muito seus braços, porém sua voz é serena e calma. - Vocês dois já tem 18 anos, está na hora de pararem com isso, não acham? Stan e Kanast?

Os dois aparentavam ter ficado envergonhados pensando sobre o que Karyan falou.

– Vão os dois para seus lugares.

– Sim, senhor. - disse Stan.

– Desculpe senhor. - disse Kanast.

Depois disso Stan foi para o lado esquerdo e Kanast seguiu a reta enquanto todos em volta estavam se dissipando, quando todos sariam ficaram apenas eu, Amy e Karyan.

– Karyan. - chamei.

– Sim, meu rapaz?

– O que foi aquilo?

– Aquilo foi a habilidade da fala da alma de Karyan - disse Amy - ele costuma fazer isso quando há brigas entre os, digamos, “alunos” dessa “escola” subterrânea.

– Karyan, você me trouxe para uma escola? Para que?

– O motivo foi o que conversei com você assim que chegamos, eu irei cuidar de você a partir de agora você é um aluno da escola subterrânea, como a Amy costuma dizer.

– Mas...

– Se está preocupado, não precise se preocupar, seus pais sabem, eles que me deram permissão, eles falaram que você está cada vez mais curioso, e isso é, de certa forma um problema, porém aqui isso é uma ótima coisa.

– Por que lá fora é um problema e aqui é bom?

– Por que você é um Heart, os Heart's sempre arranjam problemas quando estão curiosos, deve se lembrar de uma vez que seu irmão pulou de cima de sua casa.

– Lembro... Ele caiu em cima de mim.

– Bom, isso eu não sabia, mas ele só pulou por causa de sua curiosidade se podia ou não voar sem o auxilio de equipamentos.

– Acho que isso é normal. - disse Amy tranquilamente.

– Amy, para você isso parece normal por que até outro dia você queria pular da torre para ver se você conseguiria parar a queda.

– Mas você não deixou! Eu pensei que conseguiria... - falou Amy meio sem graça.

– Mas como você pararia a queda? - perguntei.

– Oras, desse jeito aqui. - disse ela.

Amy apontou suas mãos para o chão e sua expressão mudou, ela parecia mais concentrada. Senti um vento mais forte, e fiquei me perguntando como ali havia vento se eles estavam embaixo da terra e olhei para cima, quando voltei a olhar na direção de Amy ela estava flutuando a 5 metros do chão.

– Amy, não se esforce tanto. - pediu Karyan.

Amy desceu e me perguntou se eu tinha entendido como ela pararia a queda, mas ela estava com um olhar diferente, ela parecia cansada como se acabasse de chegar de uma aula bem longa de Lógica e aritmética.

–Não se preocupe Karyan, eu ando praticando bastante.

– Hm... Tenha cuidado Amy, essa habilidade, se não usada corretamente, pode esgotar muito o seu corpo.

– Eu entendo.

– Mas percebi que dessa vez, pelo menos ainda se aguenta em pé. Isso é bom, seu treino tem dado resultado.

– Obrigado Karyan.

– Amy, posso lhe pedir um favor? Você poderia levar Jack para o chalé dele? É o chalé 3 quadra 7.

– Sim, senhor.

– Mas Karyan...

– Sem “mas”, você precisa descansar, amanhã conversaremos sobre isso.

– E a minha família? Eles podem ficar preocupados comigo. Eu não posso ficar aqui.

– Seus pais já sabem, eu contatei a eles, eles concordaram, eu ia buscar você em seu quarto, mas você não estava lá, então fui dar uma olhada por perto do hotel e vi você subindo.

– Entendo.

– Amanhã conversaremos mais, e também terá mais dois novatos amanhã, agora vá, você precisa descansar.

– Sim senhor. - disse.

– Vamos logo molenga! - disse-me Amy.

– Hey! – falei para protestar.

– É brincadeira Jack, venha logo. Seu chalé é perto daqui.

Amy me levou até o chalé 3, ele era como todos os outros, só que aquela quadra era azul, as quadras eram diferenciadas apenas por suas cores, uma era verde, outra era vermelha, e assim vai.

– Jack, entre logo, você precisa descansar, como Karyan disse.

– Obrigado Amy, você precisa descansar também, aquele truque de mais cedo pareceu bem cansativo.

– Obrigado por se preocupar, mas estou acostumada Jack, até amanhã.

– Até.

Após me despedir de Amy, me virei e entrei no chalé. Ele por dentro era diferente da casa verdadeira, mas era mais tecnológica, a casa era decorada com uma cama de solteiro ao lado de um computador, com uma mesa que era encaixada na parede, havia também um guarda roupa do lado esquerdo do chalé, uma TV do lado esquerdo da entrada, uma grande janela de madeira e vidro do lado esquerdo do primeiro andar, havia uma pequena escada de madeira para chegar a bancada do segundo andar, lá só havia um banheiro e uma pequena janela no fim do corredor.

Quando me aproximei da cama, olhei para a mesa do computador e achei uma chave, pensei que era a chave do chalé então logo a peguei e tranquei a porta.

Após trancar a porta fui em direção ao banheiro, eu tomei um banho por que eu acabei suando na correria que Karyan me fez passar, então quando acabei meu banho percebi que eu não tinha roupas, como tinha um armário logo no andar debaixo eu resolvi ver se tinha alguma roupa lá, já que meus pais sabiam e eles haviam planejado me trazer aqui, talvez teriam roupas limpas, e realmente havia, quando abri o armário vi meu pijama pendurado e o vesti, peguei meu celular que eu havia deixado no bolso de meu short e resolvi ver se tinha sinal, e por incrível que pareça, havia sinal mesmo eu estando em alguns metros abaixo da terra, provavelmente faz parte das coisas que eu vou ter que perguntar a Karyan. Mas eu disquei o número de meu pai, mas chamou e ele não atendeu, então resolvi esperar até amanhã, estava tarde de mais para que ele estivesse acordado, então dessa vez fui em direção a cama para dormir, me deitei e pouco tempo depois eu já estava dormindo, a combinação de meu cansaço com a cama macia e quente foi o suficiente para fazer meus pensamentos se acalmarem.

Quando acordei fiquei com uma sensação que eu havia tido um sonho, só que não me lembrava sobre nada dele, resolvi não ficar pensando sobre o assunto e então me levantei em direção ao banheiro. Eu não gosto muito do gosto que fica em minha boca quando acordo, é um certo gosto amargo, difícil de explicar, então sempre que acordo a primeira coisa que faço é escovar meus dentes, a segunda é lavar meus óculos enquanto tomo banho, sempre que tomo banho os lavo, por que, cara, eles me ajudam muito, eles são meus parceiros, por assim dizer.

Após tomar meu banho e trocar de roupas, resolvi sair do chalé para ver como estava o lado de fora, e me surpreendi, eu não tinha reparado, mas tinha um céu no teto, como pode haver um céu em um teto de um lugar subterrâneo? Eu não consegui fazer nada por um momento, até que chegou uma garota e me disse que todos os novatos ficam assim quando amanhece aqui.

– Mas como isso é possível? – Perguntei.

– Temos muitas pessoas especiais aqui, com diversas habilidades, ficará surpreso quando os conhecer.

– Nossa! Isso é incrível, até mesmo o calor do sol é semelhante.

– Você logo saberá o por que Jack. – Falou com um belo sorriso no rosto.

– Como você conhece meu nome? – Perguntei surpreso com o fato que ela já sabia meu nome.

– Desculpa, prazer, meu nome é Amanda.

– O prazer é meu, bom meu nome é... ah, você já conhece. – Falei com um sorriso torto.

– Eu vim te buscar Jack, é que Karya me pediu que eu viesse te buscar, ele precisa mostrar algo a você, por favor me siga.

– Claro, vamos lá Amanda. – Disse eu totalmente tímido.

Ela era uma menina bonita, era baixa, tinha cabelos escuros e olhos castanhos, comuns mas em seu rosto pareciam mais bonitos que o normal, ela usava uma camisa escura com um símbolo estranho, e uma calça jeans. Ela parecia ter cerca de 15 anos, apesar de pequena, o jeito dela era de uma pessoa no minimo com mais de 14. Ela me conduziu até Karyan, eu fiquei surpreso com o tamanho daquele lugar e com as coisas que haviam nele, tinha um quarteirão que passamos, cujo os chalés eram verdes, do outro lado do quarteirão havia árvores lindas, havia tantas que parecia até que era uma floresta, só que não tão grande, poderia ser uma mini floresta, mas ainda assim as árvores eram lindas, eram verdes, nunca havia visto essa quantidade de árvores verdes juntas. Havia um lugar que tinha uma piscina bem grande, entre várias outras coisas, uma coisa que me chamou atenção foi uma brincadeira de arena medieval que acontecia pelo caminho, bom, pelo menos pensei que fosse, até ver uma pessoa em uma maca. Perguntei a Amanada o que era aquilo, e ela me disse que era a arena de treinamento, e que eu teria que treinar combates com armas ali, ela disse que não era para me preocupar, na maioria das vezes os feridos eram pessoas que ficavam brincando no meio do treinamento e se machucavam, e que não acontecia com frequência no treinamento, acontecia mais nos torneios que faziam para testar suas habilidades, um pouco após o torneio chegamos aonde Karyan estava, o lugar era um chalé, só que maior que os outros, em largura, o chalé era de cor branca, com mais umas duas janelas de cada lado e o segundo andar era semelhante aos demais, porém erá mais extenso, e parecia que havia mais cômodos. Eu fiquei surpreso quando vi Ryan e John com ele juntos a Karyan, esperado que eu chegasse. John fez um gesto desengonçado e gritou oi quando me viu, meu irmão só olhou e acenou, Karyan parecia estar conversando sobre algumas coisas que tinha me falado ontem com eles, eles pareciam ter aceitado as coisas melhor que eu, John ficou como uma criança de 4 anos quando vai ao parque de diversões com os pais, uma de suas frases foi “Cara, você já sabe disso? Nós temos poderes cara, que legal!” eu não fiquei assim, meu irmão estava prestando atenção na história que Karyan estava contando, quando ele parou de contar meu irmão falou comigo e perguntou se eu estava bem, e o que tinha achado sobre essa coisa das habilidades.

– Ryan, eu não sei direito, mas pelo o que entendi somos descendentes de scarianos que ajudaram na grande guerra. – Disse em resposta a pergunta de meu irmão.

– Entendo... – disse meu irmão pensativo. – Bom, parece divertido ter habilidades assim. Karyan, é Karyan não é? Sobre essas habilidades, vocês irão nos ajudar a controlá-las?

– Sim meu jovem, iremos ajudá-los a controlá-las e a como usá-las em combate.

– Karyan, mas para que irá nos ensinar usá-las em combate? – perguntei.

– Existe coisas perigosas fora desse lugar para descendentes de scarianos, eles são discriminados por todos, e até mesmo monstros que surgiram na grande guerra criado pelo temor procuram vocês, aqui podemos protegê-los mas vocês precisam aprender a se defenderem, e talvez algum dia possamos viver em paz.

– Entendo. – dissemos eu e meu irmão em conjunto.

– Vocês precisam ir conhecer seus treinadores,

Depois que Karyan disse isso ele levou Ryan para um lado, eu e John eramos do lado de onde eu viera.

John ficou me perguntando se tudo aquilo era um sonho ou era real mesmo, por que se fosse real era muito legal, eu até belisquei ele para que ele pudesse ter certeza, que aquilo não era um sonho.

Amanda disse que John havia chegado ao local de treinamento dele, era um lugar bem bonito, tinha um estilo bem simples, e bem verde, havia árvores cercando tudo, não pude ver muita coisa, mas consegui ver John entrando no local. Amanda disse que logo chegaríamos ao local para treinarmos, perguntei se ela iria treinar comigo e ela disse que sim, ela contou um pouco sobre os irmãos que eram os treinadores de nosso grupo, eles se chamavam Léo e Nicolas, ambos eram gêmeos, a única coisa que os diferenciavam era que um tinha cerca de 1,72 de altura e o outro 1,67. Eles eram bem simpáticos e eram ótimos treinadores, ambos tinham cabelos lisos e claros, porém curtos, pareciam que usavam uma panela na cabeça na hora de cortarem o cabelo, ela disse que eu saberia mais quando chegássemos no local.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoal, o que acharam? Bom, como vocês podem notar, eu coloquei fotos da casa de Santos para quem não a conhece, e uma outra diferença é que, no capitulo a porta fica ao meio, e há uma janela do lado direito da porta também, e eu esqueci de colocar uma coisa, o observatório na imagem, lá no teto da casa, então, os chalés de Cidade dos Olhos não tem isso, pelo menos não encima de todos. Obrigado por lerem pessoal, agradeço a todos (um dia ainda posto um capitulo com 4.000 palavras /•.• ).



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