E assim começa a guerra...
Uma espada a brilhar, um relâmpago nas trevas
Um herói vem salvar seu povo
Dos bárbaros, que só querem seu ouro...

O seu grito ecoa ao longe
Um grito de coragem, de quem quer saciar sua fome
Em chamas a batalha está
Todas as armas, a cortar e furar

O sangue escorre por teus cabelos
Respinga em seu rosto e escorre ligeiro
Sua maça esmaga crânios
Seu escudo, evita os danos

O ultimo inimigo cai na terra
O herói não quer acender nenhuma vela
Um brilho insano irradia de seus olhos
Ele quer mais uma pilha de mortos

Insano, ele pega um pedaço de um corpo
E afunda seus dente, até chegar no osso
Usa de carne humana para saciar sua fome
Sua mente abalada, seus desesperos e tudo mais que atormenta aquele homem
Sua amada de perto o observa
Em sua forma translucida e fantasmagórica
A morte dela iniciara a guerra
E vendo o desespero de seu amado ela chora

Os deuses desaprovam aquela atitude
Canibalismo que fora proibido aos homens quando ainda eram rudes
Sem nenhuma duvida, o herói merecia uma punição
"Esse homem não terá direito a perdão!"

No chão um abismo se abre
Um vento empurra o herói sem piedade
Antes de cair, ele vê com espanto
Sua princesa ajoelhada em pranto

O choro fica gravado em sua memoria
E enquanto ele cai, ele chora
Essa então será sua punição eterna
Chorar, se lembrar, e cair sem jamais chegar em terra

Esse foi o cruel destino do homem
E de tantos outros que por amor sofrem
Se tornar um brinquedo dos deuses tiranos
Por mais que os idolatrem por anos

Nosso herói viu sua amada morrer
Nas mãos de um bárbaro estremecer
Assim o bárbaro assumiria o trono
Finalizando assim o seu plano

O povo não aceitou o rei ganancioso
O rei entrou em guerra com o povo
Os deuses fizeram o herói entrar na guerra por vingança
Mesmo que a guerra não estivesse em sua herança

Deprimido por sua perda
Com desejo de vingança
Passando necessidades
Ele foi a guerra

Foi um excelente soldado
Fez de tudo, até cair em pecado
Pelo povo que lutou foi esquecido
Pelos deuses foi punido

E a guerra continua...