Acho interessantíssimo como funciona a cabeça do jovem moderno em relação à sexualidade. Em meio a uma infinidade de possibilidades de o que fazer, com quem fazer e como fazer, nós nos metemos em muitos problemas para satisfazer um desejo natural de provar de tudo, em uma enorme ansiedade de fazer tudo ao mesmo tempo, como se a vida fosse curta demais para ter tempo de provar tudo.

E cada dia mais, a diversidade de coisas a se provar aumenta mais. Queremos provar diferentes beijos, queremos provar sexo. Queremos ficar com qualquer pessoa em festas, e queremos satisfazer aquele desejo físico intenso por alguém em especial. Nós queremos viver aquela paixão intensa de verão, e queremos viver aquele amor romântico de anos de duração. E queremos tudo isso aqui, agora, ao mesmo tempo! Não há tempo melhor que o presente. E os mais modernos vão muito além: ficantes, amizades coloridas, relacionamentos abertos, fechados ou poligâmicos. Fantasias sexuais inusitadas, como ménages e orgias. E isso tudo sem levantar a questão da orientação sexual!

E a juventude é o espaço de tempo que temos para provar tudo. Para saber o que gostamos, e ao que aspiraremos quando nos tornarmos adultos. Mas pense: o que você já fez para satisfazer uma curiosidade? Quais são seus arrependimentos? Vou dar minha vida como exemplo: desde novo, sempre sonhei com um grande amor E comecei minha vida confundindo qualquer atração com amor verdadeiro. E por isso, acabei encalhado por muito tempo: assustando minhas pretendentes, ou me envolvendo em relacionamentos virtuais. Mas com o tempo adquiri experiência, e entrei em meu primeiro relacionamento.

O que era aquilo? Uma paixonite intensa? Um amor verdadeiro? Sinceramente, não sei responder. O que eu sei é que foi bruscamente interrompido no auge do namoro: graças à impulsividade e a burrice típicas de marinheiros de primeira viagem, nosso namoro foi proibido, e terminamos.

Vendo-me sozinho, decidi continuar minha busca por um amor verdadeiro. Entreguei-me a meus impulsos e a meus medos, e entrei em outro namoro na primeira oportunidade, sem pensar. Tudo o que eu queria era recuperar a felicidade que eu sentia com minha primeira namorada, e é claro, deu errado. Minha compatibilidade com minha segunda namorada era nula, e nosso namoro foi um fracasso. Decidi então que eu iria parar de procurar um amor. Que queria me divertir. Achei uma amizade colorida, que não durou muito.

Mas vejam como a vida é irônica! Quando eu parei de procurar um amor, a vida o jogou na minha cara. E assim me meti no meu terceiro namoro: esse sim, um amor duradouro e verdadeiro. Mas como todo amor, esse tinha prazo de validade; prazo esse que foi diminuído por inúmeros problemas que enfrentamos, aos quais resistimos bravamente por um ano. Mas com o esgotamento do amor, terminamos passivamente há cerca de um mês.

Agora estou procurando algo novo. Cansado de tantos relacionamentos fechados, e sem me garantir no mundo dos solteiros, estou em busca de uma amizade colorida, ou talvez um relacionamento aberto. Mesmo que seja só para saber como é, tenho vontade de experimentar!