Aurora: A história da filha de Gandalf escrita por AgaThiTha


Capítulo 2
Capítulo 2: A descoberta




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–Ora, ora o que temos aqui? Anões? O que estão fazendo aqui embaixo? - perguntou o rei Goblin
Ninguém ousou responder, permaneceram calados e quanto a mim, tentei me esquivar dos olhos do rei por de trás de Thorin e Dwalin.
–Oh! Um Warg comeu a língua deles, se não querem falar vamos fazê-los gritar, tragam as ferramentas de tortura, a esmagadora, tragam todas!... - gritou o rei Goblin
–Não!! - gritou Thorin
–Oh, é Escudo de Carvalho, rei sobre a montanha ou melhor não mais rei! - caçoou o rei
E chamando um dos seus mensageiros mandou um aviso ao Orc pálido, Azog. Que procurava como um anão procura por seu tesouro perdido, a cabeça de Thorin e de toda a sua família.
Assim que Thorin saiu a frente para impedir o rei Goblin, não demorou muito até que ele me visse.
–Ah! - gritou ele olhando para mim - O que é aquilo?! É Aurora! A luz veio ao meu ninho! Tragam-na aqui! Tragam, tragam ela agora!!! -gritou apontando seu dedo imundo e cheio de bolhas para onde eu estava
Os anões pulavam e chutavam os Goblins que me puxavam para a frente do rei, Thorin foi empurrado para trás e eu tomei a frente do rei
–O que a luz gerada por Gandalf está fazendo aqui!- disse me empurrando com seu dedo imundo
–TIRE AS MÃOS DELA SEU NOJENTO!!
–EU VOU ARRANCAR SUA CABEÇA SEU GORDO IMUNDO!- gritavam os anões
–Calem a boca!- gritou o orc- quero ouvir Aurora dizer algo! Vamos fale, sua ridiculazinha! Onde está seus poderes sobrenaturais agora!
Então ele olhou para mim e olhou para os anões
–Eles não sabem.... Hahaha .... Eles ainda não sabem quem você é, não é?- gritou o rei Goblin
–Saibam que a jovem que está com vocês é uma aberração feita da mistura de raças, e esses cabelos dourados da cor dos raios de Sol, também tem um motivo, não é? -gritou ele me levantando com uma de suas mãos
Os anões gritavam e pulavam tentando fazer alguma coisa que fizesse parar o rei Goblin. Mas era tarde de mais, eu não respondia pois estava apavorada, e isso foi deixando-o com muito mais raiva do que estava. Eu não era muito alta tinha 1.60 de altura, e isso facilitava para que o rei Goblin me segurasse a uma altura significante do chão.
–Diga!!- gritou o rei Goblin apertando-me, e quebrando duas costelas minhas
A dor foi insuportável, e eu gritei tão alto que até mesmo as madeiras do ninho tremeram, meus poderes voltaram novamente. Assustado o rei me soltou e logo eu vi um clarão, era meu pai, Gandalf, tinha voltado para nos buscar.
Com dificuldades para respirar e sangrando corri em direção a Gandalf. E corremos pelo labirinto que era o ninho dos Goblins, sem nunca achar a saída. Até sermos encurralados pelo rei Goblin. Felizmente Gandalf deu um jeito de sairmos para fora.
Entre as árvores tentei correr mais a falta de ar me limitava, a dor aumentava a cada passo que eu dava. Até cair sobre uma pedra.
–Aurora?- perguntou Gandalf virando-me e olhando o sangramento - O que aconteceu com minha filha?!
–O rei Goblin a viu e não pensou duas vezes antes de esmaga-la com uma das mãos. Estávamos sem armas não podíamos fazer nada -respondeu Thorin olhando para meu ferimento.
Eu fazia uma ruído de grave falta de ar, e mau conseguia falar
–O rei... me viu...e... se... assustou...- respondi fazendo pausas por causa dos ruídos de asma causados pelo ferimento interno - Pai, estou sentindo uma das minhas costelas dentro do meu pulmão- continuei olhando para Gandalf que observava lágrimas rolarem na minha face
–Oh céus e agora? Cadê o Hobbit?Onde está Bilbo?! - questionou Bofur
–Estou aqui.- disse Bilbo saindo de entre as árvores,ofegante
Com todas as perguntas de como ele escapou dos Goblins e a preocupação de Gandalf com o meu grave ferimento, eles ouviram o uivo dos Wargs e saíram correndo montanha abaixo. Até chegarmos num precipício.
E subindo nas árvores eu e Gandalf observavamos as demais árvores que abrigavam os anões, uma a uma caírem, até sobrar somente a nossa. Com constantes faltas de ar e um grupo orcs ao nosso redor, a sorte resolveu dar-nos uma mãozinha. Derrubando a única árvore. Deixando-nos sobre o precipício.
E eis que surge do alto de uma pedra Azog, o orc que matou o avô de Thorin, o mesmo que jurou exterminar sua família. E com Thorin indo atrás de vingança contra Azog, e Gandalf pendurando Ori e Dori, vi o pequeno Hobbit saindo de seu lugar e defendendo a vida de Thorin.
Para minha sorte a dor diminuira e não havia tantas faltas de ar, resolvi fazer algo que mudaria a visão dos anões para comigo. Me concentrei e comecei a forçar o fogo contra os Wargs famintos pelas carnes do anão e do hobbit agora caídos no chão. Olhando para Azog, me concentrei e liberei toda força, elevando um tronco e atirando-o contra seu Warg pálido afastando-os dos pequenos, e surgindo Dwalin, Fili e Kili ,não suportei e fui ao chão por falta de ar.
Ainda naquela luta acordei vendo as patas de uma grande águia me tirando daquele local. Por um segundo não lembrei dos anões e de Gandalf, a dor que a alguns instantes atrás parecia ser suportável, agora era devastadora. Por fim, fui posta sobre um grande rochedo e me lembro de ter sido carregada para baixo do rochedo por Thorin. Por mais que Thorin fosse um anão, ele era o mais alto de sua raça com 1, 57 de altura tinhamos uma pequena diferença.
Depois de ter sido carregada lembro-me de acordar com olhos sobre mim e Gandalf ditando alguns feitiços de cura.
–Bilbo segure a mão dela- disse Gandalf
E Bilbo assim fez, segurando a minha mão ele falou baixo
–Vai doer um pouco, mas aperte se sentir muita dor! - olhando para mim com carinho e paciência
E foi aí que senti, uma dor terrível e gritei imediatamente apertando a mão de Bilbo senti um alívio depois da dor alucinante. Foi Gandalf, colocando de volta a costelas que perfurara meu pulmão. Depois disso dormi profundamente.
Acordando com o relinchar de pôneis a fora da casa que eu estava, levantei devagar, pois ainda estava zonza. Não me era estranha aquela casa. E notando que o ferimento não incomodava mais sai para fora. E com os primeiros raios de Sol batendo no meu rosto, senti a primeira alegria depois de dias difíceis.
–Ora, ora, ora olha quem acordou depois de uma dura noite de dor
Eu não tinha certeza de quem era, mas era muito familiar a mim. Com o Sol no meu rosto olhei para o grande homem que se aproximava e olhando para cima reconheci seu rosto
–BEORN! !- gritei pulando em seus braços para abraçar um grande e velho amigo
–Nossa como você está grande, não a vejo desde os dezesseis anos! O que a mocinha andou aprontando para conseguir perfurar o pulmão? - perguntou Beorn me colocando no chão e se agachando para nivelar seu olhar com o meu.
–Tivemos um imprevisto com alguns Goblins, o rei me reconheceu e brincou comigo de marionete- respondi em um tom divertido que fez Beorn dar uma boa gargalhada
Apesar da fama de Beorn, a minha relação com ele era de melhor amizade possível, sempre contando piadas e situações hilárias da vida, Beorn e eu nos davámos super bem.
–Vou preparar para vocês o desjejum, pode buscar algumas frutas e o mel na despensa? - perguntou Beorn se endireitando
–Claro! - respondi já andando
–Você ainda sabe onde é,não? -perguntou Beorn
–Sei! - respondi alto pois já estava longe
E pegando as frutas e o mel fui direto a casa de Beorn e olhando os pôneis e sentindo o cheiro do vento carregado de ervas batendo nas árvores, me trazia a lembrança dos passeios a cavalo que fazia todas as manhãs com Beorn. Abrindo a porta com o mel e as fritas numa cesta vi Thorin e sua companhia olharem para mim com ar de alívio, apesar do susto eu estava bem.
–Aurora!
–Sol!
Esses eram os gritos que eu ouvia enquanto me deslocava até a mesa onde se reunião os anões e Bilbo e colocando a cesta sobre a mesa disse:
–Como estão meus pequenos guerreiros-Disse olhando para cada um deles, até ver Thorin e Dwalin sorrindo um acontecimento raro
–Como está minha jovem?E esse ferimento?- perguntou Balin compreensivo
–Está melhor obrigado,Balin! - respondi dando-lhe um beijo em sua cabeça o que lhe fez dar um sorriso vergonhoso.
–Obrigado! Por nos defender dos Globins e por me defender de Azog - disse Thorin olhando para mim com uma expressão de gratidão
–Eu é que tenho que agradecer por me carregar até aqui, por me apoiar mesmo em momento de dor,não é senhor Bolseiro?!- respondi olhando para Bilbo que nada falava mais mantinha um sorriso gentil no rosto
E assentando-me ao lado de meu pai, Bofur surgiu com a seguinte pergunta:
–Desculpe me intrometer, mas como foi que conseguiu elevar um dos troncos de uma árvore e agirá-lo no orc?
Eu não sabia como responder e mesmo estando todos com os olhos em mim, antes que eu pudesse abrir a boca Gandalf interviu:
–Aurora não é simplesmente minha filha, ou uma mestiça com sangue de feiticeiro no sangue. A mãe de Aurora nos abandonou quando ela era pequena, eu não sabia que Amélia era uma bruxa da natureza. Essas bruxas são dedicadas aos elementos da natureza, porém além desses Amélia adquiriu o dom solar, de controlar o Sol. Por esse dom, todos os demais foram passados a Aurora quando Amélia ainda a gerava, sendo loura Amélia perdeu a coloração dos cabelos para o bebê. Por pouco Amélia não morreu no parto. Aurora cresceu diferentes de todos, ela não podia controlar os dons da natureza pois ela não adquiriu-os aos poucos,mas nasceu com eles. O brilho forte do cabelo de Aurora, vem de seu dom solar, associado a mãe e passado para Aurora. E por isso é reconhecida por todos que sabem da história - contou Gandalf aos anões que ficavam muito curiosos com a história.


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Notas finais do capítulo

PRÓXIMO CAPÍTULO: Será que os anões seguirão sozinhos com Gandalf e Aurora ficará para proteger as terras de Beorn dos Orcs?