No dia seguinte, Adam começou com uma ressaca daquelas. Se vestiu com o trague formal (exigido pelo F.B.I.) e foi trabalhar. Chegando lá uma moça muito bonita veio falar com ele. Deve ser minha secretária, pensou Adam.
– Senhor Cooper, prazer. Meu nome é Mary Levine, e serei sua secretária. - Ela sorriu, e aqueles cabelos pretos molduravam aquele rosto angelical. - Bem, pra começar, eu recebi currículos quando você estava fora. O que mais me chamou atenção foi as notas escolares, cheguei a conclusão que você deveria contratar duas pessoas; um homem e uma mulher. Mais é claro se quiser escolher outros, fique á vontade.
– Prazer Mary. Bem, e qual é a sua conclusão? Quais são os nomes dos dois finalistas? - Ela sorriu ao entregá-lo dois currículos.
– Bem, são Austin Bates e Isabella Ruschel, por mera coincidência ela tem mesma a idade do senhor.. - Adam a interrompeu antes que ela terminasse de explicar.
– Como? Isabella Ruschel? Como você chegou á essa conclusão? Por que ela? - Ele falou com uma voz autoritária pra ela.
Isabella não podia trabalhar pra ele, ainda não.
– Bem... As notas dela são as melhores, e ela fez psiquiatria, e está cursando criminologia, na entrevista de emprego que eu fiz com ela, ela parecia bem animada e falou que desde quando era criança, queria entrar aqui... Então. Eu achei que seria uma boa dar uma chance á ela. - Ela foi perdendo a confiança na medida que foi falando. Ela sabia que não poderia dar sugestões: Ele contratava quem ele quiser.
– Ah, essa Ruschel era boa aluna, era? - Ele sorriu pra disfarçar o nervosismo. - Contrate esse Bates, o nome dele cai bem para um agente. Por enquanto Ruschel não, avise á ela quando ela estiver mais preparada ela pode enviar o currículo novamente pra nós, antes disso não.
– Ela era uma excelente aluna, tenho recomendações dela, por isso achei que o senhor iria contratá-la. Mais enfim, vou falar com Bates. - Mary sorriu e foi andando em direção contrária de Adam.
Uma moça muito bonita de cabelos pretos que caiam como uma cascada em suas costas e com os olhos cor de oceano estavam olhando diretamente pra Adam. Ela era uma agente.
– Mary! Venha aqui! - Gritou Adam.
– O que foi, senhor Cooper? - Mary ajeitou os óculos e olhou para Adam com preocupação.
– Quem é aquela moça? - Adam mexeu a cabeça pra que Mary reconheça a moça.
– O nome dela é Angella Cahill. Ela está em treinamento pra ser uma agente. Por que, senhor Cooper? Gostou da agente Cahill? - Mary levantou a sobrancelha e deu um sorriso malicioso.
– Talvez. - Adam sorriu de volta. - Você sabe se ela tem namorado?
– Ela não tem namorado, terminou mês passado. Vou arranjar um encontro de vocês dois... Hoje na hora de saída! Você pode esperá-la? - Mary olhou para Adam com empolgação.
– Claro que sim, Mary.. - Mary ia saindo quando Adam a puxou pelo braço. - O que você é dela? Você é parente dela, por que eu nunca vi alguém ficar tão entusiasmado pra arrumar um cara pra um amigo. - Adam soltou o braço dela e forçou um sorriso.
– Ela é minha prima, senhor Cooper. Vejo que os seus estudos de psicologia estão ajudando o senhor. - Ela olhou assustada pra Adam. - Agora eu tenho que ir, se precisar é só me ligar, até amanhã.
– Ok, senhorita Levine, só avise pra sua prima não furar comigo. Odeio gente que não tem palavra. - Ele sorriu. - Vejo você amanhã.
– Pode deixar, senhor Cooper, ela não vai furar com você. Até amanhã.
E Mary saiu, enchendo Adam de dúvidas. Talvez ela teria uma paixão platônica por mim? pensou Adam, ele iria usar todas as táticas possíveis pra seduzir e matar alguém. Não importava idade ou classe social, ele iria saciar sua sede com á que se encaixasse no perfil de Ruschel.