O viajante no tempo escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um... Esse capítulo tem um agradecimento especial ao Matheus153854 por estar acompanhando a história.

Capítulo narrado pelo Alessandro.

Boa leitura



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Quando finalmente a van parou, pude perceber que a tal da Popis estava somente falando no telefone, porque deu pra ouvir ela dizer um "tchau" e depois um clique de fecho de telefone, mas meus sentimentos explodiram quando pude vê-la abrindo o porta-malas, se eu tivesse qualquer arma pra me defender, eu saltava de lá e chamava a polícia, mas desarmado como eu estava, não tinha jeito, eu tinha que me esconder, mas aonde? Foi quando, meio que por um milagre, vi um fundo falso no porta-malas, que era bem grande, por sinal, rapidamente entrei ali e coube direitinho, tudo bem que tive que me encolher um pouco, mas de todas as maneiras, era melhor estar ali, escondido do que correndo risco de vida, então, ouvi a Popis pegar a coisa que estava na mala, amarrada no lençol e depois fechou o porta-malas, foi quando vi que, debaixo da coisa, tinha uma adaga de cor prateada bem comprida, devia ter talvez um metro e meio de comprimento, o que era bom, pelo menos eu poderia servir de defesa pra mim, sendo assim, tirei minha camisa e enrolei na mão, dando um soco no vidro traseiro da van, saindo de lá, pois o porta-malas estava trancado, de lá, percebi que o som do vidro sendo quebrado ecoou por toda a parte, porque ali não tinha ninguém, apenas árvores e a casa que poderia ser o cativeiro da Chiquinha. Quando saltei pra fora do carro, pude ver que era um celeiro abandonado, na certa, era perfeito para manter alguém em cárcere naquele lugar, por isso, fui correndo para o lado esquerdo do celeiro na mesma hora em que a Popis abriu a porta para ver o que foi o barulho do vidro, ela ficou olhando por alguns segundos e eu me preparei para tentar acertar um golpe nela caso ela me visse, não queria fazer aquilo, mas era necessário, então, ela veio andando pelo lado esquerdo da casa, exatamente onde eu havia passado, mas parou quando ouviu a Chiquinha gritar por socorro, obviamente, ela também ouviu o barulho do vidro sendo quebrado e percebeu que alguém veio escondido na van e agora estava gritando pra que esse alguém, no caso eu, a ouvisse, quando a Popis voltou pra dentro da casa e a amordaçou para abafar os gritos dela, eu aproveitei e peguei meu celular pra ver se tinha sinal e por sorte, tinha! Fiquei aliviado, e rapidamente liguei pro Seu Madruga e contei pra ele o que estava acontecendo.

–Seu Madruga, encontrei a Chiquinha, ela está encarcerada em um celeiro em volta de um monte de árvores que não me deixam ver que região é, só sei que a viagem demorou uma hora.- eu sussurrei pra ele, ao telefone.

–Eu acho que sei onde é, o celeiro é vermelho e branco?- perguntou ele.

–Sim, e tem uma porta nos fundos, por quê?

–Eu já estive nesse lugar, esse celeiro era do meu pai, mas, desde que ele morreu, ninguém nunca pôde ir cuidar do celeiro e dos bichos, mas eu sei onde fica, pode deixar que vou chamar a polícia.

–Tudo bem senhor, mas vem rápido, a Chiquinha não vai aguentar muito tempo lá dentro.- eu disse e desliguei o telefone, depois, tentei abrir a porta dos fundos, mas não obtive êxito, estava trancada, tentei arrombá-la usando a adaga de ferro, mas não adiantou porque ela era muito grande pra entrar na fechadura, fiquei totalmente desesperado, claro que se a Popis quisesse matar a Chiquinha já teria feito, mas ela poderia muito bem estar sendo torturada lá dentro, então, como fazer pra salvá-la? Subitamente, abaixei a cabeça num ato de desapontamento quando vi um pequeno cadeado, aquilo era uma passagem secreta? Óbvio que não, mas era uma entrada para o porão da casa, então, com um só golpe, usando a maior força que eu tinha, bati no cadeado com a adaga, deu certo, o cadeado abriu, rapidamente abri a porta e entrei, estava escuro, mas eu havia encontrado, junto com a adaga, uma lanterna no porta-malas da van e por isso, a iluminação foi algo fácil pra mim, o que mais me preocupou, na verdade, foi o trabalho de entrar na casa sem fazer barulho pra Popis não me perceber, comecei a subir as escadas e quando cheguei à porta que levava para a saída do porão, escutei a sirene da polícia e os gemidos da Chiquinha, então eu estava certo, foi mesmo a Popis que sequestrou ela, o motivo? Não sei, mas vou descobrir, abro a porta o mais silenciosamente possível e com a adaga ainda na minha mão, saí à procura da Popis, não queria acertar ela com a adaga, pois a mataria na hora, e isso era o que eu queria evitar, mas naquela hora, com certeza eu não teria outra escolha, tinha que fazer aquilo ou então eu morreria.

Fiquei observando por um tempo, até que chego na sala, onde ela começa a andar de um lado pro outro, falando sozinha:

–Esses policiais imbecis pensam que podem comigo, mas eles vão ver só, vão todos cair, e eu vou continuar de pé.- e só então percebi que ela estava com uma arma na mão, como eu poderia lutar com alguém que tem uma arma usando apenas uma adaga comprida de ferro? Rapidamente peguei um quadro que tinha na parede pra usá-lo como escudo, será que ele seria resistente o bastante pra evitar que a bala entrasse no meu corpo? Provavelmente não, mas eu não desistiria, então, peguei-o respirei fundo e disse:

–Não sei eu te prender antes.- sussurrei pra ela, que se virou assustada e apontou a arma pra mim,

–Você?- ela disse.

Nunca imaginei que alguém, principalmente uma mulher, fosse apontar uma arma pra mim, mas não podia perder a cabeça e passei a olhar nos olhos dela, pois aquela arma me deixaria em pânico, ficamos de frente pro outro só esperando o momento certo pra atacar.


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Notas finais do capítulo

Que tenso esse final hein? Não percam o próximo, até mais.



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