O viajante no tempo escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 1
A máquina do tempo


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não terá muita ação, terá um pouco de drama e fala mais da história do personagem principal. Boa leitura.



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Eram 12:30, estava voltando da escola pra casa com minha irmã, Maria Francisca, ela não falou muita coisa, apenas o que fez o dia inteiro na escola, ela tem catorze anos, em breve, fará quinze, já estou no Ensino Médio, enquanto ela é do Fundamental 2, que sai mais tarde do que eu, por isso, sou obrigado a esperá-la, todo dia, quinze ou vinte minutos pra irmos juntos pra casa, quando do nada, ao virar um rua, percebi que em uma praça, estava um homem alto, com um jaleco branco em volta de uma multidão de pessoas, mostrando uma coisa grande coberta por um pano branco, movido pela curiosidade, chamei minha irmã pra ir comigo até lá, quando cheguei perto o suficiente, pude ouvir a voz rouca, mas animada do cientista, dizendo:

-Bom, senhoras e senhores, não vou mais enrolar vocês, oque eu tenho pra mostrar aqui é... a máquina do tempo!!!!

Mal ele disse isso, muitas pessoas comentaram coisas negativas sobre a tal "máquina", dizendo que era mentira, pois isso era praticamente impossível, então, ele emendou:

-Se vocês duvidam disso, por quê não entram aqui e me digam se é verdade, hein?- disse ele.

Algumas pessoas foram indo embora, as que ficaram, olhavam para outras como se estivessem a encorajando de ir, até que sinto uma mão no meu braço, quando olho, são meus pais, Isabela e Sérgio, eles estavam meio apreensivos em relação à máquina, achavam que era perigoso, na verdade.

-Não vai lá filho, você pode morrer lá dentro.- disse minha mãe.

-É filho, vamos pra casa.- disse meu pai, com um olhar de suplico.

Apesar dos protestos dos meus pais, minha intuição dizia que eu deveria ir. Caminhei lentamente até o cientista e me apresentei:

-Oi, eu sou Alessandro.- estendi minha mão e ele apertou.

-Olá, muito prazer. Sou Dave Mclurg, gostaria de testar minha invenção?-ele perguntou, com um brilho nos olhos.

-Claro. Mas o senhor já testou com outra coisa?

-Não. Nada.

-Tudo bem então.- nessa hora, minha barriga começou a revirar por dentro, eu estava com medo sim, mas não sabia do quê. Quando ele abriu a porta pra eu entrar, ouvi um senhor de idade passar pelas pessoas que ainda estavam lá e foi até onde eu estava.

-Olá Alessandro, eu sou Seu Madruga e esta é minha esposa, Alejandra.- disse o velho.

-Oi, muito prazer.- eu disse.

-O prazer é meu.- disse a mulher dele.

-Olha, sei que pode parecer estranho, mas há vinte anos atrás, minha filha, Maria Francisca, morreu atropelada, por nossa culpa, e eu queria que você aproveitasse para voltar no tempo e impedir que isso aconteça.- disse Seu Madruga, com lágrimas nos olhos.

-Eu...- hesitei, não sabia o que fazer, resolvi entrar na tal máquina por curiosidade, mas eu não sabia o lugar onde a filha do homem foi atropelada, não sei como ela era, então, como vou impedir isso? Até que meu pai se aproximou de mim com um papel na mão.

-Olha filho, essa foto aqui deve te ajudar, a Chiquinha é essa menina com sardas, ela se chamava Maria Francisca na verdade, e esse é o namorado dela, meu amigo de infância, Fernando Chávez, que nós chamávamos somente de Chaves, esses dois foram os melhores amigos que eu e sua mãe já tivemos na vida, por isso colocamos o nome dela na sua irmã, entendeu agora de quem ele está falando?- perguntou ele com lágrimas nos olhos também.

-Sim pai, mas como vou saber onde ela foi atropelada? E essa daí morreu de quê?- eu perguntei, confuso.

Meu pai me deu todas as dicas que eu precisava, o nome da rua, no caso, a hora e a data do acidente, pra que eu pudesse saber como fazer para impedir essa tragédia, para mim, aquilo era meio que surreal, nunca imaginei que depois que inventassem a máquina do tempo, EU seria o escolhido para entrar nela e mudar o passado, pra mim, aquilo era coisa de filme, mas eu havia prometido ao Seu Madruga e ao meu pai, que iria fazer de tudo pra que isso acontecesse, mas, se eu conseguir, como será o futuro? Não sei, só sei que agora eu precisava me concentrar no momento e focar na minha missão.

Por fim, entrei na máquina e de lá, pude ouvir o cientista Dave dizendo que vai me mandar de volta para vinte anos atrás, então ouvi um estrondo da máquina sendo ligada, quando tudo ficou embaçado.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?