Novatos na Academia Woodhand escrita por GuiHeitor


Capítulo 3
ET ou Terráquia?


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi escrito pela própria Gabrielly, que tem me ajudado muito com a fanfic, e vai escrever os capítulos onde ela mesma narra. Obrigado de novo Gaby *-*



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–GABRIELLY

Sim, eu sou diferente. Simplesmente diferente. E eu sempre achei que eu era igual a todas as outras pessoas. Acho que talvez não exista pessoas iguais a mim. Talvez eu nem seja desse planeta... Nossa eu não sou tão dramática assim, mas vamos lá. Meu nome é Gabrielly, tenho treze anos e moro com a minha avó em Jardim Primavera. Eu gosto de morar aqui por causa dos meus amigos e também porque o clima é bem agradável. A escola é o único lugar onde eu me sinto mais “normal”, mesmo ela sendo muita chata às vezes. Eu nem sempre tenho essa visão da escola (na maioria das vezes [risos]).

De acordo com meus melhores amigos: Renan, Guilherme e Lais eu sou uma autêntica nerd por gostar mais de matérias que são exercidas em sala de aula. Mas tem uma coisa que eles não sabem sobre mim... Nossa, eu me considero uma péssima amiga por isso, mas como eu posso contar? Eu não sei se eles continuariam sendo meus amigos ou se teriam sei lá, medo de mim.

Tudo começou quando eu tinha oito anos. Foi a primeira vez que algo estranho aconteceu. Eu estava subindo em uma macieira, quando avistei a maçã mais bonita que já tinha visto. Mas tinha uma problema; ela estava no topo da árvore e todos sabem que lá é a parte mais frágil de qualquer árvore, porém eu era muito jovem e não sabia desse pequeno detalhe. Então decidi ir até lá. Quando finalmente eu consegui pegá-la o galho se partiu, ou seja, eu ia levar o maior tombo, mas não foi o que aconteceu. Quando eu ia cair algo me impediu. Parecia que eu estava em pé no chão mas eu não estava! Eu estava em cima de algo transparente que me impedia de cair no chão, como se fosse uma plataforma de vidro. A minha avó ouviu o barulho do grito que soltei e veio saber o que estava acontecendo, quando ela chegou no quintal e me viu ‘’flutuando’’ disse:

–Menina desce já desse negócio que você está!

–Mas vó eu nem sei como eu... bem eu nem sei o que está acontecendo – respondi aflita.

Então minha avó se aproximou de onde eu estava. Ela fez uma cara de confusa e preocupada ao mesmo tempo. Foi quando a plataforma invisível sumiu e eu caí. Me machuquei bastante, minha avó não dizia nada enquanto limpava meus ferimentos. Acho que ela estava assustada igual a mim.

Foi quando tive a ideia de tentar criar uma situação parecida com aquela em minha mente, só que menos arriscada. Então aconteceu o inesperado. Algo saiu das minhas mãos. Parecia uma espécie de “parede de energia” meio transparente, meio vermelha. Minha avó ficou sem ação e eu mais ainda. Eu não sabia se achava aquilo incrível ou completamente bizarro.

–Gabi, como... como você conseguiu fazer isso? –perguntou minha avó assustada.

–Vó eu juro que eu não sei como nisso saiu das minhas mãos! – respondi também assustada.

–Acima de tudo, vamos manter a calma e também deixar isso entre nós.-respondeu minha avó recuperando-se do choque -Pelo menos até descobrirmos o que é isso.

Eu respondi que sim com um aceno de cabeça concordando com a proposta, afinal eu não queria ser considerada pelos outros um ET. E desde então, não comentamos nada com ninguém, nem com meus pais, afinal eles estão bastante ocupados conhecendo o mundo. Esse é o nosso segredo. De lá pra cá continuo usando meus “poderes” (aprendi a controlá-los um pouco), mas os utilizo com cautela. Hoje mesmo na ida para a escola, eu os usei.

Estava andando rapidamente pois estava muito atrasada, então decidi ir tomando meu café no caminho quando de repente um cachorro me atacou. Eu nem o notei. Agi por puro reflexo, não queria machucá-lo, então o prendi num campo de força e decidi dar um pouco menos que a metade do meu sanduíche, afinal esse poderia ser um dos motivos pra ele ter me atacado.

Segui o meu caminho para a escola, chegando lá Lais já me aguardava, Renan havia comentado que não iria para a aula e Guilherme ainda não estava em sala, mas apareceu alguns minutos depois. As primeiras aulas foram de língua portuguesa e geografia. Eu e Lais fizemos todas as tarefas rapidamente, pois ela queria se aprontar para jogar queimado nos dois últimos tempos durante a aula de educação física (não é minha matéria predileta, eu quase nem jogo).

Depois do intervalo o professor entrou em sala, fez a chamada (Que o Gui demorou alguns segundos para responder, como sempre faz. Ele já se acostumou a ser chamado pelo apelido e leva um tempo até lembrar o próprio nome [Risos]) e nos levou até a quadra.

Eu fiquei na arquibancada os assistindo jogar. Lais e Gui jogavam incrivelmente bem e foi uma pena terem ficado em times adversários. No final do jogo a Lais venceu e ela estava jogando sozinha em praticamente metade do jogo!

–São os poderes do Queixo–comentei sorrindo após o jogo enquanto andávamos até nossas casas, depois nos despedimos e fomos cada um para seu caminho. Quando subi a rua da minha casa eu notei um carro bem diferente estacionado em meu portão.

–Visitas? NÃO -pensei Quando abri o portão e ouvi algumas vozes, uma era de minha avó e a outra eu não conhecia, então apertei o passo para saber quem era. Foi quando avistei uma moça morena, alta e de cabelo curto pretos (bem parecida comigo) tomando café com minha avó. Cumprimentei-as e fui para meu quarto deixar minha mochila.

–Gabi? –minha avó me chamou

–Oi –respondi

–Tem uma pessoa aqui querendo te conhecer

–já estou indo -respondi atirando minha mochila sobre minha cama. Chegando lá encontrei a moça de pé a minha espera. Minha avó nos deixou à sós.

–Olá Gabrielly, me chamo Emy e eu venho de muito longe para te conhecer –Apresentou-se a moça

–Me conhecer? – perguntei atônita

–Sim! Eu vim te fazer um convite muito especial. –Anunciou Emy

–Convite de quê? -Perguntei curiosa

–Tem uma vaga para você em uma Academia muito conceituada para alunos excepcionais como você. Ela se chama Academia Woodhand. –Respondeu ela

–Ãm? Como isso assim.. de repente? –Perguntei confusa

–Você é uma aluna excepcional e eu sou sua detectora. –Explicou Emy

–Detectora? OK! Se me der licença eu tenho que falar com a minha avó... Você aguarda um instante? –Perguntei

–Sim, sim- ela respondeu sorridente –Chame-a para conversar conosco, temos muito o que discutir a respeito da vaga, e como sua avó é sua guardiã legal, cabe a ela a decisão.

Depois disso eu me retirei da sala e fui chamar minha avó. Eu não sabia o que pensar, foi tudo tão rápido.

Minha avó estava na cozinha terminando de preparar o almoço, eu a chamei para conversar comigo e Emy na sala de estar. Caminhamos juntas até lá, e quando chegamos minha avó disse:

–Você gostaria de conversar comigo? Está tudo bem?

–Sim –disse Emy sorrindo -Gostaria de dizer que a sua neta é uma aluna excepcional.

–Aluna excepcional? -disse minha avó surpresa – O que vem a ser “aluna excepcional”?

–Eu vou explicar tudo a senhora. -Ok -A sua neta é uma aluna excepcional e ser uma aluna excepcional significa ter dons especiais... E nós da Academia Woodhand, ensinamos nossos alunos a controlá-los.

–E você é o que dessa Academia?

–Ela é uma detectora vó. – eu disse a ela

–E o que é isso? – perguntou minha avó ainda confusa

–Eu procuro pessoas para serem alunos da Woodhand, iguais a sua neta.

–Ah sim, mas tem um problema eu nunca ouvi falar dessa escola...

–Nós trabalhamos meio que em sigilo, exatamente porque lidamos com alunos que possuem essas habilidades, como também há detectores de outras habilidades e antes que a senhora pergunte nós não pedimos mensalidades...

–Pelo que você descreveu ela parece um internato, não é?

–Sim senhora, mas eles também têm férias igual aos outros colégios.

–Entendi...

–Ótimo, aqui está o meu cartão –disse Emy estendendo um cartãozinho amarelo a minha avó -Qualquer coisa entre em contato comigo

–Pode deixar- respondeu minha avó. Ela levou Emy até o portão, enquanto isso eu estava pensando sobre o que ela quis dizer com “há detectores de outras habilidades”. Será que existem outros? Claro que sim, ela deixou isso bem claro...

–E aí, ficou feliz em saber que você não é um ET -disse minha avó sorrindo brincando comigo

–Nossa muito feliz! –disse contente -só tem um problema... e os meus amigos? Eu não queria os deixar... –eu respondi entristecida

–Calma minha neta, tudo vai se resolver -disse minha avó acariciando meus cabelos

–Tomara que sim.


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Notas finais do capítulo

Eu agradeço a meus amigos Lais e Guilherme que me ajudam em tudo. Vocês são os melhores ganzarés que alguém pode ter... ~Gabrielly



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