Novatos na Academia Woodhand escrita por GuiHeitor


Capítulo 2
A Dúvida




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–LAIS

Me chamo Lais, eu sou muito amigável não me lembro de nenhuma inimizade que tenho. Eu sou muito ocupada, meus dias são corridos demais e eu adoro essa rotina acelerada. Pratico taekwondo, tenho aulas de jazz, faço um curso de inglês, e também tem a escola. Estou pensando em adicionar natação às minhas atividades. Eu sou baixinha e magra, tenho olhos castanhos, meus cabelos cacheados também são castanhos e sou otimista daquela maneira que consegue transmitir positividade a todos ao meu redor, gosto muito disso.

Eu venho de uma família onde quase todos foram alunos na Academia Woodhand. Meus pais se conheceram lá, se não estou enganada durante o Terceiro Festival, mas isso é história para outro dia.

Meu pai se chama Pojucan, ele é um Caçador e se orgulha muito disso, o sonho dele era que minha irmã Beatriz ou eu (de preferência ambas) também fôssemos Caçadoras. Só que por ironia do destino, Bia e eu somos Humanas, ela inclusive frequenta Woodhand.

Laura, minha mãe, é Humana assim como eu e Bia, e para ela tanto faz de qual Classe somos, bastava que estudássemos em Woodhand. Sinto muito ter de desapontá-la mas receio que não serei convidada, o ano letivo de Woodhand já está próximo de começar e eu não fui detectada ainda. Não ligo muito para essa questão, eu gosto da minha escola atual e tenho muitos amigos queridos. Só me chateio em decepcionar minha mãe, se eu não for convocada serei a primeira em quatro gerações por parte da família da minha mãe, e a primeira em duas gerações pela parte paterna da família.

–Nossa! Como você faz isso? -Surpreendeu-me Guilherme, com uma pergunta inesperada sobre o jogo de queimado que acabamos de jogar na aula de educação física, essa pergunta me acordou dos meus pensamentos.

–Ah, eu não sei. Boa mira eu acho. -Menti na maior cara de pau. Eu sabia que os meus ótimos desempenhos eram consequência das minhas habilidades. Habilidades essas que ninguém conseguia competir comigo. Odeio esconder esconder isso, mas não tenho escolha, não posso me expor... nem mesmo para meus amigos.

–São os poderes do Queixo. -Disse Gabrielly brincando comigo. Isso me salvou de outra pergunta do Gui, ele já havia aberto a boca para lançar outra pergunta, que seria seguida de outras infinitamente, mas acabou esquecendo de perguntar. Nunca vi ninguém com tanta curiosidade, ele faz perguntas mesmo quando sente que o assunto é delicado (ou talvez não sinta isso, ele é muito distraído).

–Ah sim, mas você não pode usar o Queixo! Isso é trapaça! -Disse Gui rindo. Ele não imaginava, mas acertara na "mosca" sem querer, (ou como ele vive repetindo quando alguma coisa do tipo acontece "Atirou no escuro e acertou na cabeça" ou alguma coisa parecida com isso.) sei que não é certo competir quando eu tenho uma vantagem irregular como essa, porém é a minha natureza, gosto de esportes e por isso pratico.

Depois que me despedi dos meus amigos e cheguei em casa, encontrei minha mãe e Bia muito sorridentes conversando com um homem de meia idade, aproximadamente 40 anos, cabelos castanhos começando a rarear, pele bronzeada e olhos muito pretos. Ele só podia ser meu Detector, tinha de ser isso! Me animei na mesma hora e comecei a sorrir também.

–Laí, você vai para Woodhand, não é fantástico!? -Comemorou Beatriz prendendo o cabelo atrás da orelha. Ela é um pouco mais alta que eu, bem magra, pele clara, olhos caramelo e cabelos louros longos e lisos (os cabelos não eram assim, mas ela vive mudando o visual).

–Sim Bia! Eu não imaginava que seria admitida -Desabafei transbordando alegria.

–Por favor Lais, era evidente que você estudaria lá também. -Falou minha mãe orgulhosa e sorridente. Ela se parecia muito com Bia, mas tinha os cabelos curtos e cacheados e olhos verdes.

–Espera só até meu pai ficar sabendo, Humanos 2, Caçadores zero! -Brincou Bia. Não seria nesta geração que teríamos mais Caçadores que Humanos na família.

–Sim senhorita, você foi admitida, eu sou Jorge Moura seu Detector -Apresentou-se o homem. Eu já tinha me esquecido da presença dele. -Aqui estão meus contatos, esperamos a senhorita no início das aulas -Falou Jorge se levantando e indo até a porta.

–Boa tarde e obrigado pelo convite, estarei lá! -Disse me despedindo.

–Boa tarde e até breve -Despediu-se o Detector

Foi então que senti um peso esmagando meu peito. Teria que deixar meus amigos caso eu aceitasse o convite.

Ir ou ficar?...


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