Assaltada por uma emoção perigosamente próxima de ciúme; corrigiu-se Sakura, da inveja, ela observou a loira alta recém chegada com resignação.

_Sasuke – disse a mulher numa voz modulada.- Viu, eu não demorei muito.

_Sasuke: Ino, esta é Sakura Haruno- apresentou ele.

Um olhar crítico estudou o vestido azul de Sakura. Avaliou... então o classificou como sendo de alguma cadeia de lojas. Uma ponta de rebeldia fez Sakura erguer o queixo.

Sasuke terminou as apresentações:

_Sasuke: Você conheceu os pais de Sakura algumas noites atrás.

_Ino: Eu me lembro- comentou a loira suavemente.- erguendo um nariz aristocrata, voltou-se para Sakura- Então você e sua irmã são as...- Ela riu, olhando para o homem ao seu lado. Acho que as palavras de Sasuke usou foram: “As coisas mais perto que eu tenho de irmãs.” Isto está correto, querido?

_Sasuke: quando eu era criança sim- respondeu Sasuke-Todavia faz tempo que não vejo Sakura ou Hinata como minhas irmãs.

_Ino: E tenho certeza de que nenhuma delas já pensou em você como irmão.- Ino baixou o tom de voz e sorriu pra ele.

O sorriso era tanto levemente possessivo quanto revelava apreciação feminina, e abalou a compostura de Sakura.

O que está acontecendo comigo?, pensou ela, preocupada.

Sasuke olhou para Sakura.

_Sasuke: Sakura e a irmã sempre me considerou um intruso.

Relaxe, Sakura disse a si mesma, e esforçou-se para dar uma risada suave.

_Sakura: Especialmente quando você tentava nos ensinar xadrez.

Ele sorriu.

_Sasuke: Eu estava tentando não me lembrar disso.

_Tenho certeza de que você foi um excelente professor- disse Ino abruptamente, como se, de alguma maneira, Sakura tivesse caluniado a inteligência dele.

_Sasuke: Sakura ganhava de mim- ele falou para a loira.

_Porque você deixava- protestou Sakura.

Ela reconheceu o sorriso que ele lhe deu... divertido porém repleto de cinismo.

_Sasuke: Durante a primeira metade do jogo, sim- concedeu ele.- Depois disso, eu tentava desesperadamente me recuperar.

Ino deu uma risadinha.

_Ino: E sua irmã era um prodígio também?

Foi Sasuke quem respondeu:

_Sasuke: Hinata não gostava de jogos de tabuleiro.

Ele olhou para cima quando os pais de Sakura retornaram, a chegada deles seguida por congratulações. Em resposta a um olhar de Sasuke, um garçom apareceu para anotar o pedido de mais champanhe, e, enquanto eles bebiam, todos conversaram.

Finalmente, Sasuke e Ino voltaram para sua mesa fora de visão. Tensa agora, Sakura forçou-se a se recostar e olhar ao redor do salão.

_Que adorável rever Sasuke- comentou Mebuki. – Era um garoto tão fechado que costumava me preocupar, mas tudo deu tão certo pra ele .- Muito graças a você Kizashi.

_Ele teria chegado lá sozinho- disse Kizashi com firmeza.- O que fizemos por Sasuke, acho, foi mostrar-lhe como era uma família feliz.

Surpresa, Sakura perguntou:

_Sakura: Você acha? Ele nos viu o bastante para perceber isso?

Pelo que me recordo, Sasuke passava a maior parte do tempo fazendo coisas de menino com você.

Kizashi maneou a cabeça.

_Kizashi: Oh, ele sabia. Sasuke sempre foi extremamente astuto. Quando o casamento dos pais acabou, o pai dele ganhou a custódia no começo, então, de alguma maneira, a mãe a recuperou. Logo depois disso, o pai faleceu. Era interessante que Sasuke nunca falasse sobre ele.

_Mebuki: Ele falou para mim... uma vez- contou Mebuki.- De maneira impressionantemente adulta. Disse-me que jamais se permitiria ser igual o pai dele. Eu imaginei se Sasuke tinha apanhado do pai, mas ele não reagia como uma criança que temia danos físicos.

Sakura estava horrorizada.

_Sakura: Você acha que ele batia na mãe de Sasuke?.

_Possivelmente- respondeu Mebuki.

Chocada, Sakura tentou reconciliar esta nova informação com o c que sabia de Sasuke. De algum modo, por osmose, talvez, ela absorvera o conhecimento de que ele não pertencera a uma família feliz, mas seus pais nunca haviam discutido o assunto na sua frente, e ela não tinha idéia de que a infância de Sasuke houvesse sido tão traumática.

Tal trauma teria tido alguma coisa a ver com o final do... romance deles?

Romance não era o que eles tinham tido. Embora, aos 19 anos Sakura houvesse rezado para que a relação se transformasse em romance. Nem romance nem um caso, porque isso implicava alguma coisa mais importante que diversas semanas de flerte seguidas por uma noite juntos.

Um caso de uma única noite era uma designação que ela se recusava a aceitar. Tinha sido, pelo menos do seu lado , mais que isso. Sakura se sentira tão certa de estar apaixonada.

Interlúdio, decidiu.

Sim, o nome combinava perfeitamente com a situação... reduzindo-a à insignificância.

Sua mãe interrompeu seus pensamentos com uma observação:

_É hora de Sasuke se casar, ele já está com 30anos. Só espero que Ino não seja a melher que ele tem em mente.

Sakura só podia concordar. A mulher parecia muito fria, todavia respondeu.

_Sakura: Certamente é Sasuke quem deve escolher a mulher certa para si. Agora, vocês dois vão dançar de novo?

_Mebuki: Eu não... não no momento, pelo menos. Mas vocês vão.

A noite progrediu de maneira agradável. Evitando olhar para a folhagem que escondia Sasuke e sua amante ,Sakura dançou com o pai, depois conversou com eles sobre o tour dele e outras coisas.

Finalmente kizashi e Mebuki quiseram ir para seu quarto e Sakura resolveu ir para o seu hotel.

_Irei descer e colocar você num táxi-afirmou seu pai com firmeza.

Sakura escondeu um sorriso. Como Sasuke, seu pai era protetor por natureza, e ela não se surpreendeu quando sua mãe decidiu acompanha-los.

Infelizmente, Sasuke e a namorada escolheram aquele momento para ir embora, e a oferta de Sasuke para levá-la ao hotel em que estava hospedada a colocou numa posição desconcertante.

_Nã, obrigada-disse ela, notando a expressão desgostosa de Ino. Qualquer coisa que ela tivesse planejado para o resto da noite, definitivamente não envolvia dar uma carona a Sakura.- Isso não é necessário. O que poderia acontecer num taxi em Tóquio?

Sasuke deu de ombros.

_Sasuke: Onde é o seu hotel?

Quando ela o imformou, ele disse:

_Sasuke: Fica no nosso caminho.- Sasuke gesticulou com a cabeça, indicando o lado de fora da porta. – E aí está o carro.

... continua no próximo episódio...