– Amy? – ele fala pondo sua mão na coxa da namorada. – A noiva está 15min atrasada.

– Sheldon, noivas sempre chegam atrasadas, para gerar um certo suspense aos convidados. Uma tradição passada de mãe para filha que ainda não entendi. – ela responde naturalmente olhando para o namorado.

Sheldon a olha impaciente.

– Para mim, isso é falta de educação com os convidados. – ele reponde e volta a olhar para o altar.

Passaram alguns minutos quando a marcha nupcial inicia e todos se levantam para ver a noiva. Ela estava impecável, como toda noiva deve ser, um sorriso largo no rosto e olhos marejados olhando intensamente para o homem que a esperava no altar. Ele tentava esconder o nervosismo oscilando o olhar para baixo e depois para ela e para os convidados, ele também tinha um sorrio no rosto e olhos marejados, era um dia esperados e era totalmente deles.

– Estamos aqui reunidos...

– Pensei que esse casamento não começaria nunca – Sheldon fala.

– Shii – Amy o repreende.

– Para celebrar a união desse casal que tanto se amam e hoje juram esse amor a Deus.

Sheldon olhava para todos a sua volta, algumas mulheres suspiravam e outras choravam de emoção durante toda a celebração.

– Repita comigo: Eu, Elizabeth Cuddy, aceito Gegory Homy como meu legitimo esposo e prometo ama-lo, respeita-lo na saúde e na doença todos os dias de nossas vidas.

Ele não poderia deixar de olhar para sua namorada nesse momento, algo dizia que ela estaria emocionada, mas não, ela estava com o mesmo olhar de quando entrou. Aquele mesmo olhar de quando se conheceram pela a primeira vez, um olhar perdido, mas forte. Sheldon achou estranhou, pois achou que se emocionar nesses momentos era típico do comportamento feminino.

– Gregory, repita comigo: Eu, Gregory Homy, aceito Elizabeth Cuddy como minha legitima esposa e prometo ama-la, repeita-la na saúde e na doença todos os dias de nossas vidas.

Como se fosse um reflexo Sheldon passa seu braço na cintura de Amy e atrás mais perto para depositar um beijo em sua testa. Ela se assusta um pouco, mas nada diz, apenas aprecia o momento, já que namorado não é de demostrar afeto na frente de pessoas desconhecidas.

Quando a cerimonia acabou Sheldon e Amy andavam a procura de seus lugares no brande gramado.

– Amy, acredito que você foi a única que não demostrou nenhuma emoção na hora dos votos dos noivos. – Sheldon a questiona. – E também não acredito que estou andando em um gramado cheio de insetos desconhecidos, transportadores de vários vírus. Oh Deus!

– Bem Sheldon... Acredito que jurar amor a um ser celestial que não temos como base concreta a sua existência seja pura falta de bom senso. – ela fala normalmente. – E acredito também que você se lembra que ainda estamos na Califórnia e não no meio da floresta Amazônia para ter tantas espécies assim que pode levar a morte. – ela rir do namorado.

– Eu não entendo. – por essa Sheldon, realmente não esperava. – você propôs morarmos juntos, e agora me vem com essa de não acreditar no casamento. – ele não conseguia entender o ponto de vista da namorada. – Engraçadinha, você sabe muito bem que eles podem chegar até aqui de várias formas.

– Ah... Vejo seu desentendimento. Eu propus morar com você, não jurar amor na frente de um padre, pastor, patriarca, rabino... Seja qual for religião. – ela sorrir para ele.

– Espere. – isso tudo era muito novo para ele. – Você não quer ficar noiva ou casar comigo?

– Eu não. Acredito que morarmos juntos já uma forma de união. – ela continua respondendo com naturalidade. – Por que, você quer casar comigo? – ela brinca.

– Quero! – ele responde com ferocidade.

Ela para por um momento para poder olhar para o seu namorado. Por essa, definitivamente, Amy não esperava, seu coração começa a bater com mais velocidade e suas mãos soam, ela acredita que seja por causa da recente “declaração” do namorado.

Sheldon fica a frente dela encarando-a, esperando uma resposta, que até então não vem.

– Hey, Amy!

Bert chega todo desengonçado perto do casal.

– Que surpresa te encontrar aqui. – ele continua.

– Hey, Bert, tudo bem? Eu trabalho com a noiva. – Amy responde e se põe ao lado de Sheldon que a pega pela a cintura por finalmente conhecer esse tal de Bert.

– Eu e o noivo trabalhamos juntos uma época. Você trouxe sua parceira? – ele procura uma outra mulher.

– Minha parceira? – ela não entende.

– Rajesh e Howard me disseram que você gostava de meninas e não de meninos. – ele não estava entendo.

– Ah, então foi isso que eles te falaram. – Amy franze a sobrancelha fazendo uma nota mental “matar Raj e Howard”. – Ah não, creio que isso seja um engano deles. Esse é meu namorado, Dr. Sheldon Cooper, ele trabalha no departamento de Física da universidade; Sheldon esse é Bert, ele trabalha no departamento de Geologia .

“Geólogo, Amy, sério?” Sheldon revira os olhos e sussurra para a namorada.

Olá, Sheldon! – Bert levanta a mão.

– Dr. Sheldon Cooper seria mais apropriado. – ainda relutante Sheldon levanta sua mão para cumprimentar Bert.

– Ok, tudo bem. – Bert começa sentir-se inseguro. – É... você sabe o que geólogos e o Bon Jovi têm em comum?

– Quem é Bom Jovi? – Sheldon fala normalmente.

– É melhor eu ir. Foi um prazer te encontrar, Amy!

– O prazer é meu. – Amy sorri para Bert que saia o mais rápido possível de perto do casal.

– Achei! – Sheldon grita e logo puxa a namorada para sua mesa.

– Finalmente. – diz sentando, ela não admitiria para ninguém, mas aqueles saltos estavam lhe matando.

– Então, Amy... Você não me respondeu a pergunta.

– Que pergunta, Sheldon? – ela não conseguia lembrar de muita coisa quando começou a sentir um alivio em suas pernas.

– Em noivar e casar comigo. – ele fala normalmente.

– Você está me propondo? – Amy estava incrédula com o que o namorado estava falando.

– Bem, minha mãe jamais me deixaria morar com você se não fosse casando. – ele fala olhando para o enfeite da mesa.

– Sheldon, você não estar um pouco grandinho para temer sua mãe? – ela não conseguia entender. O casamento sempre foi visto por ela como algo bobo e sem nenhuma importância e mesmo despois de namorar com Sheldon o assunto ainda não tinha vindo à tona.

O garçom passa com vinho e Sheldon pega um cálice para ele e para Amy. Toma um gole, sente aquele gosto amargo, mas que logo vai se acostumando com o gosto e o engole.

– O que posso fazer aquela mulher ainda tem um extremo poder sobre mim. – ele responde tomando outro gole.

– Tudo bem. Esse assunto foi estranho, contudo, fico feliz em saber que você pensa em casar-se comigo algum dia.

– Ok. - ele responde.

Eles passaram a festa sentados e conversando, em um certo momento eles fizeram uma partida improvisada de , nem mesmo quando os noivos começaram a dançar e todos os convidados os seguiram fizeram eles saírem de lá. Foi quando algo na cabeça de Sheldon disse “ela gosta de dançar, chame-a para dançar”.

– Você quer dançar, Amy?

– Oi? – ela foi pega desprevenida, assim como tem sido nos últimos dias.

– Dançar... Se você quer dançar, Leonard me disse que você dançou com ele quando vocês foram aquele casamento. – ele responde.

– Tudo bem. – diz Amy levantando-se.

– Não acredito que ele veio. – Lisa falou no ouvido de Greg enquanto eles dançavam.

– Ele quem? – Greg não entendia muito bem o que a esposa quis dizer.

– O namorado da Amy, aquela minha colega de trabalho...

– Aquela estanha, não é? – diz Greg rindo.

– Não a chame de estranha.- Lisa o repreende. – Ela apenas, passou muito tempo na bibliotec. – diz ela sorrindo.

– Mais por que a surpresa do namorado dela ter vindo com ela? – ele ainda não conseguia entender.

– Ele é simplesmente o Dr. Sheldon Lee Cooper, o físico mais egocêntrico e mega inteligente da CalTech, ele entrou na faculdade com 11 anos e recebeu seu doutorado com 16 e hoje ele defende a Teoria das Cordas. – ela falava com um ar de fã adolescente que fala do seu ídolo teen. – Mas ele não é nada fácil de se conviver... sinceramente não sei como ela aguenta ele. – ela termina um pouco cabisbaixa.

– Urgh físico... – Gregory diz imitando um arrepio. – E para complementar: Teórico. – o casal rir. – Ainda bem que você tem bom gosto e me escolheu.

E assim o casal tira sua atenção de Sheldon e Amy e voltam a dançar e falar com os convidados normalmente.

Do outro lado do salão Amy e Sheldon começam a dançar, a música no ambiente era um pouco agitada e eles poderiam dançar longe um do outro. Pouco tempo depois uma nova musica começa e ela é um pouco mais lenta que os obriga a ficarem mais perto um do outro.

– Se você não se sentir a vontade sobre isso, podemos nos sentar. – Amy propõe por educação, mas ela estava gostando de sentir o cheiro de talco que exalava do namorado.

– Não, tudo bem! – ele responde. – Até que é legal, só não vá pisar no meu pé.

– Você esqueceu, que assim como você eu sou boa em tudo que faço? – ela responde simplesmente e os dois riem e trocam alguns olhares.

“Tomar vinho é romântico, trocar olhares é romântico, dançar aparentemente é romântico. Falta algo... Beijar! Beijar é romântico”.

Sheldon aproxima seus lábios nos dela e lhe dar um singelo beijo, que dura tempo o suficiente para sentir o gosto do chocolate da sobremesa.

– Isso foi bom! – ela diz quando ele rompe o beijo.

– Bom.

E eles voltam a dançar.

– Ah! – diz ela lembrando de algo – Eu aceito.

– Você aceita o quê? – Sheldon não estava entendo.

– A casar com você. – ela diz simplesmente – por mais que eu ache que o fato de jurar amor a algo inanimado seja insignificante.

Sheldon apenas sorrir e a abraça com mais força e beija sua testa.