The Last Time escrita por Ana


Capítulo 13
Treze


Notas iniciais do capítulo

Opa, fiquei na sede de postar outro. Divirtam-se.



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– Draco? – chamou no corredor, esperando uma resposta.

Não houve nenhum tipo de resposta, então Corine virou-se para descer as escadas novamente, trombando com Harry Potter.

– Corine? O que anda fazendo desse lado do castelo? – perguntou ele. Parecia animado de mais.

– Olhando as novidades – sorriu a garota, maquinando desculpas – Acho interessante explorar isso aqui – apontou os dedos para todos os lados – Já que ano que vem estaremos em nosso ultimo ano. Quero mesmo memorizar esse lugar.

– Entendo, Hogwarts torna-se especial depois de alguns anos.

Corine concordou com a cabeça, levando um sorriso fácil em seus lábios.

– Rony está bem? – perguntou enfim.

– Ah, claro que está. Ficou a noite toda na enfermaria, mas está se recuperando. Hermione está ajudando um pouco – ele piscou, como se Corine devesse saber exatamente do que falava.

– Entendi. Bem, vou andando então. Tenho que... Terminar um relatório pro Snape. Ele sempre tem que lotar meus dias de pergaminhos e penas – a garota comentou, bufando no fim da frase.

– Garanto que sei exatamente como isso funciona. Mas até mais ver! – despediu-se Potter.

Depois de descer alguns degraus, chegou a conclusão de que Harry não deveria estar aí, já que poderia muito bem estar desfrutando de seu café da manhã e um tempo livre com seus amigos na enfermaria – que fosse – em vez de andar nos corredores desocupados da escola. Pensou imediatamente que ele deveria estar investigando Draco e agora, como já a vira perambulando por lá, desconfiaria ainda mais. Aliás, seus boatos juntamente com Malfoy ainda circulavam com toda força pela escola.

Agora não era exatamente o momento certo para pensar sobre isso, até porque teria aula de Transfigurações e era a aluna preferida de Minerva. E Grace estaria lá para fofocar e fazer companhia a ela.

**

Draco passara o dia todo na biblioteca lendo aleatoriamente. Precisava respirar, concluíra mais cedo.

Enquanto lia algo sobre bruxas no século XIX levou seus pensamentos a o que Corine estaria fazendo. Recusava-se terminantemente a admitir que adquirira sentimentos fortes por ela desde que a beijara pela primeira vez.

– Olá Draco.

Malfoy revirou os olhos e virou mais uma página de seu livro, fingindo ler.

– Violet. O que você quer agora?

– Saber sobre como anda seu namoro com Gouldfye – ela sorriu vitoriosa.

– Você nunca muda de assunto, definitivamente. Deve ser por isso que nenhum de seus namorados te suportou por tanto tempo – ele riu.

– Só quero saber sobre seu relacionamento – cochichou – Juro que não espalho.

Draco exalava irritação e transparecia tal sentimento pelos olhos. Fechou o livro sobre a mesa e cruzou os braços, olhando diretamente para Violet sem fraquejar seu olhar por um minuto. Tinha um grande talento em intimidar oponentes por seu olhar ameaçador que agora estava totalmente tempestuoso em irritação.

– Quer saber de meu relacionamento com Corine? Pois bem, vai saber. Nosso relacionamento vai muito bem – sorriu com o canto dos lábios ao lembrar a textura da pele de Corine e o cheiro de camomila que exalavam de seus cabelos. Não imaginava quando passara a ser tão sentimentalista – Nunca estive tão certo de um namoro em toda minha vida. Aliás, se quer saber, faz bastante tempo que estamos juntos. Satisfeita?

Violet ficou calada por um bom tempo com um sorriso provocador nos lábios.

– Está mentindo.

– Não estou – respondeu – Se estivesse, diria que não estamos juntos de novo, como cansei de confirmar. Você tem sua confirmação.

A garota levantou-se rapidamente em ódio e saiu da biblioteca, desfazendo um grupo de alunos da Lufa-Lufa que entravam no lugar.

Draco observava a saída da garota rindo para si mesmo. Quando percebeu olhares acusadores dos alunos que a pouco foram varridos de seus caminhos, voltou a atenção ao seu livro.

**

Encontrou-o no fim do corredor esperando para abrir a habitual sala precisa.

– Preciso te dizer algo e é muito urgente – ela começou – Potter estava por aqui. Ele desconfia de algo, eu tenho certeza.

– Potter não é um problema – respondeu ele.

– Draco, ele pode descobrir que você está tentando fazer algo. O que você planeja chegar a partir desses seus planos absurdos? – Corine quis saber.

– Alguém vai morrer – ele falava em um tom baixo – E você não vai gostar de saber, Corine, acredite em mim.

– Mas você tem que me dizer se eu vou continuar fazendo parte disso. Eu só peço que me diga.

Draco se concentrou na parede e a Sala Precisa se revelou para ambos. O garoto abriu a porta do local e entrou, puxando Corine cuidadosamente consigo.

– Vou te contar tudo – falou, fechando a porta atrás de si – Mas você deve me prometer – agora ele a encostara na porta sem fazer qualquer tipo de barulho, olhando-a nos olhos – Que isso não sai daqui. Pela sua vida, Corine. Eu temo por você.

Corine fechou os olhos e concordou com a cabeça silenciosamente.

– Eu tenho de matar Alvo Dumbledore – ele disse. A garota pasmou por um momento, mas logo respirou fundo olhando-o novamente.

– E como pretende fazer isso? – ela quis saber.

– Ainda não sei. Terei ajuda. Por enquanto, não quero falar sobre isso, prefiro te deixar fora de qualquer problema. Não faça mais perguntar.

Ela concordou novamente enquanto via os lábios de Draco se aproximar de seus e os braços do garoto envolvê-la, trazendo-a para perto.

Após uma pausa os dois se separaram, mas não o bastante para que Corine deixasse de ouvir sua respiração. Draco suspirou profundamente e a olhou atentamente.

– Eu gosto muito de você para deixar que morra por minha causa – afirmou abraçando-a novamente, escondendo o rosto da garota em seu peito e acariciando seus cabelos escuros e lisos – não sei se suportaria.

Corine ficou paralisada sentindo o cheiro de Draco entrar por suas narinas. Acariciou as costas do garoto lentamente por um momento antes de encontrar seus olhos claros e perdidos.

– Você não está me expondo a riscos, Draco. Eu me expus a eles porque eu quis – Corine assumira uma expressão calma e sensata – Vou ficar bem, você vai ficar bem.

– Quando a hora chegar, quero que esteja em seu dormitório cuidando da sua vida e tratando de esquecer que eu estive nessa escola, entendeu? – ele passava suas mãos macias e quentes por toda a extensão do rosto da garota, fazendo com que ela fechasse seus olhos em ternura.

– Entendi. Não vamos falar disso agora, tudo bem? Você veio até aqui fazer alguma coisa e eu não quero atrapalhar. Vou pro Salão Principal, procurar Grace, comer.

– Eu te procurarei mais tarde – disse o garoto, beijando a testa de Corine.

Ela abriu a porta da sala e saiu, fechando-a atrás de si, vendo-a selar-se novamente. Estava confusa, ansiosa e totalmente perdida. Draco se importava com seu bem estar e temia por sua vida e Corine o amava profundamente, mais do que antes.

Fungou evitando que lágrimas viessem a seus olhos. Deveria agir como se nada de anormal estivesse acontecendo. Porém a tarefa de Draco... Era tudo tão absurdo.

Chegou ao Salão Principal e sentou-se com seus amigos.

– Sobre o que estão falando? – perguntou ela com um sorriso.

Harry Potter acenou com a cabeça e dirigiu-lhe um breve sorriso quando seus olhares se encontraram. Corine sorriu rapidamente e logo dirigiu sua atenção para Neville.

– Nada de interessante. Kátia Bell se recuperou do feitiço e o Rony saiu da enfermaria – Neville olhou para os lados e abaixou seu tom de voz consideravelmente – Parece que ele e Lilá Brown terminaram porque Weasley chamou por outra garota em seu sono de enfermo.

– Rony Weasley arrasando corações – brincou Simas que acabava de entrar no assunto e também de se sentar.

– Que o diga, não é Finnigan? – Neville o cutucou rapidamente e ambos abriram um largo sorriso – Nosso amigo tem se encontrado pelos jardins com sua amiga da Corvinal.

– Não! – Corine disse aquilo com grande alegria – Que maravilha, Simas. Ela é tão amável, não acha?

– Ele não pode achar muita coisa – Longbottom riu descaradamente – Sempre que os vejo estão aos beijos pelos corredores.

– Que falta de vergonha, Simas. Se fosse Umbridge ela teria te expulsado por dar um amasso em Grace nos fins de semana.

– Por favor, não falem dessa mulher – reclamou Rony em um dos cantos da mesa – Isso me dá arrepios na espinha.

– Eu que o diga – comentou Simas.

– Como andam seus irmãos Rony? – Corine perguntou. Afinal, eles eram seus melhores amigos até o ano passado, quando abandonaram a escola.

– Acho que as Gemialidades Weasley andam bem – respondeu Rony – Eles estão animados com negocio.

– Interessante. Sinto falta deles.

– Não é o que parece – um dos alunos disse repentinamente.

– O que? – ela perguntou confusa, procurando o dono da voz.

Era uma das alunas do quarto ano. Não sabia exatamente o nome em si, mas era algo como Lucy ou Lily.

– Ouvi dizer que está namorando Draco Malfoy – continuou a garota.

– Mais boatos? – perguntou Simas brincalhão.

– Não são boatos – falou a garota novamente – Dessa vez existem confirmações. Tenho minhas fontes, só não sei se deveria revelá-las. Porém, boa sorte em seu namoro com comensais da morte, Gouldfye.

O burburinho começou rapidamente e Corine decidiu que era hora de se retirou. Levantou-se e Harry Potter fez exatamente o mesmo.

A garota andou rapidamente pelo corredor do Salão Principal que levavam diretamente para as enormes portas de carvalho que davam acesso ao grande cômodo quando trocou olhares com Draco, que entrava no local.

Corine dirigiu a ele um olhar severo, como se pedisse para que ele a ignorasse, mas ele não a obedecera, parando-a no meio de seu caminho.

– Agora não Draco – pediu ela em voz baixa.

– O que foi? – quis saber.

– Uma das alunas da Grifinória disse ter uma confirmação de que temos um namoro. Não é verdade, mas já me convenci que não existe maneira de fazer com que eles acreditem.

– Você parece irritada – ele sorriu se afastando – Pensava que gostaria de tais boatos.

– Ano passado – completou – Temos que manter a descrição para qualquer tipo de relacionamento, por mais que eles não existam Malfoy.

– Corine. Cale a boca.

A garota arregalou seus olhos procurando um motivo para que ele a mandasse se calar, mas só achou um sorriso nos lábios de Draco.

– Eu disse a Violet exatamente o que ela queria escutar e agora deve ter espalhado pra todo mundo. E também, me sinto ofendido por estar me desprezando dessa maneira.

Corine não respondeu, apenas andou em direção a porta deixando o garoto parado sozinho, rindo para si mesmo.


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