Blind escrita por AnneBlack
Notas iniciais do capítulo
Uma palavra, um amor: Férias
Caroline foi trabalhar na noite seguinte, Drew não falou nada sobre sua falta, mas Bill falou. Assim que ela colocou os pés no bar, ele disse:
– Ei princesa, por que não veio trabalhar na noite passada?
– Eu estava muito cansada. É um trabalho novo para mim.
Ele deu de ombros e bufou.
– Como foi com Bread? – ele perguntou.
O corpo de Caroline se arrepiou ao ouvir o nome dele, aquele lobisomem quase tentou mata-la, mas para Bill ele era apenas um amigo de bar.
– Ele é um idiota. Dispensei-o e fui para casa.
Ela saiu de perto de Bill antes que ele quisesse saber qualquer outra coisa sobre o encontro entre ela e Bread. Caroline já estava com problemas suficientes e ainda havia aquelas malditas emoções que não eram dela.
Seu trabalho foi o mesmo de sempre, servindo mesas e anotando pedidos, nada anormal. Já era final de noite quando Klaus apareceu, ele estava com um semblante nervoso e perturbado, como se não tivesse paz há um bom tempo.
– Posso conversar com você em particular?
– Eu estou trabalhando.
– Vou ser rápido. Prometo. – o tom de autoridade dele não permitiu que ela discordasse.
Caroline assentiu e o levou para os fundos do bar, perto das lixeiras. O lugar cheirava mal, mas lá eles teriam total privacidade, ela não queria explicar nada para Bill ou Drew.
– O que quer Klaus? – ela cruzou os braços em frente ao peito.
Ele demorou um pouco e se atrapalhou com as palavras, Caroline estava ficando impaciente quando ele despejou:
– Não consigo ficar longe de você. Eu tentei, mas suas emoções me invadem o tempo inteiro, eu sinto você em cada parte de mim e não faço ideia do que está acontecendo.
Caroline riu.
– Você me tirou do trabalho para se declarar para mim? – ela riu com escarnio. – Deixe isso para meus dias de folga Klaus.
Ela estava prestes a ir embora quando Klaus a segurou pelo braço e olhou firme em seus olhos, ela sentiu-se mole ao comando dele, totalmente vulnerável.
– Não seja idiota. Eu estou falando sério, não acho que isso seja alguma paixão obsessiva, embora possa ser uma paixão. – ele cravou os olhos verdes nos dela, Klaus inspirava poder. – Você não sente nada disso?
Caroline soltou-se dos braços dele e mordeu os lábios, era desconfortável pensar que os sentimentos de Klaus pudessem estar dentro dela.
– Eu também sinto. Dentro de mim há emoções e sentimentos que não são meus, eu não sei o que está acontecendo.
– Nem eu. O que faremos?
– Klaus, nós não somos amigos, mal conseguimos ter uma relação civilizada.
Klaus estava prestes a falar quando o celular de Caroline tocou, ela ergueu o dedo pedindo silencio. Uma rápida olhada no visor revelou que era Elena, ela atendeu.
– Alô?
– Caroline? Onde você está? Estamos no seu emprego tentando fazer uma surpresa, mas um tal de Bill disse que não há viu.
Caroline tirou o celular do ouvido e xingou baixinho, Klaus olhava para ela com curiosidade e apreensão. Ela sabia que ele podia ouvir, mas estava tão curioso quanto ela para saber o que Elena queria ali.
–Eu estou aqui fora colocando o lixo nas lixeiras... – ela se atrapalhou com as palavras. – Estou indo.
Ela desligou sem deixar Elena responder.
– Tenho que subir antes que Elena pire.
– Mas e quanto ao nosso problema?
– Depois Klaus.
Caroline voltou para o bar. O mundo desacelerou lentamente quando ela viu todos os seus amigos reunidos ali, fazia tanto tempo que ela não os via e eles estavam tão diferentes.
Seus olhos se encheram de lágrimas quando eles vieram abraça-la, havia tanto amor e tantas lembranças boas naquele abraço.
– Olha só vocês. – disse Caroline. – Reunidos como nos velhos tempos. Até você Damon!
Ele lhe deu um sorriso torto, típico de Damon. O braço de Damon estava sobre os ombros de Elena, ele era exatamente como ela se lembrava, já Elena estava um pouco diferente. Ela tinha feito mexas e estava quase loira, parecia feliz ao lado de seu quase marido Damon.
Bonnie também estava ali com Jeremy. Ela tinha cortado os cabelos bem curtos e usava mais vestido florido do que ela se lembrava, já Jeremy estava de barba e nitidamente mais forte fisicamente. Ele era um homem em seus 20 anos agora.
– Que bom que vieram me ver. Por que fizeram isso tão de repente?
– Agradeça e nos sirva um drink Barbie. – disse Damon.
– Cale a boca Damon. – disse Elena. – Estávamos com saudade, já faz tanto tempo Caroline.
– Eu vou pedir a Drew para me liberar mais cedo e conversamos lá em casa, tudo bem?
Eles assentiram e Caroline foi até o escritório de Drew, ela não se importou com a saída de Caroline, afinal o movimento era fraco.
Caroline foi em seu carro e Damon foi no carro dele, ninguém dirigia a Ferrari de Damon exceto ele mesmo. Eles pararam em frente ao prédio de Caroline e subiram, Bonnie e Elena observavam tudo atentamente e fazia perguntas de como ia a vida em Nova Orleans e como era morar ali.
– É ótimo. O emprego é bom, eu saio a noite, embora sinta saudades de casa eu estou bem melhor aqui.
– Que bom ouvir isso Care. – Bonnie sorriu para ele.
Eles estavam sentados na pequena sala de Caroline, mal cabia todos ali dentro, mas pelo menos estavam reunidos novamente.
– E vocês, o que tem feito?
– Muitas coisas. – admitiu Elena. Caroline viu um brilho travesso nos olhos da amiga e sabia que havia realmente muitas coisas. – Eu estou trabalhando em uma ONG para crianças carentes e estou pensando seriamente em adotar duas delas. Damon quer se casar. Casar de verdade.
Damon segurou firme a mão de Elena e pela primeira vez ela pode ver a aliança de ouro no dedo deles. Elena e Damon estavam noivos.
Ela sabia que os dois tinham um relacionamento de longa data, mas vampiros não se casavam e certamente não formavam famílias como os humanos, as coisas eram um pouco diferentes. Mas se Elena e Damon estavam felizes, ela ficaria feliz por eles.
– É tão bom ouvir isso Elena. Espero que vocês dois consigam.
– Eu sou ótimo com crianças. – Damon piscou.
Ele seria um péssimo pai, mas pelo menos iria tentar.
– Bonnie? – chamou Caroline. – Vai se casar também?
Todos riram. Bonnie negou com a cabeça.
– Estou um pouco longe disso. Talvez muito longe.
Jeremy abriu um largo sorriso e começou a contar:
– Vamos nos mudar, compramos um apartamento em Nova Iorque e pretendemos ir para lá. Bonnie vai dar ciências esotéricas na Universidade de Nova Iorque enquanto eu faço a faculdade de história.
Como Alaric. Elena e Caroline olharam-se, elas sabiam que Jeremy queria seguir os passos do mentor.
Minutos viraram horas e horas virou o resto da noite. Caroline encontrou um lugar para acomoda-los em seu quarto e decidiu que precisava de um lugar maior para viver se queria receber seus amigos ali.
Quando ela deitou-se na cama, não conseguiu dormir. Algo agitava seu sono, ela sentia-se enlouquecendo e estava tão ansiosa.
Caroline acordou aos gritos de Elena, ela estava ofegante e suada.
– O que houve? – perguntou Caroline.
– Você estava gritando. – disse Elena.
– Você estava gritando por Klaus. – completou Damon.
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